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Agência de Notícias

Comissão Eleitoral é escolhida e trabalha na elaboração do regimento das eleições

Um acordo entre as correntes presentes ao 9º Congrejufe garantiu, no início da noite desta sexta-feira (29/4), a formação da Comissão Eleitoral que vai administrar a eleição da próxima direção da Fenajufe, no sábado (30/4).  Foram indicados seis componentes, referendados por aclamação do plenário.

Fazem parte da Comissão Eleitoral:

- João Ronaldo Marc Cormick da Costa (Sisejufe/RJ)

- Gustavo Silveira (Sinjuspar/PR)

- Leonardo Couto  Chueri (Sisejufe/RJ)

- Paula D. Meniconi (Sitraemg/MG)

- Fabrício Dias Loguércio (Sintrajufe/RS)

- Luiz Carlos Ferreira (Sintrajurn/RN)

A comissão é responsável pela elaboração do Regimento Eleitoral e deve propor  o calendário eleitoral com inscrições de chapas pela manhã e prorrogação do horário da eleição para o período da noite, no sábado (30/4).

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Delegados encerram votação de mudanças estatutárias

Na sexta-feira (29/4) o Plenário do 9º Congrejufe retomou e finalizou a votação das propostas de alteração estatutária. Foram apreciadas aquelas acordadas por consenso na quinta-feira e consideradas as mais polêmicas. As demais serão levadas para instância estatuinte da Fenajufe, em data que será definida por consenso. Uma das propostas aprovadas ontem, com 405 votos, faz valer já nesta eleição a limitação de reeleição de titulares de cargos na Diretoria Executiva da Fenajufe a uma reeleição, ou seja, quem já está na direção poderá concorrer apenas mais uma vez.

Outra proposta votada foi mudar a forma de eleição de delegados aos congressos, encontros ou assembleias gerais. Hoje o Estatuto, em seu artigo 14, diz que a eleição pode ser por chapa ou por votação nominal.

A proposta era que se desse proporcionalmente por chapa, havendo aclamação em caso de chapa única, com votação nominal apenas quando não houvesse chapa. A proposta teve 257 votos, não atingindo o quórum de 274 votos, sendo mantida portanto a redação original do Estatuto.

Os delegados também analisaram a proposta de vedar a participação de servidores filiados a partidos políticos na composição da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal como membro titular ou suplente. Foram 142 votos favoráveis, não atingindo, portanto, o quórum mínimo necessário, de 274 votos.

A última apreciação em Plenário de mudança estatutária estabelecia uma cláusula de barreira, propondo que não poderiam votar e ser votados para a Diretoria Executiva e Conselho Fiscal os servidores que, nos últimos seis meses, estivessem cedidos/requisitados para quadros de pessoal diversos do PJU/MPU ou usufruindo de licença/afastamento por período superior a seis meses, com exceção de licença para desempenho de mandato classista. A proposta, com 117 votos favoráveis, também não atingiu o quórum necessário para estar no Estatuto.

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Plenária aprova prestação de contas da Fenajufe

O plenário do 9º Congrejufe aprovou a prestação de contas da Fenajufe, referente ao período compreendido entre setembro de 2015 e março de 2016. A aprovação atende a recomendação do relatório do Conselho Fiscal, que se reuniu nos dias 25 e 26 de abril para analisar as movimentações contábeis da Federação. Participaram da reunião o presidente, Miguel Ângelo Rangel Silva e os membros José Ailton Pinto de Mesquita Filho, José de Ribamar França, Hélio Conguçu de Souza e Elôngio Moreira dos Santos Júnior

Por determinação do estatuto da Fenajufe, foi contratada empresa para auditar as contas do período de dezembro de 2015 a janeiro de 2016. Nenhuma irregularidade foi constatada. Outra medida tomada pelo Conselho diz respeito a sugestões à próxima direção, no sentido  de garantir a eficiência na gestão financeira, já atestada pelo Conselho. Os conselheiros ainda enfatizaram que os recursos arrecadados são usados em função da categoria.

Vários delegados se inscreveram para questionar o Conselho sobre dúvidas, como o motivo de a prestação analisada referir-se ao período de sete meses entre os anos de 2015 e 2016. Outro congressista criticou o sistema adotado na prestação de contas, sugerindo sistemas mais modernos e de maior alcance, que permita melhor participação dos servidores no controle das contas da Federação.

Ao responder aos questionamentos, os Conselheiros informaram que períodos anteriores já foram analisados durante a plenária realizada em João Pessoa, na Paraíba, em 2015.

A coordenadora da Fenajufe, Iracema  Pompermayer defendeu a transparência das contas da gestão. Para ela, a maior honra, como diretora de uma entidade, é poder ter as contas aprovadas sem ressalvas, como recomenda o parecer do Conselho.

Após o Conselho responder a questionamentos dos congressistas, o plenário aprovou, o plenário aprovou, sem ressalvas, as contas auditadas.

 

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NS JÁ: STF confirma que não faz nenhuma distinção entre Técnicos e Analistas

Por James Magalhães Gonçalves, Técnico Judiciário do TRE-MG. Graduado em Direito pela UFMG. Especialista em Direito Público. Especialista em Direito Administrativo defendendo monografia sobre “Modernização da carreira do Técnico Judiciário da União: alteração da escolaridade e sobreposição”. Observador de Aves. Doador Voluntário de Sangue.

Este artigo é de inteira responsabilidade do autor, não sendo esta, necessariamente, a opinião da diretoria da Fenajufe

 

1 - STF publica recente decisão reconhecendo que Técnicos exercem atividade jurídica

Técnico Judiciário da União é nível superior para fins de comprovar 3 anos de atividade jurídica para ingresso na carreira de Procurador da República.

O Supremo Tribunal Federal, no Mandado de Segurança nº 27601 / DF – Distrito Federal, julgou o pedido de candidato a Concurso Público para Procurador da República, que requereu o reconhecimento dos períodos em que ocupara o cargo de Técnico Judiciário em Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro e a função comissionada de Assistente no Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

O impetrante alegou haver logrado êxito na fase escrita (prova objetiva e provas subjetivas) do 24º Concurso Público para provimento de cargo de Procurador da República, mas teve o pedido de inscrição definitiva indeferido (impedindo-o de participar das fases subsequentes do certame – provas orais), ante o fato de não ser reconhecida, como de efetivo exercício em atividade jurídica, a ocupação do cargo de Técnico Judiciário, apesar das declarações de exercício de atividades preponderantemente jurídicas fornecidas pela Justiça Federal do Rio de Janeiro.

No dia 22/09/2015, a Primeira Turma do STF concedeu a ordem, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, Ministro Marco Aurélio. O julgamento histórico teve a Presidência da Senhora Ministra Rosa Weber, participando da Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.

A decisão unânime (ATA nº 25, de 22/09/2015), que reconheceu o tempo de exercício no cargo de Técnico Judiciário como de efetivo exercício em atividade jurídica, teve a sua Ata de Julgamento publicada no DJE nº 196, em 01/10/15. O inteiro teor do acórdão foi publicado no DJE nº 230, em 17/11/15.

O informativo nº 800 do STF, de 21 a 25/09/2015, destacou a decisão histórica do STF:

“A referência a três anos de atividade jurídica, contida no art. 129 da CF, não se limita à atividade privativa de bacharel em direito. Esse o entendimento da Primeira Turma, que concedeu a ordem em mandado de segurança impetrado por candidato ao cargo de Procurador da República que pleiteava o reconhecimento da atividade jurídica exercida enquanto Técnico Judiciário e assistente I e IV na Justiça Federal, ambas, segundo alegado, com a atuação em atividades finalísticas do Poder Judiciário, compatíveis com o cargo almejado. MS 27601/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 22.9.2015. (MS-27601)”

2 - EU JÁ SABIA !!! STF confirma que não faz nenhuma distinção entre Técnicos e Analistas

Declaração do titular do mais alto cargo administrativo do Poder Judiciário, o atual Diretor-Geral do Supremo Tribunal Federal, Amarildo Vieira, confirmando que "o Supremo não faz nenhuma distinção entre Técnicos e Analistas" repercutiu nacionalmente.

Leia a seguir a posição do STF, manifestada em entrevista concedida pelo Diretor Geral do STF, em 25/02/2016, aos Diretores do SISEJUFE:

“Eu falo isso com muita tranquilidade (...) o Supremo não faz nenhuma distinção entre Técnicos e Analistas. Aqui, eu sempre falo isso: a gente faz, mesmo sem saber, gestão por competência.

"Você tem a qualificação necessária para desempenhar a atividade, você é recrutado, pronto. Vai trabalhar. Se você vai fazer recrutamento em um gabinete, ninguém quer saber se você é Técnico, Analista ou Auxiliar. É bacharel em direito? É. Tem experiência com processo? Tem. Então, você serve. É assim que as coisas funcionam no mundo real."

(Fonte: notícia e entrevista divulgada no site do SISEJUFE, em 08/03/2016, com o título “Diretores do Sisejufe cobram posição do STF sobre Nível Superior” - http://sisejufe.org.br/wprs/2016/03/39406/)

 

3 - Quase 50% dos servidores do STF são Técnicos Judiciários !!!

Em consulta ao Portal Transparência do site do STF (planilha de março de 2016 referente ao quantitativo físico de pessoal), verifica-se que o Supremo Tribunal Federal possui 1.135 servidores efetivos, sendo 541 Técnicos (47,6%) em exercício de atividade de alta complexidade desde a posse, e 594 Analistas (52,4%).

 

4 - Técnicos dos Poderes Executivo e Legislativo Federal a um passo do NS JÁ !!!

Atualmente, outras carreiras federais passam pelo mesmo processo de modernização / reestruturação com alteração da escolaridade do cargo de Técnico para nível superior.

Técnicos do BACEN fizeram 5 paralisações, em 2015, em defesa do NS no Banco Central. O Presidente do BACEN sofreu bastante pressão para, no dia 31/12/2015, iniciar a tramitação, na Câmara dos Deputados, do PL 4254/2015 que visa passar os Técnicos do Bacen para nível superior.

Nesse mesmo Projeto de Lei, os Técnicos da Controladoria Geral da União (CGU), também, serão beneficiados com a alteração da escolaridade. A CGU conduziu a interlocução junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para que o projeto fosse encaminhado em conjunto com o reajuste salarial de 27,9%, parcelados nos próximos quatro anos.

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), também, defendem a modernização da carreira com nível superior e apresentaram a Emenda nº 1 ao PL 2743/2015.

Técnicos da Câmara dos Deputados, também, lutam pelo NS, a ser incluído via emenda de plenário no Projeto de Lei 2742/2015, que dispõe sobre o reajuste dos servidores da Câmara e foi aprovado pela Comissão do Trabalho em dezembro de 2015.

 

5 - ONZE justificativas em defesa do NS JÁ !!!

            As justificativas em defesa do nível superior para Técnicos confirmam que o Poder Judiciário da União não faz nenhuma distinção entre Técnicos e Analistas, embora mantenha uma diferença salarial (abismo salarial) que ultrapassará R$7.300 com a aprovação do PCS-4 (PL 2648/2015).

            A seguir, relaciono 11 (onze) justificativas em defesa do NS JÁ:

  1. O precedente do Supremo Tribunal Federal (ADI 4303);
  2. Conselho Nacional de Justiça reconhece que o Técnico Judiciário exerce “atividade jurídica” (Pedido de Providências nº 50 / 2005);
  3. Concursos exigem dos Técnicos Judiciários conhecimentos amplos em diversas disciplinas de nível superior;
  4. Técnicos Judiciários desempenham atividades de alta complexidade: elaboram minutas de votos, sentenças e decisões em processos judiciais;
  5. Técnicos Judiciários são altamente qualificados e ocupam até 72% das funções de confiança dos Tribunais Federais;
  6. Processo Judicial Eletrônico (PJE);
  7. Melhorar a qualidade do serviço jurisdicional prestado;
  8. Atualmente, outras carreiras federais passam pelo mesmo processo de modernização / reestruturação: Técnicos do Banco Central (PL 4254/2015), Técnicos de Finanças e Controle da Controladoria Geral da União (PL 4254/2015), Técnicos do Tribunal de Contas da União (Emenda 1 ao PL 2743/2015) e Técnicos da Câmara dos Deputados (PL 2742/2015);
  9. STF reconhece que Técnicos Judiciários exercem atividade jurídica (MS-27601-DF);
  10. 100% dos sindicatos filiados à FENAJUFE deliberaram favoravelmente pela defesa do nível superior para Técnicos, posição que foi referendada pela Plenária Nacional da Fenajufe, em 25/10/2015, em João Pessoa (PB);
  11. Diretor-Geral do STF confirma que o Supremo "não faz nenhuma distinção entre Técnicos e Analistas", ou seja, Técnicos executam trabalho de alta complexidade desde a posse.

 

NS JÁ !!! Nível superior para Técnicos JÁ !!!

 

Participe do Grupo do Movimento Nacional pela Valorização dos Técnicos Judiciários (MOVATEC) existente no facebook:

https://www.facebook.com/groups/tecnicosjudiciariospju/

 

  *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.*

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Congrejufe continua debate das alterações estatutárias

No terceiro dia da nona edição do Congrejufe as atividades congressuais continuaram concentradas no debate das sete propostas de alteração estatutária, eleitas como “mais polêmicas” pela direção da Fenajufe, em acordo com representantes das diversas forças e grupos que compõem o Congresso. Depois de aprovar a limitação à reeleição de diretores na noite da quinta-feira (28/4), os congressistas analisam agora outros pontos da pauta.

O primeiro item debatido nesta sexta-feira (29/4) foi o dispositivo transitório que determina a validade da limitação da reeleição dos diretores. Com 405 votos, foi aprovada proposta que institui o limite a partir da nova diretoria a ser eleita no sábado, 30 de abril. Ou seja, quem já está na direção, poderá se candidatar mais uma vez.

Também foi analisada proposta de tornar majoritária a eleição da direção, ao invés de proporcional como é adotada hoje. O plenário rejeitou a questão.

Ao fim dos trabalhos no período da manhã os delegados discutiram ainda a vedação da filiação partidária a membros da diretoria da Federação. Necessitando de 271 votos para aprovação no quórum qualificado, a proposta conseguiu apenas 142, sendo rejeitada.

Outros itens da pauta resumida continuarão  em debate no período da tarde. Hoje ainda os delegados vão eleger a Comissão Eleitoral que vai comandar o processo de escolha da próxima direção da Fenajufe.

Credenciados

Com o fim do prazo de credenciamento para delegados titulares ao meio dia desta sexta-feira, a secretaria do Congrejufe informou que os 545 delegados foram credenciados. O Congrejufe continua até o domingo, 1º de maio.

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9º Congrejufe: plenária limita reeleição de diretores

A apreciação de propostas de alteração estatutária tomou parte da tarde e noite desta quinta-feira no 9º Congresso da Fenajufe, mas apenas duas foram debatidas e votadas depois de intensas discussões. Uma delas foi a limitação da reeleição de titulares de cargos na Diretoria Executiva da Fenajufe a dois mandatos.

No total há 344 propostas, mas foi acordado que apenas 7 – as mais polêmicas – serão discutidas. As demais devem ficar para Plenária Estatutária da Fenajufe.  A mesa, composta pelos diretores Cledo de Oliveira, Ramiro López e Eugênia Lacerda, a Assessoria Jurídica Nacional e a secretária política da Fenajufe, Eliane Mendes, encerrou os trabalhos por volta das 22 horas, já programando para a manhã desta sexta-feira a apreciação das outras 5 propostas.

A segunda proposta apreciada nesta quinta mudava a constituição do nome da Fenajufe, de Federação Nacional dos Trabalhadores para Federação dos Servidores Públicos do Poder Judiciário da União e do Ministério Público da União. As defesas contrária e favorável à proposta apresentaram seus argumentos, mas, na votação, não houve quórum necessário, 271 votos, para a aprovação.  

Propostas mudam composição da Fenajufe 

O terceiro dia do 9º Congresso da Fenajufe dará continuidade à apreciação e votação das propostas de alteração estatutária. Das sete consideradas polêmicas, cinco ainda serão levadas ao Plenário e tocam em questões importantes da estrutura da Federação. Uma delas se refere à forma de composição da diretoria - que hoje adota do critério da proporcionalidade qualificada – para o sistema majoritário, sendo eleitos os mais votados, e se a votação será nominal ou por chapa.

Outro conjunto de propostas incide sobre o artigo 14 do Estatuto e muda os critérios da eleição de delegados para as instâncias deliberativas da Fenajufe, incluindo a possibilidade de votação por meio eletrônico, buscando ampliar a participação de servidores.

Foto: Joana Darc Melo/Fenajufe

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Plenário aprova alterações no Regimento Interno do Congrejufe

No segundo dia do 9º Congrejufe os debates iniciais foram concentrados nas propostas de alteração do Regimento Interno do Congresso que vão determinar o ritmo e os debates até o domingo, 1º de maio.

A primeira alteração analisada foi a prorrogação do prazo de credenciamento até a sexta-feira (29/4), ao meio dia, para delegados e observadores titulares; e até as 14 horas para os suplentes. A proposta foi aprovada por 285 votos, mas somente após um dos debates mais acalorados do Congrejufe. Os opositores à prorrogação contabilizaram 192 votos.

Também foram discutidas propostas que regulam a modalidade e os critérios de aprsentação de propostas nas instâncias da Fenajufe.

Vencida a etapa, as demais alterações foram analisadas e o resultado, com o Regimento Interno do Congrejufe já alterado, pode ser acessado aqui.

Mais fotos sobre a votação podem ser vistas em nossa página, no Facebook.

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Ajuste fiscal e ataque a direitos marcam conjuntura nacional e internacional

A crise no Brasil e em países da América Latina, as repercussões na vida dos trabalhadores e a movimentação em torno da abertura do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff deram o tom das palestras sobre conjuntura nacional e internacional na abertura do 9º Congrejufe.

O economista e professor Plínio de Arruda Sampaio Filho destacou em sua fala que o país vive um processo de reversão neocolonial que tem três características fundamentais: o aumento da segregação social, o aprofundamento da dependência e a terceirização irrestrita das relações de trabalho. Neste cenário, os trabalhadores precisam aprofundar sua organização para estar à altura deste momento histórico. Para ele, é preciso que a esquerda rompa com as linhas binárias no atual embate político e, em relação aos partidos da ordem, tome posição independente, porque dentro do modelo liberal não há saída para a crise, sendo que esta possibilidade está nas ruas.

A economista e professora Marilane Oliveira Teixeira, integrante da coordenação nacional do Fórum Nacional de Combate à Terceirização, abriu sua palestra afirmando que, com a crise iniciada em 2008, cresceram no mundo o conservadorismo, a xenofobia e o sexismo.  A solução apontada para enfrentar a crise implica jogar as consequências sobre os trabalhadores, com o aperto do ajuste fiscal. Neste quadro aparece o PLC 30, que passou na Câmara dos Deputados, está agora no Senado e prevê a terceirização sem limite nas atividades fim. Ela alertou para o fato de que projeto, se aprovado, irá afetar inicialmente categorias já precarizadas, mas com o tempo atingirá também as que historicamente conquistaram mais direitos: "O projeto vai criar trabalhadores de primeira e de segunda categoria". Na avaliação da palestrante, cercar os senadores e combater o PLC 30 deve ser a principal pauta de luta dos sindicatos e centrais sindicais.
 
O membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Cacau Pereira, fez uma ampla análise da situação política brasileira, afirmando que ela tem raízes na crise de 2008, mas igualmente na de 2001 na América Latina, que vem de um processo de crise do sistema representativo enfrentado nos anos 90. No quadro histórico, Cacau disse que os trabalhadores vêm tendo que lutar contra os patrões e o governo, e neste sentido é necessário o diálogo com e dentro das instâncias sindicais para aprofundar esta relação e construir o enfrentamento necessário para garantir e ampliar direitos.
 
O secretario Adjunto de la Federación Judicial Argentina, José Luis Ronconi, falou sobre os ataques aos trabalhadores na presidência de Mauricio Macri, e, analisando a situação política brasileira, ressaltou que se trata de uma conjuntura muito dinâmica, e que, da mesma forma como se dá o embate contra os ataques aos trabalhadores no governo de Dilma Rousseff, não tem dúvidas de que os trabalhadores também irão às ruas para combater um eventual governo de Michel Temer. 
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Congrejufe começa com apelos à unidade da categoria e alertas sobre situação política do país

A tônica dos discursos na abertura do 9º Congresso Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União – Congrejufe – foi definida pelos apelos à unidade dos servidores em torno dos interesses da categoria e pelos alertas quanto aos riscos frente à instabilidade política que passa o país. Para os coordenadores que se revezaram na saudação dos delegadxs e observadorxs, o momento requer aprofundamento do debate e a clareza que este Congrejufe vai construir a luta da categoria pelos próximos anos. A mesa de abertura do congresso da Fenajufe foi composta pelos coordenadores da Fenajufe Alexandre Magnus, Cledo Oliveira, Luis Cláudio dos Santos Correa, Saulo Arcangeli e Tarcísio Ferreira, pelo presidente do Sintrajusc (SC), Paulo Roberto Koinsk e os convidados, José Luís Ronconi – Secretário de Relações Internacionais da Federação Judicial Argentina;  Carlos Fessler – secretario geral da Associação de Funcionários Judiciais do Uruguai; Heloísa Helena Pereira – Intersindical da Classe Trabalhadora e Marcelo Carlini, diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores.

Momento que causou manifestação dos congressistas foi quando em sua fala, Carlini denunciou, como golpe de estado, o processo de impeachment contra Dilma Roussef. Em meio a vaias e aplausos, a mesa condutora dos trabalhos foi obrigada a intervir para garantir o direito de manifestação do diretor executivo da CUT.

Na sequência o coordenador da Fenajufe, Saulo Arcangeli, também denunciou o golpe, mas não contra o governo e sim contra os trabalhadores, com as sucessivas investidas contra direitos conquistados à custa de muita luta da classe trabalhadora.

Sobre o tema do Congrejufe, a representante da Intersindical, Heloísa Helena, lembrou que ele faz parte de um debate muito mais aprofundado, sobre qual o modelo de sociedade estamos construindo.

Encerraram as falas os representantes das entidades  de servidores do judiciário da Argentina e do Uruguai, destacando a importância do Brasil no movimento sindical da América Latina, José Luis Ronconi e Carlos Fessler.

Homenagens

Momento que levou emoção ao público na abertura do 9º Congrejufe foi a homenagem aos ex-diretores Silvana Klein e João Evangelista. Além do carinho e o respeito do Congresso, as famílias também receberam placas, flores e um vídeo em memória dos dirigentes falecidos. O vídeo da homenagem pode ser conferido em nossa página no Facebook ou

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Fotos:
Joana Darc Melo/Fenajufe

Valcir Araújo

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Fenajufe disponibiliza propostas de alteração estatutária a serem debatidas no 9º Congrejufe

Já estão disponíveis no site da Fenajufe as propostas de Delegados e Observadores para alterar, suprimir ou acrescentar dispositivos, no estatuto da Federação. As propostas serão debatidas durante o 9º Congrejufe. O Congresso Nacional dos trabalhadores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União acontece de 27 de abril a 1º de maio, em Florianópolis (SC).

Para melhor instruir o debate, também está disponível o parecer 006/2016 da Assessoria Jurídica Nacional, referente às alterações propostas.

As propostas podem ser acessadas neste link. E aqui você acessa o Parecer Jurídico 006/2016.

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Enquanto não tivermos uma atuação do STF independente e autônoma do governo federal, teremos longa jornada de luta direta pela frente

Grito de um Sindicalista, Servidor Público, Professor, Pai, Esposo, Cidadão Brasileiro, Eleitor e Livre para manifestar o seu pensamento.

por Alan da Costa Macedo, Bacharel e Licenciado em Ciência Biológicas na UNIGRANRIO; Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora; Pós Graduado em Direito Constitucional, Processual, Previdenciário e Penal; Pós Graduando em Regime Próprio de Previdência dos Servidores Pùblicos; Servidor da Justiça Federal em licença para Mandato Classista, Ex- Oficial de Gabinete na 5ª Vara da Subseção Judiciária de Juiz de Fora-MG; Coordenador Geral  e Diretor do Departamento Jurídico do SITRAEMG; Ex- Professor de Direito Previdenciário no Curso de Graduação em Direito da FACSUM; Professor e Conselheiro Pedagógico no IMEPREP- Instituto Multidisciplinar de Ensino Preparatório; Professor e Coordenador de Cursos de Extensão e Pós Graduação do IEPREV;

 

 

 

 

Há algum tempo, meus colegas Coordenadores do SITRAEMG-Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais, Igor Yagelovic e Alexandre Magnus Mello Martins e eu, escrevemos carta aberta ao Ministro Ricardo Lewandosky, Presidente do STF, demonstrando a grande insatisfação da categoria com a sua representação, ou melhor, sua falta de representação.

Sabedores de que somos nós, os servidores, os “ carregadores de Piano” e que sem nosso trabalho não existiria o Poder Judiciário, manifestamos nosso profundo descontentamento quanto a falta de apoio e influência daquela Presidência para a aprovação do PLC 28/15 e pela sua notória parcialidade em prol do Governo na defesa de um Projeto alternativo, PL 2648 que não nos fazia a justiça devida.

Naquele expediente, dissemos que a economia do país devia ser cuidada pelos gestores do Poder Executivo e que a função do STF era a de zelar pela guarda e cumprimento da Constituição Federal, seus preceitos e primados. Se o Poder Executivo não geria bem seu orçamento, fazendo as aplicações políticas sem levar em conta dos Direitos Fundamentais (entre eles o de revisão geral anual que recomponha as perdas inflacionárias), não deveríamos nos curvar e retroagir nos direitos sociais às duras penas conquistados para “ajudar” o governo que aí estava a sair do “ buraco”. Isso por que a conta da má administração estatal sempre caia no bolso do trabalhador, nunca nas classes mais privilegiadas (banqueiros, empreiteiros etc).

Repudiamos a conduta do Presidente do STF, Ricardo Lewandosky, que apesar de ser nosso representante legal , insistia em contrariar a vontade legítima da maioria da categoria e, sem nos consultar formalmente (a correta atitude num espaço sindical democrático), encaminhou o PL 2648/2015, sob a alegação de que havia acordo com o Governo para sua aprovação.

Afirmamos, ainda, com todas as letras que, ao contrário de nós, os Juízes ficaram muito satisfeitos com a Gestão paternalista daquela Presidência da Corte Suprema, pois ficou claro o seu notório empenho para que o reajuste dos magistrados tivesse ocorrido em meio a crise. Muitos juízes se sentiram desconfortáveis com isso, outros nem tanto.

Citamos, ainda, naquele arrazoado, trecho da Carta aberta escrita pelo douto Juiz Federal Willian Douglas:

O Poder Judiciário precisa ser liderado por V. Ex.a também no que diz respeito aos seus servidores, sob pena de torná-lo mero apêndice, servil e tíbio, do Poder Executivo. Não é a hipótese de se delegar a técnicos do Ministério do Planejamento a responsabilidade de recomeçar do zero e conduzir negociação, cientes de que sempre ofereceram percentuais irrisórios. Sentar novamente com técnicos do Poder Executivo é prestigiar o veto e não o Congresso Nacional que, por ampla maioria, aprovou o PLC 28/2015.

A constante e renovada falta de tratamento condigno para com os nossos servidores poderá ter consequências gravíssimas para o próprio Poder Judiciário da União e para o País. Não podemos nos omitir, calar ou acovardar em momento tão sério. A perda da liderança do STF, neste momento, fará com que todo o Judiciário perca a confiança na Corte Suprema e, pior, levará o comando do assunto para níveis hierárquicos inferiores. ”

 

E foi justamente o citado no texto que ocorreu: perda de confiança. Daí as constantes manifestações de desapreço por aquele presidente da mais alta corte do país.

Os menos formais, acusavam o Presidente do Supremo de “ advogado do PT” e que, infelizmente, ele não  tinha legitimidade para negociar em favor de uma categoria se os interesses desta eram antagônicos ao do Governo que ele defendia.

Nos últimos tempos, quando a Câmara dos Deputados foi provocada para votar o impedimento da Presidente da República; quando se observa delatores citando nomes de Ministros do STF; que áudios publicizados revelam que o Governo tinha o plano de contar com cinco votos da mais alta corte do país a seu favor, nos ficou, ainda, mais claro aquilo que tínhamos convicção sem materialidade.

Quando o STF, provocado para se manifestar sobre eventual nulidade do Processo de Impeachment de Dilma, muitos dos ministros que lá proferiram seus votos “ não se acorvardaram”, ou estariam eles “ medo da opinião pública” que ouviram os áudios de Lula e Dilma, citando que seus votos já estariam comprometidos?

Em meio aquele “ teatro”, como alguns preferem nominar, observamos que, mesmo com todo o Brasil “ de olho”, o ministro Ricardo Lewandosky não conseguiu esconder sua parcialidade em prol do Governo. Acompanhado do Ministro Marco Aurélio, ia de encontro a posição dos seus pares, com argumentos mais políticos do que técnicos.

Em reportagem veiculada pela revista Beta Veja.com[1], assistimos ao vídeo que separou a discussão entre Lewandosky e o Ministro Luis Fux sobre a doutrina a ser usada no caso concreto.

O Presidente do Supremo, aos olhos de todo o Brasil e, principalmente, dos “massacrados” servidores do Poder Judiciário da União, “inconformado com o posicionamento da maioria dos ministros do STF, que se recusaram de intervir na Câmara dos Deputados para anular o processo e a ordem de votação do impeachment, pregou abertamente intervenção do Poder Judiciário sobre o Legislativo, e, tentando ser erudito, citou doutrina estrangeira para fundamentar o seu discurso”.

O Ministro Lewandosky só não esperava a reação enérgica e fatal do seu par, Ministro Luis Fux que, dizendo conhecer pessoalmente o doutrinador citado e convivido com ele nas pesquisas jurídicas, sabia bem explicar que aquele professor nunca dissera o que o Presidente do Supremo queria fazer entender. O doutrinador citado, ensinava justamente o contrário daquilo que defendia.

Veja o vídeo publicado pela Revista veja.com, neste link: http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/cultura/video-fux-quebra-a-pose-de-lewandowski/

Ficamos perplexos ao ver tamanha “ cara de pau”. Hoje, o aparelhamento do Poder Judiciário está às claras. Os ministros nem disfarçam seus posicionamentos político-partidários. Comentem “ gafes” escandalosas como a que ora divulgamos.

Os servidores do Poder Judiciário da União, assim como milhões de trabalhadores que tiveram seus direitos mitigados por este governo que aí está, estão “ cansados” e vilipendiados em sua honra.

Tivemos que enfrentar forças poderosas: comandantes de mensalões e petrolões que, a toda evidência (Processo do Mensalão transitado em Julgado nessa Suprema Corte; Prisão do Líder do Governo no Senado), compraram muita gente para vencer a vontade justa e legítima do povo.

Cremos que todos nós brasileiros estamos desgastados com a quantidade de desonra e falta de decoro de inúmeros de nossos parlamentares. Imaginar que o Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal, que deveria ser o freio e contrapeso dos demais poderes, atua contra os servidores/trabalhadores que, literalmente, “carregam o piano” e a favor de algo que, a nosso ver parece indefensável (a governança do PT).  

Estamos em tempos tão difíceis em que um sistema de governo corrupto (exceção da verdade) e incompetente, cujos principais representantes ideológicos estão presos, aparelhou-se em todos os órgãos para exercer a ditadura disfarçada de democracia. Como lutar contra um governo que tem componentes ideológicos partidários em quase todos os órgãos estatais? 

No momento de crise econômica pela qual passamos, queremos que, se houver algum esforço de sacrifício, seja distribuído equanimemente entre todos e não com vantagens demasiadas para certos grupos (Juízes,  Advocacia da União entre outros abastados) em detrimento de outros (servidores do Judiciário, Policias, Professores etc.).

Não iremos nos esquecer nunca de nosso labor com a produção intelectual de minutas de sentenças, acórdãos, decisões e despachos. Também não nos esqueceremos do povo que vai a um judiciário falido (corte no orçamento para contratação de novos servidores; não aparelhamento tecnológico; programação falaciosas de metas que entopem os poucos servidores de serviço e tentam dar uma resposta mentirosa à sociedade da morosidade do Poder Judiciário) procurar seu direito e “morre” na fila sem receber o direito salvaguardado.

E o que será do Poder Judiciário Federal? Teremos evasão de servidores? E a nossa data-base? Qual será a motivação dos servidores a partir de agora?

Nós, sindicalistas, continuaremos lutando pelos direitos dos servidores. Mesmo com tantas forças contrárias, não perderemos a esperança.

O Magistério, o sindicalismo e o apoio de muitos descontentes com tudo isso que aqui foi citado tem me dado força para me expressar e agir.

No dia 05 de maio de 2015, foi protocolada o Projeto de Emenda Constitucional 52/15 que visa alterar os arts. 49, 52, 73, 75,84, 101 e 104 da Constituição Federal, a fim de estabelecer que os ministros do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal de Constas da União, bem como os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e dos Municípios, sejam selecionados mediante concurso público de provas e títulos.

A proposta é de autoria do Senador da República José Antônio Machado Reguffe e seria muito importante para chamar a atenção da sociedade quanto o processo de “ ditadura” disfarçado por trás da atual sistemática de nomeação dos Ministros das altas cortes do país.

     Como sabemos, os membros das Supremas Cortes são homens públicos, que expressam suas opiniões sobre questões politicamente relevantes e controvertidas para a sociedade. Por óbvio que, no nosso modelo atual de nomeação, o Presidente da República opta, sempre, por escolher alguém que seja, concomitantemente, alinhado à sua visão constitucional e que seja também politicamente deglutível pelo Senado. Assim, o processo de nomeação pelo Presidente e de confirmação pela sabatina do Senado confere, de certa forma, uma sintonia entre as preferências políticas da Suprema Corte e nos poderes políticos, não sendo crível que o Tribunal se mantenha, por longo período contrário a maiorias legislativas ( em casamento com o executivo).

     É notório que a Suprema Corte não se apresenta apenas com uma mera instituição técnica, mas em instituição politica, na medida que decide, sim, questões relevantes em matéria política.

     Os mecanismos que outorgam a um só órgão (Presidência da República) o poder de nomear os ministros cumulado com o sistema de validação meramente formal pelo Senado, não privilegiam a independência judicial, isso é fato.

Todos nós nos demos conta de que a existência de um Poder judiciário forte e independente é um importante mecanismo de preservação da democracia e dos direitos e liberdades fundamentais. Infelizmente, no Brasil, o que se está vendo a partir da Constituição de 1988 é que o sonho de democracia vem se transformando numa “realística utopia”. O STF, por exemplo, vem se tornando um departamento político especializado do governo, sem autonomia e subserviente aos demais poderes.

Esse papel contramajoritário do STF o autoriza a frear e contrabalancear os demais poderes e sua legitimidade democrática advém dos seguintes fundamentos:  defesa dos direitos fundamentais, insuscetíveis de rechaça pela posição política majoritária (Congresso); proteção do verdadeiro cenário democrático que prevê a participação de todos e não da minoria representativa, que muitas vezes desvirtua a vontade do povo.

Ocorre que a crise de representatividade no legislativo (fato observado em muitos países democráticos) se estendeu ao Judiciário (STF) quando, na sua função protetora do Estado e da ordem democrática, desvirtua-se da sua missão e passa a atuar como um órgão político, ligado não à proteção dos direitos fundamentais (em alguns casos sim, outros não) mas à proteção do erário e do orçamento público.

Inúmeras tem sido as decisões do Supremo que inviabilizam a efetivação de direitos constitucionais sob o fundamento de proteção da economia do país (papel  esse que entendemos ser do executivo e legislativo).

Chegamos ao “cúmulo do absurdo” de o STF encaminhar um Projeto de Lei de sua autoria (PLC 28/15- que visa a recompor as perdas salariais dos Servidores do Poder Judiciário Federal), com base na sua autonomia enquanto Poder Constituído, e ver o Chefe de outro poder vetá-lo sob o argumento de “inconstitucionalidade do projeto”.

Ora, mas de quem a prerrogativa de controle de constitucionalidade dos atos dos demais poderes? O mundo está de cabeça para baixo?

 

     Antes mesmo que se começassem as discussões nacionais sobre de impeachment da Presidente Dilma Rousseff, escrevi, em coautoria com os demais colegas do SITRAEMG, artigo indicando que tal ato da Presidência da República poderia configurar ato atentatório à independência dos Poderes, passível, inclusive de impeachment. Tal artigo pode ser lido no link: http://www.sitraemg.org.br/artigo-pedido-de-impeachment-para-dilma-crime-de-responsabilidade-mandado-de-seguranca-neles-a-unica-arma-que-nos-sobra-contra-uma-politica-austera-e-degradante-para-o-s/

O fato do Poder Executivo desrespeitar a autonomia do Judiciário já vem acontecido com certa frequência, mas o que é mais absurdo é o Presidente do STF, ao invés de cobrar tal autonomia com pulso firme, se mostra totalmente subserviente a esses desmandos.

Há muito tempo, o presidente do STF, Ricardo Lewandosky, está sendo acusado, nas entrelinhas, pela sociedade, pelos servidores do Judiciário e até por Juízes[2] (Carta aberta do Juiz Federa Willian Douglas ao Presidente do Supremo Tribunal) de partidário (subserviente) do PT e não representante legítimo do Poder Judiciário.

Independente do resultado do Impeachment da Presidência da República, precisamos repensar o modelo político e judicial do nosso país.

Um processo de moralização do país deve passar, necessariamente, por uma ampla reforma no Poder Judiciário. A sua ação contramajoritária (a que não legitima seus atos pela pseudo representação das maiorias como faz o poder Legislativo) é essencial para a manutenção da ordem, da ética e do respeito aos direitos sociais e fundamentais do país.

É preciso reconhecer a essencialidade de se resgatar a imagem de um Poder com neutralidade política que se paute na argumentação coerente e ponderada dos Direitos Constitucionais e, com isso, obtenha o apoio difuso da sociedade na legitimação do seu Poder e na sua expansão.

 

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PLP 257/2016 transforma a união em seguradora internacional para investidores e garante remuneração da sobra de caixa de bancos

por Maria Lucia Fattorelli, Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida.  

Importantes setores da sociedade civil e entidades representantes de trabalhadores têm levantado a voz contra o PLP 257/2016, por seu intenso ataque à estrutura de Estado: referido projeto impõe rigoroso ajuste fiscal que inclui exigência de privatizações, reforma da previdência nos estados, congelamento de salários e corte de dezenas de direitos sociais.

Visando contar com o apoio de entes federados para a rápida aprovação desse indesejável ato, o governo federal incluiu no projeto um alívio para os atuais governadores, por meio se alongamento para o pagamento das questionáveis dívidas públicas dos respectivos estados que, se fossem submetidas a uma auditoria, estariam fadadas a anulação[2].

O que ainda não está sendo devidamente denunciado é mais um par de aberrações incluídas no referido PLP 257/2016:

1) Transformação da União em uma seguradora internacional para investimentos de empresas nacionais ou multinacionais no exterior:

Segundo consta do referido projeto 257, a União poderá dar garantias financeiras, sem a necessidade de detalhar “a relação custo benefício e o interesse econômico-social da operação”, a “entidades privadas nacionais e estrangeiras, Estados estrangeiros, agências oficiais de crédito à exportação e organismos financeiros multilaterais quanto às operações de garantia de crédito à exportação, de seguro de crédito à exportação, e de seguro de investimento, hipóteses nas quais a União está autorizada a efetuar o pagamento de indenizações de acordo com o cronograma de pagamento da operação coberta.”

Essa injustificada benesse está incluída no art. 14 do PLP 257, na parte em que altera o art. 40 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

2) Garantia de remuneração da sobra de caixa de bancos:

Tal benesse está colocada de forma muito sutil no art. 16 do PLP 257.

Mediante simples alteração da Lei 4.595/64, o Banco Central (BC) poderá efetuar “o recebimento de depósitos remunerados”, que, na prática, significa a garantia de remuneração de toda a sobra de caixa que os bancos poderão simplesmente depositar no BC e, sem risco algum, receber a remuneração desejada.

Essa medida vem justamente no momento em que aumentam as denúncias sobre as chamadas “operações compromissadas” realizadas pelo BC sob a justificativa de controlar a inflação. O BC retira do sistema financeiro o que considera excesso de moeda[3], trocando referido excesso por títulos da dívida pública que pagam os juros mais elevados do planeta!

Tal operação não tem sido suficiente para controlar a inflação e, na prática, garante a remuneração de toda a sobra de caixa dos bancos, provocando graves danos à economia nacional, na medida em que:
– gera dívida pública sem contrapartida alguma;
– gera obrigação de pagamento de juros aos bancos;
– acirra a elevação das taxas de juros de mercado, pois enxuga cerca de um trilhão de reais dos bancos, instituindo cenário de profunda escassez de recursos, afetando fortemente a indústria, o comércio e todas as pessoas que recorrem a crédito bancário;
– empurra o País para uma profunda crise socioeconômica, devido à exigência de pagamento de elevados juros sobre cerca de R$ 1 trilhão.

A alteração trazida pelo PLP 257 dispensa a emissão de títulos da dívida pública para que o Banco Central continue remunerando a sobra de caixa dos bancos. Dessa forma, mantém todos os mesmos graves danos à economia nacional que as tais “operações compromissadas”.

Essas duas aberrações que beneficiam bancos e grandes empresas nacionais e estrangeiras que investem no exterior, representam um verdadeiro assalto aos cofres públicos, e constituem uma verdadeira infâmia, pois estão colocadas no mesmo projeto que subtrai dezenas de direitos de trabalhadores e leva ao sucateamento diversos serviços públicos essenciais à sociedade.

Diante disso, além do repúdio ao ataque aos servidores e à sociedade perpetrado pelo PLP 257/2016, devem ser também repudiados os dispositivos do referido projeto que alteram o art. 40 da LRF e o art. 10, inciso XII, da Lei 4.595/64, pois tais dispositivos transformam a União em seguradora internacional para investidores e garante remuneração da sobra de caixa de bancos.

[1] Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida.

[2] FATTORELLI, Maria Lucia. Auditoria Cidadã da Dívida dos Estados (2013). Inove Editora, Brasília

[3] O BC estabelece para o Brasil uma base monetária muito reduzida, de apenas 5% do PIB, e considera que todo volume de moeda que supera esse reduzido patamar deve ser “enxugada” e esterilizada no BC, a fim de evitar inflação. Cabe ressaltar que em países onde bancos centrais agiram em favor das finanças nacionais, irrigaram as economias com moeda e estabilizaram as taxas de juros, emprestando a seus respectivos governos a taxas baixas (2% ao ano ou até menos), a crise tem sido controlada. É o caso dos Estados Unidos, do Reino Unido e do Japão, onde a base monetária ‒ que corresponde ao volume de moeda em circulação no país ‒ alcança 40%! Mais informações emhttp://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/o-banco-central-esta-suicidando-o-brasil-dh5s162swds5080e0d20jsmpc

 

  *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.*

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Saiba em qual hotel ficará hospedada sua delegação durante o 9º Congrejufe

A Fenajufe divulgou nesta sexta-feira (22/4) a relação de hospedagem das delegações participantes do 9º Congrejufe, que acontece de 27 de abril a 1º de maio em Florianópolis (SC).  Além do Oceania Park, onde acontece o Congresso, também os hotéis Porto Sol, Acquamar, Costa Norte e Ingleses Praia, hospedarão os congressistas.

A ocupação dos hotéis pelas delegações obedece à seguinte ordem, critério já utilizado tradicionalmente em eventos com rateio:

- 1º. Diretoria Executiva da Federação (porque é a responsável pelo evento e pode haver necessidade de fazer reunião emergencial a qualquer momento, sendo necessária a localização dos dirigentes com agilidade);

- 2º. Equipe de apoio – os trabalhadores geralmente trabalham de madrugada, fazendo sistematização de propostas, relatoria, xerox, boletim entre outros e  isso facilita o retorno para o aposento com segurança e rapidez;

- 3º. Palestrantes e convidados;

- 4º. Sindicatos filiados pela ordem de pagamento das inscrições dos delegados.

Todos os hotéis ficam próximos ao Centro de Convenções do Oceania Park. A lista de hospedagem ficou assim definida:

ENTIDADE

HOTEL

SITRAEMG/MG

OCEANIA PARK

SINDJUFE/MS

POR DO SOL

SINJE/CE

POR DO SOL

SINPOJUFES/ES

POR DO SOL

SINJUTRA/PR

POR DO SOL

SINTRAJUFE/PI

POR DO SOL

SINTRAJUD/SP

POR DO SOL

SINTRAJURN/RN

ACQUAMAR

SINDJUF/PAAP

ACQUAMAR

SINDJUFE/SE

ACQUAMAR

SINDIQUINZE/SP

ACQUAMAR

SINTRAJUFE/RS

ACQUAMAR

SINTRAJUSC/SC

ACQUAMAR

SISEJUFE/RJ (CHAPA 1)

ACQUAMAR

SISEJUFE/RJ (CHAPA 2)

COSTA NORTE

SINDJEF/AC

INGLESES PRAIA

SINDIJUFE/MT

INGLESES PRAIA

SINTRAJUFE/MA

INGLESES PRAIA

SINDJUFEBA/BA

INGLESES PRAIA

SINDISSETIMA/CE

INGLESES PRAIA

SINTRAJUFE/CE

INGLESES PRAIA

SINJUSPAR/PR

INGLESES PRAIA

SINJUFEGO/GO

INGLESES PRAIA

SINDJUFE/TO

INGLESES PRAIA

SINJEAM/AM

INGLESES PRAIA

SINDJUFE/ROAC

INGLESES PRAIA

SINTRAJUF/PE

INGLESES PRAIA

SINDJUS/AL

INGLESES PRAIA

SINDJUS/DF

INGLESES PRAIA

SITRAAM/AM

INGLESES PRAIA

SINDJUF/PB

INGLESES PRAIA

 

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9º Congrejufe: fique atento à previsão do tempo nos dias do congresso

Delegados e observadores que estarão em Florianópolis entre os dias 27 de abril e 1º de maio para a realização do 9º Congrejufe, deverão ficar atentos às variações climáticas. Institutos meteorológicos apontam variações que vão das altas temperaturas registradas nesta semana, a algo oscilando entre 22 ⁰C e 27 ⁰C a partir da segunda-feira (25/4), em toda a região. A possibilidade de chuvas é de 5%. Os dados são do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC)do INPE.

Para se precaver e não errar na hora de arrumar a mala, o congressista pode se valer dos institutos e as previsões de clima e tempo. Os endereços sugeridos estão logo abaixo. A medida é válida para evitar surpresas.

Fique atento à previsão e evite desconfortos durante o Congrejufe.

Previsão meteorológica – sugestões:

- CPTEC

- Tempo Agora

- Tempo Canal Rural

- Instituto Climatempo

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Teses para o 9º Congrejufe já estão disponíveis no site da Fenajufe

Foram disponibilizadas na quarta-feira (20/4), as teses elaboradas por Delegados e Observadores inscritos no 9º Congrejufe, que acontece em Florianópolis (SC), de 27 de abril a 1º de maio.

Divididas em duas categorias – Gerais e Específicas-  as teses trazem propostas e temas que vão nortear os trabalhos durante o congresso da categoria. Para acessá-las, basta clicar no banner do 9º Congrejufe na página da Fenajufe ou NESTE LINK.

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Sintrajud - Trabalhadores do Judiciário Federal de SP participam de atividades do Dia Nacional de Luta dos Servidores Públicos

Em atividades, trabalhadores discutiram a mobilização pela incorporação dos 13,23% e para barrar PLP 257/2016


Shuellen Peixoto
Sintrajud (SP) 

No Dia Nacional de Luta dos Servidores Públicos, trabalhadores de todos os ramos do Judiciário Federal de São Paulo participaram de atividades para discutir estratégias de luta e mobilização para garantir o pagamento dos 13,23%, o reajuste salarial e barrar o Projeto de Lei 257/2016, que prevê cortes no serviço público.

Os servidores do TRF e JF fizeram assembleia setorial na tarde desta quinta-feira, 14, em frente ao Fórum Pedro Lessa, e indicaram a construção de um calendário de lutas comum com os servidores públicos, para barrar os ataques e garantir as pautas específicas de todas as categorias.

O PLP 257/2016 tramita em regime de urgência constitucional na Câmara dos Deputados. O projeto prevê suspensão dos concursos públicos, congelamento de salários, não pagamento de progressões e outras vantagens (como gratificações), destruição da previdência social e revisão dos regimes jurídicos dos servidores estão entre os ataques. Tudo isso, associado ao aumento dos cortes no orçamento das políticas sociais para o pagamento da dívida pública.

Para o oficial de Justiça da CEUNI e diretor do Sindicato, Erlon Sampaio, o projeto é um grande ataque aos trabalhadores e faz parte do ajuste fiscal do governo que, mesmo diante de uma grave crise política, quer que os trabalhadores paguem a conta da crise econômica. “Precisamos unir a categoria e entrar em cena para barrar estes ataques. Nossas perdas estão aumentando, não temos garantia de reajuste salarial e até mesmo para 13,23%, só vai ter orçamento se fizermos luta”, afirmou.

A servidora do TRF-3 e diretora de base Ana Luiza Figueireido, defendeu a construção de um calendário de lutas unificado contra o PLP 257. “Este projeto de Lei é muito grave, o que está colocado para nós é corte de salários e demissões, ou seja, os governos continuam retirando direitos dos trabalhadores para favorecer os mais ricos. Por isso, temos que construir um calendário de lutas unificado com os servidores federais, estaduais e municipais, fazer um dia de paralisação geral para barrar mais este ataque”, declarou.

Nas próximas semanas, os servidores passarão nos setores para conversar com o conjunto da categoria e esclarecer o que significa o PLP 257 para os servidores públicos. Além disso, diante de todos os ataques, será encaminhada para o congresso da Fenajufe a proposta de novo calendário de mobilização dos servidores públicos federais.

TRE

Os servidores do TRE também realizaram assembleia setorial na tarde desta quinta-feira, 14, e discutiram a mobilização pela incorporação e pagamento do retroativo dos 13,23% e contra o PLP 257/2016. A assembleia aconteceu no prédio do TRE-Miquelina.

A diretora do Sindicato e servidora do TRE, Raquel Morel, passou os últimos informes de vitória quanto à incorporação do índice em tribunais de todo o país. “Além do reconhecimento no CJF e TST, em pelo menos 08 TREs já foi reconhecido o direito graças à mobilização dos servidores”, afirmou a diretora.

Para garantir o direito, os servidores estão passando um abaixo-assinado e conversando com os colegas de todos os setores e cartórios do estado. Já foram coletadas mais de 600 assinaturas.

O Sintrajud já protocolou, junto à administração do TRE-SP, um requerimento administrativo pedindo a incorporação dos 13,23% ao salário atual dos servidores, o Tribunal respondeu que aguarda manifestação do TSE. Para avançar na discussão, os servidores irão buscar agendar uma reunião com a presidência do TRE.

Em relação ao PLP 257/2016, a assembleia reforçou a necessidade de unificar as lutas com o conjunto dos servidores públicos contra este projeto.

TRT

Na Justiça Trabalhista, os servidores distribuíram um boletim com matéria explicativa sobre o PLP 257/2016 e o perigo da sua aprovação. Na oportunidade, conversaram com os colegas, esclareceram dúvidas quanto ao projeto e convocaram todos para o café da manhã com o Sintrajud que terá o tema na pauta.

O Café da Manhã acontece nesta sexta-feira, 15, às 9h30, no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa.

Ato unificado em SP

 

Também na tarde deste 14 de abril, servidores Federais ativos e aposentados de várias outras categorias, da  capital e interior, se concentraram em frente à Superintendência do INSS em São Paulo para denunciar os ataques do PLP 257/16.

Eles ressaltaram que os estragos provocados pelo projeto não se limitam à aos servidores, mas se expande a toda a população na medida em que precariza os serviços públicos. A proposta de reforma da previdência do governo federal também foi denunciada pelos manifestantes.

O ato público contou com a presença do Sinsprev/SP, Fenasps, Sindsef, CSP – Conlutas e Intersindical: Instrumento de Luta. Pelo Sintrajud participaram os diretores Angélica Oliviéri, servidora da Execuções Fiscais; Cleber Borges Aguiar, servidor do TRF-3; e Erlon Sampaio, servidor do Ceuni.

Unificado em Brasília

 

Em Brasília, os servidores de várias categorias também se uniram contra o pacote de maldades de Dilma/PT. A mobilização começou a partir das 9h, em frente ao Ministério da Fazenda. Representantes de categorias de servidores públicos federais, estaduais e municipais estavam presentes e após atividades da manhã, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais realizou sua terceira reunião ampliada, na qual debateu a continuidade das lutas contra o PLP257/16 e um calendário de lutas que ainda será divulgado.

Os coordenadores da Fenajufe Adilson Rodrigues, servidor da JF-Santos, e Tarcísio Ferreira, servidor da JT-SP, e a diretora do Sintrajud, Maria Helena Garcia Leal, servidora aposentada do TRF-3, participaram do ato.

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Sindjus/AL encaminha dados que comprovam a exposição dos servidores da JF de Alagoas a condições insalubres

Sindjus/AL
 
O Sindjus/AL apresentou provas de exposição dos servidores da Justiça Federal às condições insalubres, as diversas demandas previdenciárias e patológicas nos locais que são realizados o atendimento ao público. As informações fazem do Processo nº. 00174/2016, conforme notificação do Tribunal em relação ao requerimento administrativo do Sindjus/AL.
 
O Sindicato havia solicitado a perícia no prédio sede da Justiça Federal e nas subseções Judiciárias para que sejam avaliados e apurados o nível de insalubridade que os servidores estão expostos. O objetivo é resguardar os trabalhadores da Justiça Federal, os quais não possuem a especialidade na área de saúde e, mesmo assim, se sujeitam às condições insalubres, pois conduzem o atendimento a segurados e autores de diversas demandas previdenciárias, os quais apresentam quadro de diversas patologias, além de outros ambientes (arquivo, almoxarifado, etc.) também insalubres na Justiça Federal. 
 
O Sindjus/AL destaca que os servidores públicos não recebem nenhuma verba a título de adicional de insalubridade. Para os dados, o sindicato entregou cópia do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, realizado no Tribunal Regional do Trabalho de Alagoas, através do qual foi constatada a exposição as condições insalubres, agentes de riscos biológicos, em situação semelhante aos dos servidores da Justiça Federal.
 
Requerimento
 
O Sindjus/AL havia solicitado à direção da Justiça Federal em Alagoas a realização de perícia para avaliar e apurar o nível de insalubridade exposta aos servidores do Foro da Seção Judiciária Federal de Maceió, das Varas Comuns Federais, dos Juizados Especiais Federais, das Subseções Judiciárias Federais em Arapiraca, União dos Palmares e Santana do Ipanema. 
 
No requerimento administrativo, o Sindicato ressalta que a exposição de servidores aos fatores insalubres se dá de forma habitual e permanente. Explica que o adicional de insalubridade é um direito adquirido garantido constitucionalmente ao trabalhador e tem o condão de remunerá-lo pelo exercício das suas atividades funcionais em condições insalubres. 
 
O sindicato também citou a Resolução nº 04/2008 do Conselho da Justiça Federal que prevê a investigação de ambientes em que se realizam as perícias médicas dos processos que tramitam na Seção Judiciária Federal para averiguar o grau de insalubridade dos seus setores. 
 
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Vitória
 
JF/AL dá provimento a ação que pleiteia pagamento retroativo de progressão funcional

O juiz federal da 14ª Vara Federal/AL, Felini de Oliveira Wanderley, julgou procedente a ação judicial contra a União, ajuizada pelo Assessor Jurídico do Sindjus/AL, Clênio Pachêco Franco Junior, em favor de uma servidora da Justiça Federal, que pleiteia valores devidos em virtude de sua progressão funcional.
 
A progressão funcional da servidora ocorreu, mas faltou o pagamento dos valores devidos. A dívida foi reconhecida em março de 2014, tendo transcorrido o tempo razoável para inclusão dos valores na previsão orçamentária.
 
A decisão prevê pagamento dos valores retroativos, correspondente ao período reconhecido no âmbito do processo administrativo n° 373/2014, referente à progressão funcional, corrigidas pelo Índice de Preços ao Consumidor-Amplo – Especial (IPCA-E) e acrescidos juros de mora de 0,5% ao mês.
 
O processo tem em vista a alteração legislativa regulamentada pela portaria conjunta do STF nº 4/2013 que implicou na movimentação funcional em relação às classes e padrões da categoria.
 
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Direito
Sindjus/AL solicita decisão sobre pedido de reconsideração ao TRE/AL

Sindicato solicita reconsideração à decisão do presidente do TRE/AL sobre a compensação de trabalho dos servidores grevistas
 
O Sindjus/AL realizou o pedido de reconsideração com efeito suspensivo da decisão do presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Sebastião Costa Filho, que autorizou a compensação dos dias não trabalhados nos meses de setembro, outubro e novembro de 2015, em razão do movimento grevista, até o dia 14 de agosto de 2016, com acréscimo de duas horas na jornada diária do trabalho, facultando ao servidor a utilização do banco de horas para compensação. Na decisão, trata do desconto de dias remanescentes na remuneração do servidor, caso não seja realizada a compensação integral.
 
O Sindjus/AL foi notificado pelo TRE/AL, através do Ofício nº 12/2016, sobre a decisão do presidente do Tribunal, desembargador Sebastião Costa Filho, que autorizou a compensação dos dias não trabalhados nos meses de setembro, outubro e novembro de 2015 para os servidores que participaram do movimento grevista. Nessa comunicação, o Tribunal informa a decisão pela compensação até o dia 30 de junho de 2016, mediante o acréscimo de uma hora na jornada diária de trabalho, facultando-se a utilização do banco de horas para compensação. Na decisão, determina o desconto da remuneração, caso servidores efetivarem a compensação no prazo.
 
Em outra notificação, Ofício nº 92/2016, o desembargador presidente do TRE/AL proferiu nova decisão no sentido de autorizar a compensação dos dias não trabalhados até o dia 14 de agosto de 2016, com acréscimo de duas horas na jornada diária do trabalho, facultando ao servidor a utilização do banco de horas para compensação. Caso o servidor não tenha efetivada a compensação integral no prazo, haverá os descontos dos dias na remuneração.
 
No requerimento, o assessor Jurídico do Sindjus/AL, Clênio Pachêco Franco Junior, esclarece que os servidores grevistas decidiram retornar ao trabalho a partir do dia 13 de outubro de 2015. Informa que o TRE/AL admitiu a compensação dos dias não trabalhados na greve durante os meses de setembro a novembro de 2015, mas que havia imposto limite temporal impossível de ser aceito. Explica que o prazo dado é inócuo, pois os servidores não conseguirão compensar até a data prevista. “Há servidores que até o mês de agosto de 2016 têm férias a serem usufruídas, como ficará essa situação? Indiscutível que, se houver o gozo das férias, direito este tutelado constitucionalmente a qualquer trabalhador brasileiro, o servidor não se conseguirá compensar os dias e horas devidas”, esclarece.
 
O Sindicato defendeu que o limite temporal estabelecido deverá ser rechaçado porque estará gerando uma segunda punição ao servidor grevista, qual seja o desconto dos dias e horas nas suas remunerações. “Os dias não laborados pelo requerente estão justificados pelo exercício do direito de greve, constitucionalmente protegido, cujo ato, no caso em dissenso, não fora declarado ilegal pelo Poder Judiciário”, informa.
 
O Sindjus/AL revela que a possibilidade de se descontar os dias paralisados da remuneração dos servidores somente seria possível quando houvesse a expressa declaração judicial da ilegalidade da greve, fato que não ocorreu, em respeito ao cumprimento de todos os requisitos impostos pela Lei nº 7.783/89. Diz ainda que qualquer procedimento ou ato administrativo que ordene o desconto dos dias parados por servidores, até o julgamento definitivo do STF, é tido como ilegal e inconstitucional, merecendo, por efeito, a sua imediata suspensão. Acrescenta que o TRE de Minas Gerais, em negociação com os servidores grevistas mineiros, concedeu um abono de 70% dos dias paralisados com a indicação que os 30% restantes seria repostos até o dia 31 de setembro.
 
O Sindjus/AL solicita a modificação da decisão no sentido de não existir qualquer limite temporal para a compensação dos dias e horas em que se não laborou, caso haja comprovação de prejuízo do serviço, do contrário os servidores estarão sendo duplamente punidos, ou seja, com a compensação e o desconto nas suas remunerações.
 
O Sindjus/AL pede ao TRE/AL que reconsidere as decisões proferidas nos dia 25 de janeiro e 25 de fevereiro no sentido de, primeiro, admitir como término do movimento grevista em 10 de outubro e não estabelecer qualquer momento temporal à autorização de compensação pelos servidores, caso haja a comprovação de prejuízo ou necessidade do serviço.
 
O sindicato teve a informação de que cada unidade do TRE/AL está informando à administração dados sobre a atualização dos serviços.
 
 
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Sindjus/AL aguarda julgamento favorável aos requerimentos pelos 14,23% dos servidores do Judiciário Federal
 
 
O Sindjus/AL está aguardando o julgamento dos requerimentos administrativos, que tratam do reconhecimento da extensão dos 14,23% (13,23%) aos servidores do Tribunal Regional Eleitoral, da Justiça Federal e do Tribunal Regional do Trabalho de Alagoas.
 
O Sindicato havia protocolado requerimentos, no final do mês de março, aos tribunais para que seja reconhecido o direito ao reajuste de 14,23% sobre as remunerações, proventos e pensões a partir de maio de 2003, com a imediata implantação em folha da vantagem, além do pagamento das diferenças remuneratórias decorrentes, em parcelas vencidas e vincendas.
 
No processo administrativo, o Sindjus/AL cita o reconhecimento ao direito pelo Conselho Nacional do Ministério Público, Superior Tribunal Militar, TRE-AM, TRF da 4ª Região, TRF da 1ª Região, Superior Tribunal da Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
 
O sindicato esclarece que, ao final de 2014, transitou em julgado o Acórdão do TRF da 1ª Região, proferido nos autos da ação coletiva n° 004225-73-4.01.3400, que reconheceu o direito dos associados da Anajustra sobre remuneração, proventos e pensões, haja vista à revisão geral anual praticada pelas Leis números 10.697/2003 e 10.698/2003, as quais geraram reajustes de forma diferenciada para as diversas categorias de servidores da Administração Pública, ferindo assim o disposto no art. 37 X da Constituição Federal, no que toca ao princípio da isonomia.
 
Reforça ainda que tal entendimento pelo fato de que o Presidente da República não possui competência para propor a concessão de uma simples vantagem pecuniária, quando sua competência é restrita à revisão geral e anual de remuneração de todos os servidores.
 
Por conta disso, o TST determinou, administrativamente, a implantação do reajuste de 14,23% (13,23%), bem como o pagamento retroativos a seus servidores. O STJ revisou sua jurisprudência passando a reconhecer a existência da lesão de todos os servidores públicos, face ao fato de que a VPI concedida à época possui natureza jurídica de Revisão Geral Anual.
 
Recentemente, o Tribunal Superior do Trabalho, em sessão administrativa, manteve a incidência do percentual sobre os salários de 2002 e não nos valores atuais, como definiu o Conselho da Justiça Federal (CJF). A decisão assegura o pagamento administrativo no TST, apesar da liminar contrária obtida pela Advocacia-Geral da União no Supremo Tribunal Federal.
 
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