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Agência de Notícias

Recorde em Minas, cerca de 800 servidores decidem: greve continua até a aprovação do PLC 28/15

Fonte:SITRAEMG

Categoria também rechaça qualquer tentativa do governo de rebaixar a proposta de reposição salarial e marca nova assembleia para a próxima quarta-feira, 24/06, às 13 horas, em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso, em BH; e nesta quinta-feira, 18/06,  das 12 às 14h, tem ato público em frente ao TRT da Av. Getúlio Vargas, em BH 

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Cerca de 800 servidores presentes na AGE aprovam a continuação da greve e outros encaminhamentos no ato desta tarde, na Justiça Federal

Ao som de apitos, vuvuzelas e palavras de ordem, vestidos de preto e alguns até usando guarda-chuvas, para simbolizar o luto perante o governo federal em razão da intransigência deste em relação ao projeto de reposição da categoria, os cerca de 800 servidores – o maior número de participantes já registrado em atividades de mobilização da categoria em Minas – presentes no ato público e assembleia desta quarta-feira, 17, em frente ao prédio da Justiça Federal em Belo Horizonte, decidiram: 1) Rechaçar qualquer proposta do governo que rebaixe o plano de reposição salarial contido no PLC 28/2015, em tramitação no Senado Federal; 2) Continuação da greve por tempo indeterminado, até a aprovação do PLC 28/2015; 3) Realização de nova assembleia geral extraordinária na próxima quarta-feira, 24/06, com primeira chamada às 13h e segunda chamada às 13h30, em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso, 468, Barro Preto, Belo Horizonte, para deliberar sobre os rumos do movimento grevista.

Também na AGE de hoje, os servidores decidiram realizar ato público nesta quinta-feira, 18/06, das 12h às 14h, em frente ao prédio do TRT da Avenida Getúlio Vargas, 225, com arrastões, para chamar os servidores da 2ª Instância da Justiça do Trabalho ainda indecisos para a greve da categoria. Todos os servidores do TRE, da Justiça Federal e da 1º Instância da Justiça do Trabalho estão convocados. O SITRAEMG disponibilizará ônibus para o trajeto para o ato, com saída às 11h30 dos prédios do TRT da Rua Mato Grosso, 468, do TRE da Avenida Prudente de Morais, 100, e da Justiça Federal da Avenida Álvares Cabral, 1.471. Antes do ato, às 8h30 da manhã, haverá a sessão da Sétima Turma do TRT em que o presidente desta, desembargador Marcelo Lamego Pertence, também declarará seu apoio à luta dos servidores pela reposição salarial. O SITRAEMG estará presente e convida os servidores que tiverem disponibilidade a comparecerem para prestigiar a iniciativa do magistrado.

Além disso, ficou acertado durante o ato e AGE desta quarta-feira que haverá reuniões diárias do Comando Geral de Greve, sempre às 19h30, na sede do Sindicato, com a participação de representantes dos Comandos de Greve de cada tribunal, para organização do movimento grevista e discussão sobre atividades de mobilização e materiais a serem produzidos e distribuídos. Foi pedido a todos que puderem que levem agasalhos e outras peças do vestuário e calçados que não estejam mais usando, para serem doados para instituições de caridade.

Ônibus de Contagem e do TRT/BH

Duas iniciativas inusitadas marcaram e animaram ainda mais a AGE desta quarta-feira, 17. Primeiro foi a chegada de três ônibus com servidores oriundos de Contagem e do TRT da Rua Mato Grosso. Os servidores do TRT da 1ª Instância, de BH, em paralisação de 24 horas e já decididos a aderir à greve por tempo indeterminado, depois de realizarem paralisações diárias de quatro horas desde o último dia 10, com concentrações, também diárias, e arrastões para convocarem os colegas para construção da greve. Hoje, inclusive, eles se concentraram em frente ao prédio do TRT a partir das 10 horas da manhã, quando decidiram aderir à greve, antes de partir para a Justiça Federal. Em cena emocionante, todos foram bastante aplaudidos ao descerem dos ônibus em frente à Justiça Federal.  A outra atração foi uma faixa com dezenas de metros de comprimento que foi disponibilizada pelo SITRAEMG e preenchida pelos servidores presentes com frases da mobilização como “Luto por Justiça” e outras. Ao final, com autorização da direção do foro da Seção Judiciária Federal de Minas Gerais, a imensa faixa foi estendida do alto do prédio da Justiça Federal, com aplausos efusivos dos servidores.

Revezando-se ao microfone, membros da direção do Sindicato e vários outros servidores manifestaram mais uma vez toda a indignação com o governo Dilma e reforçaram que o PLC 28/2015 só será aprovado com a continuação e ampliação da greve. Houve uma servidora que lamentou a falta de cobertura da imprensa às atividade de mobilização da categoria, mas o coordenador geral do SITRAEMG Alexandre Magnus, disse a ela que não há que se preocupar com isso, pois, se a greve continua, a imprensa é que virá ao encontro dos servidores.

Ao dar os informes sobre o movimento e outros de interesse da categoria, o coordenador Alexandre Magnus informou, entre outras coisas, que havia se reunido hoje com o presidente da Amatra-3, juiz Bruno Alves Rodrigues, e que este manifestou de pronto o apoio e solidariedade à luta pela reposição salarial. Informou também sobre os apoios que vem recebendo de magistrados e outras instituições, e que o Sindicato está reivindicando uma reunião com futuro presidente do TRE, para reforçar o diálogo já mantido com o atual, desembargador Geraldo Augusto de Almeida, e solicitará à direção do foro da Seção Judiciária de Minas Gerais a publicação de informações das atividades de mobilização da categoria no site da SJMG, a exemplo do que vem fazendo a direção do foro da Seção Judiciária de Rondônia.

" target="_blank">AQUI cenas da AGE


De olho no calendário:

18/06/2015

- 12h às 14h: ato público, com arrastão, em frente ao prédio do TRT da Avenida Getúlio Vargas, 225

-8h30: sessão da Sétima Turma em que o desembargador Marcelo Lamego Pertence manifestará apoio á luta dos servidores pela reposição salarial;

24/06/2015

- AGE, às 13h, em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso, 468, Barro Preto, Belo Horizonte.

Todos os dias da greve

- Reuniões diárias do Comando Geral de Greve, às 19h30, na sede do Sindicato

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Em assembleia histórica, com cerca de 700 servidores, Judiciário Federal do RS aprova manutenção da greve

Fonte: Sintrajufe/RS

Os servidores do Judiciário Federal do RS aprovaram por unanimidade, em assembleia geral na tarde desta quarta-feira, 17, manter a greve por tempo indeterminado. A assembleia ocorreu na frente do TRE Duque e reuniu cerca de 700 servidores, que fecharam o trânsito na Rua Duque de Caxias, no Centro de Porto Alegre. O quórum da assembleia geral superou o recorde histórico do Sintrajufe/RS.

A atividade começou com concentração na 1ª Instância da Justiça Federal, onde foi servido salchipão aos colegas. No início da tarde, servidores das justiças do Trabalho e Eleitoral chegaram ao local, que logo ficou com toda a escadaria e pátio frontal tomados. Os servidores fizeram uma caminhada no entorno dos prédios da JF, de onde saíram para a rua, em caminhada até o TRE Duque. Com palavras de ordem, apitaço e percussão, o grande volume de pessoas marcou uma participação histórica da categoria.
 
 


Demonstração da disposição da categoria de seguir lutando até a vitória

O que se via no rosto dos servidores era muita disposição, como tem sido característica desta greve. Assim foi instalada a assembleia geral, que começou com informes da direção sobre a adesão que ultrapassou a marca de 50 cidades no estado e chegará a 21 estados no final desta semana. Foi registrada uma grande adesão na Justiça Eleitoral do interior, que nesta semana contabilizou 19 cidades, além da capital.


A direção do sindicato saudou os colegas presentes na maior assembleia da história da categoria e, especialmente, os do TRE Duque. Ontem, foi feito arrastão no prédio, quando foi reforçada a necessidade de que os colegas participassem da atividade de hoje, o que foi atendido.


No espaço aberto para manifestação dos colegas, todos reafirmaram que a força da categoria é que forçará a aprovação do PLC 28/15, de reposição salarial, e uma negociação entre governo e STF. Zé Oliveira, da JF de Porto Alegre, falou sobre falsas informações divulgadas hoje pelo grupo RBS a respeito da remuneração dos servidores do Judiciário. Ele afirmou que a RBS, novamente, usa mentiras para colocar a população contra a categoria e que é fundamental “cobrar respeito ao trabalho que a gente faz”.
 
 

Os colegas da JE de Porto Alegre Rodrigo Mércio e Ana Margareth Gonçalves também se manifestaram. Rodrigo destacou o momento histórico, de grande adesão da categoria à greve: “nunca a Eleitoral esteve tão presente como agora”. Ele afirmou que nove anos sem reposição salarial é algo inominável e que o “governo não é leal; diz que é atacado pela mídia, mas usa a mídia para atacar o servidor”, a exemplo da nota divulgada pelo Ministério do Planejamento (Mpog) sobre os salários da categoria. Ana Margareth disse que os servidores precisam ir para a rua, fazer a greve: “nós, trabalhadores, não temos outra coisa a fazer, é preciso causar impacto”.  


“A greve obrigou Lewandowski e o governo a se comprometerem a apresentar uma proposta até sexta-feira”, afirmou o colega da JF Marcelo Carlini. Sobre a divulgação de dados falsos sobre a remuneração, ele afirmou que é preciso mostrar para a opinião pública que a categoria não tem no contracheque “a vergonha chamada auxílio-moradia”. O diretor Ruy Almeida afirmou que atividades com as de hoje vão se repetir e que os servidores "vão trancar quantas ruas forem necessárias" até vencer a intransigência do governo. O dirigente disse que a categoria precisa ter clareza de que não é possível ter confiança no governo, nos parlamentares e no STF. “Precisamos ter confiança na nossa luta e ampliar a greve até a vitória”, afirmou.
 

Não é surpresa a RBS atacar a categoria, disse o diretor do Sintrajufe/RS Cristiano Moreira, destacando que a atual onda de mentiras sobre os salários começou com a nota do Mpog, ou seja, veio de um governo que está fazendo o possível para adiar a tramitação do PLC 28/15, com aval do STF. "A categoria está sendo feita de palhaça; trabalha cada vez mais e ganha cada vez menos: nada virá se não for com muita luta e muita greve", concluiu. Para o colega Sérgio Medeiros Rodrigues, da JF, os servidores têm de fortalecer a greve para exigir a apresentação da proposta do governo dia 19 e qualificá-la, para que “venha com reajuste salarial e valorizando a categoria”.


O diretor do Sintrajufe/RS Paulinho Oliveira destacou o grande número de novos servidores integrados à greve e ressaltou que, quanto maior a greve, mais rapidamente será conquistada a reposição salarial. Sobre as falsas notícias divulgadas acerca da remuneração da categoria, o dirigente ressaltou que é necessário exigir uma retratação. Para o colega da JT Paulo Roberto Dias, “o PT era o sonho de uma mudança radical”, mas esse sonho vai morrer hoje, quando Dilma Rousseff vetar modificações no fator previdenciário (o que acabou ocorrendo no final desta quarta-feira).


Assembleia aprova realização de dois atos públicos ainda nesta semana


Os colegas presentes à assembleia aprovaram propostas de ato público, feitas nas assembleias de base da JT e da JF de Porto Alegre. Nesta quinta-feira, 18, às 15h, será realizado ato público no saguão do TRT. A data foi escolhida também aproveitando a presença, no TRT4, do corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Brito Pereira.

Na sexta-feira, 19, o ato público acontecerá em frente ao TRF4, também às 15h. Nesse dia, ocorre a posse da nova administração do tribunal.

Foi aprovada realização de ato público no dia 25, em frente à Assembleia Legislativa do estado. O Sintrajufe/RS irá se somar a outras categorias na atividade, quando haverá audiência pública do Senado no RS para debater o projeto que prevê a ampliação da terceirização. O presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda não confirmou, mas poderá estar presente.

Por fim, a quanto à divulgação de falsas notícias sobre a remuneração da categoria por parte do grupo RBS, foi aprovado que será feito encaminhamento à assessoria jurídica do Sintrajufe/RS, para que estude possibilidade de ação judicial, além de realização de ação de protesto.


Por Rosane Vargas, Sintrajufe/RS.
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Goiás aprova continuidade da greve, agora por prazo indeterminado

Fonte: Sinjufego

Grande assembleia geral ocorrida nesta quarta-feira 17/06 na porta do TRT-GO decide pela continuidade da greve em Goiás. Agora por prazo indeterminado, a partir do dia 22/06. Antes outra expressiva passeata fechou o trânsito nas imediações da sede do TRT-18.

A greve comandada pelo Sinjufego dos últimos dias têm sido realizadas com extrema qualidade com centenas de audiências canceladas na Justiça do Trabalho e com Cartórios Eleitorais fechados.

O compromisso da categoria goiana é continuar firme na intensificação da greve.

">AQUI o vídeo da expressiva assembleia geral que aprovou a continuidade da greve, agora sendo por prazo indeterminado.

" style="text-align: justify;">AQUI o vídeo da passeata dos Servidores do Judiciário Federal de Goiás nas redondezas do TRT-GO.

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Passeata pela aprovação do PLC 28/2015 reúne cerca de mil servidores na Barra Funda

Fotos: Jesus CarlosFonte: Sintrajud-SP

Por unanimidade, a assembleia geral dos servidores do Judiciário Federal em São Paulo decidiu nesta quarta-feira, 17, manter a greve por tempo indeterminado. Uma nova assembleia será realizada na próxima quarta, 24, às 14h, no Fórum Federal Pedro Lessa, na Avenida Paulista.

Numa das maiores manifestações da categoria nos últimos anos, cerca de mil servidores se concentraram no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda, e seguiram em passeata pela Avenida Marquês de São Vicente. Sob o barulho de apitos e vuvuzelas, os servidores ocuparam duas faixas da avenida, carregando faixas e bandeiras que pediam a aprovação do PLC 28/2015 – o projeto que reestrutura a tabela salarial da categoria.

“Este é um dos maiores protestos que já vi da nossa categoria aqui no estado”, afirmou o coordenador da Fenajufe Adilson Rodrigues. “Vamos deixar claro que exigimos negociação e a aprovação do PLC 28, já! Chega de enrolação!”.

Além de servidores da capital, a assembleia recebeu caravanas de cidades da região metropolitana, do interior e da Baixada Santista.

A greve conta com forte adesão e atinge fóruns e varas de todo o estado. Na Justiça do Trabalho, a greve está atingindo setores importantes, como a conciliação, a distribuição e a tecnologia.

“Os servidores sabem que o trabalho dos tribunais tem de parar de vez; só assim vamos forçar o governo e o [ministro Ricardo] Lewandovski a se moverem e negociarem”, declarou a diretora do Sintrajud e servidora da JT Inês Leal de Castro. “Vamos infernizar a vida deles até que eles vejam o inferno que é a nossa.”

Até o final da semana, a greve atingirá pelo menos 20 estados e o Distrito Federal. “[O ministro da Fazenda, Joaquim] Levy e Lewandovski querem impor um reajuste zero para a nossa categoria”, disse o servidor da JF Cléber Borges de Aguiar, também diretor do Sintrajud. “Vamos aumentar ainda mais a nossa greve; só assim vamos conseguir impor uma derrota ao governo e garantir nossa recomposição”, acrescentou.

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Bahia ruma à paralisação de 90% na JF e TRT

Fonte:Sindfuje-BA

Desde as paralisações dos dias 29/05, 10 e 11/06 os servidores baianos sinalizaram que fariam a maior greve da sua história. A greve por tempo indeterminado deliberada no dia 11 para começar a partir do dia 16 contou nesta quarta (17/06) com adesão de quase 90% da categoria em todo o Estado. Hoje (17/06) fomos informados que a JM decidiu aderir à paralisação, se juntando aos demais servidores na luta pelo PLC28.

Uma característica dessa greve na JF e TRE é que ela se iniciou e fortaleceu a partir do interior do Estado. Na JF as adesões em Feira de Santana, Vitória da Conquista, Bom Jesus da Lapa, Teixeira de Freitas, Campo Formoso, Itabuna e Barreiras foram anunciadas no dia anterior à data de início. Em seguida a Capital respondeu com força e das 24 varas, 18 anunciaram adesão imediatamente. Depois vieram as Subseções de Juazeiro e Irecê, e na Capital as adesões também aumentaram hoje. A JF de Guanambi entra a partir de amanhã. Estamos aguardando as adesões de Ilheus, Alagoinhas e Eunápolis, para assim, o interior fechar 100% de adesão, criando mobilização inédita em toda a história da categoria no Estado!

 

No TRE a ZE de Itabuna foi uma das primeiras a sinalizar adesão, sendo seguida por outras, como Feira de Santana e Alagoinhas, que já pararam.  Já aderiram também as ZEs de Amargosa,  Ubaitaba, outras já anunciaram adesão, como Parapiranga, Mata de São João, Ubaitaba, Inhambupe, Mairi, Guanambi etc. Na Capital a adesão é boa, e continua crescendo.

Já no TRT, o contrário aconteceu: a greve se instalou primeiramente na Capital, em seguida avançou para Ilhéus e depois para Itabuna e hoje houve a adesão de Feira de Santana – terceira e segunda maiores Cidades do Estado, respectivamente - . As VTs de Vitória da Conquista, Alagoinhas e Paulo Afonso também já aderiram e assim a greve chegou forte às maiores Cidades da Bahia, levando a mobilização às demais que já se movimentam no sentido de aderir. A segunda instância também aderiu à greve com muita disposição em grande assembleia setorial realizada ontem.

Hoje em reunião setorial na JF os servidores ouviram os informes do Ato Naconal e ratificaram a posição de não aceitar proposta rebaixada. Todos esperam que o STF não feche acordo antes de ouvir a categoria, e repetiram que nao abrem mão do PLC28.

 Veja a programação para essa semana:

 DIA 18/06

TRT DE NAZARÉ: Concentração a partir das 7h30 para fazermos um ato e setorial. Chamamos todos os servidores dos Prédios das Varas e do Médici para participarem.

 

JF: SARAU MUSICAL LITERÁRIO às 13h no prédio sede.

 TRE: aguardamos informe da atividade.

 TODOS OS ÓRGÃOS: REUNIÃO DO COMANDO UNIFICADO DE GREVE NA JF APÓS O SARAU.

 DIA 19/06:

 TRT DO COMÉRCIO:

 Concentração no Comércio a partir das 8h

 TRT NAZARÉ:
Assembleia Setorial às 10h, no Coqueijo, para deliberar os nomes das pessoas que vão compor a Comissão que vai se reunir com Dr Valtércio no dia 29/06.

Reunião de Diretoria na JF às 10h

 TODOS: ASSEMBLEIA GERAL NA JF ÀS 13h

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Servidores da 15ª Região aderem à greve por tempo indeterminado

Fonte: Sindiquinze-SP

Terminada a rodada de assembleias promovida pelo Sindiquinze nas oito regiões da Justiça do Trabalho da 15ª Região, os servidores, por ampla maioria, decidiram aderir à greve nacional por tempo indeterminado, posicionando-se contra a manobra do Governo Dilma para retardar o trâmite do PLC 28/15 no Senado e rebaixar a tabela do reajuste previsto no projeto. A paralisação será iniciada no próximo dia 22 de junho, segunda-feira, em toda a 15ª Região. 

De um total de 130 votos apurados, 80 servidores foram favoráveis à greve, sendo 26 contrários e 24 abstenções, na votação realizada entre os dias 15 e 17 de junho nos fóruns de Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Bauru, Araçatuba, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Campinas e Sorocaba.

Para o Presidente do Sindiquinze, Zé Aristéia, chegou a hora dos servidores construírem uma paralisação ampla na Justiça do Trabalho da 15ª Região. “Desde 2006 temos o melhor quadro em relação à aprovação do nosso Plano de Cargos e Salários, pois nosso projeto está a uma votação de ser aprovado pelo Senado, temos na base do Governo o apoio declarado de senadores do PT e PMDB e temos o STF tensionando a negociação no sentido de não deixar nosso reajuste na ‘vala comum’ dos Servidores Públicos Federais (SPFs). Agora, a pressão de uma greve nacional e a possibilidade de fecharmos o acordo orçamentário, com a manutenção da tabela, é o que esperam os servidores da 15ª Região”, afirma Zé Aristéia. 

O momento é de luta! PLC 28/15: APROVA JÁ!

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Mais uma juíza federal se manifesta a favor do movimento dos servidores pela aprovação do PLC 28/15

Não Publicado

Fonte: Assessoria de Comunicação - SITRAEMG

Na última segunda-feira, 15, os servidores da Subseção Judiciária de Juiz de Fora se reuniram para se manifestar sobre a greve. Na ocasião, o coordenador geral do SITRAEMG Alan da Costa Macedo afirmou que nunca houve na história do Sindicato momento mais adequado à paralisação total dos serviços. Ministros, presidentes de tribunais, juízes se manifestando publicamente a favor da causa dos servidores. O Senado Federal está sensível ao nosso pleito e já há conjecturas de que vão bater de frente com o governo, aprovando o plano e derrubando eventual veto da Presidência, concluiu Alan.

Ao comentar com os servidores sobre as perspectivas do movimento, Alan convidou a juíza federal Maria Helena Carreira Alvim para se manifestar sobre o assunto. Convite aceito, a magistrada afirmou que, sem os servidores, o Judiciário não anda. Disse, ainda, que qualquer movimento feito pelos servidores deve ser tão forte que abale as estruturas de poder, e chamou a atenção para a necessidade de revisão dos atos governamentais.

Leia, abaixo, várias matérias sobre apoio de magistrados mineiros e de outros estados à mobilização dos servidores do Judiciário Federal pela aprovação do projeto de reposição salarial:

- Vários desembargadores da Justiça do Trabalho também manifestam apoio à luta pela aprovação do PLC 28/2015

- Apoio histórico da 1ª Turma do TRT-3ª região, aos servidores do Poder Judiciário: Suspensão da sessão de julgamento em suporte à greve

-Durante sessão no TRT, juíza declara apoio ao PLC 28; no mesmo dia Comando de Greve faz trabalho de mobilização junto aos servidores

-AJUFE envia carta a lideres do Senado em apoio ao PLC 28/15

-Servidores de gabinete da 2ª Instância da JT iniciam greve com apoio de magistrada

-Presidente da Ajufemg também manifesta apoio à luta pela aprovação da reposição salarial

-Revisão salarial: presidente do TRT atende pedido do SITRAEMG e pede apoio de Dilma e Renan Calheiros à aprovação do PLC 28/2015 no Senado

-Presidente do TRE-MG pede apoio no Senado e STF aos projetos de reajuste da categoria e isonomia dos chefes de cartório

-A pedido do SITRAEMG, presidente do TRE/MG encaminha 2 ofícios em defesa do PL 7920/2014: ao presidente do STF e ao relator deputado Arnaldo Faria de Sá

-Presidente do TRF-1 informa a coordenador do SITRAEMG que reconhece necessidade da reposição salarial e que solicitará ao governo que “não vete” o PLC 28/15, caso seja aprovado

-Diretor do Foro da Justiça Federal do Paraná também manifesta publicamente seu apoio à luta dos servidores pela reposição salarial

-Diretor do foro da Seção Judiciária de Rondônia manifesta total apoio à luta dos servidores e repúdio à triste encenação do Senado Federal

 

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Nível Superior para o ingresso no cargo de Técnico Judiciário

Por Celso Neves, Técnico Judiciário, servidor da Justiça Federal em Campo Grande/MS, Bacharel em Direito, pós-graduado em Direito Tributário, Conciliador, Mediador, Corredor de Rua e integrante do Núcleo dos Técnicos Judiciários do Sindjufe/MS. 

Este artigo é de inteira responsabilidade do autor, não sendo esta, necessariamente a opinião da diretoria da Fenajufe

Muito se discute a propósito da elevação para o nível superior do cargo de Técnico Judiciário.

Para alguns, exigir o nível superior para a carreira de Técnico é fechar as portas do Judiciário para aqueles que só possuem o nível médio. Entretanto, o concurso público para ingresso no cargo de Técnico Judiciário exige do candidato conhecimentos em diversas disciplinas de nível superior tais como: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Processual Civil, Legislação Específica, etc. A exigência formal é para nível médio, mas o concurso, efetivamente, é direcionado a quem tem nível superior.

Atualmente, a barreira do conhecimento específico em direito dificulta sobremaneira o acesso daqueles com nível médio de escolaridade, no cargo de Técnico Judiciário. Não há, no país, escola de nível médio que agasalhe, em sua grade curricular, os conhecimentos nas matérias acima citadas.

Portanto, exigir o nível superior para a carreira de técnico não pode ser considerado um fechamento das portas do judiciário para aqueles que só possuem o nível médio. É, tão somente, regulamentar o que já vem acontecendo e não elitizar o judiciário, porém, promover à justiça, reconhecendo formalmente o que ocorre na prática, que os técnicos exercem atividades de alta complexidade.

Com a terceirização, a evolução tecnológica, a prática cotidiana e o PJe levaram os Técnicos ao exercício de atividades de alta complexidade, desde a posse. Técnicos e Analistas, na prática,exercem as mesmas atividades, não há, portanto, distinção de capacidade entre ambos os cargos, ou seja, o técnico não faz o que está no edital.

E, além disso, 95% dos Técnicos Judiciários que estão na ativa têm nível superior e muitos pós-graduação, mestrado e até doutorado. São altamente qualificados.

Em todo o Poder Judiciário, os Técnicos atuam nas atividades de Analistas, elaborando minutas de despachos, sentenças, votos, etc.e ganham infinitamente menos. Para se ter uma ideia, hoje, o abismo salarial entre Analistas e Técnicos chega R$ 4.700,00 (64,07%). Com a aprovação do PL 7920, o valor chegara a R$ 8.074,90.

A mão de obra barata dos técnicos contribui para o enriquecimento ilícito do Estado que paga os servidores de nível superior como se fossem de nível médio. A alteração da escolaridade dos Técnicos Judiciários para o nível superior evitaria o processo de desvio de função, prática comum no Poder Judiciário.

Se o interesse for o de manter os Técnicos no nível médio, a coerência seria então, realizar o concurso com as matérias da grade do ensino médio. Por esta lógica, o candidato teria, não só o direito de pagar a matrícula, mas a oportunidade de passar e ser convocado.

Várias carreiras públicas já se modernizaram e exigem nível superior para aqueles cargos que antes exigiam nível médio. A Receita Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, o Tesouro Nacional, entre outros, são exemplos de categorias que reconheceram a evolução da sociedade e adequaram seus concursos públicos, promovendo a valorização de seus servidores e das respectivas instituições.

A propósito,os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, por maioria, julgar improcedente o pedido do governo do Estado do Rio Grande do Norte na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4303. Na ADI, o Estado do Rio Grande do Norte questionava o artigo 1º, caput, parágrafo 1º, da Lei Complementar Estadual 372/2008, que alterou dispositivos da Lei de Organização Judiciária (Lei Complementar Estadual 242/2002) e equiparou a remuneração dos servidores do Tribunal de Justiça estadual.A relatora do processo, ministra Cármen Lúcia, confirmou a validade constitucional da norma questionada na ADI.

O tema foi discutido no Coletivo Nacional dos Técnicos (CONTEC) que aconteceu no dia 11 de abril de 2015, em Brasília, com dirigentes da Fenajufe e de vários sindicatos da base. Durante o encontro, após as exposições de opiniões contrárias e favoráveis, foi aprovado o curso superior como requisito para a investidura no cargo de Técnico, tanto no Judiciário Federal como no Ministério Público da União. Esse indicativo ainda será submetido às instâncias deliberativas da Fenajufe.

Ao discutir reajuste salarial, o Ministério do Planejamento (MPOG), leva em conta os similares em outros órgãos, principalmente os do executivo. A sociedade (leia-se mídia), também faz essa comparação, equiparando os trabalhadores de nível médio que ganham entre 2 e 3 salários, aos servidores de nível médio.Essa visão distorcida, portanto, prejudica melhorias salariais aos Técnicos.

Agora, mais do que nunca, os Técnicos precisam ficar unidos e lutar pelo nível superior nos próximos concursos. Esta, portanto, é a nossa luta: pela elevação para o nível superior do cargo de Técnico Judiciário e depois por melhorias salariais.

Participe das assembleias do seu Sindicato e defenda as nossas bandeiras! Não deixe que a minoria decida por você.

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Técnico Judiciário: suporte técnico-administrativo e a mudança (..)

 Técnico Judiciário: suporte técnico-administrativo e a mudança de escolaridade para investidura no cargo

Vicente de Paulo da Silva Sousa, técnico judiciário do TRE/CE. Graduado em Direito. Pós-graduado em Direito Constitucional e Processo Constitucional. Pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal. Pós-graduando em Direito Civil e Processo Civil. Integrante do Movimento Nacional pela Valorização dos Técnicos Judiciários (MOVATEC) e do Movimento Técnicos em Ação (TEA).

 

1 Cargo, servidor, modernização do Poder Judiciário da União e o princípio da eficiência.

 

A relevância do cargo de técnico judiciário para o bom funcionamento da prestação jurisdicional federal brasileira é incontestável. Igual é a importância histórica que tal carreira tem para a construção do Poder Judiciário da União, com previsão legal no artigo 2º, inciso II, da Lei n.º 11.416, de 15 de dezembro de 2006 [1]:

 

“Art. 2º. Os Quadros de Pessoal efetivo do Poder Judiciário são compostos pelas seguintes Carreiras, constituídas pelos respectivos cargos de provimento efetivo:

I - Analista Judiciário;

II - Técnico Judiciário;

III - Auxiliar Judiciário.” [grifado]

               

É comum, mas carreira e cargo não se confundem, assim como ocupante do cargo [2] e o cargo ocupado por uma pessoa também não se confundem. Equívocos como esses, recorrentes no cotidiano forense, faz com que visões retrógradas impeçam a modernização da estrutura organizacional do serviço público.

Esclareçamos, portanto, esse embaraço. Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor [3]. Por outro lado, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público [4]. Descrições entabuladas na Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Veja-se:

 

“Art. 2º. Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3º.  Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.”

 

Assim, dando sistematicidade ao corpo jurídico, a Lei n.º 11.416/2006 estabelece em linhas gerais as atribuições do cargo objeto do presente estudo.

 

“Art. 4º.  As atribuições dos cargos serão descritas em regulamento, observado o seguinte:

(...)

II - Carreira de Técnico Judiciário: execução de tarefas de suporte técnico e administrativo;” [grifado]               

 

Sobre tais institutos, a doutrina traz na lição de Bandeira de Mello (1975a) o caráter nuclear que envolve sua delimitação quando diz que “cargo é a denominação dada à mais simples unidade de poderes e deveres estatais a serem expressos por um agente” [5].

A estruturação dos cargos é relevante para o Estado. Nos últimos anos, foram implantadas alterações constitucionais, legais e gerenciais (CNJ), a fim de melhorar a gestão da prestação jurisdicoinal e seu serviço auxiliar. Para alcançar a tão sonhada gestão efetiva, há que aparelhar o capital humano com competências técnico-profissionais acompanhando a evolução do serviço público.

A Emenda Constitucional n.º 45/2004 inaugurou o modelo gerencial vislumbrando a modernização do Poder Judiciário da União, tendo como objetivo a redução da lentidão dos processos judiciais e a eficácia de suas decisões. Tal marco normativo passou a exigir melhoria na prestação dos serviços e maior qualificação de seu quadro funcional, ou seja, dos cargos e dos seus ocupantes: os servidores.

Em virtude dessas mudanças pelas quais vem passando o Poder Judiciário, em especial, com a implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe), os órgãos do judiciário necessitam de servidores altamente qualificados. Seja para atividades de planejamento e organização (realizadas pelos analistas), seja para atividades de suporte técnico e administrativo (realizadas pelos técnicos). Nesse sentido, há que se atualizar a estrutura dos cargos às necessidades sociais hodiernas.

 

2 Investidura no cargo de técnico judiciário, progresso tecnológico e científico e a alta complexidade do serviço prestado.

 

O artigo 37, II, da Constituição Federal de 1988 [6], prescreve a forma de investidura em cargo público, ou seja, determina que o ato de posse no cargo se dará através de concurso público de provas ou de provas e títulos de acordo com a natureza e a complexidade do cargo.

 

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(...)

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;” [grifado]

 

O concurso público de provas de acordo com a natureza e a complexidade do cargo é requisito para a investidura em cargo público. Está aí a base constitucional para que se avalie devidamente o futuro ocupante do cargo de técnico judiciário, considerando que suas atribuições são de alta complexidade, compatível apenas com quem possui diploma de conclusão curso superior.

É a revisão da escolaridade para ingresso no cargo que a classe busca. Ao contrário do que muitos pensam, isso não é forma de provimento derivado, o que é vedado no ordenamento jurídico. Zanella di Pietro (2009, p. 523) bem ensina sobre o princípio do concurso público [7]:

 

“Quando a Constituição fala em concurso público, ela está exigindo processo aberto a todos os interessados (...). Daí não terem mais fundamento algumas formas de provimento, sem concurso público, previstas na legislação anterior à Constituição de 1988, como a transposição (ou ascensão) e a readmissão.” [grifado]

 

O cargo de técnico judiciário deve atender às novas necessidades trazidas pelo progresso tecnológico e científico, o qual move o curso natural da sociedade contemporânea. Pessoas e instituições incorporam as inovações resultantes desse processo que inexoravelmente desencadeia complexidades cada vez maiores no cotidiano e nas relações humanas e institucionais.

Da família até o produto mais acabado da organização social (o Estado), impactos do processo de desenvolvimento incidem de tal forma que, se não se prepararem para esse choque de mudanças, estarão todos fadados ao fracasso, resultando em desequilíbrios sociais.

Nesse contexto, as pessoas, em especial os trabalhadores, são cada vez mais exigidas quanto ao nível de conhecimento que se incorpora à condução das suas atividades laborais. Tamanha é a celeridade dessa evolução, que as convenções formais (padrões sociais, costumes, leis, regulamentos etc) não acompanham a primazia da realidade sobre o ideal, vetor normativo que orienta qualquer ordem social, política, econômica e jurídica.

A obsolescência de formalismos inócuos é resultado da incapacidade das instituições de conjugarem o imaginário sobre o real ou vice versa.

Se dada posição de trabalho há 20 (vinte) anos carecia de um exercício braçal para gerar produção, essa mesma posição de trabalho hoje, cedendo lugar à máquina, fará com que a produção subsista se o ocupante da antiga posição de trabalho evoluir para a condição de operador dessa mesma máquina, o que exige acúmulo de cultura e conhecimentos para tal, ou seja, requer exercício mental cada vez mais apurado tecnicamente.

Não há que se confundir "posição de trabalho" (cargo/função) com o trabalhador (servidor). Este OCUPA uma função para produzir e em troca é (re)compensado materialmente se atendidas as exigências.

A esfera privada responde melhor aos estímulos sociais. Por outro lado, a administração pública, que se sustenta em formalismos exacerbados, não acompanha essa dinâmica com a mesma desenvoltura privatista. A estrita legalidade contribui solenemente para esse cenário.

A ordem jurídica deve acompanhar as transformações sociais sob pena de estagnação. O trabalhador braçal passou a se qualificar ao longo dos tempos para atender às novas demandas da sociedade.

Trabalhador aqui em sentido amplo, que inclui os servidores públicos. Cargos são dimensionados e redimensionados na estrutura administrativa pública para que a sociedade continue gozando da prestação dos serviços, à luz de cânones constitucionais como a efetividade e a eficiência. No Poder Judiciário da União, o carimbador de processos físicos deu lugar ao operador de processos digitais.

Eis, portanto, o substrato fático a inspirar a análise correta da escolaridade para ingresso no cargo de técnico judiciário federal. A legitimidade, a constitucionalidade e a legalidade do novo requisito para ingresso no cargo refletem as novas exigências da sociedade são inquestionáveis. Na ADI 4.303, o Supremo Tribunal Federal (STF), em paradigmático julgamento de litígio entre o Governo do Rio Grande do Norte e a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, entendeu que a mudança de escolaridade para nível superior de cargos públicos não fere a ordem constitucional.

Após o julgamento da ADI n° 4.303 no STF, restou claro que a constitucionalidade da elevação da escolaridade como requisito para o ingresso no cargo de técnico judiciário é majoritária e factível. Ademais, a elevação de nível de escolaridade para esse cargo está em perfeita consonância com a missão de modernização do poder judiciário, o qual busca prestar serviços com moralidade, eficiência e efetividade em benefício da sociedade e do bem estar comum.

 

3 Solução drástica: terceirização e realocação das atribuições de suporte técnico e administrativo para o cargo de analista.

 

O Poder Judiciário da União, diante da sua incapacidade de acompanhar a evolução dos cargos públicos, incorre em contradição tamanha, qual seja, aumenta o número de vagas para analistas à medida que vem terceirizando o serviço de suporte técnico e administrativo realizado pelos técnicos judiciários.

Drástica e irracionalmente o poder judiciário promove lenta extinção do cargo de técnico judiciário. Proposições legislativas como o PL n.º 7.990/14, PL n.º 8.132/14, PL n.º 8.307/14, PL n.º 4217/12 (PLC n.º 85/2013) retratam claramente a diminuição das vagas para o cargo de técnico judiciário.

Essa situação se agrava quando as vagas são destinadas ao primeiro grau de jurisdição. O exemplo do PL n.º 8.318/14 (em trâmite na Câmara dos Deputados) é emblemático, uma vez que propõe a criação de 1 (um) cargo de juiz federal, 1 (um) de juiz substituto, 13 (treze) de analista judiciário, 4 (quatro) de técnico judiciário, 1 (um) cargo em comissão, e 13 (treze) funções comissionadas [8].

Disso, duas indagações surgem:

1) Os analistas estão realizando as tarefas de suporte técnico administrativo, que hoje são de alta complexidade, usurpando as atribuições dos técnicos judiciários?

2) O poder judiciário está terceirizando essas atividades estatais? Está deixando de recrutar técnicos judiciários por meio de concurso público?

O poder judiciário vem descartando o suporte técnico e administrativo do técnico judiciário gerando grave contradição: empossa novos analistas para absorverem o esse suporte técnico administrativo realizado pelos técnicos judiciários ao tempo que obriga os analistas a usurparem as atribuições dos técnicos judiciários.

Essa disfunção lesa a categoria de servidores como um todo, combalindo a valorização dos técnicos judiciários, relegando e desprezando o que poderia ser medida de eficiência, justiça e, por conseguinte, promoção da moralidade pública, colocando os analistas judiciários em desvio de função ou sobrecarregando-os com as atribuições dos técnicos judiciários.

 

4 O mito da elitização: a extinção dos técnicos judiciários e a hegemonização dos analistas como única carreira do Quadro de Pessoal do Poder Judiciário da União.

 

O mito da elitização contribui para a desvalorização do cargo de técnico judiciário. O PJU não pode penalizar a prestação dos serviços arvorando-se em uma pseudopolítica pública que compete a outras esferas estatais executá-la.

Um erro não pode justificar outro erro, qual seja, a manutenção da escolaridade de nível médio para um cargo que na prática é de nível superior tomando como justificativa a inserção no mercado de trabalho de quem possui nível médio. A sociedade evoluiu. Professores de escolas públicas ocupavam cargos de nível médio, hoje continuam no mesmo cargo, porém o ingresso hoje requer nível superior. Não há que se falar em elitização.

O mesmo ocorreu com os cargos de soldado da polícia militar e de bombeiro, ambos do Distrito Federal. Oficiais-de-justiça de quase todos os Tribunais de Justiça, Técnicos da Receita Federal dentre tantos outros que só integram o rol de cargos modernizados.

A elitização é um discurso inapropriado. Contradiz a realidade do poder judiciário. Ademais, a manutenção de vagas de nível médio para cargos que na prática desenvolvem tarefas de alta complexidade gera grave injustiça. Política pública de acesso ao mercado de trabalho está a cargo de outras esferas político-administrativas.

A sofisticação das atividades do técnico judiciário, por exemplo, tem que ser reconhecida legalmente, conferindo conteúdo mais apropriado à correspondência da Lei com a realidade que a inspira. As tarefas de alta complexidade do suporte técnico e administrativo (art. 4o., II, Lei n.º 11.416/06) [9], as quais só podem ser exercidas por quem possui diploma de nível superior, devem atualizar o regramento legal e alicerçar a justificativa política para a mudança do critério para o ingresso no cargo de técnico judiciário, como vem sendo feito em grande escala, a exemplo das carreiras já mencionadas.

Veja-se a descrição legal da fonte de atribuições do cargo em comento, “As atribuições dos cargos serão descritas em regulamento, observado o seguinte: (...) II - Carreira de Técnico Judiciário: execução de tarefas de suporte técnico e administrativo;”

Discursos como elitização conduzem seus defensores a um grupo pernicioso socialmente. Quem perfilha o discurso antielitista defende sorrateiramente a elitização do poder judiciário: grave contradição.

Se a onda de extinção prosperar, em poucos anos haverá apenas uma Carreira no poder judiciário federal, aglutinando todas as atividades das outras carreiras não menos imprescindíveis para o funcionamento do PJU.

O aumento de vagas para analista judiciário aliado ao vertiginoso decréscimo de vagas de técnico judiciário denota a verdadeira elitização.

Com a ampliação do acesso ao ensino superior (público e privado), a classe menos favorecida tem mais oportunidades de ingressar em cargos de maior escolaridade no serviço público que se moderniza a ritmos nunca vistos. Maior escolaridade é resultado natural do desenvolvimento social, tecnológico e científico. Veja-se em países desenvolvidos. O que ocorre não é elitização, mas sim progresso social. Crescimento. Desenvolvimento.

Portanto, a elitização assustadora com a supressão das vagas de técnicos judiciários concomitantemente a um vultoso acréscimo de vagas de analistas no poder judiciário federal é fato notório e incontroverso.

Essa política contribui para um impacto financeiro descomunal para a administração pública. Optar por modernizar seu quadro com outra Carreira de nível superior, remunerando-a adequadamente, compatível com a alta complexidade vertida pelo suporte qualificado do técnico judiciário a um custo menor para os cofres públicos é a melhor solução.

 

5 Considerações finais

 

O progresso tecnológico e científico exige que a sociedade e o Estado se adaptem às novas exigências trazidas por esse processo de desenvolvimento.

Os postos de trabalho vêm passando por alterações abruptas. E a administração pública não pode ficar à mercê da estagnação. Deve seguir o exemplo da esfera privada, fonte de inspiração para o sistema gerencial de onde importou valores orientadores para um serviço público modernizado.

Esse contexto se agrava no Poder Judiciário da União. A função estatal onde todos buscam efetivar o ideal de justiça deve conjugar a realidade ao aparelhamento legal.

Por todas as razões expostas, conclui-se que a investidura no cargo de técnico judiciário exige em muito diploma de curso superior. Além de constitucional e legalmente viável (dimensão jurídica), a legitimidade de tal pleito vem ganhando corpo cada vez maior no âmbito das entidades representativas da categoria e nos tribunais Brasil afora (dimensão política).

Tal medida é imprescindível para que os ocupantes desse cargo possam bem desempenhar as tarefas de alta complexidade e as responsabilidades que lhes são cometidas a fim de assegurar uma prestação jurisdicional efetiva e eficiente.

 

 

Referências

 

[1] [2] BRASIL, República Federativa do Brasil. Lei n.º 11.416, de 15 de dezembro de 2016. Lex: Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11416.htm>. Acessado em: 15 jun 2015.

[3] [4] BRASIL, República Federativa do Brasil. Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Lex: Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8112cons.htm>. Acessado em: 15 jun 2015.

[5] MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Apontamentos sobre agentes públicos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1975a.

[6] BRASIL, República Federativa do Brasil. Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988. Lex: Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acessado em: 15 jun 2015.

[7] PIETRO, Maria Silvia Zanella Di. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2010.

[8] BRASIL, República Federativa do Brasil. Projeto de Lei da Câmara n.º 8.318, de 18 de dezembro de 2014. Projeto de Lei: Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acessado em: 15 jun 2015.

[9] BRASIL, República Federativa do Brasil. Lei n.º 11.416, de 15 de dezembro de 2016. Lex: Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11416.htm>. Acessado em: 15 jun 2015.

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Servidores da Justiça do Trabalho do Paraná deflagram greve por tempo indeterminado

Fonte: Sinjutra
A Justiça do Trabalho do Paraná passou oficialmente a compor o quadro de greve nacional pela aprovação do PLC 28/2015 na sexta-feira, 12 de junho. Reunidos no saguão do Fórum Trabalhista de Curitiba, os servidores deram o pontapé inicial no movimento que já atinge boa parte do país. Da Região Metropolitana, Campo Largo e São José dos Pinhais deram início à paralisação a partir de sexta-feira. O movimento também já atinge boa parte das Varas do Trabalho do estado.
O coordenador do sindicato Miguel Szollosi disse que não há como prever quanto tempo irá durar o movimento grevista, mas ressaltou a importância de manterem-se firmes até o objetivo final, que é a aprovação do projeto.
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Mato Grosso entrou em greve por tempo indeterminado, por decisão de assembleia geral da categoria

Fonte: Sindijufe-MT
 
A proposta foi aprovada por maioria dos presentes, com apenas algumas abstenções e nenhum voto contra. Foi aprovada também a realização de assembleias diárias para avaliação do movimento.
 
Um dos destaques das manifestações em Mato Grosso foi o ato público realizado ontem de manhã no TRT, em defesa do judiciário e pela valorização da categoria. Os Servidores pararam o trânsito em Cuiabá para alertar a população sobre as condições precárias do judiciário
Avaliações positivas.
 
Os manifestantes foram até à Avenida em frente do Tribunal, onde o carro de som os aguardava para dar suporte ao protesto. Com faixas estendidas e ao som de vuvuzelas e apitos, com faixas esticadas, eles interromperam o trânsito nas proximidades do semáforo entre o Tribunal e o Shopping Pantanal, restando sentados no asfalto. Cerca de 200 servidores participaram do ato.
Para o servidor da justiça federal Lindoval Landes da Silva, do setor de segurança, a decisão da Categoria sobre a Greve foi correta. "É o único meio de conseguirmos chamar a atenção do Congresso e também do governo, para aprovação do nosso plano de carreira, cujos valores já estão  corroídos pela inflação há muito tempo. É uma luta da Categoria que temos que apoiar", disse ele.
 
O servidor do TRE Edivaldo Rocha também declarou que a deliberação foi positiva. "A gente percebe que a Categoria está mobilizada no sentido de conseguir a aprovação do reajuste, e vamos lutar por isso porque o momento assim exige, e é muito oportuno. O movimento é justo porque nos últimos anos tivemos uma perda muito grande do nosso poder aquisitivo, e então é hora de resgatar a questão econômica, até porque nos prestamos relevantes serviços para a sociedade", afirmou ele.
 
A servidora Jamila Abrão Fagundes considera que a Categoria decidiu com acerto. "O momento é de pressão total, e desta vez tem mais der 20 sindicatos na luta, para que o nosso projeto siga adiante sem ir para o freezer da CAE. A nossa Categoria realmente tem que aderir em massa neste momento, para que a gente consiga esse reajuste", disse ela.
 
A servidora Juscileide Rondon também achou positiva a decisão da Categoria. "Desde o primeiro momento eu apoiei o chamamento para a Greve, porque entendo que isso era fundamental para que chegássemos a esta semana com um prévio entendimento com o Ministério do Planejamento e com as lideranças das bancadas diversas que nós temos no Senado Federal. Acho que hoje a decisão foi acertada, e acho que o palco da disputa hoje para aprovação desse projeto é Brasília, e a gente tem que perceber isso enquanto Categoria, para fazer o deslocamento necessário e garantir, além da aprovação do PL 28/2015, também a questão do orçamento para bancar este projeto. Sem um entendimento nós sabemos que não iremos conseguir a aprovação, e portanto devemos focar nossos esforços no Distrito Federal e arrancar nosso plano, que estamos correndo há tanto tempo para conquistar", assinalou ela.
 
A assembleia de hoje (11/6) foi realizada no TRT, e os servidores voltarão a se reunir amanhã de manhã, as 9h, no TRE, para avaliações do movimento.
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Greve do judiciário federal começou nesta segunda com adesão total da JFRN

Fonte:Assessoria de Comunicação do Sintrajurn

Os servidores do judiciário federal do RN deram início na manhã desta segunda-feira, 15 de junho, a uma greve por tempo indeterminado. A primeira manifestação se concentrou na praça do TRT 21 onde os servidores realizaram assembleia para avaliar a movimentação. O destaque ficou para a presença maciça dos servidores da Justiça Federal. Não só a capital aderiu ao movimento, como também as subseções de Assu, Caicó, Mossoró, Pau dos Ferros e Ceará-Mirim.
Antes do início da assembleia os servidores que já se aglomeravam nas tendas resolveram fazer um “arrastão” no TRT e convocar os colegas a engrossarem o movimento. A iniciativa deu certo, e rapidamente as tendas montadas na praça e as mais de 200 cadeiras foram ocupadas. Os servidores do judiciário do RN estão dando seu recado: não vão aceitar rebaixamento da proposta que o governo pretende apresentar na sexta-feira.
Dentro dos informes e avaliação do movimento, os servidores avaliaram os boatos que correm em Brasília de que o governo prepara uma proposta para os servidores do judiciário: 20% parcelado em quatro anos. Lógico que todos pensam que se trata apenas de uma piada de muito mal gosto. Avaliem: se nos últimos 10 anos os servidores acumulam perdas de, no mínimo, 60% em seus salários e com uma previsão de inflação nos próximos quatro anos de 40%, como o governo tem a ousadia de propor apenas 20%? Isso serviu de combustível para os presentes de reforçarem ainda mais a mobilização e formarem o comando estadual de greve. 
A assembleia decidiu ainda que o Ato Público desta terça-feira, 16, deverá ocorrer ainda no TRT21, como forma de reforçar a mobilização nessa Justiça e somente na quarta ocorrerá em outro local. A assembleia permanece continuada, para que, em caso de novidade, os servidores possam decidir sobre a descontinuidade do movimento, sem a necessidade de um novo cumprimento de prazos.

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Mobilização dos trabalhadores do Judiciário Federal continua no Pará e Amapá

Fonte: Sindjuf-PA/AP

O SINDJUF-PA/AP continua trabalhando para fortalecer o movimento paredista dos trabalhadores do Judiciário Federal. Hoje (12), em Macapá, o coordenador Jaguarecê Collares e os servidores Márcio Colares, Alexandre Azevedo e Eurivan Vilhena reuniram-se com o Senador João Capiberibe (PSB/AP) para solicitar apoio do parlamentar à aprovação e implementação do PLC 28/2015 que trata da recomposição salarial dos servidores do Judiciário Federal.

Na ocasião, foi protocolado ofício encaminhando ao senador um Memorial com informações que justificam o pleito dos servidores, demonstrando que a categoria vem sofrendo com a desvalorização salarial desde 2006, quando foi aprovado o último Plano de Cargos e Salários. O Senador manifestou solidariedade aos servidores, reconhecendo a justeza do pleito e a acentuada defasagem salarial e garantiu apoio ao projeto e também à previsão orçamentária na LDO de 2016.

Além do apoio político dos parlamentares é fundamental a adesão dos trabalhadores ao movimento paredista que é nacional. Até agora, no Amapá, apenas os servidores das Justiças Federal e Eleitoral se engajaram na luta. Porém, os últimos acontecimentos, envolvendo o adiamento da votação do PLC 28/2015, tiveram um efeito mobilizador para os companheiros da Justiça Trabalhista, daquele estado, que ainda não haviam se mobilizado, apesar das convocações feitas pelo Sindicato.

Em reunião, hoje (12), os companheiros do TRT, em Macapá, decidiram fazer uma assembleia setorial, dia 18 de junho, às 14h, no hall de entrada do fórum trabalhista para deliberar sobre paralisação no dia 30/6/2015.

Os servidores da Justiça Federal, em greve por tempo indeterminado desde 27/5, realizaram assembleia, ontem (11), para avaliar o movimento e decidiram, por unanimidade, pela continuidade da greve por tempo indeterminado.

PARÁ

Na Justiça Eleitoral do Pará, na tentativa de intensificar o movimento paredista que já conseguiu mobilizar os servidores com paralisações de 24 horas, nos dias 27/05, 03 e 10/06, os coordenadores Conceição Mota e Ribamar França reuniram com um grupo de servidores que manifestaram preocupação com os novos rumos da luta.

A discussão foi muito positiva, pois os servidores da base do eleitoral apresentaram propostas de novas estratégias para o enfrentamento da situação que foi criada com o adiamento da votação do PLC 28/2015 para o dia 30/06. A preocupação é com a tímida participação dos servidores no Pará.

Ao final da reunião, foi acordado que a estratégia para esse novo cenário é envolver um maior número de servidores na luta. Para tanto, o sindicato irá mobilizar os servidores da Justiça Eleitoral, nos dias 15 e 16 de junho para uma assembleia setorial que acontecerá, no dia 17, a partir das 9 horas, no auditório do Plenário do TRE-PA, para deliberar sobre a efetiva participação da categoria na greve.

Fonte: Imprensa do SINDJUF-PA/AP

 

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Reportagens tendenciosas e antiéticas- jornalistas desinformam a população (...)

Reportagens tendenciosas e antiéticas- jornalistas desinformam a população sobre a realidade do reajuste reclamado pelos servidores do poder judiciário- terá a mídia algum interesse no sucateamento do judiciário?

Por: Alan da Costa Macedo, Coordenador Geral do SITRAEMG, Bacharel em Direito pela UFJF; Pós Graduado em Direito Constitucional, Processual, Previdenciário e Penal; Servidor da Justiça Federal, Oficial de Gabinete na 5ª Vara da Subseção Judiciária de Juiz de Fora-MG; Professor e Conselheiro Pedagógico no IMEPREP- Instituto Multidisciplinar de Ensino Preparatório; Professor  e associado do IEPREV.

Às vésperas da votação do PLC 28/15 no Senado, a população recebe da mídia uma série de matérias tendenciosas e inverídicas sobre o reajuste salarial dos servidores do Judiciário Federal. Nas inúmeras matérias jornalísticas, de várias fontes, afirmam, nas entrelinhas, que “o aumento salarial” está totalmente fora dos padrões e que o tempo de crise econômica não justifica um reajuste nos patamares colocados.

Não é possível acreditar que a mídia age dessa forma por “pura desinformação” ou são “ antiéticos e tendenciosos por essência”. Alguns já cogitaram que muitas matérias são encomendadas por agentes (ocultos) do governo numa espécie de contra inteligência política. Tal denúncia não é de todo impossível, quando se está às claras em um cenário escancarado de compra de votos (mensalão); corrupção sistêmica pelo dinheiro e pelo poder ( petrolão); e indicações políticas para controle absoluto do Estado ( nomeação de Dias Toffoli para o STF, por exemplo. Onde esta o notório saber jurídico desse senhor? ).

O governo, hoje, encara os sindicalistas como meras “formiguinhas”, esquecendo-se do seu passado e da sua histórica luta de classes que o levou ao poder. Veja-se que no caso da MP 665 e 664 (que retiram direitos dos trabalhadores e da pobre classe dos segurados do INSS) a própria CUT (governista declarada) foi contra. O que está acontecendo com esse governo, ou será desgoverno?

O ponto máximo da corrupção pelo poder, a meu ver, é a compra da mídia televisiva e jornalística. Isso é coisa de mafioso e denota uma “ditadura disfarçada de democracia”. A população alienada acredita em tudo que se noticia e, infelizmente, fica a mercê da desinformação.

Infelizmente, parece-nos que está tudo corrompido. Nos dias de hoje, o jornalismo atua em duas vertentes: a) com imagem romântica de juiz social e porta-voz da opinião pública; b) de estrutura empresarial comercial sem caráter que recorre a qualquer meio para chamar a atenção e multiplicar suas vendas, sobretudo com a dimensão exagerada concedida a notícias escandalosas e policiais.

Jornalistas podem, também, intencionalmente ou não, se mostrar como vítimas de desinformação (tal desinformação, muitas vezes, devem vir através de noticias enviadas por agentes ocultos do governo). Mesmo sem cometer fraude deliberada, podem dar uma conotação embasada em trechos verdadeiros, mas focando em certos aspectos em detrimento de outros, ou dando explicações parciais - tanto no sentido de incompletas quanto de tendenciosas. Esse é o caso das matérias sobre o reajuste no Judiciário Federal.

Dizem que reclamamos “aumentos acima da inflação”, mas não dizem que estamos há 9 (nove) anos sem reajuste, em afronta ao mandamento constitucional da revisão geral anual dos vencimentos. Dizem que, no cenário de crise, não se justifica dar reajuste a uma categoria naqueles patamares, mas não dizem que o Governo perdoa dívidas de países pobres; que o governo perdoa tributos da FIFA; que o Governo concede incentivos fiscais para determinados grupos em troca de favores políticos; que o Governo, enfim, administra mal o Estado e depois joga a conta da crise no bolso do trabalhador.

Pela pesquisa que fiz, os Códigos de Ética do jornalismo se determinam por valores e preceitos fundamentais do jornalismo, tais como: a busca dverdade, a veracidade e a precisão das informações.

O Código de Ética da Federação Nacional dos Jornalistas), estabelece,  por exemplo, no art. 2º, I, que "a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários" e no art. 2º, II, acrescenta que "a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos". O artigo 4º afirma que "o compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação" e o art. 7º, que: "O jornalista não pode (...) II - submeter-se a diretrizes contrárias à precisa apuração dos acontecimentos e à correta divulgação da informação" [1] .

Noutro lado, a Declaração de Princípios sobre a Conduta do Jornalista, da Federação Internacional de Jornalistas, afirma que "jornalistas dignos do nome" (art. 9) devem seguir fielmente o princípio estabelecido no artigo 1º: "O respeito à verdade e ao direito do público à verdade é a primeira obrigação do jornalista".[2]

Há pouco tempo, reportagem do Fantástico narrava cobrança de honorários advocatícios excessiva em causas previdenciárias. No entanto, A OAB ao apurar os fatos, constatou que a realidade era diferente daquela apresentada. A OAB/BA pediu providências ao Conselho Federal da Ordem no sentido de ajuizar ação de indenização por dano moral coletivo.

E nós, o que faremos contra o constante ataque da mídia?

Entendo que para que os nossos movimentos grevistas e contra as artimanhas do governo para negar-nos direitos constitucionalmente assegurados, devemos informar a população e usarmos o direito de resposta contra a mídia antiética e tendenciosa.

E como lutar contra um “elefante” se somos apenas formiguinhas? Somos mais de 100 mil formiguinhas esqueceram?

Pode ser que o nosso projeto seja aprovado no próximo dia 10 de junho, mas se não for? Mesmo sendo, e os próximos, como fica? Devemos ficar sendo vitimas eternas de governos que usam a mídia a nosso desfavor?

Proponho que coloquemos em pauta na próxima reunião da FENAJUFE a criação de um “ fundo especial para mídia jornalística e televisiva”. Explico: Se cada sindicato filiado à FENAJUFE fizer uma contribuição especial para criação desse fundo, teremos dinheiro para pagar propagandas nos grandes meios de comunicação com o intuito de informar a população sobre as artimanhas do governo para joga-los de encontro a nós.

O Governo Federal não pode administrar mal os seus recursos (Copa do Mundo; Incentivos Fiscais para empreiteiras em troca de favores; Corrupção na Petrobrás; Perdão de dividas externas; Estelionato eleitoral com redução de alíquotas etc) e depois jogar a conta no bolso de quem trabalha.

Por isso o judiciário está sucateado, assim como as escolas públicas ( os professores e outras importantes classes de trabalhadores também são tratados como lixo por esse governo). Servidores mal remunerados não são eficientes e a Administração publica tem como princípio a eficiência.

Quando a mídia disser:  "Mas vocês já ganham muito bem. Diremos: “Mas nós estudamos pra isso. Nós passamos em concurso muito difícil de se passar. Nós fazemos curso de pós graduação do nosso bolso pra prestar o melhor serviço para população. Quer serviço público de qualidade, tem que remunerar bem. E qual é o salário do repórter para desinformar e alienar?”

Diremos, ainda: “ O Governo ( Poder executivo) não permite ( usa todo tipo de artimanha política) a teórica autonomia financeira e orçamentária do Poder judiciário , que continua contratando poucos servidores para demanda e não investe no aparelhamento o Judiciário. Por isso o Processo é lento ( no fim, ainda faz a população dizer que os servidores e juízes é que são lentos). Ninguém sabe que ficamos doentes com sobrecarga de trabalho, devido ao acumulo de processos.”

 Pra completar diremos:E por que o governo faz isso? Por que não investe no Judiciário? Por que quer controlar as policias e o MP? Por que ele mesmo, o governo, é o maior réu do Judiciário Federal (veja-se INSS; SUS; CEF..., além dos políticos que estamos tentando colocar na cadeia)  .. Pra que aparelhar um órgão que vai nos condenar, pensam eles.”

Reflitam meus amigos. Sem apelos partidários, apenas por uma questão de razoabilidade e dignidade: não sejamos massa de manobra desse governo. Demo-nos as mãos para a luta contra a arbitrariedade, contra a injustiça e contra a corrupção sistêmica desse país. Vamos aparelhar nossos sindicatos para responder à altura todo tipo de desinformação e tentativa de nos jogar contra a opinião pública.



[1] PDF FENAJ - Código de Ética dos Jornalistas brasileiros (ver art. 2º, I e II; art. 4º; e art. 7º, II).

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Mudar a carreira judiciária para que não seja extinta

Por Airton Reis Júnior, Diretor de Base em Guarulhos-SP

1)  Da máquina de escrever ao computador

Muitos têm dificuldade de acompanhar a evolução dos tempos, mas isso não significa que nada muda ou que não precise mudar.

Lembro-me que no início da minha vida profissional fiz concurso público para o cargo de datilógrafo, coisa que hoje preciso explicar para os meus filhos que não têm ideia do que seja uma máquina de escrever. Nesse caso, nem a nomenclatura do antigo cargo salvou-se da evolução do ferramental, pois era um cargo relacionado à tarefa e à ferramenta. Na SUNAB, que também foi extinta e incorporada à Receita Federal, o cargo de datilógrafo virou TTN e depois passou a exigir nível superior para ingresso de novos servidores.

2)   A requalificação dos técnicos judiciários

O que alguns colegas têm dificuldade de entender é que a requalificação do cargo de técnico judiciário, com nova exigência de escolaridade faz parte da evolução do cargo que passa a ter novas atribuições, com a adoção de novas ferramentas tecnológicas; no caso do Poder Judiciário, o PJ-e, não se admitindo mais a figura dos tarefeiros, transportadores de processo em papel (coisa que era feita pelos auxiliares judiciários, os quais já foram reenquadrados como técnicos).

3)   A urgente implantação do PJ-e como nova ferramenta de trabalho.

Assim como a máquina de escrever, o processo em papel não é mais admissível, em que pese a resistência interna à mudança; acontece que o processo em papel é insustentável ambientalmente. Com a mudança do ferramental, o perfil profissional também muda, e a instituição precisa redefinir o perfil do cargo majoritário, ou seja, o técnico judiciário, para enfrentar os novos desafios tecnológicos e as novas atribuições impostas pela mudança das ferramentas, que demandam um profissional com perfil analítico generalista com conhecimento de gestão de pessoas, administração, compliance e direito.

4)  Mudar para atender às demandas da cidadania por eficiência e celeridade.

As mudanças são fundamentais para a cidadania, pois, se ainda existe alguma tolerância com a lentidão da prestação jurisdicional, a qual está diretamente relacionada à falta de modernização das ferramentas, padrões de desempenho dos cargos e procedimentos internos, na medida em que a sociedade se tornar mais exigente, a própria sobrevivência institucional fica ameaçada, quanto mais for percebida a incapacidade de oferecer uma resposta célere e eficaz às demandas da sociedade por Justiça.

Nessa perspectiva é que precisamos entender a necessidade da requalificação dos técnicos judiciários, que representam 2/3 do quadro funcional do poder judiciário, pois, apesar dessas mudanças não atingirem os atuais servidores, os quais ingressaram nas antigas regras, é preciso estancar o provimento de cargos baseado em um modelo caduco. Do mesmo jeito que não mais utilizamos máquinas de escrever em nosso cotidiano e nem seria aceitável retroceder à época em que tal ferramental constituía-se num recurso adequado, é preciso reconhecer que é preciso requalificar os técnicos judiciários, preparando a instituição para reforçar o contingente profissional apto para enfrentar os desafios institucionais presentes e futuros.

5) Mudar a escolaridade do cargo majoritário contribui para melhorar a escolaridade brasileira.

Mudar o nível de escolaridade também é uma contribuição para a sociedade brasileira, uma vez que o poder público para de incentivar cursinhos preparatórios para concursos de nível médio e incentiva acertadamente o aumento da escolaridade geral da população.

6) Elevar a escolaridade geral é uma forma de combater o assédio moral.

Modernizar a nossa instituição é também eliminar as lacunas que permitem em pleno século XXI espaço para o assédio moral em um ambiente de trabalho semelhante ao de uma corte medieval.

7) Faça parte do movimento pela redefinição do perfil da categoria judiciária, valorizando as carreiras em geral.

Os técnicos que compõem o MOVATEC entenderam isso de forma visionária e apoiam o nível superior para ingresso, a sobreposição de tabelas e a manutenção da nomenclatura. Resta saber se os demais integrantes da instituição, os sindicatos e os analistas que certamente terão de enfrentar os seus próprios dilemas, entre os quais a vulnerabilidade à qual estão submetidos enquanto existir uma categoria majoritária atualmente com exigência de nível médio de escolaridade ganhando um salário até 64% inferior, desempenhando as mesmas atribuições e competindo com eles, vão conseguir sublimar divergências, em nome de um melhor serviço prestado aos jurisdicionados e à cidadania brasileira ou se preferem arriscar a extinção geral da carreira judiciária, pois, não podemos esquecer, estamos todos no mesmo barco e o apoio mais seguro é o que podemos dar uns aos outros.

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Em assembleia, servidores do Judiciário Federal em Sergipe aprovam paralisação por 48h

Os servidores dos três órgão do Judiciário Federal em Sergipe (TRT, TRE e Justiça Federal) se reuniram na tarde desta sexta-feira (12) e aprovaram paralisação da categoria nos dias 18 e 19 de junho, com indicativo de greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (22).

O objetivo de categoria é fazer coro as movimentações em nivel nacional para aprovação do PLC 28/15, nos moldes de como o projeto está tramitando no Senado Federal.

" Vamos continuar mobilizados para que o PLC seja aprovado, na íntegra e, para isso, a pressão da categoria é fundamental", afirma o diretor do SINDJUF/SE, Gilberto Oliveira

O período escolhido para a paralisação da categoria leva em cota dois momentos distintos: o primeiro, nos dias 18 e 19 de junho,  é a etapa que antecede as negociações entre o Governo Federal e a cúpula do Supremo Tribunal Federal para a costura de uma proposta que atenda os anseios dos servidores do Judiciário Federal e o segundo, no dia 22, já se apresenta como resultado dessas negociações.

Agência Voz
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Servidores do TRT-GO fazem manifesto chamando a categoria para greve

Manifesto dos servidores grevistas do TRT-GO Caros colegas!

A hora chegou. Seremos breves e não pedimos mais que vinte dias do seu tempo.

Explicamos:

Este apelo não é direcionado aos servidores que participaram da paralisação na quarta-feira, 10. Quem participou, sabe que um novo marco foi traçado neste Tribunal. Nossos colegas outrora distantes nos compromissos diários, entoaram juntos o Hino Nacional na entrada do Fórum de Goiânia. Nossos colegas lotados no interior, presentes em ações e pensamento. Mais de mil corações bateram uníssonos em uma marcha silenciosa. Uma marcha de transformação.

Mentira seria dizer que ver-nos lado a lado, servidores, independentemente do cargo ou função desempenhada (diretores, auxiliares, analistas, técnicos e Magistrados), seria resumido em um "ingresso na história". Não. Quando duas propostas foram apresentadas e nós, aparentemente divididos votamos, só houve um resultado: Nossa determinação em ser a diferença, em fazer algo, em não aceitar as migalhas de quem já ceiou às custas do povo!

No dia 10 de Junho de 2015, vimos uma família gritar por justiça! E não nos referimos ao justo reajuste do PLC 28. Nos referimos à justiça com nossos familiares e entes queridos, que se privam de nossa companhia enquanto fazemos o que nascemos para fazer: SERVIR.

E ninguém pode dizer que este Tribunal não serve bem! Ao contrário, percebemos que a resistência em lutar está no compromisso pessoal de cada um em dar o seu melhor a esta Instituição. Está na responsabilidade de minimizar as mazelas do povo com celeridade e qualidade. Está em fazer Justiça!

Nós somos a Justiça do Trabalho! Nós defendemos todos os dias os direitos de trabalhadores como nós! Não é hora para hipocrisia, falsa demagogia ou desculpas espúrias. O compromisso da luta não é de um, é de todos. Uma corrente só é forte quando seus elos estão unidos. Lutamos por um bem comum, de todos, por nossos filhos, por nossa sobrevivência!

A sua omissão será o nosso fracasso. A sua ação, será a nossa força, respeito e vitória!

Não são nove anos de defasagem. Serão vinte! Não esperem compreensão ou misericórdia.

Essa luta não se restringe mais aos servidores. Ela vai além, trata-se de moral e orgulho. Autonomia e independência. A subserviência não é opção, é vergonha.

Primeiro eles cortam o orçamento do nosso Judiciário, duas vezes. Em seguida, eles vetam uma reposição justa e merecida. Por fim, este Poder, pilar da democracia, não passará de um graveto frágil. Quando isto ocorrer, quem será a voz dos fracos? Quem será a sua voz?

A hora é agora. Precisamos de não mais que 20 dias do mesmo compromisso que você tem para com seu trabalho. Provamos nossa força e determinação! Façamos por merecer o nosso pão!

DE TODOS OS SERVIDORES DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO QUE NÃO FICARÃO DE JOELHOS ALIMENTADOS POR MENTIRAS, PARA TODOS OS COLEGAS QUE TEM RESPEITO E ORGULHO PRÓPRIOS. A PARTIR DO DIA 16, TRT DE BRAÇOS CRUZADOS ATÉ A VITÓRIA!

 

Sinjufego - 25 anos de lutas e conquistas

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