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Agência de Notícias

Primeiros efeitos da reforma da previdência para o servidor

Por Antônio Augusto de Queiroz, jornalista, analista e consultor político, diretor de Documentação licenciado do Diap, e sóciodiretor das empresas "Queiroz Assessoria em Relações Institucionais e Governamentais" e "Diálogo Institucional Assessoria e Análise de Políticas Públicas".

A reforma da previdência, instituída pela Emenda Constitucional (EC) nº 103/2019, impacta a remuneração dos servidores ativos e os proventos dos aposentados e pensionistas em três situações. Imediatamente, em dois casos: no valor das pensões e na acumulação de aposentadorias e pensões, concedidas a partir 13 de novembro de 2019, data da publicação da EC. E, após 4 meses da vigência da EC ou a partir de março de 2020, no caso das contribuições previdenciárias para o regime próprio.

Na primeira situação, há a redução do valor das pensões concedidas a partir da data da publicação da EC nº 103 (13/11/2019), que antes eram integrais até o teto do INSS (R$ 5.839,45), acrescidas de 70% da parcela excedente, e passam a ser pagas em duas cotas - que serão calculadas com base na aposentadoria, no caso de morte de aposentado, ou com base na aposentadoria a que teria direito, no caso de morte de servidor ativo - sendo uma cota familiar de 50% e até cinco cotas de 10% para os dependentes. Como o cônjuge ou companheiro/a também é dependente, a cota familiar será de 60%, restando mais até 4 cotas de 10%, a serem destinadas a eventuais dependentes menores ou inválidos. A cota dos menores deixará de existir e não irá para a cota familiar na medida em que aqueles perderem essa condição, exceto no caso de inválido, que mantém o benefício até seu falecimento.

Na segunda situação, há a vedação de acúmulo integral de aposentadorias, de pensões ou de aposentadoria e pensão concedidas a partir da data da publicação da EC nº 103 (13/11/2019), ainda que de regimes diferentes. No âmbito do mesmo regime (RPPS) só é admitida a acumulação de aposentadorias de professores e profissionais de saúde, ou um cargo técnico com outro de professor. A acumulação de aposentadoria com pensão é permitida, mas é limitada em seu valor. O aposentado/pensionista poderá optar pelo benefício mais vantajoso e poderá receber parte do outro, que será calculado cumulativamente por faixas de salário, conforme tabela a seguir:


Isto significa que a acumulação, que antes era integral até o teto do INSS para os segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), agora será, no melhor cenário, de R$ 2.380,33. No caso de servidor público da União, a parcela acumulável será de, no máximo, R$ 4.153,97. Antes, a pensão concedida a partir de 2004 podia atingir até R$ 29.256,00, já que calculada até o teto do serviço público federal, atualmente de R$ 39.293,00. Isso porque, com a nova regra de cálculo da pensão, o cônjuge só fará jus a 60% do valor do provento, que, calculado sobre o teto de remuneração (R$ 39.293,00), resulta em um máximo de R$ 23.575,00. Mas, em caso de acumulação, só será possível receber 10% da parcela acima de 4 salários mínimos, ou seja, R$ 1.958,00, que, somado ao valor aplicado sobre as demais faixas, resulta no valor máximo de R$ 4.153,97.

Na terceira situação, há o aumento da contribuição do servidor destinada ao financiamento dos regimes próprios de previdência que, de acordo a EC nº 103/2019, terá alíquota progressiva. Além disso, mas a depender ainda de uma nova lei, poderá ser ampliada a base de cálculo para os aposentados e pensionistas, que deixaria de incidir apenas na parcela do provento superior ao teto do INSS, atualmente de R$ 5.839,45, podendo passar a incidir, em caso de déficit atuarial, a partir da parcela do provento que supere um salário mínimo, que atualmente corresponde a R$ 998,00. Se houver esse déficit atuarial e for ampliada a base de cálculo dos aposentados e pensionistas, e essa medida for insuficiente para a eliminação desse déficit, poderá ser cobrada contribuição extraordinária dos servidores ativos, aposentados e pensionistas, por prazo determinado.

A mudança nas alíquotas, que passarão a ser cobradas de modo progressivo, já entra em vigor em março de 2020 – apenas 4 meses após a publicação da EC nº 103, ocorrida em 13 de novembro de 2019 – para a União e, a partir da data da entrada em vigor da lei que as instituir, para Estados, Distrito Federal e Municípios. Em todo caso, independentemente de lei do ente, a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores estaduais e municipais passará a ser de, ao menos, 14% a partir de março de 2020. Isto significa que todo servidor ativo, aposentado ou pensionista com remuneração ou provento superior ao teto do INSS (R$ 5.839,45) terá aumentada sua contribuição e, portanto, haverá redução no valor líquido que recebe a título de remuneração ou provento.

As novas alíquotas efetivas serão as seguintes, de acordo com a faixa de renda, do servidor, do aposentado ou do pensionista:


A contribuição extraordinária, que será cobrada quando houver déficit atuarial no regime próprio, terá percentual definido em lei e poderá ter duração máxima de 20 anos. Destinada a equacionar déficit, a contribuição extraordinária será cobrada de servidores ativos, aposentados e pensionistas, nos mesmos moldes das contribuições extraordinárias de fundos de pensão deficitários que adotam a modalidade de benefício definido em seus planos de previdência complementar, como a Petros, a Postalis, a Funcef, entre outros.

Os aposentados e pensionistas, também em nome do equacionamento do déficit, poderão ser penalizados com a incidência das contribuições progressivas e extraordinárias a partir de um salário mínimo (R$ 998,00) e não mais acima do teto do INSS (R$ 5.839,45), com dupla redução em seus vencimentos. E para a cobrança de contribuição a partir de um salário mínimo, diferentemente da contribuição extraordinária, não existe prazo determinado na EC nº 103, podendo perdurar enquanto existir déficit no regime próprio.

Além dessas perdas, aqueles que passaram a adquirir direito a se aposentar a partir de 13 de novembro de 2019 já estão sujeitos a novas regras, com a elevação da idade mínima, ou redução do valor do benefício, ou ambos. A idade mínima efetiva passa a ser, como regra geral, de 56 anos para a mulher e 61 anos para o homem, com elevação já em 1º de janeiro de 2020 para 57 e 62 anos, ressalvado o caso do magistério, aposentadorias especiais, pessoas com deficiência e policiais.

Estes, portanto, são os primeiros reflexos da reforma da previdência sobre os servidores. As futuras perdas, especialmente para os servidores ativos, decorrerão, de um lado, da ampliação da idade e do tempo de contribuição, e, de outro, da redução do benefício e da possível eliminação ou diminuição do valor do abono de permanência.

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Sisejufe promove debate sobre Reforma Administrativa no Serviço Público Federal

Encontro será no TRE-RJ, dia 3 de dezembro, às 14h. Servidores e servidoras de todas as Justiças estão convidados(as)


A reforma administrativa engloba ao menos quatro projetos que definem profunda desestruturação do Estado e estabelecem a retirada de uma série de direitos dos servidores públicos. Entre as principais medidas destacam-se a fusão e extinção de carreiras, redução de jornada com redução de salário e o fim da estabilidade para novos servidores públicos.

Para esclarecer as servidoras e servidores, a Secretaria-Geral e o Departamento de Relações Institucionais do Sisejufe irão realizar, no dia 3 de dezembro (terça-feira), às 14h, o seminário Reforma Administrativa no Serviço Público Federal. O objetivo é discutir os impactos desta proposta para a categoria. O encontro acontecerá no Plenário do TRE-RJ.

“A gente está realizando esse seminário porque é importante que os servidores saibam o que está em jogo e todas as alterações estruturais que o governo pretende realizar no serviço público federal, até para podermos nos organizar para fazer frente a todas as ameaças”, afirmou a secretária geral do Sisejufe, Fernanda Lauria.

O debate terá como palestrantes:

Jean Paulo Ruzzarin – assessor jurídico do Sisejufe. Especializado em Direito Administrativo, defendendo servidores públicos federais. Tem experiência em assessoria parlamentar, tendo colaborado com a Unidade de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Antonio Queiroz – analista político e assessor parlamentar do DIAP. É autor dos livros Por dentro do processo decisório – como se fazem as leis e Por dentro do governo – como funciona a máquina pública.

Nossa assessoria jurídica fez uma análise das perspectivas da PEC da Reforma Administrativa. Veja os principais pontos:

Trainee

Após o ingresso, todos os servidores terão que passar por um período de três anos como trainee; ao final, haverá exoneração automática. Para ser efetivado, o funcionário vai depender de seu desempenho e da existência de vaga na sua função. Sempre haverá mais trainees do que vagas.

Novo estágio probatório

O período de avaliação vai passar de três para sete anos e só será previsto nas carreiras com estabilidade.

Servidor com estabilidade

A proposta não define quais carreiras serão estáveis, mas a expectativa é que sejam áreas restritas, como auditores fiscais, diplomatas, policiais federais e fiscais do trabalho.

Servidor sem estabilidade

O gestor direto vai poder demitir quando for preciso cortar gastos, em caso de restrição orçamentária ou quando a função deixar de ser desempenhada pelo Estado.

Trava de reajuste

Há também a possibilidade de travar os reajustes, automaticamente, por dois anos se os gastos atingirem certo limite (PEC do Pacto Federativo).

Temporário

Baseado no que já existe no Exército, a modalidade servirá para contratação em grande escala, mediante prestação de concurso.

Férias

O governo avalia também incluir na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) um limite expresso de 30 dias para as férias de servidores.

Fim da progressão automática

O governo quer acabar com a progressão automática no funcionalismo público. A chefia direta terá um limite máximo de pontos por avaliação. Isso evita que os chefes deem nota dez para todos os funcionários, por exemplo.

Estados e municípios

Adesão de estados e municípios à reforma será automática.

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Mulheres do Judiciário se encontram para construir panorama nacional

O grupo fluminense, articulado pelo Núcleo Sindical da Marcha Mundial de Mulheres do Sisejufe, levará os problemas vivenciados no dia a dia do estado

No próximo sábado (30//11), 11 servidoras do Judiciário do Rio de Janeiro estarão em Brasília para o 1º Encontro Nacional de Mulheres do PJU e MPU. O grupo, articulado pelo Núcleo Sindical da Marcha Mundial de Mulheres do Sisejufe, levará os problemas vivenciados no dia a dia do estado, possibilitando a construção de um panorama nacional.

O evento, organizado pela Fenajufe, conta com uma programação diversificada para além dos debates que envolvem a atuação profissional e a conjuntura sociopolítica atual. Estão previstas performances artísticas e musicais, além de artesanato e manifestações tradicionais da arte popular.

Momento necessário em meio aos debates, a organização do evento quer proporcionar ainda um espaço e um tempo dedicados à meditação e ao autoconhecimento. No encontro também será apresentado um painel fotográfico onde as servidoras estarão representadas em suas mais diversas atividades. Sejam elas no local de trabalho, em atividades sindicais, momentos de lazer, em casa, ou exercendo atividades de luta do dia a dia.

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Sindjuf-SE apura votos e divulga resultado das eleições

Após intensa semana de votação pelas unidades do Poder Judiciário Federal na capital e no interior de Sergipe, o Sindjuf/SE tem o resultado das eleições que estabelecem nova Diretoria Executiva e novo Conselho Fiscal para o triênio 2019-2022.

A Comissão Eleitoral, formada por Cristiane Pedral Santos de Souza, Norma Sueli Martins de Santana e Rivelino dos Santos, servidores do TRT20, apurou os votos na tarde de sexta, 22. Ao todo, 174 servidores filiados votaram nessa eleição, entre válidos e brancos.

A chapa única teve 163 votos. Houve 11 votos em branco. Apesar de não ter havido concorrência e a chapa ser formada em parte por dirigentes da gestão atual e encabeçada pelo coordenador-geral Gilberto Melo, alguns novos nomes vieram para somar e renovar o corpo de dirigentes que tem colocado o Sindjuf/SE para frente.

Confira os nomes dos eleitos para a Diretoria Executiva:

Coordenadores-gerais -
Anita Rocha Paixão Sotero (TRE/SE),
Gilberto Oliveira Melo (TRT20),
Antonio Carlos da Conceição Silva (JF/SE);

Coordenador de Finanças e Patrimônio -
Cícero Severino da Silva (TRT20);

Coordenador Jurídico -
José Nicodemos Sá Cardoso Júnior (TRT20);

Coordenador de Comunicação e promoção social -
Maria Elenize Ramos Freire (TRT20);

Coordenador de Formação Sindical, Cultural e Esporte -
Nezildo de Jesus Santos (TRT20).

Já o Conselho Fiscal teve seis candidatos. Os três eleitos para as vagas titulares são Ricardo do Prado Souza (TRT20), Sócrates Correia Lima (TRT20) e Ana Paula Tavares de Oliveira Bezerra (TRE/SE). Os demais, Oona Karina Mendes da Silva (TRE/SE), Telma Machado Pereira Oliveira (TRE/SE) e Remo Andrade Silva (TRT20), ficarão como suplentes.

Foram contabilizadas 172 assinaturas, portanto, dois eleitores deixaram de assinar a lista de votação.

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Pele Preta: Mulheres são homenageadas na I Mostra Cultural de Negritude. Abertura da exposição é nesta terça (19/11), às 17h

 

 

 

Evento acontece no Espaço de Convivência, 10 º andar – bloco B da Justiça Federal Venezuela

 
 

No dia 19 de novembro, o Sisejufe lança, às 17h, a I Mostra Cultural de Negritude, em comemoração ao mês da Consciência Negra, com a exposição Pele Preta, no Fórum Marilena Franco (Avenida Venezuela, 134) com as artistas plásticas Bela Pinheiro e Izadora Neves . Na exposição, é traçada uma linha temporal através da luta, do trabalho, da produção cultural e da militância de 32 mulheres negras que, em seu tempo e em sua área de atuação , produziram avanços e transformação social. Entre as homenageadas estão Conceição Evaristo, Tia Maria do Jongo, Dandara, Marielle Franco, Elza Soares, Adriana Alves dos Santos Cruz, Jaqueline de Jesus e Ângela Davis.

Grafite de Izadora Neves

Quem prestigiar a mostra será presenteado com pequenas réplicas das hachuras e grafites, impressas, como parte da comemoração dos 30 anos do Sisejufe. A exposição Pele Preta ficará aberta ao público até o dia 19 de dezembro.

O objetivo da I Mostra Cultural é falar do direito à vida, à liberdade, à dignidade, ao voto, igualdade de oportunidades, ao acesso à educação, saúde, habitação e políticas públicas afirmativas e de reparação para a promoção da igualdade racial.

 

 

 

 

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Sintrajufe-RS: Assembleia geral aprova paralisação dia 14 e participação no ato público unificado das 3 esferas

Paralisação de 24 horas na quinta-feira, 14, e participação no ato público unificado das 3 esferas, contra os ataques do governo de Jair Bolsonaro (PSL) aos servidores e ao serviço público: essa foi a decisão da categoria, aprovada por unanimidade, em assembleia geral convocada pelo Sintrajufe/RS na noite dessa segunda-feira, 11. O ato público ocorrerá no Largo Glenio Peres, Centro de Porto Alegre, às 13h30min, com caminhada até o Palácio Piratini às 15h. É organizado pela Frente de Servidores Públicos do Rio Grande do Sul, que reúne categorias das esferas federal, estadual e municipal. Além dos ataques do governo Bolsonaro, o ato se organiza contra medidas do governo de Eduardo Leite (PSDB), que deve apresentar, nesta semana, projetos que atacam planos de carreira dos servidores estaduais do Rio Grande do Sul.

A concentração da categoria do Judiciário Federal e do MPU acontecerá nos prédios: a partir das 9h, nas varas trabalhistas, e das 10h30min na Justiça Federal. Colegas da Justiça Eleitoral e do MPU devem se dirigir a um desses locais. A orientação da direção é que os colegas do interior se integrem a mobilizações em suas cidades ou participem do ato público em Porto Alegre. O ressarcimento será feito seguindo o regramento das assembleias gerais (veja ao final deste texto).

PEC 186/19 e reforma administrativa significam a destruição do Estado

A assembleia teve início com relatos da direção do Sintrajufe/RS e da Fenajufe. O diretor Zé Oliveira falou sobre o pacote de medidas encaminhado pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), na semana passada, em três propostas de emenda à Constituição (PEC), com destaque para a de número 186/2019, a chamada “PEC emergencial”, que aciona gatilho de corte de gastos quando as operações de crédito realizadas pelo governo superarem as chamadas despesas de capital (que incluem investimentos e dívidas). A PEC traz uma série de vedações e congela, por exemplo, promoções e reajustes salariais. Um dos pontos que mais têm preocupado servidoras e servidores é a possibilidade de redução da jornada e de salários em até 25%. O dirigente ressaltou que a proposta já foi assinada por 34 senadores, “o que coloca para a gente, já, uma dificuldade muito grande, considerando-se que o Senado tem 81 senadores”. E os ataques não acabam aí, alertou, informando que a proposta de reforma administrativa, que ameaça a estabilidade no serviço público, deve ser apresentada ainda nesta semana pelo governo.

O diretor Marcelo Carlini falou sobre o ato público do dia 14, organizado pela Frente dos Servidores Públicos, da qual o Sintrajufe/RS faz parte. O dirigente afirmou que a expectativa é de um grande ato e que diversas categorias confirmaram participação (Judiciário Estadual, universidades, Ministério Público Estadual, Executivo federal, trabalhadoras e trabalhadores da educação estadual, Polícia Civil são algumas delas). Carlini ressaltou que os ataques seguem um alinhamento nas três esferas, o que reforça a importância da luta unificada.

O diretor do Sintrajufe e da Fenajufe Edson Borowski deu relato pela federação e disse que, neste momento, o centro deve ser a luta por direitos, contra as PECs, a reforma administrativa e outros ataques, a exemplo de propostas de extinção da Justiça do Trabalho. A Fenajufe está chamando os sindicatos à mobilização em articulação com os demais ramos e com o conjunto da classe trabalhadora, a exemplo do que já está sendo feito pelo Sintrajufe/RS por meio da Frente dos Servidores Públicos.

Falas ressaltam unidade

Nas falas abertas para manifestação de colegas, foi destacada a necessidade de unidade para vencer os ataques e os retrocessos que estão sendo impostos à classe trabalhadora e, mais especificamente, aos servidores e ao serviço público. A emenda constitucional 95/2016, que congela investimentos por vinte anos, está sendo usada como justificativa e é a base para os ataques que estão em curso e, conforme destacado, é preciso cobrar, como o sindicato tem feito, que as administrações se posicionem. Foi alertado que, se a reforma da Previdência aumentou alíquotas de contribuição e tempo de serviço, as PECs e a reforma administrativa vão além: o que está em jogo é o salário, o emprego, o próprio serviço público.

Foi mostrada preocupação com ameaças de imposição do atual projeto de destruição do Estado pela força pois não faltam ameaças por parte da família Bolsonaro e de setores militares. Para vários que se manifestaram, a hora é de ir para as ruas, com unidade. A avaliação feita, em algumas falas, é que a libertação de Lula ajuda a enfrentar os projetos antinacionais de Paulo Guedes. Ao serem lembrados, o grande levante da classe trabalhadora no Chile e o recente golpe na Bolívia, os colegas ressaltaram que não são fatos isolados, mas um projeto orquestrado pelo grande capital internacional com sinais de ingerência dos americanos.

Em algumas manifestações, foi destacado que será necessária muita conversa, passagem nos setores, para convencimento de colegas sobre os impactos das propostas do governo, deixar nítido o quão grave é a situação que estamos vivendo. A tarefa que se impõe é que a informação se transforme em indignação e que esta se traduza em mobilização.

Participaram da assembleia colegas das justiças do Trabalho, Federal e Eleitoral, do MPU, além de aposentadas e aposentados; e, por videoconferência, as cidades de Novo Hamburgo, Pelotas, Santa Maria e Santana do Livramento, com direito a voz e voto. Além da paralisação e da participação no ato, foi aprovado repúdio a todos os projetos do governo que estão tramitando no Congresso Nacional e que atacam a democracia.

Colegas do interior terão despesas de transporte ressarcidas

Os(as) colegas sindicalizadas(os) do interior que vierem a Porto Alegre para participar do ato público terão as despesas com transporte ressarcidas pelo sindicato, bastando apresentar as notas fiscais dos gastos, nos seguintes moldes:

• Ônibus: ressarcimento do valor da passagem com a apresentação da 2ª via;

• Carro: no mínimo 3 pessoas para que seja ressarcido o valor do combustível e pedágios. A cada 10km, será ressarcido 1 litro de combustível. É necessário apresentar a nota fiscal do posto de gasolina;

• Carro: com menos de 3 pessoas, o valor será ressarcido até o limite do correspondente a uma passagem de ônibus por pessoa (ida e volta). É necessário apresentar a nota fiscal do combustível no valor das passagens.

 

 

 

 

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Sindjus-AL conquista contagem de tempo para aposentadoria de servidor com deficiência física

 

 

 

O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Alagoas (Sindjus-AL) conquistou contagem de tempo para aposentadoria especial ao servidor público do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas com deficiência física.

O relator do Mandado de Injunção, ministro do Superior Tribunal Federal Alexandre de Moraes, decidiu, concedendo “a ordem a fim de que sejam observados os parâmetros estabelecidos pela Lei Complementar 142/2013, em relação a todo o período avaliativo, como critério no exame dos pedidos de aposentadoria especial formulados por servidor público portador de deficiência”.

O servidor público possui tetraparesia espástica assimétrica, sensitiva e autonômica, com sequelas graves com comprometimento da força motora, conforme laudo médico, que também evidencia osteoporose em fêmur e coluna lombar.

O Assessor Jurídico do Sindjus-AL, Clênio Pachêco Franco Junior, informa que o servidor  já possuía tempo mais do que suficiente para obter a sua aposentadoria.

Em março de 2019, o servidor completou 25 anos de serviço e solicitou, por meio de requerimento administrativo a aposentadoria especial ao TRE. Por sua vez, o Tribunal se posicionou no sentido de que somente caberia ao servidor aguardar o regramento ou reclamar a ausência de norma perante o Supremo, em virtude da omissão legislativa.

 

 

 

 

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Nota de Repúdio do Sindijufe/MT ao Portal R& pelo conteúdo tendencioso de sua enquete sobre a estabilidade dos servidores públicos

Não Publicado

 

 

 

 

Num cenário de luta contra a onda de retirada de direitos que a classe trabalhadora vem enfrentando, a última coisa que os servidores públicos precisavam, no momento, era de uma campanha de desinformação contra eles, como a que está sendo patrocinada pelo R7, Portal de Notícias que alcança uma comunidade estimada de mais de 50 milhões de usuários por mês.  

O Portal lançou uma enquete de conteúdo claramente tendencioso, razão pela qual o SINDIJUFE-MT vem a público denunciar a descabida iniciativa da equipe de jornalismo do R7, e ao mesmo tempo pedir a imediata retirada da enquete das redes sociais. 

 "Na sua opinião, o servidor público poderia ser demitido?". Esta foi a pergunta lançada. A enquete é tendenciosa, pois o Servidor Público pode sim ser demitido, conforme previsão legal, desde que incorra nas condutas descritas no art. 132, da Lei n. 8.112/90. Para isso deve-se observar os Princípios Constitucionais do Devido Processo Legal, Contraditório e Ampla Defesa. 

O Sindicato esclarece que o servidor que incorrer nas condutas tipificadas responde civil e criminalmente, mas o instituto da Estabilidade não foi criado para esconder e proteger condutas lesivas ao Erário Público.  

É necessário esclarecer que a estabilidade serve para que os servidores públicos possam se defender de condutas abusivas, como assédio moral e sexual, cumprimento de ordens ilegais, dentre outras. Sem estabilidade o servidor será presa fácil nas mãos dos assediadores de plantão.  

Entretanto,  do modo como a pergunta da enquete do R7 foi formulada, qualquer pessoa tende a votar SIM ao quesito. Estão usando a expressão indevida por total desconhecimento, ou para induzir o povo a votar contra a categoria. 

A menos que o R7 faça os devidos esclarecimentos ao público votante, alertamos que esta enquete deve ser imediatamente retirada do ar. Em defesa da Categoria, o SINDIJUFE-MT encaminhará esta Nota de Repúdio ao R7 e também oficiará a Fenajufe - Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União. 

Cuiabá, 08 de novembro de 2019

 

 

 

 

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Nota de repúdio do Sindijufe-MT ao portal R7 pelo conteúdo tendencioso de sua enquete sobre a estabilidade dos servidores públicos


Num cenário de luta contra a onda de retirada de direitos que a classe trabalhadora vem enfrentando, a última coisa que os servidores públicos precisavam, no momento, era de uma campanha de desinformação contra eles, como a que está sendo patrocinada pelo R7, Portal de Notícias que alcança uma comunidade estimada de mais de 50 milhões de usuários por mês. 

O Portal lançou uma enquete de conteúdo claramente tendencioso, razão pela qual o SINDIJUFE-MT vem a público denunciar a descabida iniciativa da equipe de jornalismo do R7, e ao mesmo tempo pedir a imediata retirada da enquete das redes sociais.

"Na sua opinião, o servidor público poderia ser demitido?". Esta foi a pergunta lançada. A enquete é tendenciosa, pois o Servidor Público pode sim ser demitido, conforme previsão legal, desde que incorra nas condutas descritas no art. 132, da Lei n. 8.112/90. Para isso deve-se observar os Princípios Constitucionais do Devido Processo Legal, Contraditório e Ampla Defesa.

O Sindicato esclarece que o servidor que incorrer nas condutas tipificadas responde civil e criminalmente, mas o instituto da Estabilidade não foi criado para esconder e proteger condutas lesivas ao Erário Público. 

É necessário esclarecer que a estabilidade serve para que os servidores públicos possam se defender de condutas abusivas, como assédio moral e sexual, cumprimento de ordens ilegais, dentre outras. Sem estabilidade o servidor será presa fácil nas mãos dos assediadores de plantão. 

Entretanto,  do modo como a pergunta da enquete do R7 foi formulada, qualquer pessoa tende a votar SIM ao quesito. Estão usando a expressão indevida por total desconhecimento, ou para induzir o povo a votar contra a categoria.

A menos que o R7 faça os devidos esclarecimentos ao público votante, alertamos que esta enquete deve ser imediatamente retirada do ar. Em defesa da Categoria, o SINDIJUFE-MT encaminhará esta Nota de Repúdio ao R7 e também oficiará a Fenajufe - Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União.

Cuiabá, 08 de novembro de 2019

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Sintrajud-SP: Análise jurídica dos ataques do ‘Plano Mais Brasil’ aos servidores

Coordenador jurídico do Sintrajud, o advogado César Lignelli, analisa em 12 pontos os principais impactos das propostas de emendas constitucionais apresentadas pelo governo Jair Bolsonaro ao Senado Federal como parte do plano ‘Mais Brasil’

Publicadas as versões oficiais e numeradas das propostas de emendas constitucionais apresentadas pelo governo Jair Bolsonaro ao Senado Federal nesta terça-feira (5 de novembro), o advogado César Lignelli, coordenador jurídico do Sintrajud, avaliou o conteúdo dos textos, cotejando-os, para, junto com a diretoria executiva do Sindicato, apresentar uma análise técnica dos impactos do ‘Plano Mais Brasil’ sobre as vidas dos servidores.

“A rubrica destinada ao pagamento de pessoal foi eleita, primordialmente, para ceder os recursos supostamente necessários aos tais investimentos [anunciados pelo Ministério da Economia]”, aponta Lignelli. “Isso significa que os servidores públicos serão chamados a ‘contribuir’ compulsoriamente, com perdas salariais, para formar o fundo de R$ 12,75 bilhões, completa o advogado. O montante é o que o governo anuncia que sobrará aos cofres públicos para honrar os compromissos com a dívida pública e financiar investimentos por meio de parcerias com a iniciativa privada.

Entre os principais ataques trazidos pelo conjunto de PECs, o advogado destaca:

  • A extinção da garantia de revisão geral anual da remuneração;

  • A possibilidade de redução temporária de jornada e salários em até 25%;
  • A vedação a qualquer pagamento retroativo de verba devida a servidores;
  • A vedação ao pagamento de qualquer verba concomitantemente aos subsídios;
  • A proibição de reajustes, adequação de remuneração, aumento, vantagem, criação de cargos ou funções que impliquem em aumento de despesas, alteração de estrutura de carreira, contratação de pessoal, realização de concurso público, aumento de benefícios indenizatórios, criação ou expansão de programas ou linhas de financiamento, quando aprovadas operações de crédito superiores às despesas de capital;
  • Suspensão de progressões e promoções funcionais de servidores, inclusive do Poder Judiciário da União (as exceções são as entrâncias de magistrados ou a movimentação de membros do Ministério Público, carreiras policiais ou de serviço exterior), não sendo devida nenhuma parcela retroativa ao fim da suspensão;
  • Possibilidade de redução de 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança, se excedidos os limites com despesas de pessoal;
  • Fim da garantia de correção do orçamento estabelecida na Emenda Constitucional 95/2016 (correção anual, pelo IPCA, do montante de execução obrigatória para o ano de 2017) quando houver operação de crédito superior às despesas de capital;
  • Aplicação imediata dos mecanismos de ‘estabilização’ e ‘ajuste fiscal’ se no período do segundo ao 13º mês antecedente ao da promulgação de emenda resultante da PEC 186/2016 houver operação de crédito no âmbito dos orçamentos fiscal e da Seguridade Social da União que exceda o montante das despesas de capital;
  • A extinção de fundos públicos para amortização da dívida pública;
  • A relativização dos direitos sociais previstos no artigo 6º da Constituição (educação, saúde, moradia, trabalho, alimentação, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados), condicionando-os “ao equilíbrio fiscal intergeracional”;
  • A proibição de pagamento de pessoal por estados e municípios com verba oriunda de socorro financeiro da União;
  • A garantia de que todo superávit fiscal será aplicado na amortização da dívida pública.

César Lignelli ressalta ainda que “esta não é a anunciada ‘reforma’ administrativa”, cuja tramitação ainda não teve início e deve começar pela Câmara dos Deputados.

A conclusão do advogado e da direção do Sindicato é que será necessária uma mobilização forte e de caráter nacional para evitar a aprovação das PECs 186/2019187/2019 e 188/2019. No próximo dia 13 de novembro (quarta-feira) as centrais sindicais estão convocando um ato em frente ao Theatro Municipal, no centro da capital, a partir das 9 horas. A categoria está chamada a participar.

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Sindjus-AL conquista a manutenção de pagamento de pensão por morte à pensionista

A Assessoria Jurídica do Sindjus-AL obteve deferimento pela manutenção do pagamento de pensão por morte em ação judicial, processo nº 0808072-56.2019.4.05.8000, que havia sido reconhecido administrativamente pela Administração Pública como ilegal pelo Tribunal de Contas da União – TCU.

A decisão foi proferida pelo juiz federal Raimundo Alves Campos Jr, da 13ª Vara Federal, que determinou a União Federal se abster da suspensão do pagamento do direito. O cumprimento da decisão será realizado pelo Juiz Diretor do Foro da Seção Judiciária Federal em Maceió (AL).

No julgamento, revela que a jurisprudência tem reconhecido que é possível o reconhecimento da união estável de pessoa casada que esteja comprovadamente separada judicialmente ou de fato para fins de concessão de pensão por morte sem necessidade de decisão judicial.

A pensionista já recebe a pensão há 11 anos, mas o TCU declarou ilegal, suspendendo o direito por dois meses.

A pensionista viveu mais de cinco anos em regime de união estável com o servidor da justiça federal, que já havia manifestado interesse na inscrição para fins de recebimento de pensão por morte outros benefícios.

Na ação, o advogado do Sindjus-AL Clênio Pachêco Franco Júnior destacou que, desde o dia 23 de março de 2007, que a segurada recebe a pensão sem intercorrência, sendo sua única fonte.

Foi alegada inconsistência pelo Secretário de Fiscalização de Pessoal, como insuficiência na comprovação na condição de viúva e companheira. “A pensionista juntou todas as provas, Declaração de União Estável, contrato de locação de imóvel, entre outros”.

Na ação, foi sustentado que a legislação aplicável ao caso é aquela que estava vigente no momento do preenchimento de todos os requisitos. A União terá prazo para recorrer da decisão e apresentar a sua contestação.

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Eleições do Sindjus-AL para Diretoria Colegiada e Conselho Fiscal ocorrerão nesta quinta

As eleições para a Diretoria Colegiada e o Conselho Fiscal do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Alagoas (Sindjus-AL) ocorrerão nesta quinta-feira (07). As urnas para votação estarão nos prédios da Tribunal Regional Eleitoral, da Justiça Federal e do Tribunal Regional do Trabalho.

Poderão participar das eleições os filiados em dia com o pagamento da contribuição sindical.

Nas eleições, foram inscritas a chapa Avançar na Unidade pra Lutar e Vencer para a Diretoria Colegiada e a chapa Transparência com a Luta para o Conselho Fiscal.

É fundamental a participação de todos os sindicalizados no processo eleitoral do sindicato. A eleição é mais um passo para organização da luta e mobilização dos servidores do Poder Judiciário Federal em Alagoas em defesa dos direitos, pela valorização da categoria, contra a redução de salário, contra o fim da estabilidade, pelas lutas contra as reformas do Trabalho e da Previdência, contra o arrocho salarial, contra o ajuste fiscal que penaliza os trabalhadores, contra a extinção da Justiça do Trabalho, contra as privatizações, entre outras bandeiras de luta em prol dos servidores.

O Sindjus-AL já encaminhou o material de votação para o interior de Alagoas. O resultado será divulgado até o 11 de novembro.

O período das gestões da Diretoria Colegiada e do Conselho Fiscal será de 10/01/2020 a 09/01/2023.
Veja quem são os membros das chapas:

Diretoria Colegiada do Sindjus-AL
Chapa “Avançar na Unidade pra Lutar e Vencer”
1) Coordenação Geral
a) Américo Albuquerque Sampaio (JF)
b) Maria Vivianne da Silva Oliveira (TRE)
c) Marcus Robson Nascimento Costa Filho (JF)

2) Coordenação de Assuntos Jurídicos e Trabalhistas
a) Jamerson José de Santana (JF)
b) João José de Albuquerque Sampaio (TRT)
c) Paulo Sérgio da Silva Falcão (JF)

3) Coordenação de Administração e Finanças
a) Alexandre José Sampaio Sarmento (TRE)
b) Eliane Brito da Rocha Pereira (TRT)
c) Marcelino Gonzaga da Silva (JF)

4) Coordenação de Formação e Relações Sindicais, Comunicação, Cultura, Esporte e Lazer
a) Alex Sandro Cardoso da Silva (JF)
b) Jair Narciso Tavares (JF)
c) José Valteno dos Santos (TRE)
 
Conselho Fiscal do Sindjus
Chapa Transparência com a Luta
 
Membros Titulares
a) Lauro Jorge Alves Cavalcanti (JF)
b) Raquel Helena Paixão Tavares (TRE)
c) Ricardo Sérgio Moura da Silva (TRT)
 
Membros Suplentes
a) Antônio Rita dos Santos Neto (TRE)
b) Inaldo Barbosa de Aguiar (JF)

 

 

 

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Sisejufe repudia declarações desrespeitosas do ministro Paulo Guedes em relação ao funcionalismo público

Em mais uma demonstração de total menosprezo e desconhecimento do que é ser servidor público e para que se destina o serviço público, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou – não foi a primeira vez e pelo jeito não será a última – a atacar o funcionalismo em geral. A direção do Sisejufe repudia veementemente o teor da entrevista que este senhor concedeu à Folha de S. Paulo, em 3 de novembro, deixando mais do que claro que ele serve ao capital em detrimento do bem público e social do nosso país. Pau mandado dos bancos e do interesse de grandes corporações, Guedes e o governo Bolsonaro querem dizimar o patrimônio público e reduzir a pó os direitos do povo brasileiro, incluindo aí servidores públicos.

Na entrevista, Guedes informa que o governo Bolsonaro vai anunciar medidas que, nas palavras do ministro da Economia, “dão início a uma tardia reforma do Estado”. O que na verdade, o que a reportagem não mostra é o significado da reforma, verdadeiro ataque ao povo, num discurso que tenta se passar por moderno.

Ao se referir especificamente aos servidores, o posto Ipiranga do governo Bolsonaro – é assim que o presidente adora mencioná-lo – é desrespeitoso, irresponsável e cruel com milhões de pessoas que dedicam suas vidas diariamente, muitas vezes sem a mínima condição de trabalho, a atender a população. Diante de um ponto de vista distorcido, de um sujeito que não consegue entender a realidade da classe trabalhadora com um todo – só tem olhos e agrados ao empresariado – é que a direção do Sisejufe se posiciona contrária às propostas do ministro.

Acabar com a estabilidade no serviço público representa deixar o servidor exposto a governos de ocasião, a pressões para que sejam implementadas propostas contrárias ao interesse público. Quem não valoriza o servidor público é esse governo, que adora o discurso do Estado mínimo. Vale lembrar que quem está mal com a opinião pública é o próprio governo que, dia após dia, vê sua avaliação positiva despencar ladeira abaixo.

Ao afirmar que o servidor está sem autoestima, Guedes esquece que isso é provocado pelo próprio governo que, entre muitas iniciativas, congela orçamento impedindo investimentos em pessoal, adotando justamente a concepção da tesourada. Diante de um cenário que estar por vir, a diretoria do Sisejufe conclama a categoria do Judiciário Federal do Rio a unir forças na luta contra mais um pacote de medidas que será divulgado muito em breve por este governo totalmente descompromissado com os interesses do povo brasileiro. É preciso resistir ao que está por vir!

Direção do Sisejufe

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Sisejufe 30 anos: exposição “O Mundo pelo Olhar do Servidor” será aberta ao público em 14 de novembro

Fotos da mostra foram escolhidas em concurso de fotografia promovido pelo sindicato


Momentos de lutas dos servidores, o cotidiano no trabalho do Judiciário Federal, paisagens e cenários históricos. Esses foram temas escolhidos pelos vencedores do “II Concurso de Fotografia do Sisejufe – O mundo pelo olhar do servidor”. As 28 fotos selecionadas por uma comissão julgadora irão compor a exposição comemorativa dos 30 anos de fundação do sindicato, que será aberta ao público no dia 14 de novembro, a partir das 17h30, no Espaço de Convivência e Inovação da Seção Judiciária, na JF Almirante Barroso. No evento de abertura, os vencedores serão homenageados e receberão seus prêmios.  

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Sintrajuf-PE recebe doações para ajudar atingidos por desastre ambiental

Continua a campanha do SINTRAJUF-PE de arrecadação de doações em favor da limpeza do petróleo nas praias e mangues de Pernambuco e em favor das trabalhadoras e trabalhadores que vivem das atividades relacionadas com o litoral.

A ideia é ampliar a rede de apoio para tentar minimizar os danos causados pela catástrofe ambiental.

As doações de equipamentos ou víveres podem ser entregues na sede do sindicato (Rua do Pombal, 52 – Santo Amaro) e as doações em dinheiro devem ser depositadas, com identificação através do CPF, nas contas do Banco do Brasil (Ag. 1836-8 e cc – 150094-5) e Caixa Econômica (Ag. 0923 cc – 2701-7 Op. 013).

Entre os materiais solicitados estão equipamentos de proteção individual (EPIs), como luvas grossas, botas (galochas), máscaras e protetor solar, além de pás, sacos de ráfia - que tem fibra resistente - água mineral, alimentos não perecíveis e óleo de cozinha, usado para remover os resíduos da pele dos voluntários.

Trabalhadores afetados por tempo indefinido
A catástrofe ambiental segue sem explicações e sem enfrentamento concreto por parte do governo e causando danos ao meio ambiente e às populações do litoral, cujas dimensões e o prazo de duração não puderam ainda ser identificados.

Não há informação suficiente sobre os níveis de contaminação de praias, águas, solo marinho, fauna e dos mangues, bioma de imensa relevância para a vida marinha e para a atividade econômica e sobrevivência das trabalhadoras e trabalhadores. Os impactos podem perdurar por décadas.

O Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) denunciou em audiência na ALEPE que essas populações estão à beira da fome com a queda da sua atividade econômica tradicional, que atinge até localidades onde o óleo não apareceu. A anunciada antecipação do “defeso” da lagosta atende pequena parcela dos afetados, excluindo atividades pesqueiras, marisqueiras e turísticas.

O site Marco Zero Conteúdo divulgou que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), através do Laboratório de Saúde Ambiente e Trabalho (Lasat), do Instituto Aggeu Magalhães, recomendou que por precaução as pessoas não consumam pescados e mariscos e não façam uso recreativos das praias.

O desmonte de serviços públicos potencializa o desastre
A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) não tem estrutura para realizar as pesquisas necessárias sobre os impactos do desastre ambiental, que vêm sendo empreendidas pela UFPE em parceria com a USP.

O governo federal demorou 41 dias para acionar o Plano Nacional de Contenção (PNC) do óleo, até agora não há nem protocolos oficiais que orientem a limpeza nas praias, manguezais e rios contaminados e não identificou as causas do desastre ou se ele continuará se reproduzindo. A Justiça Federal, a pedido do Ministério Público Federal, determinou à União e ao Ibama a adoção de providências.

Esses protocolos de limpeza e outras medidas são estabelecidas por comitês de planos de ação, mas, na sanha ultraliberal de desmonte dos serviços e instrumentos públicos, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) extinguiu no início do ano o comitê responsável por articular as providências para desastres com óleo, potencializando os danos. O governo sequer convocou o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).

As equipes disponibilizadas pelo poder público são insuficientes para investigação e limpeza propriamente dita, reinando a completa negligência ou improvisação. Os poucos integrantes do Exército engajados na limpeza, por exemplo, vêm usando os materiais de proteção doados pela população.

A limpeza das praias vem sendo realizada por voluntários, por trabalhadores e suas famílias, incluindo crianças, todos expostos a substâncias tóxicas sem proteção ou orientação adequada. São vários os relatos de voluntários com dores de cabeça, náuseas, tonturas, ardor nos olhos, dermatites, insônia, problemas respiratórios e queimaduras.

Informação alternativa
A cobertura dos veículos empresariais de comunicação vai abandonando a situação do litoral nordestino, passada a fase superficial do óleo visível sobre as praias. É pequena e superficial a oferta de informação à população sobre a extensão e consequências do desastre e atuação do poder público.

Em Pernambuco, destacamos a cobertura especial feita pelo site Marco Zero Conteúdo, na série Óleo no Nordeste

A Pública, Agência de Jornalismo Investigativo independente publicou reportagem sobre a situação difícil do Quilombo das Mercês, em Ipojuca, afetado pelo vazamento de óleo.

 

Fontes: Marco Zero Conteúdo, A Pública, Folha PE, Uol
Fotos: Jornal do Commercio e Diario de Pernambuco

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28 de Outubro: Dia do Servidor Público – Reflexões sobre a Estabilidade

por Francisco Demontiê Gonçalves Macedo, Oficial de Justiça Avaliador Federal no TRTMS. Coordenador Jurídico no Sindjufe-MS, Pós-graduado em Direito. Graduando em Gestão Pública.

 

28 de Outubro: Dia do Servidor Público – Reflexões sobre a Estabilidade[1]

O Estado é um ente abstrato que foi criado como um meio (instrumento) para a promoção do bem comum de um povo que vive em determinado território.

Embora na prática não esteja parecendo, é preciso lembrar que os três Poderes do nosso Estado Republicano (Executivo, Legislativo e Judiciário) existem para servir à toda população e não especificamente às pessoas que manejam esses Poderes.

Vale destacar, a esse respeito, que o termo “república” vem do latim res publica, quer dizer “coisa pública”, ou seja, que pertence ao povo, à coletividade, a todos.

Aliás, a nossa Constituição estabelece que todo o poder emana do povo, e em nome deste deverá ser exercido. O que falto ao povo brasileiro é assumir de uma vez por todas essa condição de primazia política, jurídica, social, econômica e cultural.

Na ordem natural das coisas não há nada que justifique, racionalmente, a existência de diferenças no tratamento jurídicos que deve ser aos trabalhadores que prestam serviços privados e aos que prestam serviços públicos.

No plano do Direito ou das normas jurídicas, no entanto, não tem sido esta a visão e a conduta dos nossos legisladores constituintes (criadores da Constituição) e legisladores derivados (modificadores da Constituição e das demais leis), que têm se autoproclamado, juntamente com algumas poucas categorias de agentes públicos, os seres mais importantes e nobres da Nação, quando na verdade deveriam ser apenas meros empregados do povo.

O povo ostenta no plano abstrato essa liberdade jurídica, ainda mal-empregada, de eleger os melhores políticos para serem seus melhores empregados.

Nem sempre o Estado e o Direito conferiram tratamento desigual aos trabalhadores públicos e privados, pelo menos em relação a um ponto específico, qual seja, a “estabilidade”, que em síntese significa a garantia normativa de uma pessoa não ser dispensada do trabalho (privado ou público) sem motivos ou por motivos banais.

Isso mesmo. Houve uma época nesse País em que tanto os empregados privados como os servidores públicos gozavam da garantia da estabilidade.

A estabilidade no trabalho e na vida constitui um valor intrínseco ao próprio trabalho, que foi eleito pela nossa Constituição como um valor humano e social fundamental ou indispensável. Ela produz na pessoa benefícios de altíssimas densidades morais, como a dignidade, a paz de espírito, o equilíbrio emocional e psíquico, a segurança própria e familiar, o gozo de benefícios pessoais e financeiros, a previsibilidade futura de aposentadoria, enfim, a confiança em si e no sistema social, como garantias fundamentais de que a pessoa poderá desenvolver todo o seu potencial físico, psíquico e espiritual.

No âmbito privado, juridicamente (por força das leis), a estabilidade foi criada inicialmente para uma pequena categoria de trabalhadores, em 1923, pela Lei n. 4.682, mais conhecida como Lei Elói Chaves, a qual deu origem ao sistema previdenciário no Brasil. Mas foi através da Constituição democrática de 1946 (feita pelo povo, através de seus representantes eleitos) que o instituto da estabilidade foi estendido para todos os trabalhadores urbanos e rurais.

Para os servidores públicos, quando ainda eram denominados de funcionários públicos, a estabilidade foi criada pela Constituição de 1937, apesar de esta ter sido uma Carta de Direitos outorgada, ou seja, imposta ao povo por Getúlio Vargas. Convém esclarecer que os juízes e membros do Ministério Público têm uma estabilidade reforçada ou ampliada, denominada vitaliciedade, o que torna mais difícil dispensá-los do serviço público.

Embora a estabilidade, como uma decorrência do valor social do trabalho, seja um valor em si mesmo, o nosso legislador constituinte também fez a opção política pelo sistema capitalista de produção, no qual predominam a propriedade privada, a busca constante pelo lucro e a acumulação de capital através do uso da força do trabalho humano. Com isso, imagina-se que o objetivo presumido da Constituição seria fazer com o Estado administrasse e harmonizasse as disputas que inegavelmente há entre os interesses do Capitalismo e os do valor social do trabalho.

É interessante observar que, um pouco mais tarde, vimos que a globalização fez com que muitas empresas privadas se tornassem muito maiores e mais poderosas do que vários Estados Nacionais. Além disso, continuamos assistindo as pessoas, detentoras do Capital e dos Poderes do Estado, deixando-se seduzir pela fama, pelo dinheiro e pelo poder, ao ponto de usarem os seus próprios semelhantes como meros instrumentos ou coisa de exploração.

Em suma, devido à essa incapacidade de o povo brasileiro fazer com que o Estado e o Direito efetivamente valham para todos – todos mesmos! –, conforme fora decidido democraticamente quando da elaboração da Constituição, infelizmente, ainda temos que conviver com o poder econômico mandando literalmente no poder político do Estado (que deveria ser do povo, pelo povo e para o povo) e, consequentemente, no próprio povo.

Como consequência, ainda, de o poder econômico vir utilizando os Poderes do Estado, que estão nas mãos de pessoas moralmente frouxas, para enfraquecer o seu rival maior – o valor incalculário do trabalho, principalmente, através da sua monetarização, mercantilização e coisificação.

Em relação à estabilidade, foco principal desta nossa reflexão, primeiro o Estado permitiu, ainda na Ditadura Militar (1967), a criação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como uma alternativa do trabalhador privado à estabilidade. No início do trabalho, o empregado era chamado a optar entre a estabilidade no emprego ou o recebimento do FGTS quando da sua dispensa do trabalho. Em 1988, impressionantemente, o lobby do Capitalismo foi tão grande, quea própria Constituição-Cidadã veio a extinguir a garantia da estabilidade para os trabalhadores privados, restando apenas o FGTS. E assim, um valor fundamental foi trocado por ninharias.

Na atualidade, estamos assistindo a completa desconfiguração do FGTS, mediante as antecipações cada vez mais infundadas dos seus saques. Isso deixará o trabalhador (e sua família e, por consequência, a sociedade) totalmente desprevenido, desprotegido, instável, inseguro, preocupado e largado à própria sorte quando perder o emprego.

No setor público também já é visível o avanço das ideias oriundas do próprio poder público (Governo e Congresso Nacional, com a chancela do Judiciário) para se acabar com a estabilidade dos servidores. Destruirá não apenas toda aquela gama de valores imateriais associados à estabilidade e ao trabalho, mas também enfraquecerá ainda mais o já fragilizado Estado, perante o todo-poderoso poder econômico.

Como arremate, não podemos deixar de ressaltar que o povo é quem de fato manda no Brasil (e no mundo), por expressa disposição Constitucional. No dia em que o povo quiser, não sem alguma dose de sacrifícios, poderá deixar de ser essa marionete nas mãos dessa meia-dúzia de espertalhões, e fazer com o Capital e o Estado lhes sirvam literalmente. O tempo urge para que o povo reconheça o seu próprio valor humano e tome posse de fato dos direitos que já lhes são assegurados na Constituição e nas leis. Para tanto, cada indivíduo precisa se conscientizar e começar, o quanto antes, de corpo, alma e coração, buscar a sua única saída: a luz do conhecimento racional que o iluminará e o guiará na tomada das melhores e mais justas decisões individuais e coletivas.

Por enquanto, a cegueira provocada por distrações manipuladoras, engendradas pela mídia, que também está a serviço do Capital, tem impedido a imensa maioria do povo brasileiro de enxergar o que se passa imediatamente à sua frente e, por isso, não conseguem tomar as melhores decisões que os seres humanos são capazes de tomar, rumo à conquista da sua dignidade, da igualdade, da liberdade e da tão esperada fraternidade entre as pessoas e as Nações.

 



[1] Escrito em homenagem ao ex-Presidente Getúlio Vargas, por ter sido um grande estadista e por conseguido efetivamente conseguido avançar e melhorar as condições de vida e de trabalho dos brasileiros em sua época.

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Sisejufe apresenta pesquisa de saúde em seminário contra assédio moral no TRT

 

 

 

 

Evento fez parte das atividades em comemoração ao Dia do Servidor Público, numa parceria do sindicato com o tribunal

 
 

A direção do Sisejufe apresentou na terça-feira (29/10) a pesquisa nacional “Do que sofrem os trabalhadores e trabalhadoras do PJU e MPU?” durante participação I Seminário Assédio Moral no Trabalho e Adoecimento no Judiciário Federal, evento promovido em uma  parceria entre o sindicato e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio. Diretora do Sisejufe e coordenadora da Fenajufe, Lucena Pacheco afirmou que as informações do levantamento realizado pela federação servirão para que as entidades sindicais abram um canal de diálogo com as administrações dos foros para discutir o tema.

“A base de dados da pesquisa vai servir para colaborarmos para elaboração de políticas que preservem a saúde dos servidores e também o assédio moral. Nossa preocupação é em relação à continuidade dessas políticas de prevenção quanto há troca de administração e gestores dos tribunais”, avaliou Lucena ao apresentar o estudo elaborado em conjunto com o Grupo de Estudos e Práticas em Clínicas, Saúde e Trabalho (Gepsat)  e tendo a coordenação acadêmica do Laboratório de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho (LPCT) da Universidade de Brasília (UnB).

Entre vários cenários, a pesquisa mostra a realidade da categoria e traça um perfil do funcionalismo do Judiciário. Aponta, entre outros casos, que 43% dos entrevistados já sofreram algum tipo de preconceito; mais da metade (53%) corre risco de esgotamento mental; e danos físicos (49%) – fatores geradores de adoecimento.

A assessora política do Sisejufe, Vera Miranda, destacou os eixos da política de prevenção de saúde do servidor que o sindicato desenvolve ao logo dos anos. Ela lembrou que a entidade faz campanhas e oficinas de combate ao estresse, entre outras demandas. E bateu na tecla da necessidade de se respeitar as pausas de descanso para evitar problemas na saúde dos servidores.

“As oficinas que o sindicato promove também servem como um espaço para podermos escutar o servidor a respeito de problemas que enfrentam, também são instrumentos para que seja feita a pausa e haja intervalo na atividade laboral. Deve haver conscientização da importância da pausa de dez minutos”, defendeu.  

Vera Miranda informou ainda que o próximo passo será a consolidação da base de dados da pesquisa nacional e criação de um aplicativo que dará acesso à informações sobre assédio e acidente no trabalho.

PALESTRAS NO SEMINÁRIO

O seminário fez parte das atividades em comemoração ao Dia do Servidor Público, numa parceria do Sisejufe com o TRT do Rio. O evento era direcionado a funcionários e magistrados das justiças federais. A mesa de abertura foi composta pelo vice-presidente do Sisejufe, Lucas Costa; pelo desembargador Eduardo Adamovich, representante do TRT/RJ e do Comitê de Saúde; pelo gestor da Coordenadoria de Saúde do TRT/RJ, Ricardo Sidney Nascimento Silva; pela vice-presidente administrativa do TRT da 15ª Região (Campinas), desembargadora Ana Amarylis Vivaco Vivacqua de Oliveira Gulla; e pelo desembargador Valtércio Ronaldo de Oliveira, presidente do Comitê Nacional de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores e conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O vice-presidente do Sisejufe, Lucas Costa, destacou que é preciso levar em conta, na conjuntura atual, os riscos que os servidores estão submetidos, principalmente com  a possibilidade de perda de direitos. Ele lembrou a implementação da Reforma Trabalhista, da recém aprovada Reforma da Previdência e a Administrativa que está por vir, que ameaça acabar com a estabilidade no emprego. O desafio será como lidar com todas essas situações. “Isso sem contar a terceirização. Todos esses fatores impactam na relação de trabalho e na saúde dos servidores  e magistrados”, afirmou Costa.

Presidente do Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do TRT/RJ, desembargador Eduardo Adamovich ressaltou a importância do crescimento profissional em um ambiente de harmonia e respeito. “O respeito deve ir além de formalidades e denominações. Tem que envolver atitudes para que cada um possa expressar sua personalidade enquanto preserva a saúde psicológica”, declarou.

A representante do Sisejufe na Comissão de Saúde do TRT Andréa Capellão advertiu que os recentes ataques que a Justiça do Trabalho vem sofrendo por parte do governo e os cortes de verba também configuram como assédio. “Somos nós, os servidores, que sofremos com a consequência da redução de verbas”, afirmou.

Coube ao desembargador Valtércio de Oliveira fazer a primeira palestra:  “Política de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário”. Ele relatou experiência vivida no início dos anos 1980, no começo da carreira quando sofreu assédio moral, provocando problemas de saúde. O magistrado lembrou que, na época, não se falava no problema e não havia a quem denunciar. Ele defendeu que o combate ao assédio exige a união de servidores e magistrados, além do cuidado com a saúde psíquica.  O desembargador lembrou que o Comitê Nacional de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores ficou paralisado por dois anos e reativado pelo CNJ.

O juiz do trabalho auxiliar da Corregedoria do TRT/RJ, André Villela, na palestra com tema “O Cumprimento de Metas e o Assédio Moral no Trabalho”, destacou que o gestor não pode se omitir em casos de assedio moral sob risco de potencializar a iniciativa do assediador. Mas ressaltou que é preciso ter cuidado para não haver a banalização das denúncias.  

“É preciso identificar, no entanto, se há mesmo o assédio, que é sempre direcionado a uma pessoa. E não confundir com problemas do cotidiano e do dinamismo do trabalho. Ou até mesmo a situação em que o chefe é um mau gestor.  A pior coisa no ambiente do trabalho é a fofoca”, afirmou Villela.

A médica do Trabalho do TRT  Michelle Carreira Miranda Monteiro, no tema “Combate à Violência Laboral e ao Assédio Moral e Sexual no TRT/RJ”,  ressaltou a adoção do Ato 184 que visa, segundo ela, permitir cuidar melhor dos casos de assédio. A ato, instituído no começo de outubro, cria a Política de Prevenção e Combate à Violência Laboral e ao Assédio Moral e Sexual no TRT/RJ.

 

O objetivo, conforme o tribunal, é impedir que ações abusivas e discriminatórias causem qualquer tipo de dano a magistrados, servidores e terceirizados. A iniciativa também tem a intenção de acolher a vítima para tentar recuperá-la e cuidar da saúde e orientá-la sobre as providências cabíveis.

“O assédio moral é a ponta final de uma situação já existente e por longo período. Os assediadores são pessoas comuns que se encontram em ambientes favoráveis a este tipo de conduta. Nós recebemos muitas pessoas no setor médico e tentamos tratar delas de forma humana. Ela não é uma ferramenta a ser usada no cumprimento de metas. É uma pessoa que sofre pressão para dar conta das metas. Normalmente, o servidor que nos procura está num estágio avançado e não no começo do assédio”, diz a médica, destacando que é feito o encaminhamento e acolhimento em sigilo para recuperação da saúde.

O psicólogo do TRT/RJ Túlio Coimbra, que falou no painel “A Violência nas Relações de Trabalho”, afirmou que o assédio moral, entre outros pontos, é um sintoma de profunda transformação que o mundo do trabalho sofreu e o modo de vida que exige um grau sofisticado de reflexão e redefinição de hábitos e forma de se relacionar.

“Quando as metas elaboradas não consideram as condições de quem deverá cumpri-la provoca um imenso abismo e o assédio moral está incluído neste cenário”, compara.  

 

Fonte: Imprensa Sisejufe

 

 

 

 

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