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Agência de Notícias

Agravo regimental do Sindijufe (MT) é deferido pelo Pleno do TRT, e compensação está suspensa

Sindijufe (MT)

Com uma sustentação oral irretocável de seu assessor jurídico, advogado Bruno Boaventura, o SINDIJUFE-MT e os Servidores do TRT23 conseguiram uma vitória que parecia impossível, no Pleno do Tribunal, na manhã de hoje (16/08). Foi, reconhecidamente, uma belíssima sustentação oral sobre a questão da compensação de horas não trabalhadas em virtude dos jogos do Brasil na Copa do Mundo 2018, que resultou no provimento ao agravo regimental suspendendo a compensação. A votação do mérito referente ao mandado de segurança ainda não aconteceu, devendo ocorrer na próxima sessão ordinária do Pleno, daqui uma semana, mas no que diz respeito ao agravo regimental a Desembargadora-Presidente, Eliney Veloso, foi derrotada por 5 x 3.

O dia amanheceu nublado, e os desembargadores foram direto ao ponto que interessava ao Sindicato e à Categoria. O SINDIJUFE-MT jamais desiste de uma luta, mas tudo levava a crer que seria muito difícil reverter a compensação, a julgar por todas as frustradas tentativas neste sentido, buscadas pelo Sindicato junto à Administração do TRT, antes de levar a questão ao Pleno. Logo no início o advogado do Sindicato foi chamado em causa, e a fala precisa e pontual dele literalmente roubou a cena da sessão. Em sua sustentação, Bruno Boaventura se inspirou no Absolutismo, e, verdadeiramente iluminado, foi no âmago da questão, citando que naqueles tempos,  durante a fase de transição feudo-capitalista, caracterizada pela centralização de poder em torno da figura do Rei, o Rei Francês Luís XIV gostava de se apresentar dizendo a célebre frase “L’Etat c’est moi” (o estado sou eu).

De acordo com Bruno, a Presidência do TRT23 adotou um comportamento idêntico ao do rei dos tempos do Absolutismo, determinando o fechamento do Tribunal nos dias de jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo na Rússia sem nem ao menos discutir a questão com os servidores, mas impondo a eles a compensação das horas não trabalhadas. Só que, felizmente, não estamos mais nos tempos do Absolutismo. Hoje se sabe que não é assim que se faz,  e a prova disso é que a votação se encaminhou com os votos favoráveis à suspensão da compensação por parte dos desembargadores Roberto Benatar, Tarcísio Valente, Nicanor Fávero Filho, Edson Bueno e Bruno Weiler. A desembargadora-relatora Maria Beatriz Theodoro e o desembargador João Carlos de Souza foram os 2 únicos apoiadores da compensação determinada pela Presidente Eliney Veloso.

O primeiro Desembargador a se pronunciar após a relatora foi o Desembargador Roberto Benatar, para quem  a inatividade em tais dias foi imposta aos servidores pela própria administração. "...Penso que a melhor interpretação dos dispositivos para a caracterização das horas-débito é no sentido de que pressuposto para a caracterização das horas-débito é o descumprimento pelo servidor de seu dever funcional a comparecer ao trabalho e cumprir fielmente a jornada de trabalho prevista ... Tenho comigo que a Portaria Conjunta 03/2018 referendada pela RA 65/2018 é incompatível com a sistemática preconizada na Resolução 230/2015 e na Lei 8.112, porquanto obriga os servidores a compensar horas que não foram trabalhadas por determinação da própria administração. Em que pese até certo ponto o crível que os administrados em geraL apreciam acompanhar os jogos da Seleção certo é que os servidores deste Tribunal não foram ouvidos pela administração se tinham efetivamente interesse em ser dispensados do trabalho em tais dias mediante posterior compensação de jornada, ao passo que na enquete e no abaixo-assinado realizados pelo requerente conforme cópias juntadas aos autos, a maioria dos servidores manifestou-se no sentido de que não tinha interesse em que assim se procedesse. Assim, a ausência de prestação de trabalho nos dias de jogos da Seleção Brasileira não resulta de qualquer omissão imputável ao servidor, mas de decisão discricionária da administração, que entendeu por bem determinar de ofício a suspensão do expediente em tais datas, em relação ao que compete ao servidor meramente sujeitar-se". 

A cada pronunciamento dos desembargadores a partir do voto do Desembargador Roberto Benatar vinha do auditório a imediata reação de aplausos. O público foi pequeno porém bastante interessado e participativo. No meio da votação a Desembargadora Eliney ordenou silêncio, e o Desembargador João Carlos também alegou questão de ordem, lembrando que o mérito da questão ainda não foi julgado, e que a sessão de hoje estava sendo transmitida para o mundo inteiro. Ele certamente não queria a reação da plateia na hora de seu voto pela manutenção da compensação, que com toda certeza não seria de aplausos e sim de vaias.

Ao final da votação os servidores se levantaram e voltaram ao trabalho, deixando bem claro que haviam se ausentado e comparecido ao auditório do Pleno unicamente para mostrar aos Desembargadores que eles estavam acompanhando tudo sobre as decisões do Tribunal referentes à compensação.

A sessão do Pleno teve a participação da Presidente do SINDIJUFE-MT, Jamila Abrão, e dos Diretores, Rodrigo Carvalho e Jamil Benedito da Costa Batista, que após a sessão comemoraram a vitória e cumprimentaram o advogado Bruno Boaventura por sua atuação.

Para Bruno Boaventura, a decisão de hoje foi um exemplo da força dos servidores representada pelo Sindicato. “Parabenizo  a todos e todas envolvidos nessa mobilização. É preciso fé para acreditar, é preciso coragem para lutar, mas, sobretudo, é preciso propósito para persistir. A racionalidade democrática foi restabelecida, a gestão não pode unilateralmente decidir algo tão importante quanto o horário de trabalho dos servidores sem que haja destes uma manifestação a respeito. Agora é esperar a decisão de mérito e ratificada a anulação do ato coator, as horas serão todas novamente creditadas no banco de horas. Mais uma vez, agradeço a confiança em nosso trabalho, sei que temos erros, mas nosso propósito sempre será buscar Justiça para com os Sindicalizados”, disse o advogado.

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Pesquisa de mestrado: PJe alterou condições de trabalho e modificou fatores de risco que explicam as queixas de dores de servidores da 15ª Região

No final do mês de julho, o servidor Fauzi El Kadri Filho, fisioterapeuta da Secretaria de Saúde do TRT-15 há 13 anos, teve sua dissertação de mestrado “Sintomas Osteomusculares, Fatores Psicossociais e Capacidade para o Trabalho no Contexto do Processo Judicial Eletrônico (PJe)” aprovada pela banca do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A pesquisa, inédita no País, avaliou os efeitos do PJe na saúde dos servidores da 1ª instância do Tribunal a partir da participação de 449 servidores.

De acordo com o autor do estudo, o PJe alterou o modo de trabalho dos servidores, o que levou a alteração dos fatores de risco tanto físicos quanto psicossociais. “Os riscos físicos estão ligados ao mobiliário e equipamentos de trabalho e se relacionam aos movimentos repetitivos dos dedos e às posturas estáticas de ombros e pescoço exigidos no trabalho informatizado”, afirma Fauzi. Entre os fatores psicossociais do trabalho foram avaliados: “demanda de trabalho”, “controle sobre o trabalho”, “apoio da chefia”, “apoio dos colegas”, “relacionamentos”, “definição do cargo” e “comunicação e mudanças”.

Com base nos questionários, as maiores queixas dos servidores são em relação a dores em punhos/mãos, ombros e pescoço. De acordo com Fauzi, esses sintomas acontecem mesmo com condição física de trabalho adequada, “à medida que o trabalho com computador associado à tensão psicológica, gerada por metas e cobranças de prazos potencializam essas queixas”. Tanto que entre as dimensões psicossociais, “demanda de trabalho” e “controle sobre o trabalho” apresentaram os piores resultados. Do público pesquisado o uso do PJe atingiu 83% da carga horária diária média de trabalho. O PJe acelera o ritmo e faz com que o servidor tenha menor autonomia quanto ao modo de realizar o trabalho, o que acaba afetando especialmente aqueles servidores que já possuem quadro de dor osteomuscular, tornando mais difícil sua recuperação. A pesquisa aponta que há uma correlação entre praticamente todas as dimensões psicossociais com a ocorrência de dor osteomuscular, reforçando a ideia de que estes fatores de risco são interrelacionados e que não só as condições físicas de trabalho devem ser abordadas no que se refere à prevenção dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORTs), mas também aspectos relacionados à gestão, especialmente quanto a “demandas de trabalho”, “controle sobre o trabalho” e “apoio dos colegas”.

“Do total dos participantes, 31,4% apresentaram capacidade para o trabalho baixa ou moderada (inadequada) e esta redução está em grande medida relacionada às dores osteomusculares, especiamente entre as mulheres, que apresentam maior volume de queixas”, informa Fauzi.

IMPLICAÇÕES DA PESQUISA
Segundo Fauzi, as condições físicas de trabalho no TRT-15 estão continuamente sob supervisão conjunta da Diretoria Administrativa e da Secretaria de Saúde, tendo sido alcançado um padrão elevado quanto à adequação ergonômica do mobiliário e dos equipamentos de trabalho. Além disso, é preciso abordar também fatores psicossociais do trabalho visando à redução das queixas dolorosas e à manutenção/melhora da capacidade para o trabalho dos servidores. “Cabe aos gestores em todas as instâncias do Tribunal, diante da elevada carga de trabalho imposta às suas unidades, promover ações que estimulem o apoio entre os colegas e a autonomia dos servidores quanto ao modo de lidar com essa sobrecarga, como por exemplo a adoção de pausas para descanso”. Nosso Tribunal tem uma recomendação de 2014 orientando sobre estas pausas, mas a maioria dos servidores referem que é difícil cumpri-la, portanto é preciso adotar novas estratégias para o estímulo desta prática, preferencialmente associada à realização de exercícios de alongamento. “Elevada demanda de trabalho associada à reduzida autonomia se relacionam à ocorrência de dores osteomusculares, que levam à redução da capacidade para o trabalho, isso quando não ocasionam afastamentos para tratamento, o que afeta a produtividade. Portanto, faz mais sentido pensarmos em servidores com maior autonomia, sem dores e produzindo mais no longo prazo, ainda que no curto prazo possa parecer contraproducente.”

IMPORTÂNCIA
O Sindiquinze apoiou a pesquisa para que fosse possível ter um panorama geral sobre a saúde dos servidores da 15ª Região e para saber quais medidas preventivas podem ser colocadas em prática com base no que foi apurado cientificamente. E também porque o estudo é de vanguarda, não tem nenhum paralelo, tanto do ponto de vista acadêmico nacional como no âmbito do Judiciário.

Fauzi apresentou parte da pesquisa no 18º Congresso de Stress da ISMA-BR, no 20º Fórum Internacional de Qualidade de Vida no Trabalho, no 10º Encontro Nacional de Qualidade de Vida no Serviço Público e do 6º Encontro Nacional de Responsabilidade Social e Sustentabilidade que abordam temas relacionados à saúde e ao trabalho.

Para a tese de doutorado, ele pretende ampliar o estudo na 15ª Região, incluindo servidores da 2ª instância, com especial interesse nos efeitos do teletrabalho sobre a saúde física e mental. “Nós precisamos estar atentos às mudanças no modo de trabalho, especialmente no que se refere às novas tecnologias, pois ao mesmo tempo em que promovem celeridade aos processos de produção, levam a mudanças também nos fatores de risco ocupacionais, os quais precisamos conhecer em profundidade para que seja possível propor intervenções preventivas mais adequadas”.

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Em Porto Alegre, Dia do Basta tem como atividade principal Ato em Defesa da Justiça do Trabalho e dos Direitos Sociais

 

 

 

O frio e o vento desta sexta-feira, 10, em Porto Alegre, não afastaram das ruas os trabalhadores no Dia do Basta. A data nacional foi convocada pelas centrais sindicais, em defesa do emprego, da aposentadoria e contra a reforma trabalhista. Em todo o país, houve paralisações, caminhadas e atos públicos. Na capital gaúcha, o dia teve como atividade principal e unificada o Ato em Defesa da Justiça do Trabalho e dos Direitos Sociais, convocado pelo Fórum de Relações Institucionais do TRT4, instância da qual o Sintrajufe/RS é um dos integrantes.

O ato teve início nas varas trabalhistas, com a presença de servidores, magistrados, advogados, peritos e representantes de categorias do serviço público e da iniciativa privada, além de movimentos sociais. No final da manhã, a atividade foi reforçada pelos trabalhadores que vieram em caminhada do Centro da cidade, onde haviam, mais cedo, feito manifestação em frente à Federação do Comércio e ao Palácio Piratini, sede do governo estadual. Das varas, todos caminharam até a sede do TRT4, onde deram seguimento ao ato.

Defesa intransigente da Justiça do Trabalho

Este foi o segundo ato em defesa da Justiça do Trabalho (JT) organizado pelo Fórum. O primeiro ocorreu em maio. O diretor do Sintrajufe/RS Cristiano Moreira destacou a importância de mais um ato construído de forma unitária entre diversas entidades, lembrando a histórica mobilização de 2017, também em frente às varas trabalhistas, na grande greve geral de 28 de abril. O diretor afirmou que os ataques a direitos e contra a Justiça do Trabalho não são novidade, mas há uma aceleração de sua intensidade no último período, desferidos pela "quadrilha que se apossou do Palácio do Planalto". O dirigente destacou o desemprego recorde resultado da aprovação da reforma trabalhista, além dos milhões de trabalhadores sub-empregados, e salientou que a Justiça do Trabalho é o novo alvo. Para Cristiano, defender a JT não é apenas impedir a unificação com a Justiça Federal, mas também denunciar a suspensão de nomeações de vagas de servidores a partir do CSJT e a extinção de setores em vários TRTs do país. “Nossa obrigação é ir para a rua; seguiremos juntos, até que possamos alcançar a vitória.”

Para o diretor do Sintrajufe/RS Rafael Scherer, a revogação da emenda constitucional 95/16, que congela investimentos públicos por 20 anos, é uma pauta que caminha lado a lado com a defesa de direitos e da Justiça do Trabalho. Ele ressaltou que a extinção da JT está ocorrendo no dia a dia, por exemplo, com o impedimento de reposição servidores para as vagas resultantes de aposentadoria. Isso está trazendo adoecimento e sobrecarga: “Cada servidor está trabalhando por dois, três, quatro”. Para ele, não há soluções fáceis, mas é preciso unidade para preservar a instituição Justiça do Trabalho e lutar contra a “quadrilha que está no Planalto e no Congresso”. Segundo Rafael, é necessário observar as candidaturas à Presidência, que candidatos falam sobre extinção da JT, quem defende direitos e quem os ataca, quem quer a revogação da reforma trabalhista e quem a considera um “avanço”. “Lutar pela Justiça do Trabalho é lutar pelos mais pobres”, concluiu.

A presidente do TRT4, desembargadora Vania Cunha Mattos, falou sobre a qualidade e a eficiência da Justiça do Trabalho, como produtora de jurisprudência e pacificadora de conflitos entre capital e trabalho. Sobre os atuais ataques, ela lembrou que nem “mesmo em época de obscurantismo”, durante a ditadura civil-militar de 1964, foi cogitada a extinção da JT. Para a desembargadora, a tese da extinção vem de uma classe política que não tem respeito aos grandes e complexos problemas sociais, éticos, econômicos enfrentados pela população. “Nenhuma sociedade civilizada prescinde do trabalho humano e decente” e há limites éticos para que não se retorne a “práticas ultrajantes do trabalho humano”. Vania concluiu afirmando que “não pode o mercado regular a sociedade”.

“Repudiamos com veemência esta reforma criminosa enfiada goela abaixo por quem está saqueando o país”, disse o presidente da Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas, João Vicente Araújo. Ele afirmou que a Justiça do Trabalho nunca foi atacada como neste momento e isso vem na esteira de diversos ataques a direitos sociais. Para o advogado, pessoas da cúpula da Justiça do Trabalho, como o ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho Ives Gandra Martins Filho, envergonham a instituição e a história os reconhecerá como “os vilões que são”. Ele concluiu dizendo que “destruir a Justiça do Trabalho é destruir o povo, principalmente o trabalhador mais pobre”.

Nas diversas falas durante o ato, houve unanimidade quanto à defesa intransigente da Justiça do Trabalho, a salvaguarda do trabalhador contra a superexploração e a precarização do trabalho. Garantia de direitos, revogação da reforma trabalhista e da Lei das Terceirizações, revogação da emenda constitucional 95/16, retomada do crescimento econômico, enfrentamento do desemprego foram outras pautas citadas. E, para levar adiante essa luta, concordaram os manifestantes, a unidade será fundamental.

 

 

 

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Sindicatos se manifestam contra reajuste autoconcedido pelo STF a magistrados, procuradores parlamentares e alto escalão do governo

Nota pública: STF se autoconcede reajuste de 16% e se cala sobre negociação com trabalhadores do Judiciário


   
13.Agosto.2018 - 15h13min

Magistrados, procuradores, senadores, deputados federais e alto escalão do governo também serão beneficiados; enquanto servidores continuam sem perspectiva de reposição das perdas já que não há projeto de lei nem negociação.

De uma maneira enviesada, a decisão do Supremo Tribunal Federal de se autoconceder reajuste de 16%, estendido a toda a Magistratura e Procuradoria, além de senadores, deputados e o alto escalão do governo, evidencia a burla ao direito fundamental do funcionalismo público à revisão salarial anual - que vem sendo negado sistematicamente desde 1995. O STF, no entanto, manteve a corrosão inflacionária à qual o funcionalismo vem sendo submetido a cada ano.

Nem o duvidoso argumento de que não haverá impacto orçamentário, em face de uma possível compensação com o auxílio-moradia (que a imensa maioria da população já condenou), convence. A explicação do STF para concessão do reajuste soa mais como chantagem e manobra do que um argumento sólido para os milhões de brasileiros e de funcionários públicos que enfrentam os reflexos da pior recessão da história do país.

A notícia, que para muitos se mostra escandalosa, é apenas a superfície de um escândalo muito maior: a tentativa de engessar o país com a Emenda Constitucional 95, que, ao cabo de duas décadas, levará o país a uma concentração de renda ainda maior e a serviços públicos totalmente desmontados – o que só reforça a certeza que é urgente e necessário revogar essa medida.

As associações de juízes que fizeram lobby pelo reajuste alegavam perdas da ordem de 40%. Entre os servidores do Judiciário - analistas, técnicos, auxiliares, agentes e inspetores de segurança e oficiais de justiça - as perdas são ainda maiores. Desde 2006, quando foi aprovado o último Plano de Cargos e Salários da categoria, e até a finalização da recomposição salarial estabelecida na Lei 13.317/2016, em janeiro próximo somadas todas as parcelas remuneratórias, o total da folha de pagamento dos servidores do PJU totalizará uma "perda" de poder aquisitivo de mais de 50% - de acordo com o INPC do IBGE e estimativa de inflação de 3,0% ao ano sobre os valores percebidos entre abril de 2018 a janeiro de 2019.

Há anos os trabalhadores do Judiciário, seus sindicatos e a Federação Nacional (Fenajufe) reivindicam, além da instalação, o efetivo funcionamento de uma mesa de negociação para discutir política salarial e perdas passadas. O mínimo que se poderia esperar de um Poder que se autoreinvidica produtor de Justiça era a paridade de recomposição remuneratória extensiva aos trabalhadores que fazem o Judiciário Federal brasileiro existir.

Por tudo isso, repudiamos a metodologia de 'solução' discriminatória aprovada no plenário do Supremo e reiteramos a necessidade de retomada imediata da Comissão Interdisciplinar para discutir carreira, assim como a instalação de um fórum permanente de negociação. Os trabalhadores do Judiciário estão às vésperas da conclusão das parcelas da Lei 13.317/2016 e sem perspectiva remuneratória a partir do ano que vem, em meio aos impactos da EC-95. A cúpula do Poder fechar os olhos a essa realidade é inaceitável.

Como reconheceu em plenário o ministro Marco Aurélio Mello, embora estivesse defendendo o reajuste só para a alta cúpula, "os servidores não são responsáveis pelo estágio atual das contas públicas". A categoria não admite tratamento diferenciado e vai à luta por seus direitos.

Assinam:

Sintrajud/SP - Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo

Sintrajufe/RS - Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul

Sitraemg/MG - Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais

Sindjufe/BA - Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Bahia

Sinpojufes/ES - Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal do Espírito Santo

Sindjufe/MS - Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União em Mato Grosso do Sul

Sindijufe/MT - Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal do Estado de Mato Grosso

Sindissétima/CE - Sindicato dos Servidores da Sétima Região da Justiça do Trabalho

SINTRAJUFE/MA - Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal e MPU no Maranhão

 

 

 

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Sintrajud: Servidores preparam ‘Dia do Basta’ em São Paulo

Sintrajud (SP)

Luciana Araujo

 

Manifestações ocorrem em conjunto com atos em diversas cidades e nas capitais brasileiras impulsionados pelas centrais sindicais e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe)

Sindicatos de servidores públicos de diversas categorias aproveitam a convocatória do Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações (10 de agosto) para recompor um espaço unitário de articulação de entidades sindicais no Estado. O Fórum dos Servidores Públicos no Estado de São Paulo vem reunindo sindicatos e oposições sindicais para discutir a organização do dia 10 e iniciativas posteriores.

Para o Dia Nacional de Luta, na próxima sexta-feira, os sindicatos construíram um material conjunto que será distribuído a partir do início da semana nas categorias e em pontos estratégicos de circulação populacional, como estações de trens e metrô. As entidades também vão participar conjuntamente do ato unificado que terá início às 10 horas em frente à Fiesp (na Avenida Paulista, 1313).

Arquivo disponível para download e reprodução AQUI.

Até o momento, vêm participando das reuniões, que têm acontecido no Sintrajud, o Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo), SinTUFABC (Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais do ABC), o SindReceita (Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil), o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), o Assibge (Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE), Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central do Brasil) e as subsedes Santo André e Taboão da Serra da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).

O objetivo da diretoria do Sintrajud é que o Fórum se amplie, aglutinando também outras entidades representativas de servidores federais, estaduais e municipais no Estado de São Paulo, além de sindicatos de autarquias, fundações e empresas estatais ou mistas submetidas aos poderes públicos.

“A unidade de todas as categorias do serviço público é o mínimo para iniciar uma verdadeira defesa, junto com todos os demais trabalhadores da iniciativa privada, da própria existência do setor público, dos direitos dos trabalhadores e do atendimento de qualidade à população. Por outro lado, esta unidade também é importante porque no ano passado vimos por diversas vezes as grandes centrais sindicais recuarem da organização do que consideramos fundamental para derrotar o governo, que é uma greve geral. O 28 de abril mostrou a força dos trabalhadores, e temos que mais uma vez parar o país para derrotar a emenda 95, as reformas da Previdência e trabalhista e os ataques aos direitos”, aponta o dirigente e servidor do TRT-2 Henrique Sales.

Confira abaixo o material produzido pelas entidades: 

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SC: Decisão judicial em ação do Sintrajusc suspende prazo para adesão à Previdência Complementar

Sintrajusc (SC)

O Sintrajusc obteve, na noite desta sexta-feira (27), liminar na ação impetrada na quinta-feira (26), na Justiça Federal em Florianópolis, requerendo suspensão de prazo para opção pelo regime de previdência complementar (Funpresp-Jud) até que sejam devidamente esclarecidos, de modo definitivo, os elementos de cálculo e a simulação do benefício futuro, bem como a natureza jurídica do benefício especial instituído em lei. A decisão abrange todos os servidores públicos federais, do âmbito do poder Judiciário, Executivo e Legislativo da União de todos os estados da federação, e não apenas aos substituídos. Veja o trecho:

"(...) Anoto que, tendo em vista o caráter indivisível e difuso do presente direito, não há como estender os efeitos dessa decisão apenas aos servidores públicos federais vinculados à parte autora, sob pena de violação ao principio da isonomia, razão pela qual atribuo efeitos nacionais à presente decisão, estendendo para todos os servidores federais, do âmbito do poder Judiciário, Executivo e Legislativo da União de todos os estados da federação. Assim, entendo presentes os requisitos ensejadores ao deferimento da tutela de urgência.

Ante o exposto: 01. DEFIRO a tutela de urgência requerida. Em consequência, suspendo a fluência do prazo legal para migração ao regime de previdência complementar, previsto no art. 92 da Lei 13.328/16, de que trata o §7º do art. 3º da Lei 12.618/2012, a todos os servidores públicos federais, do âmbito do poder Judiciário, Executivo e Legislativo da União de todos os estados da federação, e não apenas aos substituídos, até que haja o esclarimento das normas juridicas concretas que incidem não somente sobre a forma de cálculo do Beneficio Especial, a fim de ser aplicado de forma isonômica para todos os servidores do Judiciário, Executivo e Legislativo da União, mas também das incidentes no próprio regime de previdência complementar ao qual está optanto o servidor que ingressou antes da sua instituição. (...)

Leia a decisão na íntegra AQUI.

 

 

 

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Sintrajufe (RS): Justiça acata ação do sindicato e determina, em caráter liminar, ampliação do prazo para adesão ao Regime de Previdência Complementar

Sintrajufe (RS)

No final da tarde desta sexta-feira, 27, uma importante decisão judicial foi conquistada pelo Sintrajufe/RS. A juíza Daniela Cristina de Oliveira Pertile Victoria, da 6ª vara federal, aceitou pedido do sindicato, ajuizado pelo escritório Young, Dias, Lauxen e Lima, que presta assessoria à entidade e, em decisão liminar, determinou a ampliação do prazo para migração do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) para o Regime de Previdência Complementar por mais 60 dias. O prazo limite estabelecido na lei nº 13.328/2016 para que os servidores optem pela migração era o dia 28 de julho, sábado.

Na quinta-feira, 26, o diretor do Sintrajufe/RS Cristiano Moreira e o advogado Gabriel Weber, do escritório Young, Dias, Lauxen e Lima, reuniram-se com a juíza. Eles argumentaram em favor da ampliação do prazo, já que os cálculos dos benefícios especiais dos servidores não foram fornecidos pelos tribunais em tempo hábil para que uma decisão fosse tomada com propriedade, conforme argumentado na peça inicial. Em duas emendas à inicial, em razão de fatos novos ocorridos após o ajuizamento, o Sintrajufe/RS apresentou à magistrada recente decisão da Justiça Federal do DF deferindo liminar prorrogando o prazo de adesão até que restasse definido o caráter do benefício especial (previdenciário, ou indenizatório), além de anexar na ação ofício em que o presidente da Funpresp-Jud solicita ao ministro do Planejamento a dilação do prazo estabelecido para migração dos servidores ao regime de Previdência Complementar, restando claro o caráter emergencial da medida.

Com a decisão, os servidores ganham mais tempo para refletir sobre o tema e pesar todos os aspectos relacionados a essa importante decisão. O Sintrajufe/RS havia pedido a extensão do prazo por mais, no mínimo, 60 dias, prazo esse que foi acatado pela juíza. A assessoria jurídica do sindicato continua à disposição dos colegas sindicalizados que quiserem dirimir dúvidas sobre casos específicos.

Na decisão, a juíza admite que "o servidor, por si só, não teria condições de aferir, com segurança, qual seria o valor de seu benefício especial. Conforme argumentado e comprovado junto à exordial e seus documentos, quando consultada a Administração para que fizesse o cálculo do benefício, o retorno obtido foi no sentido de que, considerando a complexidade do cálculo a ser feito para que se obtenha tal valor, bem como a grande demanda por cálculos e recálculos individualizados, não teria a Administração tempo hábil para processar os pedidos feitos nesse sentido".

A decisão diz, ainda, que "como forma de solucionar o conflito dos interesses postos em causa, faz-se juízo comparativo entre eles, valendo-se, para tanto, do Princípio da Proporcionalidade", inclusive porque "a prorrogação do prazo para que os servidores possam optar pela migração, ou não, de regime previdenciário, por um lado, oportuniza aos maiores interessados e diretamente atingidos pela escolha a ser feita, que tomem uma decisão segura, baseada em informações claras. Por outro lado, a prorrogação de tal prazo não trará maiores gravames à União". Informa, também, que "na ação que ora se decide, essa questão é crucial, de forma que a decisão aqui tomada não está em contrariedade ao quanto decidido junto ao STF, em sede liminar, na Adi 4885".

Veja AQUI a íntegra da decisão.

O Sintrajufe/RS vem realizando, desde 2014, atividades sobre o Regime de Previdência Complementar e a Funpresp-Jud. O sindicato também produziu uma cartilha com perguntas e respostas sobre Funpresp-Jud e o Regime de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais, que foi distribuída nos locais de trabalho.

Entenda

Para ingressar com a ação, ajuizada no dia 25, o sindicato levou em conta os possíveis erros que foram noticiados nos cálculos do benefício especial e a impossibilidade de os tribunais fornecerem os cálculos em tempo hábil antes do prazo final de migração. Segundo Resolução Conjunta STF/MPU 3/2018, a responsabilidade pelo cálculo do benefício especial será do órgão a que estiver vinculado o membro ou servidor do PJU, do MPU e do CNMP. O sindicato considerou ainda, no pedido, a Lei de Acesso à Informação. A ação fora protocolada sob o n° 5042980-35.2018.4.04.7100.

 

 

 

 

 

 

 

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Nota pública sobre a desfiliação do Sindjus-DF da CUT

Sindjus/DF 

Em resposta a especulações infundadas sobre uma suposta dívida do Sindjus-DF com a CUT geradas a partir da posição pessoal de um diretor do Sindicato, a Diretoria Colegiada, por meio da seguinte nota oficial, esclarece:

No dia 02 de outubro de 2015, reunidos, na Praça dos Tribunais, em Assembleia-Geral Ordinária, cuja participação foi expressiva em razão do movimento paredista, os servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal aprovaram a desfiliação do Sindjus-DF da CUT. Ressalta-se que, segundo o Estatuto do Sindicato, a assembleia-geral é a instância deliberativa máxima da categoria. Dessa maneira, fica garantida a legitimidade da decisão supracitada.

Por meio do ofício 177/2016, o Sindjus-DF comunicou tal decisão ao presidente nacional da CUT, Wagner Freitas. Foram encaminhados também dois ofícios ao secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre. O primeiro - ofício 450/2016 – informou oficialmente a Central sobre essa decisão. No segundo – ofício 152/2017 – o Sindicato solicitou a presença de um representante da CUT no VII Congresso do Sindjus-DF, que ocorreu em maio de 2017, para acompanhar a ratificação da desfiliação da CUT.

Portanto, o Sindjus-DF tomou todas as medidas necessárias para garantir a efetivação da decisão da categoria no tocante à desfiliação da CUT.

Diante do exposto, a Diretoria do Sindjus-DF afirma publicamente não possuir qualquer vínculo com a CUT, tampouco reconhece qualquer dívida entre o sindicato e a central. Por se tratar de uma filiação política nunca existiu um contrato. Um parecer jurídico embasa tais afirmações.

A Diretoria afirma ainda que a categoria pode ficar tranquila, pois todos os encaminhamentos necessários referentes à desfiliação da CUT foram realizados de forma séria, responsável e de acordo com orientações do jurídico.

DIRETORIA COLEGIADA DO SINDJUS-DF

 

 

 

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Funpresp: "Servidor estará colocando a sua velhice dependente do que acontecer com o mercado financeiro", alerta professor de Economia

 

 

 

Sindjus/AL

O professor doutor de Economia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) José Menezes (foto), coordenador do Núcleo Alagoano da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, esclarece aos servidores os perigos que estarão submetidos ao migrarem para a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp).

Ele explica que a Emenda Constitucional 41/2003, do governo Lula, permitiu o Fundo de Pensão para os servidores, que veio a ser regulamentado em 2012. “A partir disso, foi criada a Funpresp com três variantes dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. Todo os servidores públicos entrarão pela seguinte condição: aposentadoria até o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e a partir daí a Previdência Complementar.

“No Fundo de Pensão, a contribuição é aplicada no mercado financeiro, especificamente, na dívida pública e em ações. Ou seja, o servidor submete a sua futura renda, quando se aposentar, a incerteza do mercado”. Veja a entrevista abaixo:

Como é a Previdência Complementar?
A Previdência Complementar não é um fundo de pensão por benefício definido, como já foi antigamente, que o trabalhador dizia o valor que queria ganhar. Esse tipo de fundo acabou. O que existe agora é o fundo de contribuição definida. Você sabe quanto vai pagar, mas não sabe quanto vai receber. Este é um fato bastante perigoso.  O dinheiro é aplicado nas ações, caso não rende, haverá prejuízo.

Os fundos de pensão no Brasil estão com prejuízo de R$ 70 bilhões. Isso significa que aquele dinheiro, que você investiu, foi aplicado no mercado financeiro e teve prejuízo. Um exemplo são os trabalhadores dos Correios, que estão retirando dos seus salários 27% a mais para recompor todas as perdas que foram provocadas. Somente o caso do fundo de pensão da Petrobrás, a Petros, perdeu R$ 28 bilhões. Neste caso, a empresa vai pagar R$ 14 bilhões e os trabalhadores mais R$ 14 bilhões. O detalhe é que esses R$ 14 bilhões que a Petrobrás vai pagar é de fundo público, ou seja, é dinheiro público.

O detalhe importante é que a Funpresp não tem nenhuma responsabilidade sobre a destinação. No caso da Petrobrás, a empresa está cobrindo R$ 14 bilhões. A Funpresp não se responsabiliza com nenhuma perda do mercado.

O que o servidor deve considerar sobre sua decisão?
No Fundo de Pensão, o servidor estará colocando a sua velhice dependente do que acontecer com o mercado financeiro. Se as ações e os títulos públicos caírem, o servidor perderá tudo.
Quem ingressou no serviço público entre 1º/01/2004 e 13/10/2013 tem direito à aposentadoria calculada pela média de 80% das maiores remunerações. Colocamos que não é conveniente para quem já entrou em 2003, que tem direito à previdência pública integral e paritária, fazer essa migração.

Na verdade, o que temos é a falência dos principais fundos de pensão, que já existiam anteriormente, a exemplo da Capemi. É preciso alertar que a Previdência Privada, na verdade, pode colocar em risco a sua previdência.

Quem ganha com isso?
Quem vai ganhar com esse processo de privatização da previdência, seja através dos fundos de pensão ou da previdência aberta, é o sistema financeiro. O que está por trás disso é a possibilidade de os bancos, que já ganham muito dinheiro, ganharem muito mais. É muito importante alertar que, os que querem privatizar a previdência, são os mesmos que já privatizaram a Saúde. E hoje nós temos um sistema financeiro vendendo o plano de saúde. A CPI da Previdência provou que não há déficit na Previdência Social, mas o governo tenta de todas as formas aprovar a reforma da Previdência.

O que significa a privatização da Previdência?
Significa criar um mercado ainda mais rentável para um setor que ganha mais dinheiro, que é o setor financeiro. Temos que lutar para que a nova etapa da reforma não se concretize e, principalmente, lutar para que a previdência pública volte a ter a sua integralidade e paridade. Não podemos esquecer que a Argentina privatizou sua previdência, no começo dos anos 90, que faliu e foi reestatizada. O fundamental é lembrar que o que vai resolver o nosso problema não é a privatização da previdência, mas sim não permitir que o orçamento público seja usado para pagar dívida pública e sacrificar todos os direitos sociais da população brasileira.

E os servidores militares?
Outro aspecto muito importante é que somente os servidores públicos dos três poderes foram atingidos pela Funpresp. Os servidores militares continuam com o direito à Previdência Pública integral. É bom lembrar que eles contribuem com 8,5%, enquanto que os servidores civis contribuem com 11%.
Outra gravidade é que os militares podem contribuir com mais 1,5%, para colocar as filhas como dependentes. O governo gasta R$ 5 bilhões com as pensões das filhas dos militares.

O que o senhor recomenda aos novos servidores públicos?
Recomendo a saída da Previdência Complementar porque hoje o governo está contribuindo da seguinte forma: cada real que você contribui, o governo contribui com outro. Mas na legislação que temos, o governo pode alterar isso a qualquer momento.  O servidor vai contribuir para um fundo que esse fundo vai aplicar no mercado financeiro, e você pode perder. O que insisto é que isso não é o melhor caminho. Isso é tão grave, que apenas 7% dos professores aderiram. A questão mais importante agora é se informar. Temos que construir uma grande mobilização com os servidores públicos e trabalhadores privados.

Os bancos vão ganhar dinheiro porque eles estão por trás da gestão dos fundos de pensão. Os bancos vão vender suas previdências privadas. O que temos é o risco de a Previdência Pública se converter no adicional de lucratividade dos setores que mais ganham dinheiro. Temos que criar a unidade dos setores público e privado para lutar contra a reforma da Previdência e lutar para o retorno da previdência pública, integral e paritária. Já que não há déficit da Previdência, comprovada pela CPI da Previdência, mas para onde está indo o dinheiro do Brasil? No ano passado, quase metade do orçamento de 2017 foi para pagar dívida pública. O processo de privatização da previdência vai ter como impacto imediato a redução da expectativa de vida.

Outra questão é o fato de que o servidor não ter a Previdência Pública e integral, isto não significa que o servidor não poderá ter. A nova geração tem que saber que planos de carreira, concurso público e tudo é fruto de uma luta histórica.

A nova geração deve procurar entender que, se há uma retirada, temos que construir a unidade para lutar. Se os fundos de pensões já perderam R$ 70 bilhões, como querer entrar em um fundo de pensão que já é pequeno no mercado e atua no mercado em uma situação econômica de incerteza. Recorrer ao fundo de pensão é o pior caminho.

E quanto aos aposentados?
Muitos aposentados acreditam que estão livres dos ataques. Eu digo que não porque a remuneração do aposentado é indexada ao salário do servidor. Eles podem dizer que a partir de agora os servidores aposentados não vão ter mais reajuste. A paridade está desaparecendo. Vamos ter uma situação muito grave. Grande parte dos trabalhadores que estão se aposentando. É o momento em que o seu plano de saúde é mais caro, e a crise social é cada vez mais aguda. Então, no momento em que o servidor mais precisa, se não tiver a paridade na sua aposentadoria, correrá o risco de passar necessidades. Os servidores que se aposentaram e continuam contribuindo para a Previdência Social. Isso mostra que ela não é deficitária. Porque no serviço privado, depois que você se aposenta, não vai contribuir mais, enquanto no setor público sim.  Essa mobilização exige a participação dos aposentados. Precisamos garantir a unidade dos trabalhadores dos setores público e privado.

 

 

 

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Sintrajufe (CE) promove ciclo de palestras sobre migração de regime da Previdência

 

 

 

Sintrajufe/CE 

Cobertura completa em: www.sintrajufe-ce.org.br

Nas últimas terça (17), quarta (18) e segunda-feira (23), o Espaço de Convivência de Qualidade de Vida do Edifício-Sede da Justiça Federal no Ceará recebeu sete convidados para organizar e fomentar um debate elucidativo aos servidores sobre a migração do regime da previdência. O Ciclo de Palestras é uma iniciativa do Sintrajufe/CE, da Justiça Federal no Ceará (JFCE), do Sindicato dos Servidores da Justiça Eleitoral do Ceará (Sinje), do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) e da Escola de Magistratura Federal da 5ª Região (Esmafe).

CONVIDADOS
 
O Diretor Presidente da Funpresp-Jud, Dr. Amarildo Vieira de Oliveira, abriu o primeiro dia com o tema "FUNPRESP-JUD: Conversa com o presidente", em um bate-papo esclarecedor que durou cerca de 4 horas. No segundo dia, o Procurador Federal, Dr. Eduardo Rocha Dias, o Auditor da Receita Federal e Presidente do Sindifisco/CE, Dr. Hélder Rocha, e o Coordenador da Fenajufe e Coordenador Geral do Sindjus/DF, o Dr. José Rodrigues Costa Neto, debateram sobre o tema "FUNPRESP-JUD: O que é necessário saber?".
 
O último dia contou com a presença do Juiz Federal, Dr. Leopoldo Fontenele Teixeira, do Vice-Presidente de Assuntos da Seguridade Social da ANFIP e Auditor da Receita Federal, Dr. Décio Bruno Lopes, do Auditor da Receita Federal, Dr. Edilson Lins, e do também Auditor da Receita Federal e Presidente do Sindifisco/CE, Dr. Hélder Rocha.
 
Os convidados contribuíram explicando a quem se aplica o novo regime, como fica a situação daquele servidor que decidir por aderir e migrar para a Funpresp-Jud, os fatores positivos e negativos da migração, além de sanar dúvidas pontuais daqueles que estavam presentes e dos que estavam acompanhando via transmissão ao vivo pelo Facebook.
 
CARTILHA INFORMATIVA

Para esclarecer pontos importantes sobre a migração do Regime Próprio de Previdência do Servidor (RPPS) para o RPPS limitado ao teto do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), o Sintrajufe Ceará também produziu uma cartilha respondendo todas as dúvidas sobre o tema, como os seus benefícios e suas consequências. Acesso: http://www.sintrajufe-ce.org.br/wp-content/uploads/2018/07/cartilha-sintrajufe-ce.pdf.
 

 

 

 

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Sinjufego se reúne com ministro Fux e cobra manutenção dos quintos

 

 

 

Sinjufego/GO

Participando na manhã de ontem (25/07) de evento em Goiânia promovido pela Escola Judiciária Eleitoral do TRE-GO, o presidente do TSE e ministro do STF, Luiz Fux, abriu espaço na agenda para receber o Sinjufego.

Na oportunidade, entre outras demandas da categoria, os representantes do sindicato, presidente Leopoldo Lima e a diretora Ádina Corsi, reforçaram o pedido para que o ministro Fux vote pela manutenção dos quintos já incorporados pelos servidores em processo que está pendente de julgamento pelo Plenário do Supremo. Essa é a preocupação de momento de boa parte dos servidores do Poder Judiciário da União.

Na ocasião, os diretores sindicais ressaltaram ao ministro Fux o prejuízo que constará no contracheque dos servidores caso haja uma decisão desfavorável. Leopoldo destacou que muitos servidores sofrerão perdas financeiras irreparáveis, chegando a ponto de haver redução de 30% da renda mensal. Por sua vez, Ádina mencionou a necessidade de modular os embargos para respeitar a coisa julgada e a decadência administrativa de cinco anos. Em resposta, o Fux concordou que realmente a medida, num acórdão desfavorável, atingirá muitos servidores e que está sensível e atento à repercussão de um eventual julgamento desfavorável.

Os diretores do Sinjufego ainda comentaram com o ministro Fux o teor da reunião que o sindicato de Goiás realizou no dia 20/06/2018 com o relator do RE 638.115 dos quintos no STF, ministro Gilmar Mendes. Naquela reunião, Gilmar disse que vai aceitar os embargos com efeitos modificativos e que não pretende retirar os quintos do salário dos servidores, porém, defende a tese de que os aumentos futuros de salários absorvam os quintos mantidos.

Ao término do evento da EJE-GO, o sindicato buscou apoio do Juiz Membro do TRE-GO, Dr. Luciano Hana, para que em posterior encontro informal com o presidente do TSE, reforçasse junto ao ministro Fux o pedido do sindicato a fim de que seja preservada a segurança jurídica na manutenção dos quintos.

 

 

 

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Sintrajufe/RS lança cartilha sobre Funpresp

Sintrajufe (RS)

O Sintrajufe/RS está lançando a cartilha "Funpresp-Jud e o Regime de Previdência Complementar dos Servidores". O objetivo da cartilha é instrumentalizar a categoria para que os colegas tomem suas decisões a respeito da adesão ou não à nova modalidade previdenciária.

A cartilha pode ser acessada AQUI e também foi distribuída, em versão impressa, tanto em Porto Alegre quanto no interior do estado.

Com o intuito de complementar os valores das aposentadorias e pensões dos servidores, o governo criou três entidades fechadas de previdência complementar: Funpresp-Exe, Funpresp-Leg e Funpresp-Jud. A finalidade da Funpresp-Jud é administrar e executar planos de benefícios de caráter previdenciário dos servidores e membros do Judiciário da União, do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público.

No dia 28 de julho, encerra-se o prazo para que o servidor faça a opção de migrar do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), que proporciona aposentadoria integral (servidores que tomaram posse até 31/12/2003 e que ainda possuem direito à integralidade e à paridade) ou pela média remuneratória (servidores que ingressaram em cargo efetivo entre 1º/01/2004 e 14/10/2013, cuja aposentadoria atualmente é calculada pela média de 80% das maiores remu- nerações no setor público ou privado), para o Regime de Previdência Complementar, que proporciona uma aposentadoria limitada ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). A migração é uma decisão individual, de caráter irrevogável e irretratável. Após a migração, os benefícios de aposentadoria (voluntária, compulsória ou invalidez por doença, acidente em serviço ou moléstia profissional) ou de pensão civil terão seus valores mensais limitados ao teto do RGPS (atual- mente em R$ 5.645,80).

Sindicalizados podem consultar assessoria jurídica sobre o tema, inclusive à distância

Os colegas sindicalizados também podem dirimir quaisquer dúvidas sobre a Funpresp com a assessoria jurídica do sindicato. As consultas podem ser agendadas pelo telefone (51) 3235-1977 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Os colegas do interior podem ser atendidos pela assessoria jurídica via internet.

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Sindijufe/MT quer que o Pleno do TRT julgue Mandado de Segurança contra compensação de horas da Copa em sua próxima sessão (26/07)

 

 

 

 

Sindijufe (MT)
Perlato

Buscando combater a insegurança jurídica em que os Servidores do TRT23 se encontram, o SINDIJUFE-MT protocolizará um requerimento para que seu Mandado de Segurança pela anulação da obrigatoriedade da compensação das horas não trabalhadas em decorrência da mudança de funcionamento da Justiça Trabalhista de Mato Grosso durante os jogos da Copa seja incluído na  pauta da sessão do Pleno desta quinta-feira (26/07). 

"Vamos manter este requerimento independentemente da Desembargadora-Relatora  Maria Beatriz Theodoro Gomes estar de férias", declarou o advogado Bruno Boaventura (foto), ao final da assembleia do Sindicato, na manhã de hoje (24), explicando, a seguir, a motivação deste encaminhamento aprovado pelos participantes da assembleia. "Primeiro, porque entendemos que ela (Desembargadora Beatriz) pode vir à sessão do Pleno para julgar este processo. E em segundo lugar, porque entendemos que, se ela não pode comparecer, então deveria repassar a relatoria para o próximo vogal para que ele faça o relatório e traga a matéria para julgamento". 

O assessor jurídico do Sindicato concluiu dizendo que os Servidores não podem ficar nesta  indefinição, diante de uma questão tão importante quanto esta. "Porque até então não há uma definição do Pleno do Tribunal a respeito da obrigatoriedade de se compensar, ou seja, se isso é legal ou não". 

A longa novela a respeito deste tema começou em função de um ato unilateral do TRT23, que decidiu fechar as portas em dias de jogos da Copa e exigiu a compensação de horas de seus servidores, que assim como o Sindicato da Categoria também não foram consultados e enfatizaram o tempo todo, bem antes dos jogos, que preferiam o funcionamento normal do Tribunal, ou ao menos que a Administração assumisse as consequências de seu próprio ato. 

Em 2 reuniões, com a Presidente, Desembargadora Eliney Veloso, e com o Vice-Presidente, Desembargador Roberto Benatar, o Sindicato pediu para que houvesse, por parte da Administração, o pleno exercício da autonomia institucional, haja vista que não foram os servidores que deram causa ao fechamento do Tribunal nos dias de jogos, tratando-se de ato unilateral da administração, o qual deve correr por sua conta e risco. 

A alternativa do Sindicato, diante da resistência da Administração, foi impetrar Mandado de Segurança com pedido liminar a fim de sobrestar, até o julgamento do presente processo, os efeitos da portaria determinando a compensação das horas. Após isso o SINDIJUFE-MT comandou os Servidores no comparecimento à última sessão do Pleno, em que os Desembargadores decidiram pela não apreciação da matéria, alegando que seria preciso aguardar o julgamento do Mandado de Segurança. A Categoria, então, decidiu pela realização de um ato público, porém antes que o ato acontecesse o Tribunal aditou a  portaria estabelecendo a prorrogação do prazo da compensação para o dia 31 de outubro. 

Mas o que o Sindicato e os Servidores querem não é a dilação do prazo, mas sim a dispensa da compensação. Afinal de contas, pela vontade do Tribunal, daqui até o final de outubro os servidores terão que compensar um total de 19 horas não trabalhadas, não porque eles não quiseram trabalhar, mas porque não lhes foi concedida esta possibilidade. 

Foi alegado que os Servidores que desejavam continuar trabalhando nos dias de jogos do Brasil eram uma minoria de inconformados, que foi contestado pelo SINDIJUFE-MT com um abaixo-assinado com 250 assinaturas contra o fechamento do Tribunal durante a Copa e contra a compensação, além de enquetes realizadas na Capital e interior do Estado. E agora, ainda que os servidores quisessem compensar, o Tribunal teria que ficar aberto além do seu expediente normal apenas para permitir aos servidores a tal compensação, entrando em contradição com seus discursos de contenção de gastos com energia elétrica e outras despesas. 

A orientação repassada pela Assessoria Jurídica do SINDIJUFE-MT aos servidores do TRT23 é no sentido de que não compensem as horas não trabalhadas em decorrência da mudança de funcionamento do Tribunal durante a Copa, porque a luta do Sindicato contra a compensação continua e devemos aguardar o julgamento do Mandado de Segurança, pois se todos compensarem até final de outubro, perderá força a nossa luta. 

Para a Presidente do Sindicato, a resistência, a força dos servidores é o único ingrediente capaz de reverter essa situação sui generis, onde apenas uma parcela dos servidores estão sendo penalizados, haja vista que o servidor em Teletrabalho, em Produtividade e Cargos Comissionados não terão que compensar absolutamente nada e aqui estamos a tratar de justiça. O cerne da questão é: O instituto da compensação acabou sendo desnaturado, uma vez que o banco de horas dos servidores está sendo utilizado a bel prazer da Administração, ainda mais quando a própria Administração deu causa a toda celeuma e agora quer exigir 19 (dezenove) horas de trabalho de cada servidor que deixou de trabalhar em tais dias porque o TRT23 resolveu fechar as portas, deixando de atender aos seus jurisdicionados, deixando de prestar serviços essenciais à sociedade, coisa que não foi feita nem para barrar a Reforma Trabalhista, pondera Jamila. 

“Já lotamos o Pleno em ocasiões como a da mudança da jornada, greve, e, precisamos nesse momento, que os servidores do TRT23 compareçam à Sessão de Julgamento do MS, sob pena de se criar um precedente maléfico para toda Categoria. Hoje foram 19 (dezenove) horas e amanhã poderá ser algo bem pior”, arremata Jamila.

 

 

 

 

 

 

 

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Sintrajufe/RS realiza novo debate sobre o Regime de Previdência Complementar e a Funpresp

 

 

 

Sintrajufe (RS)

Nesta quinta-feira, 19, o Sintrajufe/RS realizou mais um debate a respeito do Regime de Previdência Complementar e da Funpresp-Jud. Dessa vez, o debate teve lugar no auditório do TRF4, e novamente contou, como painelista, com a advogada especialista em direito previdenciário Marilinda Marques Fernandes.

Vários colegas do TRF4 e da JF estiveram presentes. Também compareceram ao evento colegas do MPU, convidados pelo Sintrajufe/RS – recentemente, a direção da Seção Sindical do SindMPU renunciou, apontando para a possibilidade de unificação das categorias no Sintrajufe/RS. A presença dos colegas foi saudada no início do encontro pelo diretor Cristiano Moreira, que, juntamente com o diretor Rafael Scherer, compôs a mesa.

Cristiano também destacou as diversas outras ações que o sindicato vem construindo no sentido de facilitar o esclarecimento da categoria sobre o tema, para que os colegas possam tomar suas decisões da forma mais embasada possível. Nesse sentido, lembrou os debates que já foram realizados – um deles nessa terça-feira – e, também, o recente lançamento da cartilha " Funpresp-Jud e o Regime de Previdência Complementar dos Servidores", que pode ser acessada online AQUI e que está sendo distribuída nos locais de trabalho. Em 2014, em conjunto com o Andes-Sindicato e com o Sindisprev, foi realizado o debate, "As armadilhas do Funpresp e a previdência dos novos servidores públicos federais"; em 2015, o Sintrajufe/RS promoveu duas atividades, durante a greve, a fim de levar mais informações sobre Funpresp para a categoria, uma na Justiça do Trabalho e outra na Justiça Federal. Em fevereiro de 2018, como atividade na paralisação, o tema também foi debatido. Cristiano lembrou, ainda, que a assessoria jurídica do sindicato está à disposição dos colegas sindicalizados para tratar do seu caso e situação específica, orientando sobre as consequências e os efeitos de cada opção.

Marilinda começou recordando que, quando chegou ao Brasil, ficou impressionada com a incompreensão dos brasileiros sobre seu próprio direito a uma aposentadoria segura. Lembrou, nesse sentido, que os caminhos para a precariedade na Previdência para servidores públicos começaram com Collor, passaram por Fernando Henrique Cardoso e chegaram, em 2003, ao governo Lula.

A advogada admitiu que "quem vende a ideia da Funpresp, vende com muito brilho", mas, explicou, essa complementação torna-se muito perigosa para os servidores. Conforme esclareceu, a complementação é incerta e o fundo é inseguro, por estar vinculado às oscilações do mercado: "O mercado é instável, o capitalismo tem crises cíclicas, e o dinheiro do fundo estará aplicado no mercado", disse, informando que as experiências que já observou com fundos desse tipo levam a preocupação, e que "tudo o que vem sendo feito é uma estratégia de expansão do capital, para ele se tornar esse tentáculo cada vez maior e asfixiante que faz da nossa vida uma luta cotidiana".

Ela lembrou ainda que as mulheres serão as mais prejudicadas caso decidam pela adesão ao novo regime, pois se aposentam cinco antes dos homens e, assim, tendo contribuído por menor período, terão direito a menores valores na aposentadoria. De qualquer forma, defendeu, é preciso estabelecer laços de solidariedade entre os trabalhadores, independente das divisões que os grandes meios de comunicação tentam criar, e enfrentar juntos os ataques ao direito à aposentadoria.

Em seguida, foi aberto espaço para que os presentes pudessem manifestar-se com perguntas e posicionamentos. Diversos questionamentos foram feitos, desde questões específicas da Funpresp até perguntas sobre a condução das lutas coletivas em defesa de direitos. Em sua fala final, Marilinda lembrou que sua posição é sempre em defesa do serviço público e do servidor público, e que, assim, adverte para os riscos da adesão ao Regime de Previdência Complementar. "A segurança está no público e a insegurança está no mercado", disse, citando os exemplos de Portugal e Espanha, onde os direitos previdenciários também estiveram recentemente sob ataque.

Ela lembrou que a opção de adesão já está dada há três anos, e que, para além dos esclarecimentos que o sindicato já vêm possibilitando, os próprios servidores devem observar suas situações específicas e analisar o que devem fazer. Mesmo assim, destacou que o fundo é "feito para o mercado", e que "as garantias que são dadas pelo público são maiores, mais reais e mais sólidas do que as que são dadas pelo mercado", que "tem se desmanchado muitas vezes no ar pra quem acredita nele".

Assessoria jurídica à disposição dos colegas sindicalizados

Desde 2013, o Sintrajufe/RS vem promovendo atividades a fim de elucidar as dúvidas da categoria sobre Funpresp. Recentemente, o sindicato promoveu um debate no auditório das Varas Trabalhistas sobre o tema. Os colegas sindicalizados também podem dirimir quaisquer dúvidas com a assessoria jurídica do sindicato. As consultas podem ser agendadas pelo telefone (51) 3235-1977 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Os colegas do interior podem ser atendidos pela assessoria jurídica via internet.

 

 

 

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TRT5: SINDJUFE-BA em reunião com o órgão sobre orçamento, cobra redução de jornada.

 

 

 

Sindjufe (BA)

O coordenador do SINDJUFE-BA, Alexandre Souza, participou na última terça-feira (17) da reunião do Comitê Orçamentário do TRT 5. Lá foram debatidas medidas de ajuste de gastos devido ao novo corte no orçamento do órgão. O coordenador cobrou a redução da jornada de trabalho para os servidores e perguntou sobre o reajuste dos auxílios.

O TRT informou que o auxílio alimentação passará para R$910,08 e auxilio creche para R$719, 62, e serão pagos com retroativo do mês de junho, pois, devido à impossibilidade operacional de pagar no mesmo mês teve que vir para a folha de julho.

Em razão dos cortes orçamentários haverá implementação de horário em toda regional até às 17h, visando redução de custos com energia elétrica. Já sobre a redução da jornada a administração alegou que a resolução n. 204 do CSJT (Conselho Superior da Justiça do Trabalho), que regulamenta o banco de horas, limitaria as opções às 8h de jornada com 1h de intervalo ou 7h com 20min de intervalo, sendo esta última jornada a que atual.

O artigo 19 da Lei nº 8.112/90 define que compete aos Tribunais dispor sobre a jornada dos servidores, e isso é garantido artigo 96, I, “b”, da Constituição da República. Em interposições contrárias, até o CNJ já arguiu favoravelmente a essa competência, embora sua Resolução n 88 chame para si esse direito, motivo pelo qual existem diversas ADINS contrárias a essa resolução. Até o momento, em que pese o CNJ siga se arvorando a essa competência ele não conseguiu anular as decisões de várias dezenas de tribunais do País que aplicam a jornada de 6 horas. Isto posto, e por analogia, não pode também CSJT abraçar essa prerrogativa.

Também não há o que se falar em redução de jornada, pois os trabalhadores não trabalham “por hora”, e sim por jornada completa, que como se viu acima, pode sim variar entre 6 a 8 horas. Por isso o SINDJUFE-BA não concorda com o alegado pelo TRT5 e seguirá buscando a redução de jornada para os servidores do órgão, como já conseguiu para os servidores do TRE-BA.

 

 

 

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Vídeo produzido pelo SITRAEMG mostra ao público o cotidiano do servidor como de qualquer outro trabalhador

 

 

 

Conforme já divulgado pela Fenajufe, no dia 25 de junho o Sitraemg lançou, em Minas, a Campanha de Valorização do Servidor, tendo como mote “O trabalho do servidor não tem preço. Tem Valor”. A iniciativa visa resgatar a autoestima do servidor do PJU e, simultaneamente, desconstruir o discurso negativo contra o funcionalismo que foi construído ao longo de anos, por parte do governo e da mídia, dentro do objetivo de jogar a culpa das mazelas do Estado sobre as costas de seus prestadores de serviços como estratégia para justificar as políticas de gestão cada vez mais restritivas aos serviços públicos, adotadas pelo Executivo, com a anuência do Legislativo.

Além de vários outros materiais produzidos para a campanha (carta aos filiados, banners, cartazes, spots para veiculação em emissoras de rádio), o SITRAEMG lançou esta semana, para exibição em seu site e redes sociais, um vídeo em que retrata o cotidiano de uma servidora para mostrar que o funcionário público é um trabalhador como qualquer outro.

O Sitraemg também se articula junto a outras dezenas de entidades representativas das diversas categorias de servidores em Minas, dos três poderes e das três esferas federativas, buscando a realização de uma campanha estadual ainda mais ampla e abrangente.

 

 

 

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Sindjufe-BA realiza nova etapa de visitas aos servidores lotados no interior

 

 

 

O SINDJUFE-BA segue com o Projeto INTERIOR DÁ LUTA, que inclui além das visitas, ferramentas tecnológicas para maior participação dos colegas do interior na vida sindical. Nessa etapa foram visitadas as Cidades de Jacobina, Morro do Chapéu, Irecê, Mundo Novo e Ipirá.

A coordenadora Denise Carneiro e o advogado do sindicato, Dr Claudio Andrade, foram muito bem recebidos pelos servidores lotados no interior. Durante o encontro foi lembrado pelos servidores do TRE duas conquistas importantes para eles: a jornada de trabalho e banco de horas. Elogiaram também a criação de uma comissão para estudar a viabilidade do plano de autogestão em saúde. 

Uma demanda importante e nova é resgatar o direito a permuta e remoção nos órgãos. No TRT a maior demanda é redução de jornada, condições de trabalho e expediente externo, e na JF também a redução de jornada, aplicação dos exames periódicos no interior e também a remoção. O SINDJUFE-BA obteve vitória parcial na demanda judicializada do PSPR.

Em Irecê, única "Cidade Pólo" (Cidade que abriga três ramos das justiças), visitada nessa etapa, já foi criado um grupo de Whatsapp para os colegas interagirem entre si e com o sindicato. Grupo semelhante existe em algumas cidades e funcionam muito bem nesse sentido.

Servidores das demais cidades foram orientados a participar nos grupos dos órgãos e a participação nas listas de distribuição. Foi em Irecê que surgiu a ideia de se criar grupo para acompanhar as discussões dos comitês de priorização do primeiro grau, e uma pesquisa sobre legislação eleitoral com vistas a facilitar a demanda dos colegas principalmente do interior.

Após as explicações do sindicato, os colegas entenderam as dificuldades para ocorrerem essas visitas, pois possui apenas uma diretora liberada. Mas com as novas ferramentas tecnológicas, a distância está diminuindo. Agora filiados lotados no interior podem votar pelo Whatsapp, e possuem canal para chat online.

Nesses dois anos foram visitadas mais de trinta cidades baianas, sempre com a presença de um dos advogados do sindicato. A coordenadora Denise Carneiro avaliou como extremamente positiva a visita. “Levamos material, como boletins, panfletos e cartilha sobre assédio moral, sorteamos cadernos do CEAS, e fichas de filiação (Algumas voltaram preenchidas, outras certamente virão...)”.

“Além disso, surgiram muitas demandas e ideias sobre até como encaminhá-las, provando que os colegas do interior podem contribuir muito para conquistas por direitos”, concluiu a coordenadora. A próxima etapa contemplará a região de Bom Jesus da Lapa e o extremo Sul.

Façam parte da lista de distribuição adicionando o número (71) 99201-3219. Adicionem, e mandem mensagem via whatsapp informando seu NOME, ÓRGAO e CIDADE.

Já para o chat e votação online, adicionem o número (71) 9172-8143, mandem qualquer mensagem (“Oi”), e responda às perguntas automáticas do sistema.

O SINDJUFE-BA mostra que respeita os filiados lotados no interior!

 

 

 

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