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Agência de Notícias

Representantes do Sindissétima atuam no Senado Federal

O Sindissétima enviou mais uma vez representantes à Brasília no intuito de atuarem em favor da aprovação do PLC 29/2016. Alzir Penaforte e Abel Teixeira estão desde 14/06 atuando no Senado Federal, juntamente com os colegas cearenses Ranulfo (Justiça Federal) e Eliete (Justiça Eleitoral), e diversos representantes sindicais de todo o Brasil. 

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Alzir (TRT/CE), Ranulfo (JF/CE), Eliete (TRE/CE) e Abel (TRT/CE)

 

5374ff27-327a-4f4c-a84a-e1801a792092Alzir e Abel com o Coordenador da Fenajufe Geraldo

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Alzir e Abel com o Senador José Pimentel (PT)

Seguem abaixo os informes enviados pelos nossos dedicados e atuantes representantes:

INFORME 01 – Dia 15/06 – 09:13hs

Nossa meta ontem(1º dia) era conversar diretamente com os três senadores do Ceará. Saber o que podemos esperar da bancada cearense. O acesso ao Eunício é muito complicado. Demoramos umas quatro horas pra conseguir falar com ele. Por isso não estávamos juntos com os demais colegas. Não podemos esquecer o que aconteceu na "derrubada do veto". Eh preciso tentar compreender  nas entrelinhas. Tem muita gente que joga pra torcida, mas na hora do voto trai a categoria. Não vamos postar nada pra empolgar e criar uma falsa expectativa. Tentaremos expressar o que estamos percebendo com nossas abordagens. Como estamos diante de um cenário politico muito complexo, eh possível que alguns colegas tenham visões diferentes diante de uma mesma situação… junto aos senadores do Ceará a conclusão que chegamos  não eh muito animadora: 

  • JOSÉ PIMENTEL (PT/CE): Vota a favor. Revelou que Meirelles eh contra o pacote de reajustes,  mas evita comentar publicamente. 
  • EUNÍCIO OLIVEIRA(PMDB-CE): Só vota se o governo autorizar. Tinha reunião ontem com Michel Temer e Henrique Meirelles. O reajuste dos servidores seria um dos assuntos da pauta. 
  • TASSO JEREISSATI (PSDB/CE):  Designou um assessor para analisar o conjunto dos reajustes. Antes da conclusão do trabalho da assessoria não irá se manifestar. 

Diante disso conversamos com o assessor, que nos informou: "hoje 40 senadores são contrários aos projetos. No entanto, sob pressão, nenhum terá coragem de votar contra. A imprensa está pressionando demais." Como podem observar, não existe acordo fechado. Não há consenso. E creio q algum Senador poderá pedir vistas com o objetivo de atrasar a votação. Daqui a pouco, na CCJ, estaremos juntos com os demais colegas do Ceará e de outros estados. Em frente!!!

Abel e Alzir

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Início dos trabalhos na Comissão de Constiuição e Justiça (CCJ) do Senado 

 

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Representantes sindicais de todo o país mobilizados acompanhando a reunião da CCJ

 

INFORME 02: Dia 15/06 – 13:30hs 

Comissão de Constituição e Justiça – CCJ

Aprovado o parecer por unanimidade na CCJ. 

Agora serão duas frentes de trabalho: 

1. Estão colhendo as assinaturas dos líderes para o pedido de urgência. Renan disse que se as lideranças assinarem o pedido, ele pauta ainda hoje;  

2. O Senador José Medeiros foi contactado pra ser o relator do PL na CAE. Aceitou e disse que irá conversar com a presidente, Gleise Hoffman…pra agilizar.

Abel e Alzir

 

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Representantes sindicais aguardam reunião com o Senador Eunício Oliveira

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Abel e Alzir com o Senador Eunício Oliveira

 

INFORME 03: Dia 15/06 – 18:00hs 

Resultado da Reunião com o Senador Eunício

Como antecipamos ontem, Eunício confirmou que teve uma longa reunião com Temer e Renan. O nosso reajuste está mantido e acordado. O clima no Senado melhorou. No entanto, Eunício pediu pra não retirar o projeto da CAE, segundo ele, seria um atropelamento desnecessário, uma vez q a pauta do Senado está trancada esta semana. O Senador assumiu o compromisso de que se a CAE não votar a matéria na terça-feira da próxima semana,  ele assinará o pedido de urgência e fará a articulação com os demais líderes. A reunião foi muito boa. Ele pediu nossa compreensão e assumiu o compromisso de assinar o pedido de urgência logo que for votado na CAE.As reuniões da CAE são realizadas às terças-feiras, pela manhã.  Ocorre que no mesmo horário estão acontecendo as sessões da Comissão de Impeachment, sendo que a presidente e o vice da CAE estão na referida Comissão. Esta semana a CAE não se reuniu.  O Senador garantiu que se a Comissão não se reunir na próxima semana, ele vota a urgência e traz o PL 29/2016 diretamente para o Plenário do Senado. O Senador cearense Tasso Jereissati é membro da CAE. Ao sair da reunião com Eunício fomos direto ao encontro do Senador pedir a presença e o seu voto favorável na próxima semana. A luta segue!!! 

Alzir e Abel
 

 

Alzir e Abel com o Senador Tasso Jereissati

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Mato Grosso: Servidores do judiciário devem correr contra o tempo para assegurar o reajuste, alerta Senador




Em reunião com representantes do SINDIJUFE-MT, vice-líder do governo diz que Temer tem posicionamento favorável aos Servidores, mas enfrenta pressões contrárias ao reajuste

Na luta pela reposição da inflação, representantes do SINDIJUFE-MT articularam uma reunião com o vice-líder do governo Temer, senador José Medeiros, em pleno domingo à tarde. Durante a reunião, que aconteceu na tarde de ontem (12) e durou quase 2 horas, Medeiros disse que os Servidores do judiciário devem conseguir a aprovação do PL 29/2016 o quanto antes, porque à medida que o tempo passa fica mais difícil para o governo, devido às pressões contrárias.

O senador Medeiros foi um dos maiores defensores da derrubada do veto 26, e atualmente ocupa uma posição de destaque no governo, podendo ajudar a Categoria a conquistar a aprovação do PL 29/2016.

A reunião foi aberta pelo diretor eleito do SINDIJUFE-MT e coordenador da FENAJUFE, Rodrigo Carvalho, que quis saber quais as perspectivas para a aprovação da revisão salarial.

 "A preocupação nossa neste momento, desde que o projeto da nossa recomposição salarial foi aprovado na Câmara, é que, dos 14 projetos, de diversas carreiras, que foram para o Senado, não temos a segurança de quais fazem parte do acordo, anunciado na Câmara, que era o acordo prévio feito com o Governo Dilma, antes do afastamento da Presidente, e que teriam condições de caminhar no Senado. Conta-se que dos 14 projetos, quatro teriam a aprovação de Temer, e não sabemos quais são. Também não sabemos se o projeto do judiciário inclui os magistrados, como está a situação do judiciário, e o que se fala no Senado em relação à nossa Categoria?".

O senador Medeiros respondeu que o reajuste dos Servidores do Judiciário e das demais categorias já foi colocado pela equipe de Michel Temer dentro do orçamento deficitário de R$ 170 bilhões, e que por isso deverá ser aprovado sem problemas. Ele disse que tem ouvido o presidente do Senado, Renan Calheiros, externar que neste momento os reajustes salariais são desaconselháveis, devido à crise econômica. Mas por outro lado se sabe que os simpatizantes da presidente afastada contam muito com o veto do atual governo a todos esses aumentos, uma vez que isso empurraria os Servidores de volta para as ruas, e tal acontecimento poderia favorecer o retorno da presidente Dilma.

"O Michel Temer tem posicionamento favorável aos reajustes, só que agora está um levante muito forte de alguns aliados, que já se sentem seguros e tentam empurrar com a barriga a questão do aumento salarial dos servidores", disse Medeiros, acrescentando, entretanto, que o senador Randolfe deverá pedir urgência para a votação do projeto de reposição salarial dos servidores do judiciário.

O vice-líder do governo no Senado informou que nesta terça-feira (14) irá conversar com o presidente Michel Temer, e que na ocasião defenderá a concessão do reajuste dos Servidores, passando a ele toda situação envolvendo o momento político atual.

 "O que vou colocar para ele é o que tenho ouvido de várias fontes ligadas ao governo anterior. Eles torcem para que o Michel não dê o reajuste, para causar mais instabilidade neste cenário de fragilidade do momento. Se tiver metade daquela manifestação que vocês fizeram lá em Brasília pela derrubada do veto ao projeto salarial anterior, em que inclusive morreu um colega de vocês, isso já desestabilizaria o governo Temer. Então o que irei aconselhar ao presidente é evitar essa situação, porque a gente não precisa disso".

De acordo com Medeiros, paralelo a essa situação, se for sinalizado que não será concedido o aumento para o judiciário obviamente não haverá reajuste também para as outras categorias, o que despertaria um onda fortíssima contra o governo vinda de todos as categorias do serviço público prejudicadas. "Imaginem o que pode acontecer então. Isso, portanto, não é interessante para ninguém. A gente já sente que criou uma onda de otimismo no mercado, entre os empresários, que já voltam a querer investir, criando uma certa estabilidade. Se voltar qualquer barulho de novo, isso seria ruim".

Em seguida, Medeiros falou sobre a perspectiva de apoio para a aprovação do projeto do judiciário no Senado. "Eu sinto que os senadores que estiveram naquele momento com vocês na luta pela derrubada do veto da presidente Dilma ao reajuste salarial, somente uns poucos não estarão no plenário. Os do PT provavelmente agora vão estar presentes, e votarão a favor, o que é bom, mas tudo passa pelo convencimento do presidente, e é o que tentarei fazer nesta terça-feira".

Mas ele frisou que o entendimento de Michel Temer, até onde ele sabe, está muito claro no sentido de conceder a recomposição, considerando que é uma justa reivindicação, já que a Categoria está há tanto tempo sem a devida reposição inflacionária. "Portanto, eu sinto que não está tão difícil conseguir o reajuste salarial dos servidores do judiciário", concluiu Medeiros.

Ele ressaltou apenas que o importante é que seja feito logo. "O inimigo de vocês é o tempo", disse ele. "Porque quanto mais ele for se sentindo pressionado pelas assessorias técnicas dizendo que não há dinheiro, maior será a dificuldade. Mas esse aumento é justo, nós sabemos disso. Tem uma outra corrente defendendo que o aumento salarial concedido aos Servidores não poderá ser dado aos juízes. Mas dentro daqueles R$ 170 bilhões de déficit orçamentário que já foi anunciado está previsto o reajuste salarial de todas as Categorias, inclusive os juízes e a PRF", concluiu Medeiros.

Os representantes do SINDIJUFE-MT aproveitaram a ocasião para reforçar ao vice-líder do governo que a recomposição em questão para o judiciário, conforme o PL 29/2016, não contemplará nem mesmo a reposição inflacionária dos últimos 10 anos, e que ainda tem o fato de que se ele for aprovado será implementado em forma de parcelas até 2019.

Compareceram à reunião os diretores do SINDIJUFE-MT Ivan Louredo e Julia Viñe, o diretor eleito do SINDIJUFE-MT e coordenador da FENAJUFE Rodrigo Carvalho, Jamila Abrão Fagundes diretora eleita do SINDIJUFE-MT e  Edivaldo Rocha dos Santos.

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Reajustes dos servidores devem ser honrados

Por Antônio Augusto de Queiroz, Jornalista, Analista Político e Diretor de Documentação do Diap. 

Muitos servidores e entidades têm manifestado desconfiança em relação ao cumprimento, por parte do governo interino Michel Temer, dos acordos de negociação coletiva no Serviço Público, mesmo após a aprovação na Câmara dos Deputados de vários projetos com essa finalidade. O motivo do temor está relacionado com declarações de parlamentares contrários aos reajustes em momentos de ajuste fiscal. 

Embora um eventual recuo do governo seja possível, não seria conveniente, oportuna nem razoável tal hipótese, pelas razões a seguir. 

Em primeiro lugar porque o governo interino compraria uma briga feia com os servidores, responsáveis pelo funcionamento da máquina pública e pela formulação e implementação das políticas públicas. 

Em segundo lugar porque o acordo feito pela presidente afastada com os servidores foi vantajoso para o governo, já que os percentuais negociados não repõem integralmente as perdas acumuladas, tendo o reajuste ficado abaixo da inflação do período. 

Em terceiro lugar porque o valor decorrente da atualização salarial tem caráter alimentar e seu adiamento ou cancelamento caracteriza transferência de renda, no caso do servidor para os banqueiros ou rentistas, já que esses recursos seriam canalizados para amortização ou pagamento de juros da dívida. 

Em quarto porque os valores destinados aos reajustes, inclusive para as carreiras cujos projetos ainda não foram enviados ao Congresso, já contavam com dotação, expressamente prevista na lei orçamentária de 2016. 

Em quinto porque o próprio governo interino sancionou, sem veto, o projeto de lei que modificou a meta fiscal e previu, expressamente, a mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias para permitir o envio de projetos para carreiras cujos termos da negociação ainda não tinham sido remetidos para exame do Congresso. 

Ora, se discordasse dos reajustes, já teria vetado essa possibilidade de envio de novos projetos, inclusive para deixar claro sua posição contrária. Como não o fez, pelo contrário, até sancionou sem vetos esse dispositivo, indiretamente assumiu o compromisso não apenas com os projetos já em curso, mas também com aqueles cujo envio dependia de modificação na LDO. 

Em sexto porque se o governo Michel Temer fosse contra os reajustes não teria autorizado seu líder na Câmara a votá-los, ainda que isso pudesse facilitar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição da Desvinculação de Receitas da União – DRU.

Oficialmente, o que existe de parte do governo interino em relação ao tema é uma preocupação com o efeito cascata dos subsídios dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que são considerados tetos remuneratórios da Administração Pública nos três níveis de governo, e com a criação de mais de 10 mil cargos, que poderá ser vetada em nome do ajuste fiscal. 

Portanto, em relação aos demais projetos, inclusive os dos servidores dos Poderes Judiciário e Legislativo, não há oficialmente nenhum recuo quanto à conclusão de sua tramitação e sanção presidencial. As entidades devem propor emendas de redação para corrigir erros materiais, presentes em quase todos os projetos, e atuar para sua rápida aprovação no Senado e seu envio à sanção, de tal sorte que as leis sejam aprovadas antes do recesso e já estejam em vigor a partir de agosto de 2016. Mãos à obra.

  *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.*

 

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Na Bahia, seminário debate conjuntura, campanha salarial e perspectivas

O Seminário sobre Campanha Salarial, Conjuntura e Perspectivas aconteceu no último sábado (4) no clube do SINDJUFE-BA e contou com a participação do diretor do SINTRAJUD, Antonio Melquíades, o Melqui, que fez um rápido relato sobre as nossas campanhas salariais desde o PCS1 até o PL 2648, passando por relatos inéditos sobre a campanha “Derruba o veto”. 

Os trabalhadores presentes ouviram atentos o relato de Melqui e alguns se surpreenderam com algumas nuances de bastidores reveladas pelo dirigente. Melqui chegou à Bahia na terça-feira (31) e durante a semana fez passagem pelos órgãos do PJU na Bahia. O trabalho no TRE ficou prejudicado por problemas de saúde que acometeu o diretor.
 
O Seminário se iniciou com um café da manhã servido às 9 horas e logo após aconteceu uma produtiva “roda de conversa sobre conjuntura” que só foi interrompida quando o almoço foi serviço. O trabalhador da Justiça Federal Cristiano Cabral, autor da proposta aprovada em Assembleia, explicou a intenção com esse evento: “Discutir mais de maneira mais aprofundada as nossas questões, já que nas Assembleias uma fala de 3 minutos não contempla toda a complexidade dos assuntos que interessam a toda a categoria”. As falas sobre a real necessidade de discutir conjuntura, questão colocada por alguns servidores, logo foi esclarecida e todos participaram ativamente desse debate que se prolongaria ainda mais não fosse o chamado para o almoço. “É a conjuntura que determina a força da pressão que levamos e ensina o que fazer para evitá-la ou minimizá-la” afirmou a coordenadora, Denise Carneiro.
 
Grande participação dos presentes
 
No debate matutino, as falas dos presentes reverberaram sobre a necessidade do servidor se reconhecer enquanto classe e buscar a unidade com todos os trabalhadores e trabalhadoras sejam eles/elas ligados ao serviço público ou privado. O tema recorrente data base confirmou a necessidade dessa União. “É uma luta de interesse geral e precisamos lutar juntos para obrigar os governos a cumprirem esse direito nosso. Sem essa união não conseguiremos.” afirmou Melqui.
 
Outro assunto pautado foi a realização da Auditoria da Dívida Pública. Foi lembrado que a PEC 257 foi pensada para garantir o pagamento dessa dívida fazendo todo o peso da conta cair no serviço público e nos seus trabalhadores. Houve registro feito por Hilton Coelho, servidor do TRT e vereador, de que esses cortes sistemáticos não estão sendo suficientes para os entes públicos manterem os lucros do sistema financeiro e por isso esse projeto 257 é colocado como a salvação deles, implodindo o estrutura pública em todas as esferas e poderes. “Não adianta lutar apenas por reajustes salariais nem ao mesmo por gratificações porque com o 257 perderemos tudo isso e até a estabilidade no emprego” falou o coordenador do SINDJUFE-BA, Lourival Matos.
 
A servidora da Justiça federal, Conceição Moraes ressaltou que a luta pelo NS nasceu na conjuntura de depreciação sempre crescente da remuneração do técnico judiciário após a quebra da sobreposição de tabela que existia e foi retirada no PCS2. A servidora do TRE Karine Pina reforçou: “Não há nada que justifique essa diferença salarial imensa para remunerar o mesmo trabalho. Isso pode configurar até enriquecimento ilícito por parte das administrações”. Já o servidor do TRE, Frederico Barbosa informou que “era preciso debater mais esse assunto e buscar alternativas reais de valorização do cargo”, porém todas as falas, inclusive a do servidor, consideraram o tema como “superado” pois a elevação do nível de ingresso fora aprovado em todas as instâncias da categoria.
 
O servidor da JM, Eduardo Nunes cobrou ao sindicato melhorar a comunicação com a categoria e divulgação. Lembrou que a JMU é o ramo mais antigo do PJU. No entanto, só agora o sindicato está atuando nessa Justiça.
 
À tarde aconteceram os debates sobre os outros dois temas e as discussões ultrapassaram às 17 horas, horário previsto para o término do evento, comprovando o sucesso do evento.
 
Campanha Salarial e Perspectivas
 
A explanação de Melqui sobre a história das nossas campanhas salariais empolgou aos presentes que ouviram atentamente e por vezes interromperam com testemunhos do que viveram nessas campanhas tornando a explanação ainda mais produtiva. O trabalhador do TRT, Elmar foi um dos que participaram dessa história e por isso acrescentou mais depoimentos importantes.
 
Temas recorrentes
 
DATA-BASE foi o assunto mais abordado com o sentimento de que devido a conjuntura política e econômica atual não comporta mais o formato de PCSs, com índices elevados por conter neles as perdas anteriores, a serem pagos de forma parcelada.
 
CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE foi outro tema recorrente devido também às consequências do corte orçamentário imposto pelo governo. Esses cortes que variam de 20 a 50% atinge quase exclusivamente ao trabalhador que vê elevado sobremaneira seu volume de trabalho com o corte de pessoal terceirizado gerando demissão em massa  e também restrição nos contratos de estagiários. E para piorar, as condições de trabalho pioraram com redução do tempo do sistema de refrigeração, iluminação, etc. E para piorar ainda mais o TRT5 planeja cortar o direito às substituições de FCs (o sindijufe está atuando sobre isso). Não é só isso. Foi revelado que há a intenção também de se cortar o auxílio saúde dos servidores que não sejam filiados aos planos dos tribunais nem possuam plano privado.
 
Muitos outros assuntos foram debatidos, no evento (Res 219 do CNJ; julgamento dos 13% pelo STF, que foi abordado pelo coordenador Francisco Filho informando que o SINDJUFE trará à Bahia os advogados do escritório de Brasilia para propor alternativa aos servidores; Reenquadramento; banco de horas; etc.
 
Ao final, um coquetel de encerramento e muitos elogios ao evento e à participação de Melqui esclarecendo dúvidas e chamando a categoria para retomar a mobilização pois mesmo aprovado na Câmara, o PL 2648 ainda vai passar pelo Senado e sanção presidencial. “A mídia está batendo forte sem saber (ou por saber) do que estamos passando, então é hora de retomar a campanha nas redes sociais que foi um apoio inegável  nossa luta recente, que fez história. E isso tem facilitado nosso trânsito no parlamento, mas se não continuarmos poderemos morrer na praia”, reforçou Melqui.
O Seminário sobre Campanha Salarial, Conjuntura e Perspectivas aconteceu no último sábado (4) no clube do SINDJUFE-BA e contou com a participação do diretor do SINTRAJUD, Antonio Melquíades, o Melqui, que fez um rápido relato sobre as nossas campanhas salariais desde o PCS1 até o PL 2648, passando por relatos inéditos sobre a campanha “Derruba o veto”.
 
Os trabalhadores presentes ouviram atentos o relato de Melqui e alguns se surpreenderam com algumas nuances de bastidores reveladas pelo dirigente. Melqui chegou à Bahia na terça-feira (31) e durante a semana fez passagem pelos órgãos do PJU na Bahia. O trabalho no TRE ficou prejudicado por problemas de saúde que acometeu o diretor.
 
O Seminário se iniciou com um café da manhã servido às 9 horas e logo após aconteceu uma produtiva “roda de conversa sobre conjuntura” que só foi interrompida quando o almoço foi serviço. O trabalhador da Justiça Federal Cristiano Cabral, autor da proposta aprovada em Assembleia, explicou a intenção com esse evento: “Discutir mais de maneira mais aprofundada as nossas questões, já que nas Assembleias uma fala de 3 minutos não contempla toda a complexidade dos assuntos que interessam a toda a categoria”. As falas sobre a real necessidade de discutir conjuntura, questão colocada por alguns servidores, logo foi esclarecida e todos participaram ativamente desse debate que se prolongaria ainda mais não fosse o chamado para o almoço. “É a conjuntura que determina a força da pressão que levamos e ensina o que fazer para evitá-la ou minimizá-la” afirmou a coordenadora, Denise Carneiro.
 
Grande participação dos presentes
 
No debate matutino, as falas dos presentes reverberaram sobre a necessidade do servidor se reconhecer enquanto classe e buscar a unidade com todos os trabalhadores e trabalhadoras sejam eles/elas ligados ao serviço público ou privado. O tema recorrente data base confirmou a necessidade dessa União. “É uma luta de interesse geral e precisamos lutar juntos para obrigar os governos a cumprirem esse direito nosso. Sem essa união não conseguiremos.” afirmou Melqui.
 
Outro assunto pautado foi a realização da Auditoria da Dívida Pública. Foi lembrado que a PEC 257 foi pensada para garantir o pagamento dessa dívida fazendo todo o peso da conta cair no serviço público e nos seus trabalhadores. Houve registro feito por Hilton Coelho, servidor do TRT e vereador, de que esses cortes sistemáticos não estão sendo suficientes para os entes públicos manterem os lucros do sistema financeiro e por isso esse projeto 257 é colocado como a salvação deles, implodindo o estrutura pública em todas as esferas e poderes. “Não adianta lutar apenas por reajustes salariais nem ao mesmo por gratificações porque com o 257 perderemos tudo isso e até a estabilidade no emprego” falou o coordenador do SINDJUFE-BA, Lourival Matos.
 
A servidora da Justiça federal, Conceição Moraes ressaltou que a luta pelo NS nasceu na conjuntura de depreciação sempre crescente da remuneração do técnico judiciário após a quebra da sobreposição de tabela que existia e foi retirada no PCS2. A servidora do TRE Karine Pina reforçou: “Não há nada que justifique essa diferença salarial imensa para remunerar o mesmo trabalho. Isso pode configurar até enriquecimento ilícito por parte das administrações”. Já o servidor do TRE, Frederico Barbosa informou que “era preciso debater mais esse assunto e buscar alternativas reais de valorização do cargo”, porém todas as falas, inclusive a do servidor, consideraram o tema como “superado” pois a elevação do nível de ingresso fora aprovado em todas as instâncias da categoria.
 
O servidor da JM, Eduardo Nunes cobrou ao sindicato melhorar a comunicação com a categoria e divulgação. Lembrou que a JMU é o ramo mais antigo do PJU. No entanto, só agora o sindicato está atuando nessa Justiça.
 
À tarde aconteceram os debates sobre os outros dois temas e as discussões ultrapassaram às 17 horas, horário previsto para o término do evento, comprovando o sucesso do evento.
 
Campanha Salarial e Perspectivas
 
A explanação de Melqui sobre a história das nossas campanhas salariais empolgou aos presentes que ouviram atentamente e por vezes interromperam com testemunhos do que viveram nessas campanhas tornando a explanação ainda mais produtiva. O trabalhador do TRT, Elmar foi um dos que participaram dessa história e por isso acrescentou mais depoimentos importantes.
 
Temas recorrentes
 
DATA-BASE foi o assunto mais abordado com o sentimento de que devido a conjuntura política e econômica atual não comporta mais o formato de PCSs, com índices elevados por conter neles as perdas anteriores, a serem pagos de forma parcelada.
 
CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE foi outro tema recorrente devido também às consequências do corte orçamentário imposto pelo governo. Esses cortes que variam de 20 a 50% atinge quase exclusivamente ao trabalhador que vê elevado sobremaneira seu volume de trabalho com o corte de pessoal terceirizado gerando demissão em massa  e também restrição nos contratos de estagiários. E para piorar, as condições de trabalho pioraram com redução do tempo do sistema de refrigeração, iluminação, etc. E para piorar ainda mais o TRT5 planeja cortar o direito às substituições de FCs (o sindijufe está atuando sobre isso). Não é só isso. Foi revelado que há a intenção também de se cortar o auxílio saúde dos servidores que não sejam filiados aos planos dos tribunais nem possuam plano privado.
 
Muitos outros assuntos foram debatidos, no evento (Res 219 do CNJ; julgamento dos 13% pelo STF, que foi abordado pelo coordenador Francisco Filho informando que o SINDJUFE trará à Bahia os advogados do escritório de Brasilia para propor alternativa aos servidores; Reenquadramento; banco de horas; etc.
 
Ao final, um coquetel de encerramento e muitos elogios ao evento e à participação de Melqui esclarecendo dúvidas e chamando a categoria para retomar a mobilização pois mesmo aprovado na Câmara, o PL 2648 ainda vai passar pelo Senado e sanção presidencial. “A mídia está batendo forte sem saber (ou por saber) do que estamos passando, então é hora de retomar a campanha nas redes sociais que foi um apoio inegável  nossa luta recente, que fez história. E isso tem facilitado nosso trânsito no parlamento, mas se não continuarmos poderemos morrer na praia”, reforçou Melqui.

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25 de março – Dia Nacional do Oficial de Justiça: uma comemoração marcada pela necessidade de valorização do cargo

Por Gerardo Alves Lima Filho, Presidente da Associação dos Oficiais de Justiça do Distrito Federal, Membro do Conselho Deliberativo da Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, Professor de Direito da Faculdade Projeção e de Cursos Preparatórios para o Exame da OAB e Integrante do Grupo de Pesquisa de Direito Empresarial e Desenvolvimento do UniCEUB. Bacharel em Direito na Universidade Federal da Bahia, Especialista em Direito na Escola da Magistratura do Distrito Federal e Mestre em Direito e Políticas Públicas no UniCEUB.

 

Com o advento da Lei nº 13.157, de 4 de agosto de 2015, os oficiais de justiça de todo o Brasil passaram a contar oficialmente com o dia 25 de março para a celebração da sua atividade profissional. Entretanto, a despeito da relevância da comemoração, o aspecto mais relevante do referido dia se refere ao prosseguimento da luta pela valorização dessa carreira jurídica tão pouco estudada.

Deveras, ainda que muitos profissionais do Direito demonstrem simpatia com a atividade desempenhada pelos oficiais de justiça, poucos se debruçam sobre os desafios do cargo e a necessidade de alterações profundas para a garantia de uma prestação jurisdicional efetiva. Desse modo, pretende-se neste artigo chamar a atenção para as atribuições e os principais problemas enfrentados pelos oficiais de justiça com o objetivo de que sejam superados e esses profissionais tenham realmente algo a comemorar nos próximos anos, mormente o reconhecimento da prestação de um serviço de excelência para a sociedade.

Diante de um cargo pouco aprofundado pela comunidade jurídica, a primeira questão a ser examinada consiste nas atribuições desempenhadas pelos oficiais de justiça. Diferentemente do que uma análise meramente perfunctória poderia concluir, a atividade dos oficiais de justiça não se restringe à prática de atos de comunicação (citações, intimações e notificações).

Esses atos por si só são extremamente relevantes, já que, por exemplo, a citação consiste no ato que completa a estrutura tríplice processual, é pressuposto de validade do processo, induz litispendência, torna litigiosa a coisa, interrompe a prescrição e constitui o devedor em mora. Ademais, o oficial de justiça pode precisar realizar o referido ato, na modalidade da hora certa, verificando de forma autônoma a existência dos pressupostos subjetivos (suspeita de ocultação) e objetivos (duas diligências, intimação preparatória de parente ou vizinho etc.) que ensejam a citação ficta ou presumida.

Não obstante, o oficial pratica atos bem mais complexos e que requerem capacidade de análise autônoma dos requisitos e limites da medida. Com efeito, nos termos do art. 154 do CPC/2015 e demais dispositivos processuais civis, penais, trabalhistas, entre outros, os oficiais de justiça também cumprem prisões, penhoras, arrestos, seqüestros, buscas e apreensões, conduções coercitivas, afastamentos do agressor do lar, alvarás de solturas, constatações, despejos, reintegrações de posse de bens móveis e imóveis, realizam leilões de bens móveis e praças de bens imóveis, coordenam as atividades dos jurados na Sessão Plenária do Tribunal do Júri para garantir a incomunicabilidade, realizam avaliações de bens móveis e imóveis, estimulam a autocomposição das partes, certificando eventual proposta nesse sentido, entre tantos outros atos.

Ressalte-se que os oficiais desempenham suas atividades com elevado grau de autonomia. Assim, elaboram e assinam os autos e certidões, assumindo em nome próprio a responsabilidade pelos atos processuais que praticam. Os magistrados cumprem o seu papel de fiscalizar a regularidade de todos os atos processuais, mas não substituem um ato praticado pelo oficial de justiça.

A esse respeito, não seria despiciendo observar que se mostra completamente fora da técnica jurídica o jargão de que o oficial “entrega mandados”. A rigor, o oficial de justiça cumpre mandados, dotado da fé pública que a lei lhe atribui, e a entrega da contrafé integra as formalidades do ato, mas não é essencial para a sua validade. Outrossim, a elevada autonomia dos oficiais torna inadequada a expressão amiúde utilizada de “longa manus” do magistrado. O oficial de justiça não representa a “mão do juiz fora do fórum”, mas sim o próprio Judiciário, na qualidade de ator processual relevante, praticando atos atribuídos por força de lei. Inclusive, o art. 149 do CPC deixa evidente que o oficial de justiça é um auxiliar da Justiça e não do juiz.

A correção da nomenclatura não se trata de mero preciosismo vernacular, mas da crítica a um discurso muito evidente que não confere aos oficiais de justiça o respeito que merecem pela relevância das suas atividades. Outro termo utilizado com o nítido intuito de desprestigiar os oficiais de justiça é o que denomina os ocupantes da carreira de “meirinhos”. Expressão da época do Brasil Colônia, do mesmo período em que o magistrado era denominado de “meirinho-mor”, o termo “meirinho” hoje está em descompasso com um cargo privativo de bacharel em Direito, preenchido por disputado concurso público e com atribuições de elevado grau de autonomia e complexidade. A utilização hodierna do termo em nada se aproxima da origem da palavra, que se ligava ao termo “maiorinus” do latim, a denotar a idéia de “grande” ou “maior”.

Com efeito, a prática de atos com elevado grau de complexidade e autonomia fez com que a Lei nº 11.416/2006 reconhecesse o cargo de oficial de justiça de todos os órgãos do Poder Judiciário da União como privativo de bacharel em Direito, conforme previsão do art. 3º, I, do referido diploma legal. Muitos Estados também seguiram esse mesmo caminho.

A segunda questão digna de registro remonta à relevância da atividade do oficial de justiça para o princípio da efetividade do Direito Processual, um dos mais relevantes na moderna compreensão desse ramo. Deveras, há muito tempo que os relatórios do Conselho Nacional de Justiça apontam para os processos de execução, principalmente aqueles de execução fiscal, como sendo os grandes vilões da taxa de congestionamento do Judiciário.

Algumas providências têm sido adotadas pelos vários órgãos do Judiciário para mitigar essa dificuldade, como as ferramentas eletrônicas do Bacen-Jud, Renajud, Infojud etc. Ademais, a Justiça do Trabalho já deu um passo além, com a criação dos Núcleos de Investigação Patrimonial (Resolução GP nº 138/2014 do CSJT). Ainda foi desenvolvido o Programa Nacional de Governança Diferenciada das Execuções Fiscais com o objetivo de acelerar essas demandas.

Entrementes, todos esses instrumentos não se mostraram suficientes para fornecer à parte que invocou a tutela jurisdicional do Estado a prestação vindicada. Assim, torna-se necessário desenvolver outro modelo capaz de viabilizar a entrega do bem da vida a que a parte tem direito.

Nesse contexto, a atividade do oficial de justiça se apresenta como uma grande alternativa, tendo em vista que esses agentes públicos possuem a expertise necessária na investigação de bens. Naturalmente, isso não significa apenas pressionar os oficiais com mais atribuições a se acumularem com uma carga de trabalho atual já fora dos padrões normais. A mudança de perspectiva consiste em uma reformulação do modelo de trabalho, concedendo-se maior autonomia para os oficiais de justiça e utilizando-se mecanismos alternativos de comunicação de atos processuais, de maneira a possibilitar a concentração dos oficiais na prática de atos que apenas eles são capazes de realizar.

Portanto, uma tutela jurisdicional célere e efetiva depende inexoravelmente do trabalho dos oficiais de justiça. No entanto, isso não será alcançado com ameaças e imposição de metas e processos administrativos disciplinares, mas apenas com a valorização dessa categoria e a possibilidade de participação na construção das soluções para a tramitação rápida dos feitos. Esse novo arquétipo ensejará o encerramento efetivo das execuções e a elevação substancial da arrecadação tributária, com o êxito dos processos de execução fiscal. Atualmente, o índice de recuperação da dívida ativa da União é baixíssimo em um contexto de créditos públicos cuja soma é estimada em R$ 1,5 trilhão.

Nesse cenário, torna-se necessário o desenvolvimento de um novo modelo de trabalho para os oficiais de justiça, pautado na atuação estratégica e em condições de segurança. Inicialmente e com urgência, os Tribunais devem adotar diversas providências para que os Oficiais exerçam suas atribuições sem correr riscos. Nos últimos tempos, a violência contra oficiais de justiça tem crescido de forma alarmante.

Assim, em primeiro lugar, os oficiais de justiça devem receber uma carga menor de mandados, a fim de viabilizar o trabalho no mínimo em dupla e com a possibilidade de adotar técnicas de segurança para mitigar os riscos. Outrossim, os Tribunais precisam desenvolver mecanismos para pesquisas automáticas de antecedentes criminais e do mapa de criminalidade das Secretarias de Segurança Pública. Imprescindível nessa mesma toada a parceria com órgãos policiais, com a realização de cursos freqüentes de defesa pessoal, condução operacional, tiro, abordagem etc.

A esse respeito, faz-se mister que os Tribunais requeiram à Polícia Federal a autorização do porte de arma para os oficiais de justiça, que ficaria apenas condicionado à realização dos testes específicos de aptidão. Também seria de grande relevância o fornecimento de equipamentos de segurança para os oficiais de justiça, como coletes balísticos e armas de choques, à guisa de ilustração.

Digno de registro que alguns oficiais, em virtude da completa depreciação do valor pago a título de indenização de transporte, encontram-se pleiteando viaturas oficiais para o cumprimento dos mandados com a abdicação da verba indenizatória para utilização do veículo próprio. Nesses casos, os Tribunais devem fornecer veículo e motorista para conduzir os oficiais até os locais das diligências.

Importante também que os oficiais de justiça sejam inseridos nos Núcleos de Inteligência dos Tribunais para facilitar um fluxo de informações relativas à segurança mais ágil para os oficiais. A integração entre os oficiais e os agentes de segurança deve ser bem afinada para que um segmento municie o outro de dados relevantes para o melhor desempenho das suas atividades.

Para além da questão da segurança, diversas outras providências precisam ser adotadas com o objetivo de garantir a valorização dos oficiais de justiça. Nesse raciocínio, impende salientar que os oficiais de justiça cumprem atos processuais em desfavor das mais altas autoridades do país, englobando Presidente e Vice-Presidente da República, Ministros de Estado, Governadores, Senadores, Deputados, Ministros das Cortes Superiores, Desembargadores e Juízes. Atualmente, entretanto, o oficial de justiça que cumpre um mandado de busca e apreensão na residência de uma autoridade se sente vulnerável a uma retaliação posterior, o que prejudica a sua independência.

Dessa forma, imprescindível que o oficial de justiça goze de determinadas prerrogativas para que se desincumba de seus misteres de forma independente. Dessarte, da mesma forma como ocorre com os magistrados, os membros do Ministério Público e os defensores públicos, a atividade dos oficiais de justiça também requer, para a sua independência, prerrogativas como, por exemplo, as da inamovibilidade, vitaliciedade e irredutibilidade de vencimentos.

Naturalmente, a valorização do cargo também perpassa por uma remuneração compatível com a complexidade das atribuições. O quadro remuneratório dos servidores públicos de 15 anos atrás exibia um cenário muito próximo entre oficiais de justiça, magistrados, membros do Ministério Público e, principalmente, defensores públicos, advogados da união e delegados federais. Agora, torna-se necessária a correção da desvalorização dos oficiais nos últimos anos. Atualmente, os oficiais possuem uma das remunerações mais baixas das carreiras jurídicas na esfera federal.

Aliás, a recomposição remuneratória deve ocorrer em relação a todas as carreiras do Judiciário e do Ministério Público, tendo em vista que as perdas em relação às carreiras análogas do Legislativo e do Executivo saltam aos olhos, ensejando uma taxa de evasão elevada. Um Judiciário e um Ministério Público fortes dependem de servidores satisfeitos e remunerados de forma justa.

Outra questão que merece reflexão se refere às eleições nos Tribunais. De forma preponderante nos diversos Tribunais espalhados pelo país, apenas os Desembargadores escolhem os órgãos diretivos, incluindo Presidente, Vice-Presidente, Corregedor etc. Não obstante, nos últimos anos, houve o início de uma guinada rumo à democratização, abrindo-se a possibilidade, em alguns Tribunais, para a participação de magistrados de primeiro e segundo grau votarem nos seus candidatos.

A democratização dos Tribunais irá viabilizar uma oxigenação muito positiva para a gestão administrativa. Mais do que votar, todos os magistrados de primeiro e segundo grau devem ter a possibilidade de serem eleitos. Os cargos diretivos dos Tribunais não integram a evolução da carreira da magistratura. Assim, são cargos que podem ser ocupados por magistrados de primeiro grau, com enorme potencial gerencial.

Da mesma forma, os servidores devem ter o direito de votar nos cargos de direção do Tribunal. Os servidores são tão interessados no bom funcionamento do Judiciário quanto os magistrados, e as deliberações dos órgãos de direção influenciarão a vida de todos. O direito de voto para os servidores ensejaria um maior compromisso com o segmento por parte dos possíveis candidatos e dos eleitos, além de engajar mais os servidores nas grandes decisões do Judiciário.

A título de ilustração, a grande maioria das universidades federais utiliza um modelo paritário de eleições, em que os votos de professores, servidores e alunos possuem o mesmo peso (1/3 para cada segmento). Os indicados a Reitor e Vice-Reitor devem ocupar os dois níveis mais elevados da carreira de docente ou possuírem o título de doutor. Os nomes mais votados são encaminhados em lista tríplice para o Presidente da República, que nomeia o Reitor. No Ministério Público, já é comum a possibilidade de todos os membros da carreira participarem das eleições, podendo tanto votar quanto ser votados.

De outro lado, há alguns pleitos antigos dos oficiais de justiça que devem ser concedidos para a sua valorização. Um exemplo é a possibilidade de exercer a advocacia, como inúmeras outras carreiras do serviço público. Não há sentido em impedir que um servidor no seu horário de repouso produza mais para a sociedade.

Do mesmo modo, a aposentadoria especial deve ser reconhecida o quanto antes para os oficiais, de maneira a compensá-los do desgaste físico e mental excepcional decorrente da sua atividade de risco em prol da sociedade. Por fim, a recomposição da indenização de transporte é urgente para que o oficial não seja onerado com os custos para a prestação de um serviço público de responsabilidade dos Tribunais.

Diante de tudo isso, percebe-se que 25 de março deve ser celebrado como o dia de luta de uma categoria que enfrenta uma série de dificuldades, mas que não desistiu de buscar melhores condições de trabalho. Isso porque sabe da relevância da sua atividade para garantir os direitos e solucionar os conflitos sociais. Não existe justiça sem o oficial de justiça! Parabéns a todos que dedicam suas vidas à efetivação dos direitos dos cidadãos! Feliz Dia Nacional do Oficial de Justiça!

Brasília/DF, 25 de março de 2016.
 

  *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.*

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Nota de Repúdio à decisão do STF em 31/5/2016

Servidores da Vara do Trabalho de Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais - 

 

 

Queremos externar nosso sentimento de indignação, de ingratidão e de total perplexidade frente à decisão do STF no dia 31/05/2016 com relação aos 13,23%. Infelizmente os que comandam o Poder Judiciário deveriam se pautar nas suas decisões com base na Constituição e nos demais ordenamentos legais. A decisão de ontem contraria tudo aquilo que aprendemos nas aulas de Direito, pois, pelo que sabemos, uma decisão pautada numa dificuldade financeira não pode de forma alguma prevalecer sobre leis e princípios jurídicos. Análises políticas e econômicas só são reservadas aos demais Poderes. Fazendo uma analogia, poderiam estar abrindo precedentes para juízes trabalhistas decidirem pela improcedência das ações em virtude da simples alegação de dificuldade financeira do reclamado. E o que dizer então desta decisão dos 13,23%, que já foi julgada anteriormente e que, inclusive, já se encontrava na fase de execução? Será que todos nós estamos errados e teremos que voltar às salas de aula? O que está acontecendo com o Judiciário, cuja balança empunhada pela Senhora da Justiça parece sempre pesar só para um lado?     Nós, que trabalhamos pela justiça, acabamos por sofrer as maiores injustiças do serviço público em geral. Somos obrigados a cumprir metas, mas não temos um mínimo necessário, que é o reajuste anual que todo trabalhador tem. Esperamos pelo nosso reajuste há uma década, nosso PCS foi podado várias vezes nesse período e, por fim, num acordo firmado a portas fechadas entre o governo petista e o STF, teremos um reajuste muito aquém do que esperávamos, mas nem assim ainda conseguimos a aprovação! E as bizarrices jurídicas não param por aí: neste pacto pelo nosso minguado reajuste, audaciosamente incluíram os 13,23% que vários servidores haviam conquistado através de ação transitada em julgado e que se encontrava na fase de execução,  diminuindo ainda mais a porcentagem de reajuste! 

Bem, para a magistratura sempre foi tudo mais fácil: constantes reajustes sem muita pressão e criação de  auxílios desnecessários, indevidos para muitos e incompatíveis com a atual realidade. A crise parece existir só para o lado mais fraco. Nunca o ditado foi tão adequado: Em casa de ferreiro o espeto é de pau!

O corporativismo e a mesquinharia das autoridades judiciárias deveriam dar lugar a sentimentos e atitudes de respeito e valorização aos servidores, as verdadeiras engrenagens do Judiciário.

Até quando seremos tratados assim? Não estaria na hora de todos os servidores se levantarem contra tamanhas injustiças?

 

Em ordem alfabética: 

Elcione de Oliveira Silva

Érika Gambogi Cardoso Pereira

Leandro Aurélio Soares dos Santos

Luciene Aparecida Chaves Costa

Mara Sueli  Franco Zebral Fonseca

Marcello Vinícius Maia Pereira

Maria Aparecida Carvalho de Rezende Lima

Maria Isabel Lana Dias de Faria Campos

Maurício Sérgio Patrício de Resende

Rosane Pereira de Castro

Rosemary dos Anjos Santiago Corrêa

Vânia Sena de Souza Perpétuo

 

Servidores da Vara do Trabalho de Conselheiro Lafaiete/MG

 

  *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.*

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Novas reformas da previdência- discurso incoerente do Poder Executivo

Por Alan da Costa Macedo –Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora; Bacharel e Licenciado em Ciência Biológicas;  Pós Graduado em Direito Constitucional, Processual, Previdenciário e Penal; Pós Graduando em Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos; Servidor da Justiça Federal em licença para Mandato Classista, Ex- Oficial de Gabinete na 5ª Vara da Subseção Judiciária de Juiz de Fora-MG; Coordenador Geral  e Diretor do Departamento Jurídico do SITRAEMG; Ex- Professor de Direito Previdenciário no Curso de Graduação em Direito da FACSUM; Professor e Conselheiro Pedagógico no IMEPREP- Instituto Multidisciplinar de Ensino Preparatório; Professor e Coordenador de Cursos de Extensão e Pós Graduação do IEPREV;

Infelizmente, o discurso do novo governo que aí está (Governo provisório do Michel Temer) replica a mácula perversa que é empreendida em face dos direitos dos trabalhadores e dos “pobres” e falidos segurados da previdência social.

 

Com o mesmo modus operandi das lideranças de outrora, o governo apresenta números falaciosos sobre eventual “rombo” na previdência que não são aceitos por quem é especialista no tema e não está vinculado ao projeto de Poder dos Governantes. Estes procuram fontes fáceis e rápidas de recursos para usarem, na maioria das vezes, em projetos populistas ou na alimentação dos juros da dívida pública, num sistema cíclico e embusteiro. 

Desde os tempos de Fernando Henrique Cardoso, o discurso é o mesmo: “precisamos reformar a previdência”. Não é demais lembrar que o ex-presidente Lula, já no ano de 2003, enviou ao Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional número 40 (PEC 40), que reivindicava a reforma da Previdência. A proposta do governo caiu como uma bomba para todos aqueles que acreditavam num partido de “defesa do trabalhador” e dos “pobres coitados segurados da Previdência - RGPS”. Todos nós, à época, queríamos, sim, reformas para um Brasil melhor, mas que estas caíssem sobre os “bolsos” das classes mais favorecidas e não na conta do trabalhador. E sabem como esse “Golpe” conseguiu ser aprovado? 

A Reforma da Previdência de 2003 foi, com todas as letras, “comprada” no grande esquema de corrupção que ficou conhecido como “mensalão”.  E foi o próprio Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da Ação Penal 470, que constatou existência de Corruptores dentro do Poder Executivo (os líderes ideológicos e verdadeiros comandantes do PT) e dos corrompidos deputados de várias siglas partidárias da base governista. O Objeto maior daquele esquema de corrupção sem precedentes foi, justamente, a PEC 40/2003. 

Foi a partir disso que vários setores da sociedade, inclusive Partidos Políticos e Associações de Magistrados propuseram através de ADI a anulação da EC 41/2003. A ação do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) foi protocolada em 11 de dezembro de 2012, ADI 4889, pedindo a anulação da Reforma da Previdência, citou os nomes de Roberto Jefferson Monteiro Francisco (PTB/RJ), Romeu Ferreira de Queiroz (PTB/MG), José Rodrigues Borba (PMDB/PR), Valdemar Costa Neto (PL/SP), Carlos Alberto Rodrigues Pinto (PL/RJ), Pedro da Silva Corrêa de Oliveira Andrade Neto (PP/PE) e Pedro Henry Neto (PP/MT), e argumentou que, in verbis

“houve um esquema criminoso de compra de apoio político para o Governo no Congresso, tendo sido comprovado o recebimento pelos deputados federais (à época) de valores para que pudessem votar de acordo com a orientação do governo”. “Ficou provado que esse esquema de compra de apoio político para o Governo no Congresso ocorreu na mesma época da votação da PEC 40/2003 de autoria do Poder Executivo, que foi transformada na Emenda Constitucional 41/2003.“ 

Há algum tempo, venho alertando sobre os retrocessos sociais praticados pelo Governo com as destemperadas reformas na previdência como saída rápida e imediata para um problema de má gestão dos recursos públicos, desvios de verbas e irresponsabilidade fiscal. Sobre a MP 664, que se convalidou na Lei 13135/2015, pontuei as inconstitucionalidades daquela reforma previdenciária: (http://www.sitraemg.org.br/por-alan-da-costa-macedo-analise-politico-juridica-da-emi-no-00232014-que-originou-a-malfadada-medida-provisoria-6642014-do-governo-federal/). 

Não satisfeitos com as reformas empreendidas através da Lei 13135/2015, logo na virada para o ano de 2016, o governo do PT anunciou que iria mexer na idade mínima para aposentadoria no Regime Geral de Previdência. Ou seja, aquilo que conseguiram para os servidores públicos, queriam estender para todos os trabalhadores do país.   

Esse discurso volta à tona, com o Governo Provisório de Michel Temer e seu Ministro da Fazenda Henrique Meirelles. A justificativa é a mesma para respaldar esta política de guerra contra direitos conquistados, a duras penas, pelos trabalhadores. Temer, Dilma, e também seus antecessores, Lula e Fernando Henrique Cardoso, apresentam sempre o suposto déficit da Previdência, sem conseguir convencer aqueles que, de fato, estudam o assunto de forma isenta. 

Tal déficit já foi desmistificado pela ANFIP e por vários outros Institutos especializados em Direito Previdenciário. 

Além das instituições citadas, com argumentos eloquentes e de difícil contestação, a pesquisadora Denise Gentil, em tese de doutorado, desmistificou os falsos números do governo que acobertam a realidade da Previdência Social no Brasil. Vale a pena transcrever, aqui, parte da entrevista que a pesquisadora deu para o Instituto Humanitas Unisonos: 

No Brasil, a concepção de crise financeira da Previdência vem sendo propagada insistentemente há mais de 15 anos. Os dados que você levantou em suas pesquisas contradizem as estatísticas do governo. Primeiramente, explique o artifício contábil que distorce os cálculos oficiais:

Tenho defendido a idéia de que o cálculo do déficit previdenciário não está correto, porque não se baseia nos preceitos da Constituição Federal de 1988, que estabelece o arcabouço jurídico do sistema de Seguridade Social. O cálculo do resultado previdenciário leva em consideração apenas a receita de contribuição ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que incide sobre a folha de pagamento, diminuindo dessa receita o valor dos benefícios pagos aos trabalhadores. O resultado dá em déficit. Essa, no entanto, é uma equação simplificadora da questão. Há outras fontes de receita da Previdência que não são computadas nesse cálculo, como a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e a receita de concursos de prognósticos. Isso está expressamente garantido no artigo 195 da Constituição e acintosamente não é levado em consideração.

A que números você chegou em sua pesquisa?

Fiz um levantamento da situação financeira do período 1990-2006. De acordo com o fluxo de caixa do INSS, há superávit operacional ao longo de vários anos. Em 2006, para citar o ano mais recente, esse superávit foi de R$ 1,2 bilhões.

O superávit da Seguridade Social, que abrange o conjunto da Saúde, da Assistência Social e da Previdência, é muito maior. Em 2006, o excedente de recursos do orçamento da Seguridade alcançou a cifra de R$ 72,2 bilhões.

Uma parte desses recursos, cerca de R$ 38 bilhões, foi desvinculada da Seguridade para além do limite de 20% permitido pela DRU (Desvinculação das Receitas da União).

Há um grande excedente de recursos no orçamento da Seguridade Social que é desviado para outros gastos. Esse tema é polêmico e tem sido muito debatido ultimamente. Há uma vertente, a mais veiculada na mídia, de interpretação desses dados que ignora a existência de um orçamento da Seguridade Social e trata o orçamento público como uma equação que envolve apenas receita, despesa e superávit primário. Não haveria, assim, a menor diferença se os recursos do superávit vêm do orçamento da Seguridade Social ou de outra fonte qualquer do orçamento.

Interessa apenas o resultado fiscal, isto é, o quanto foi economizado para pagar despesas financeiras com juros e amortização da dívida pública.

Por isso o debate torna-se acirrado. De um lado, estão os que advogam a redução dos gastos financeiros, via redução mais acelerada da taxa de juros, para liberar recursos para a realização do investimento público necessário ao crescimento. Do outro, estão os defensores do corte lento e milimétrico da taxa de juros e de reformas para reduzir gastos com benefícios previdenciários e assistenciais. Na verdade, o que está em debate são as diferentes visões de sociedade, de desenvolvimento econômico e de valores sociais.

Há uma confusão entre as noções de Previdência e de Seguridade Social que dificulta a compreensão dessa questão. Isso é proposital?

Há uma grande dose de desconhecimento no debate, mas há também os que propositadamente buscam a interpretação mais conveniente. A Previdência é parte integrante do sistema mais amplo de Seguridade Social.

É parte fundamental do sistema de proteção social erguido pela Constituição de 1988, um dos maiores avanços na conquista da cidadania, ao dar à população acesso a serviços públicos essenciais. Esse conjunto de políticas sociais e transformou no mais importante esforço de construção de uma sociedade menos desigual, associado à política de elevação do salário mínimo. A visão dominante do debate dos dias de hoje, entretanto, freqüentemente isola a Previdência do conjunto das políticas sociais, reduzindo-a a um problema fiscal localizado cujo suposto déficit desestabiliza o orçamento geral. Conforme argumentei antes, esse déficit não existe, contabilmente é uma farsa ou, no mínimo, um erro de interpretação dos dispositivos constitucionais.

Entretanto, ainda que tal déficit existisse, a sociedade, através do Estado, decidiu amparar as pessoas na velhice, nodesemprego, na doença, na invalidez por acidente de trabalho, na maternidade, enfim, cabe ao Estado proteger aqueles que estão inviabilizados, definitiva ou temporariamente, para o trabalho e que perdem a possibilidade de obter renda. São direitos conferidos aos cidadãos de uma sociedade mais evoluída, que entendeu que o mercado excluirá a todos nessas circunstâncias.

E são recursos que retornam para a economia?

É da mais alta relevância entender que a Previdência é muito mais que uma transferência de renda a necessitados. Ela é um gasto autônomo, quer dizer, é uma transferência que se converte integralmente em consumo de alimentos, de serviços, de produtos essenciais e que, portanto, retorna das mãos dos beneficiários para o mercado, dinamizando a produção, estimulando o emprego e multiplicando a renda. Os benefícios previdenciários têm um papel importantíssimo para alavancar a economia. O baixo crescimento econômico de menos de 3% do PIB (Produto Interno Bruto), do ano de 2006, seria ainda menor se não fossem as exportações e os gastos do governo, principalmente com Previdência, que isoladamente representa quase 8% do PIB.

(...)

 O governo não executa o orçamento à parte para a Seguridade Social, como prevê a Constituição, incorporando-a ao orçamento geral da União. Essa é uma forma de desviar recursos da área social para pagar outras despesas?

A Constituição determina que sejam elaborados três orçamentos: o orçamento fiscal, o orçamento da Seguridade Social e o orçamento de investimentos das estatais. O que ocorre é que, na prática da execução orçamentária, o governo apresenta não três, mas um único orçamento chamandoo de "Orçamento Fiscal e da Seguridade Social", no qual consolida todas as receitas e despesas, unificando o resultado. Com isso, fica difícil perceber a transferência de receitas do orçamento da Seguridade Social para financiar gastos do orçamento fiscal. Esse é o mecanismo de geração de superávit primário no orçamento geral da União. E, por fim, para tornar o quadro ainda mais confuso, isola-se o resultado previdenciário do resto do orçamento geral para, com esse artifício contábil, mostrar que é necessário transferir cada vez mais recursos para cobrir o "rombo" da Previdência. Como a sociedade pode entender o que realmente se passa?

 (...)

Apesar do superávit que o governo esconde, o sistema previdenciário vem perdendo capacidade de arrecadação. Isso se deve a fatores demográficos, como dizem alguns, ou tem relação mais direta com a política econômica dos últimos anos?

A questão fundamental para dar sustentabilidade para um sistema previdenciário é o crescimento econômico, porque as variáveis mais importantes de sua equação financeira são emprego formal e salários. Para que não haja risco do sistema previdenciário ter um colapso de financiamento é preciso que o país cresça, aumente o nível de ocupação formal e eleve a renda média no mercado de trabalho para que haja mobilidade social. Portanto, a política econômica é o principal elemento que tem que entrar no debate sobre "crise" da Previdência. Não temos um problema demográfico a enfrentar, mas de política econômica inadequada para promover o crescimento ou a aceleração do crescimento.”[1] 

 

A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP) demonstra anualmente, através de seus relatórios de Análise da Seguridade Social, a falsidade do discurso do déficit da Previdência Social, pois, sendo ela parte de um todo, a seguridade social está sendo superavitária, o que deslegitima os argumentos do governo federal. Segundo aquelas análises, entre os anos de 2000 a 2008 houve um superávit total: R$ 392,2 bilhões. [2] 

As novas propostas do Governo Temer, pegando carona no já anunciado projeto de Dilma, precisam ser enfrentadas com vigor por aqueles que têm a missão de levar a informação de forma desvinculada e imparcial para a população. Alguns que desconhecem as verdadeiras intenções do Governo, patriotas, mas alienados sobre as profundezas do tema, podem achar “razoável” aumentar a idade de aposentadoria, sob a alegação de que a expectativa de vida da população tem crescido, que há um “rombo na previdência” e que, em algum momento, não se terá mais dinheiro para pagar aposentadorias. 

Ocorre que a rede Globo de Televisão, ao invés de trazer os dois polos da discussão para que a sociedade fique esclarecida, ardilmente, traz apenas o discurso do “déficit” pregado pelo Governo. Não informa, por exemplo, que: por meio da “Desvinculação de Receitas da União” (DRU), o governo desvia recursos da previdência social (bem como da saúde, educação) para outras despesas, notadamente a formação do tal do “superávit primário” para pagar juros vultosos da dívida pública; que, apesar das perspectivas de longevidade, grandes problemas epidemiológicos (câncer, doenças tropicais, doenças transmitidas por mosquitos, entre outras) vêm causando alta taxa de mortalidade; que idosos não aposentados representarão jovens desempregados, caso não haja uma evolução nos esquemas econômicos;  entre outras diversas variáveis que, certamente, não são aventadas pelo Governo e nem “por suas redes televisivas”. 

No próximo dia 31/05 (terça-feira), acontecerá o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social, no Senado Federal, em Brasília. A frente é encabeçada pelo senador Paulo Paim (PT/RS) e pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), que, independentemente das siglas partidárias, sempre atuaram em defesa dos aposentados dos Regimes de Previdência. 

Tive a honra de ter sido convidado para compor uma das mesas do evento acima citado e levarei o tema: “Reforma da Previdência e os Reflexos no Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos”. A matéria sobre o evento pode ser lida no link: http://www.sitraemg.org.br/sitraemg-e-convidado-para-lancamento-de-frente-parlamentar-em-defesa-da-previdencia/ 

Esta será uma oportunidade ímpar para os grupos sindicais e associativos levarem o discurso antagônico ao do Governo para um foro de discussão que poderá gerar grandes frutos para as demandas dos segurados dos Regimes Geral e Próprio de Previdência. 

O Espaço de diálogo no parlamento é um importante avanço para que possamos, de fato, influenciar nos processos decisórios que envolvem os direitos da população em geral. Resta saber se a Rede Globo de Televisão cobrirá o evento para que a sociedade se informe mais sobre os direitos que estão em jogo.

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Renovação na representação da categoria no PJU e MPU

 

Por Alexandre Magnus Mello Martins e Igor Yagelovic, coordenadores gerais do SITRAEMG

Foi publicado, neste site (veja AQUI http://www.sitraemg.org.br/9o-congrejufe-renovacao/), artigo da servidora da Justiça Federal Regina Coelho, lotada no Tribunal Regional Federal da Quinta Região, no estado de Pernambuco, ressaltando a importância da renovação que está ocorrendo na direção Fenajufe a partir da eleição de uma quantia expressiva de novos quadros, por ocasião do último Congrejufe.

O SITRAEMG agradece a servidora pernambucana pela liberação do artigo para publicação, e endossa suas palavras por entender que há muito já se ansiava por essa renovação, sobretudo por parte daqueles servidores e servidoras do PJU e MPU que lutam por uma entidade nacional efetivamente preocupada em defender os reais interesses da categoria, e não os de entidades outras a que sejam vinculados ou governos.

Um dos compromissos de campanha da atual diretoria do SITRAEMG, ancorada nas bases da categoria, foi exatamente trazer novos ares para a administração e atuação da entidade em Minas. É isso, aliás, que a diretoria entende que deve ocorrer nas outras entidades sindicais dos servidores do PJU e MPU, sobretudo naquelas que insistem em se aliar ao governo e as administrações dos tribunais, trabalhando contra a própria categoria.

Os novos ares no Sindicato possibilitaram ações que permitiram o resgate da confiança dos servidores para as grandes mobilizações e para a greve, além da viabilização de uma demanda antiga da categoria que foi a interiorização da entidade com a intensificação do projeto Pé na Estrada e dos Encontros Regionais.

O mesmo se fazia necessário na Fenajufe. Havia muitos dirigentes, de certa forma, “pendurados” na direção, alguns com mais de 15 anos à frente da entidade nacional, sem demonstrar qualquer ânimo para as lutas. Pior: muitos jogando contra a categoria, submetendo-se ao jogo sujo do governo e de entidades – como a CUT – alinhadas aos mandatos petistas. E o resultado nefasto dessa letargia sindical se viu com as sucessivas derrotas da categoria em matérias em tramitação no Congresso ou votação no Supremo e tribunais superiores, culminando em uma defasagem salarial que 2016 completa dez anos.

Renovar, com responsabilidade, é preciso. Sempre!

 

  *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.*

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O PT e PC do B são vítimas ou carrascos?

Por Pedro Aparecido de Souza, Trabalhador no judiciário federal.

Não vai ter golpe: ex-presidente da CNI Armando Monteiro defendendo o PT e o mandato de Dilma.

Armando foi presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco. Armando foi presidente da CNI - Confederação Nacional da Indústria de 2002 a 2010.

Além dele temos Kátia Abreu da UDR.

Em vez de se aliarem com a Classe Trabalhadora, o PT e PC do B fizeram alianças com Maluf, Collor, ACM, Renan, Jader Barbalho, Henrique Meirelles do PSDB, Delfim Neto, Reinhold Stephanes da ditadura militar, Blairo Maggi e tantos outros inimigos da Classe Trabalhadora.

Bradesco, Itaú, banqueiros, latifundiários e empreiteiros se tornaram os parceiros do PT e PC do B, principalmente no financiamento de campanhas. Enlamearam-se na corrupção. Destruíram o nome da Petrobras e assaltaram-na. Além do Mensalão.

Privatizaram rodovias, portos e aeroportos, retiraram direitos trabalhistas, retiraram direitos previdenciários.

Não resolveram o analfabetismo, os problemas da saúde e da educação.

Não fizeram reforma agrária.

Cooptaram a maioria dos Movimentos Sociais, como a UNE, CUT, CTB e tantas centrais sindicais pelegas e traidoras. Salvaram-se apenas a CSP-CONLUTAS e as duas INTERSINDICAL.

Desde o início em 2003, fizeram-se gerentes do capitalismo e depois, sócios.

Conseguiram retirar direitos que nem o FHC conseguiu, como, por exemplo, as retiradas de direitos previdenciários.

Conseguiram aprovar a lei do terrorismo.

Não aceitaram a data-base aos Servidores Públicos que está na Constituição.

Não devolveram nosso direito de Greve.

Não devolveram um único direito que FHC tirou.

Não estatizaram uma única empresa que FHC privatizou.

Privatizaram a saúde. Privatizaram os Hospitais Universitários. Encheram a saúde com OSs.

Deram bilhões para os empresários da educação privada.

Deram bilhões de reais para mega-empresários através de incentivos fiscais, enquanto estes demitiam os Trabalhadores.

Pagaram, todos os anos, metade de tudo que se arrecadava no país, para os banqueiros para pagar a dívida e os juros da dívida.

Mantiveram o superavit fiscal primário à custa de arrocho na Classe Trabalhadora.

Realizaram a mesma política econômica do PSDB, que agora terá continuidade com Temer. Se Temer cair fora, será feita por Renan ou qualquer outro. Todos atacarão a Classe Trabalhadora como o PT e PC do B fizeram.

Vocês não deixarão saudades para a Classe Trabalhadora. Se igualaram ao DEM, PSDB, PMDB.

Deixam, sim, uma herança tenebrosa de traição à Classe Trabalhadora e uma marca de corrupção.

Fui filiado ao PT de 1985 a 1992 e oposição ao PT de 2003 a 2016, e posso dizer sem medo: o PT deu um golpe na Classe Trabalhadora.

PT e PC do B: não esqueceremos destes partidos. Eles nos traíram.

Os primeiros traidores a gente nunca esquece.

  *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.*

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Nível Superior para Técnicos Judiciários e do MPU: uma luta legítima e coerente com a melhoria da prestação jurisdicional

Por Gerardo Alves Lima Filho - Coordenador da Fenajufe; Presidente da Associação dos Oficiais de Justiça do Distrito Federal; Membro do Conselho Deliberativo da Associação dos Servidores da Justiça do Distrito Federal; Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios e Professor de Direito da Faculdade Projeção. Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia; Especialista em Direito na Escola da Magistratura do Distrito Federal e Mestre em Direito e Políticas Públicas pelo UniCEUB. 

Atualmente, um dos temas mais debatidos no âmbito dos servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União diz respeito ao nível de escolaridade do cargo de Técnico Judiciário e de Técnico do Ministério Público da União. Com efeito, a Lei nº 11.416/2006 (que dispõe sobre as carreiras dos servidores do Poder Judiciário da União), em seu art. 8º, II, e a Lei nº 11.415/2006 (que dispõe sobre as carreiras dos servidores do Ministério Público da União), em seus arts. 2º, II, e 7º, II, estabeleceram como requisito de ingresso para o cargo de Técnico curso de nível médio. 

Entretanto, em decorrência da elevação do acesso da população ao Judiciário e do correspondente aumento de atuação do Ministério Público, tornou-se necessária a presença nesses órgãos de servidores capazes de realizar atividades complexas e de apresentar soluções criativas a fim de conseguirem atender a contento ao excesso de demanda. Assim, os ocupantes do cargo de Técnico (a grande maioria dos servidores do PJU e do MPU), até mesmo buscando uma justa valorização pelas novas exigências a eles apresentadas, iniciaram uma campanha em busca da alteração do requisito de escolaridade imposto para ingressar na carreira. 

Paulatinamente, foram sendo realizadas assembléias nos 30 sindicatos filiados à Fenajufe, tendo sido o pleito aprovado em todos. Igualmente, a questão já havia sido aprovada no Plenário do Coletivo Nacional da Fenajufe de Técnicos do Judiciário e do MPU (Contec) e foi submetida na Plenária de João Pessoa/PB da Fenajufe, sendo definitivamente aprovada no dia 26/10/2015. Entretanto, a despeito da aprovação maciça de toda a categoria, o nível superior para Técnicos ainda não saiu do papel, razão pela qual ainda se mostra necessário o aprofundamento do tema para evitar obstáculos na sua aprovação. 

Nessa toada, a primeira questão digna de exame alude à tendência de elevação do nível de escolaridade de diversos cargos de nível médio para superior na Administração Pública, principalmente na Federal, em todos os Poderes. Esse fenômeno decorre do processo de qualificação dos servidores. Com efeito, de acordo com estudo da Escola Nacional da Administração Pública relativo ao Perfil dos Servidores do Poder Executivo (2015), a quantidade de servidores com nível superior aumenta a cada ano, ao passo que o quantitativo de servidores somente com nível médio ou técnico está sendo reduzido. 

No ano de 1997, havia no Poder Executivo 302.503 cargos ocupados de nível médio e 182.303 de nível superior. Em 2014, passou a haver 244.360 cargos ocupados de nível médio e 296.552 de nível superior. Ademais, de 2002 a 2014, o percentual de servidores com pós-graduação aumentou de 3,2% para 5,8%; com mestrado passou de 4,1% a 8,0% e com doutorado, de 4,5% a 12,2%. Vale ressaltar que a informação sobre a escolaridade é colhida no momento de ingresso no serviço público. Assim, atualmente o quantitativo de servidores graduados deve ser bem mais elevado (“http://www.enap.gov.br/documents/586029/629733/Servidores+P%C3%BAblicos+Federais+Perfil+-+2015.pdf/f95f0151-0ef5-4c22-bc9f-9e91aa454ebf”). 

Desse modo, percebe-se a existência de uma maior preparação por parte dos servidores públicos para conseguir desempenhar suas atribuições com grau de excelência. No Poder Judiciário, essa capacitação dos servidores ainda é mais evidente. Deveras, no Censo levantado pelo Conselho Nacional de Justiça, 81,1% do total de servidores efetivos que responderam à pesquisa, declararam possuir nível superior ou pós-graduação (“http://www.cnj.jus.br/images/dpj/CensoJudiciario.final.pdf”). 

De maneira mais específica, faço referência a uma experiência pessoal no cargo de Policial Rodoviário Federal, que ocupei com muito orgulho entre os anos de 2002 e 2009. Quando ingressei na PRF, o nível médio era suficiente para a assunção do cargo, conforme o art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.654/98, em sua redação originária. 

Entrementes, diante da relevância do cargo e da complexidade das atribuições, a partir de um pleito da categoria, o requisito de ingresso foi alterado para nível superior com o advento da MP 431/2006, posteriormente convertida na Lei 11.784/2008. A campanha das nossas entidades se fundamentou na necessidade de maior maturidade, preparação psicológica e emocional, bem como da definição de um perfil específico para portar arma de fogo e cuidar da vida das pessoas. 

Ainda assim, essa demanda não se mostrou suficiente e os policiais rodoviários federais permaneceram lutando para que o cargo passasse a ter natureza de nível superior. Alegaram, com razão, que se tratava de carreira típica de Estado, sendo inadequado o enquadramento como cargo de nível médio. Desse modo, houve a inclusão do art. 2º-A na Lei nº 9.654/98 (pela Lei 12.775/2012), com a alteração da natureza do cargo de nível médio para nível superior, a partir de janeiro de 2013. Há distinção entre o requisito de ingresso e a natureza do cargo, sendo esta segunda possibilidade naturalmente mais relevante para a valorização da carreira. 

Outrossim, os cargos da carreira policial federal alteraram o requisito de ingresso de nível médio para técnico com a edição da Lei nº 9.266/96, nos termos do art. 2º. Posteriormente, a lei foi alterada para que o cargo passasse a ser de nível superior, conforme o art. 2º inserido pela MP 650/2014, convertida na Lei nº 13.034/2014. No art. 10 da Lei nº 9.266/96 ainda se encontra a previsão de que a carreira policial federal é considerada típica de Estado. 

No âmbito do Poder Legislativo, a tendência também se confirma. Há algum tempo o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis) tem se empenhado na alteração do requisito de ingresso para o cargo de Técnico Legislativo. Inclusive, foi apresentado o Projeto de Resolução do Senado nº 96/2009, com a alteração no art. 618 para nível superior do cargo de Técnico Legislativo, Área de Apoio Técnico de Processo Legislativo, Especialidade Processo Legislativo. A matéria foi arquivada no ano passado, mas deve ser retomada em breve. Muito provavelmente, em pouco tempo, haverá a aprovação desse pleito justo no Poder Legislativo, e os Técnicos Judiciários e do Ministério Público da União ficariam desvalorizados em relação a cargos análogos de outros Poderes caso não haja também a alteração do seu requisito de ingresso. 

Dentro dessa temática, uma questão que não pode passar despercebida se refere à necessidade de reconhecimento das atividades dos servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público como carreira típica de Estado. A Constituição Federal de 1988 fez referência em seu art. 247 a servidores que desempenham atividades exclusivas de Estado, contudo até hoje esse dispositivo não foi regulamentado. 

Com isso, foi apresentado o PL 3.351/2012 que define quais são as atividades típicas de Estado. Essa definição é relevante para o fim de valorizar as carreiras que trabalham com funções exclusivas do Poder Público. No art. 2º, III e IV, do referido projeto de lei, foram enquadradas como atividades exclusivas de Estado aquelas relacionadas com a atividade-fim do Poder Judiciário e do Ministério Público. 

Portanto, há diversos Técnicos Judiciários e do Ministério Público desempenhando atividade exclusiva de Estado sem receber, em contrapartida, qualquer valorização. O citado PL foi arquivado em setembro de 2015, porém os servidores do Judiciário e do Ministério Público indubitavelmente continuam desempenhando atividades típicas de Estado e fazem jus às prerrogativas atribuídas às demais carreiras tradicionalmente incluídas nesse enquadramento, inclusive no que diz respeito ao nível superior para ingresso. 

O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado engloba nessa definição as atividades de fiscalização agropecuária, tributária e de relações de trabalho, arrecadação, finanças, controle, gestão pública, segurança pública, diplomacia, advocacia pública, defensoria pública, regulação, política monetária, inteligência de Estado, planejamento e orçamento federal, magistratura e ministério público (“http://www.fonacate.org.br/v2/?go=page&id=1”). Não há dúvidas, no entanto, de que esse conceito deve ser ampliado para abranger as atividades exercidas pelos servidores do PJU e do MPU. 

Nesse sentido, impende sublinhar que os técnicos desempenham atividades incontestavelmente complexas. Não é à toa que o Conselho Nacional de Justiça no Pedido de Providências nº 50/2005 reconheceu no exercício do cargo de Técnico Judiciário atividade jurídica para os efeitos da contagem de três anos para o concurso da magistratura. Evidente, portanto, a compreensão pelo próprio Poder Judiciário de que os ocupantes desse cargo desempenham tarefas complexas. 

Ressalte-se ainda a compatibilidade da aprovação do nível superior com o ordenamento jurídico. No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.303 (DJe 28/08/2014), o Supremo Tribunal Federal consagrou o entendimento de que não configura provimento derivado de cargo público a alteração do requisito de ingresso, mantidas as atribuições e a denominação do cargo. Assim, o pleito do nível superior não encontra nenhum óbice na ordem jurídica pátria. 

A esse respeito, faz-se mister salientar ainda que a aprovação do nível superior para Técnicos não representa prejuízo para qualquer das carreiras dos servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público. Isso porque as atribuições são diversas conforme a dicção do art. 4º, I e II, da Lei nº 11.416/2006: os analistas devem exercer atividades de planejamento, organização, coordenação, assessoramento, pesquisa, elaboração de laudos e pareceres de elevado grau de complexidade; a seu turno, os Técnicos desempenham tarefas de suporte técnico e administrativo. Ambos são e continuarão sendo extremamente importantes e necessários para a prestação jurisdicional. Ademais, há diversas demandas possíveis para os Analistas para a sua valorização específica que não sofrerão qualquer interferência em decorrência do nível superior dos Técnicos, como a isonomia com cargos similares dos outros Poderes, por exemplo. 

Impende ressaltar ainda a autonomia de cada uma das carreiras de decidir o que é melhor para si. Com efeito, deliberando os Oficiais de Justiça e os Agentes de Segurança lutar pela aposentadoria especial, este pleito deve ser apoiado e respeitado pelas demais carreiras. O mesmo ocorre com o nível superior para Técnicos, que deve receber a solidariedade das demais carreiras. A união entre as carreiras se mostra imprescindível para vencer as dificuldades opostas pelo Governo e pelas administrações dos Tribunais, de forma a se obter a aprovação das demandas. 

Outro argumento amiúde utilizado contra o nível superior para Técnico consiste em uma possível “elitização” do serviço público. Todavia, há outros valores específicos mais relevantes que devem prevalecer, como o direito da sociedade a um serviço público de excelência. O princípio da eficiência da Administração Pública aponta no sentido da contratação de servidores com grau de escolaridade mais elevado. 

Ademais, nos últimos anos o acesso ao nível superior foi substancialmente ampliado. De acordo com os dados do Observatório do Plano Nacional de Educação, no ano de 2001, 7,3% (6.432.283) dos brasileiros com 25 anos ou mais havia concluído o nível superior. Em 2013, esse mesmo percentual já havia se elevado para 12,6% (15.550.138) desse mesmo segmento (“http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/12-ensino-superior/indicadores”). 

Nessa mesma linha de raciocínio, há alguns anos o nível médio não era tão acessível para a população. As matrículas no nível médio saltaram de 3.772.698, em 1991 (“http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/2009/gt_interministerialresumo2.pdf”), para 8.300.189, em 2014 (“http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=17044-dados-censo-2015-11-02-materia&Itemid=30192”). Dessarte, a alteração do requisito de ingresso apenas está adaptando o serviço público para a realidade do mundo do trabalho atual, que exige maior grau de qualificação do trabalhador, ao mesmo tempo em que leva em consideração a expansão da educação. 

Constatando-se, dessarte, a juridicidade do pleito e a coerência com as necessidades atuais da Administração Pública, imprescindível dar sequência na luta para a concretização do nível superior para Técnico. Na XIX Plenária Nacional da Fenajufe (em João Pessoa/PB), realizada entre 23 e 25 de outubro de 2015, houve a aprovação do nível superior para Técnicos e a definição de que a Diretoria Executiva da Fenajufe deveria encaminhar ao STF Anteprojeto de lei específica e sem tabela, dentro do prazo de dez dias úteis, alterando o requisito de ingresso no cargo (“http://www.fenajufe.org.br/images/Resolu%C3%A7%C3%B5es%20da%20XIX%20Plenaria%20Nacional%20da%20Fenajufe%202015.pdf”). 

Desse modo, no dia 26 de outubro de 2015 a Fenajufe protocolou no STF o anteprojeto de lei específico tratando do nível superior para Técnico. Entretanto, até o presente momento não houve encaminhamento para o expediente, ou seja, nada foi apresentado no Congresso Nacional, mesmo o projeto não possuindo qualquer impacto financeiro. 

Portanto, diante de todas as razões expostas acima, faz-se mister a intensificação de ações para que haja a apresentação imediata de projeto de lei específico pelo STF para finalmente se alcançar a valorização dos Técnicos Judiciários, com o reconhecimento do nível superior. Nesse sentido, todas as entidades do PJU e do MPU devem concentrar esforços nessa finalidade, cobrando dos Tribunais o apoio para o pleito, bem como mobilizando a categoria com manifestações. O nível superior para os Técnicos se trata de uma medida da mais alta relevância para o aperfeiçoamento dos serviços prestados pelo Poder Judiciário. A sociedade será a maior beneficiária da alteração.

 

Brasília/DF, 24 de abril de 2016.


 

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9º Congrejufe chega ao fim com posse de novos coordenadores e Plenária em Brasília

Terminou na manhã deste sábado (1/5) em Florianópolis (SC), o 9º Congresso Nacional da Fenajufe com a posse da nova coordenação eleita para o triênio 2016/2019. Outro encaminhamento aprovado foi pela realização, em Brasília, de uma Plenária que irá deliberar sobre todas as pendências que ficaram do 9º Congrejufe, como as alterações estatutárias e as propostas de resoluções que não foram debatidas.

Os dirigentes irão se reunir em Brasília no próximo sábado (7/5), quando deverá ser definida a nova coordenação executiva da Fenajufe. Tomaram posse na manhã de domingo os seguintes coordenadores:

1)            Helênio Porto Barros (Chapa 2)

2)            Júlio César de Oliveira Brito (Chapa 6)

3)            José Aristeia Pereira (Chapa 3)

4)            Gerardo Alves Lima Filho (Chapa 5)

5)            José Rodrigues Costa Neto (Chapa 4)

6)            Cristiano Bernardino Moreira (Chapa 2)

7)            Vicente de Paulo da Silva Souza (Chapa 6)

8)            Ronaldo das Virgens (Chapa 3)

9)            Rodrigo Ferreira de Carvalho (Chapa 5)

10)         Adriana Barbosa Rocha de Faria (Chapa 4)

11)         Erlon Sampaio de Almeida (Chapa 2)

12)         Rodrigo Gomes Peixoto (Chapa 6)

13)         Marcos José dos Santos (Chapa 1)

14)         Mara Rejane Weber (Chapa 3)

15)         Marcelo de Melo Ferreira (Chapa 5)

16)         Elcimara Augusto de Sousa (Chapa 2)

17)         Alisson Ribeiro Silva (Chapa 6)

 

Suplentes:

18)         Edmilton Gomes de Oliveira (Chapa 3)

19)         Marcelo Rodrigues Ortiz (Chapa 5)

20)         Saulo Costa Arcangeli (Chapa 2)

21)         Adilson Rodrigues dos Santos (Chapa 2)

22)         Gláucio Luiz da Silva (Chapa 4)

23)         José Everson Nogueira Reis (Chapa 6)

 

Para o Conselho Fiscal:

Titulares 
- Manuel Beneval Adelino

- Paulo Sérgio da Silva Falcão

- Tauff Ganem de Abreu

Suplentes

- Rosilene Valadares de Matos

- Cristiane Delgado de Carvalho Silva

- José de Ribamar França Silva

 

Foto: Valcir Araújo

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Congresso elege nova composição da Fenajufe

A eleição para a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal da Fenajufe foi finalizada no início da madrugada deste sábado, mas a nova composição ainda depende do cálculo da proporcionalidade de votos por chapa. A totalização foi a seguinte:

Chapa 1 - Unidade com Equilíbrio para Avançar = 30 votos;

Chapa 2 – Lutafenajufe = 121 votos;

Chapa 3 - Democracia e Luta. Zero Não! = 111 votos;

Chapa 4 - Fenajufe sem Correntes - Juntos Somos Mais = 68 votos;

Chapa 5 - União por Justiça = 80 votos;

Chapa 6 - Liberta Fenajufe = 120 votos.

Total de votos válidos 530.

Já a votação para o conselho fiscal será divulgada neste domingo.

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9º Congrejufe: encerrada votação para escolha de novos diretores

Terminou agora há pouco a votação que vai definir a nova diretoria da Fenajufe para o triênio 2016/2019. Por volta de 0h15 deste domingo, 1º de maio, as urnas foram lacradas pela Comissão Eleitoral e já removidas para o local onde será feita a contagem dos votos que também vão eleger o Conselho Fiscal.  A apuração deve começar por volta de duas da manhã.

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Começa votação para eleger a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal

A eleição para a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal da Fenajufe iniciou às 22 horas deste sábado (30/4). À tarde foi iniciada a Plenária Final do 9º Congrejufe, para a qual estavam pautadas: conjuntura nacional e internacional; pauta de reivindicações e plano de lutas; modelo de gestão e as implicações na saúde e na carreira do servidor; organização sindical; políticas permanentes; o balanço de atuação da Fenajufe; moções.
 
Depois da defesa de três teses de conjuntura nacional, foi aprovada por maioria, com 161 votos, a tese "Fora Todos os corruptos! Eleições Gerais Já!".  A Plenária foi interrompida para a apresentação das chapas e posterior eleição da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal e prossegue domingo (1º/5). 
 
 
 
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Chapas se apresentam ao colégio eleitoral neste momento

Pouco menos de uma hora para começar a votação que irá definir a nova direção da Fenajufe, as chapas se apresentam aos eleitores e expõem suas propostas de gestão. Críticas aos governos do PT, PMDB e PSDB tem dado a tônica dos discursos.

Pautas como o nível superior para Técnicos e a luta salarial recebem apoio do plenário, que aplaude e se manifesta. Outro item recorrente na apresentação das plataformas é a crítica à presença de partidos políticos, representados por dirigentes com vinculações partidárias.

A cada fala, aplausos e vaias explodem pelo salão e são seguidas de brados de ordem que identificam as diversas correntes que disputam a eleição.

No Facebook da Fenajufe você pode acompanhar, em fotos, a apresentação.

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Líder Guarani-Kaiowá denuncia extermínio de índios e indiferença da Justiça brasileira

A líder do povo Guarani-Kaiowá, Valdelice Veron, teve participação de destaque durante os trabalhos do 9º Congrejufe, em Florianópolis (SC), ao denunciar o massacre de seu povo. Ela conta que foram mais de 300 mortes de lideranças indígenas em conflitos fundiários nos últimos dez anos em Mato Grosso do Sul. E mais: segundo a porta-voz, a situação de risco continua e os ataques estão cada vez piores.

Emocionada, Valdelice Veron acusou a justiça brasileira de cumplicidade com a situação de violência sofrida pelos Guarani-Kaiowá.  “Nossos filhos e filhas estão sendo estuprados e o Judiciário tem se calado”, acusa. Valdelice denuncia ainda que várias lideranças estão marcadas para morrer, inclusive ela.

Por quase cinco minutos a líder indígena foi aplaudida pelo Plenário de um Congrejufe comovido com o relato de um povo exilado em sua própria nação. Valdelice conta ainda que os Terena também passam pelo mesmo dilema.


Cacica no Congresso

Já é tradição nos Congressos da Fenajufe a distribuição de materiais de sindicatos e venda de livros. Nesta edição mais uma vez foi organizada exposição de fotos para mostrar os fatos mais importantes ao longo da atual gestão, entre os quais a greve de 2015. Na quinta-feira (28/4) os indígenas da Terra Indígena Morro dos Cavalos, localizada em Palhoça, na Grande Florianópolis, também expuseram artesanato, com a presença da cacica da aldeia, Kerexu Yxapyry (Eunice Antunes). A Cooperativa Desacato, de Florianópolis, vendeu camisetas com o registro da luta pela auditoria da dívida pública.

Kerexu foi convidada para estar no Congrejufe no mesmo dia da visita da Guarani-Kaiowá Veranice Veron.

 

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Seis chapas disputam as eleições da Fenajufe

Aprovado o Regimento Eleitoral do 9º Congrejufe, foi aberto o prazo para a inscrição de chapas. Ao todo seis se inscreveram a vão disputar os 23 cargos da direção da Fenajufe: 17 titulares e 5 suplentes. 

São elas:

 

Chapa 1 - Unidade com Equilíbrio para Avançar

 

MARCOS JOSÉ DOS SANTOS                   SINDJUF/PB                                    

CLEDO DE OLIVEIRA VIEIRA                    SINDJUS/DF                                   

PAULO RICARDO DE OLIVEIRA                 SINTRAJUFE/RS                              

IVÃ TEIXEIRA DA SILVA                         SINDJUS/DF                                   

ELIELSON FLORO DA SILVA                    SINTRAJUF/PE                                

RENATO CELSO MOREIRA FILHO              SINJUTRA/PR                                  

JEAN PAULO LOIOLA LIMA                      FENAJUFE                                      

EDUARDO NUNES DA SILVA                   SINTRAJUFE/RS                              

GLAUCIA SENA DE BRITO                      SINDJUS/DF                                   

VALDIR NUNES FERREIRA                      SINDJUS/DF                                   

JEFERSON LUIZ DE SANTANA PASSOS   SINDJUFE/BA                                 

CLARICE RIBEIRO CAMARGO                 SINTRAJUFE/RS                              

ANDRE ANTONIO DA ROCHA                  SINDJUS/DF                                   

SHEILA TINOCO DE OLIVEIRA FONSECA   SINDJUS/DF                                   

JORGE EDUARDO DOS SANTOS MOTA    SINDJUS/DF                                   

JOSE PAULO DE OLIVEIRA BARROS        SINTRAJUFE/RS                              

KLEBER BARBOSA DE MELLO                SINDJUS/DF                                   

 

Chapa 2 - LUTAFENAJUFE

                                                                                                                              

HELENIO PORTO BARROS                             SISEJUFE/RJ                                                            
CRISTIANO BERNARDINO MOREIRA               SINTRAJUFE/RS                                                            

ERLON SAMPAIO DE ALMEIDA                      SINTRAJUD/SP                                                              

ELCIMARA AUGUSTO DE SOUZA                   SINDJUS/DF                                                                  

TARCISIO FERREIRA                                      SINTRAJUD/SP                                                              

SAULO COSTA ARCANGELI                            SINTRAJUFE/MA                                                            

ADILSON RODRIGUES SANTOS                     SINTRAJUD/SP                                                              

INES LEAL DE CASTRO                                  SINTRAJUD/SP                                                              

MARIA MADALENA NUNES                            SINTRAJUFE/PI                                                              

ACÁCIO HENRIQUE DE AGUIAR                     SISEJUFE/RJ                                                                 

DENISE MÁRCIA DE ANDRADE CARNEIRO    SINDJUFE/BA                                                                

EULER EMANUEL PIMENTEL DE OLIVEIRA    SINTRAJUF/PE                                                              

MARIA DE LOURDES TOMAZ                         SINJUTRA/PR                                                                

HENRIQUE SALES COSTA                              SINTRAJUD/SP                                                              

MARIA HELENA GARCIA LEAL                        SINTRAJUD/SP                                                              

MARCO ANTÔNIO PEREIRA CARDOSO          SINDJUF-PA/AP                                                             

NATALY JOANA VIEIRA MEISSINGER             SINTRAJUD/SP                                                              

FAGNER IOHARA XAVIER AZEREDO             SINTRAJUFE/RS                                                            

ANDRES SANTOS CEVALLOS                        SINTRAJUFE/RS                                                            

RONALD DE CARVALHO FUMAGALI               SINDIQUINZE/SP                                                           

PEDRO APARECIDO DE SOUZA                    FENAJUFE                                                                    

FABIANO ANDRADE CORREA                        SISEJUFE/RJ                                                                 

LUIS FABIANO DA SILVA                                SINDIQUINZE/SP                                               

 

 

Chapa 3 - Democracia e Luta. Zero Não!

  

JOSÉ ARISTÉIA PEREIRA                                         SINDIQUINZE/SP                                                         

RONALDO DE ALMEIDA DAS VIRGENS                   SISEJUFE/RJ                                                              

MARA REJANE WEBER                                            SINTRAJUFE/RS                                                          

EDMILTON GOMES DE OLIVEIRA                             FENAJUFE                                                                  

LUIS CLAUDIO DOS SANTOS CORREA                     SITRA-AM/RR                                                              

MARIANA ORNELAS DE A. G. LIRIA                          SISEJUFE/RJ                                                              

ROBERTO POLICARPO FAGUNDES                         SINDJUS/DF                                                                

JACQUELINE SILVA DE ALBUQUERQUE                  FENAJUFE                                                                  

VALTER NOGUEIRA ALVES                                      SISEJUFE/RJ                                                              

FERNANDA GUIMARÃES LAURIA                             SISEJUFE/RJ                                                              

SORAYA GARCIA MARCA                                        SISEJUFE/RJ                                                              

CARLOS ALBERTO DE ARAÚJO COSTA                   SINDJUS/DF                                                                

JOSÉ CARLOS PINTO DE OLIVEIRA                         SINTRAJUFE/RS                                                          

WILSON BARBOSA LOPES                                       SINTRAJURN/RN                                                          

ANA NAIARA MALAVOLTA SAUPE                            SINTRAJUFE/RS                                                          

DULAVIM DE OLIVEIRA LIMA JUNIOR                       SISEJUFE/RJ                                                              

JOSÉ VALTER MEDEIROS CAMPELO                      SINDJUF/PB                                                                

LUCILENE LIMA ARAUJO DE JESUS                        SISEJUFE/RJ                                                              

MARCELO MACHADO CARLINI                                 SINTRAJUFE/RS                                                          

ANTONIO JÉSU GRANGEIRO DE SOUZA JUNIOR     SINDISSÉTIMA/CE                                                       

LYGIA DE SIQUEIRA PORTO                                    SINTRAJUD/SP                                                            

MARCELO COSTA NERES                                        SISEJUFE/RJ                                                              

ROSA MARIA COSTA DELFINO                                 SINDIQUINZE/SP                                                         

 

Chapa 4 - Fenajufe sem Correntes - Juntos Somos Mais

  

JOSÉ RODRIGUES COSTA NETO                                 SINDJUS/DF                                                           

ADRIANA BARBOSA ROCHA DE FARIA                        SINDJUS/DF                                                           

GLAUCIO LUIZ DA SILVA                                              SINJUSPAR/PR                                                      

ANDRÉ FERNANDES PELEGRINI                                 SINDJUS/DF                                                           

ANTONIO CESAR AMARAL MEDINA                             SINDJUFE/MS                                                        

EPITÁCIO DO NASCIMENTO SOUZA JÚNIOR                SINDJUS/DF                                                           

FLORISVALDO MARQUES DE SOUZA JÚNIOR             SINTRAJUSC/SC                                                     

RITA DE CÁSSIA DOS SANTOS MIRANDA DE MELO    SINJUSPAR/PR                                                      

INALDO BARBOSA DE AGUIAR                                    SINDJUS/AL                                                           

ALEXANDRE DE CARVALHO LIMA                               SINDJUS/DF                                                           

NANCI DE FÁTIMA CARDOSO                                      SINJUSPAR/PR                                                      

PAULO CEZAR SILVA DOS SANTOS                            SINJUSPAR/PR                                                      

MARÍLIA SARA PORTELA OLIVEIRA MACHADO            SINJUSPAR/PR                                                      

DEVAIR DE SOUZA LIMA                                             SINDJUS/DF                                                           

MARCELO BUARQUE DE ARAUJO SILVEIRA                SINDJUS/DF                                                           

CHRISTIANE BORGES ARAÚJO                                    SINDJUS/DF                                                           

AYLAH CHRISTIE BELTRÃO ROSA                                SINDJUS/DF                                                           

DANIELA EL-DEIR COSTA ARAÚJO                              SINTRAJUF/PE                                                       

GRAZIELA BORGES DE AMORIM                                 SINDJUS/DF                                                           

IVAN DE JESUS RODRIGUES FERREIRA                     SINDJUS/DF                                                           

THAÍS ANDREA GOMES PINHEIRO GUIMARÃES          SINDJUS/DF                                                           

RAQUEL DOS SANTOS BRANDÃO                               SINDJUS/DF                                                           

HÉLIO FERRAZ DOS SANTOS                                      SINDJUS/DF                                         



Chapa 5 - União por Justiça

 

GERARDO ALVES LIMA FILHO                                      SINDJUS/DF                                       

RODRIGO FERREIRA DE CARVALHO                            SINDIJUFE/MT                                    

MARCELO DE MELO FERREIRA                                    SISEJUFE/RJ                                     

MARCELO RODRIGUES ORTIZ                                      SINTRAJUFE/RS                                 

FERNANDO ASSIS DE FREITAS                                    SINDJUS/DF                                       

CRISTINA BARBOSA DORNELES                                   SINDJUS/DF                                       

WILMAR CARREGOZI MIRANDA                                    SINPOJUFES/ES                                

MARIA EUGÊNIA DA SILVA LACERDA FILHA                 SINDJUS/DF                                       

IGOR YAGELOVIC                                                         SITRAEMG/MG                                   

PAULO GUSTAVO HUNDERMARK BARROSO JUNIOR   SINTRAJUFE/RS                                 

EPITÁCIO DE ANDRADE FLORENTINO                          SINDJUS/DF                                       

OLAVO ANTONIO DE OLIVEIRA                                     SITRAEMG/MG                                   

MARIA APARECIDA DE ALENCAR CLERTON                 SINTRAJUFE/PI                                  

LEOPOLDO DONIZETE DE LIMA                                    SINJUFEGO/GO                                  

ADRIANA DA CONCEIÇÃO JOÃO                                   SISEJUFE/RJ                                     

DANIELA DA SILVA PONTUAL MACHADO                     SINDJUS/DF                                       

BRUNO JORGE MOTA CAVALCANTI                              SINTRAJUF/PE                                   

ELDO LUIZ PEREIRA DE ABREU                                   SINDJUS/DF                                       

CHARLES DA COSTA BRUXEL                                      SINDISSÉTIMA/CE                              

ALDINON VICENTE SILVA                                              SINDJUS/DF                                       

CÁTIA CRISTINA SILVA SOARES                                   SINDJUFE/BA                                     

LEANDRO AUGUSTO GONÇALVES                               SINTRAJURN/RN                                 

RENATA MORAES RIOS                                                SINDJUS/DF            

 

 

Chapa 6 - Liberta Fenajufe

 

JÚLIO CÉSAR OLIVEIRA BRITO                         SITRAEMG/MG                                                   

VICENTE DE PAULO DA SILVA SOUSA            SINJE/CE                                                             

RODRIGO GOMES PEIXOTO                             SITRAEMG/MG                                                   

ALISSON RIBEIRO SILVA                                  SINDIJUFE-RO/AC                                            

JOSÉ EVERSON NOGUEIRA REIS                    SINJUFEGO/GO                                                    

FRANCISCO CLAYTON ARAÚJO DA SILVA       SINTRAJURN/RN                                                   

CLÁUDIO AURÉLIO DE ARAÚJO DANTAS         SINDJUF/PB                                                         

ALEXANDRE JOSÉ ARAÚJO DE SOUZA          SINDJUFE/BA                                                       

SANDRA REGINA PESTANA TIRLONE               SINTRAJUD/SP                                                    

ENGELBERG BELÉM PONTES                          SINTRAJUFE/CE                                                   

OSMARINO JÚNIOR TAVARES TEIXEIRA          SINJUFEGO/GO                                                    

DEISE ASSUMPÇÃO VIEIRA ANDRADE            SITRAEMG/MG                                                     

ROSANA SACCO DOS ANJOS                          SINTRAJUFE/RS                                                  

GEORGE CANTÍDIO GENTILE                            SINTRAJURN/RN                                               

FERNANDO NEVES OLIVEIRA                          SITRAEMG/MG                                                    

MARIA AURILEIDE ROCHA LOBO                      SINDJUF/PB                                                      

SEBASTIÃO EDMAR SILVA                               SITRAEMG/MG                                                  

HUDSON CAVALCANTE LEÃO BORGES           SINPOJUFES/ES                                                  

MOISÉS PINHO DA SILVA                                 SITRAEMG/MG                                                 

DEVÂNIA ARAÚJO FIGUEIREDO VARELA             SINTRAJURN/RN                                                

LELES MARTINS MOREIRA                               SITRAEMG/MG                                                  

ANDRÉA KARLA MENEZES PROTÁSSIO              SINTRAJURN/RN                                                

DANIELLA ANDRADE DE ALKMIM MORISHITA     SITRAEMG/MG

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