fbpx

Sindicatos

Sintrajufe-RS participa do lançamento do Fórum Institucional de Defesa da Justiça do Trabalho

 
Por Sintrajufe-RS
 

Foi lançado nessa quinta-feira, 7, o Fórum Institucional de Defesa da Justiça do Trabalho (Fidejust). O lançamento do Fórum, que agrega mais de vinte entidades na luta contra a extinção e pela valorização da Justiça do Trabalho, ocorreu em um ato público no Plenário Milton Dutra do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4). O Sintrajufe/RS participa do Fórum e esteve na mesa de lançamento representado pelo diretor Cristiano Moreira, além de outros dirigentes que compareceram ao Plenário.

O objetivo do Fidejust é fortalecer a luta institucional em defesa da JT, respondendo à preocupação gerada a partir de declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de que pretende extinguir o ramo. Através da unidade entre as entidades e de um amplo trabalho de comunicação via internet – centro das atividades do Fórum – pretende-se fortalecer o diálogo com o conjunto da população a respeito da importância da Justiça do Trabalho para a garantia de direitos e de equilíbrio entre capital e trabalho.

"Nossa vitória não será por acidente"

No lançamento, o auditório esteve lotado, com grande comparecimento de servidores e magistrados. Logo na abertura, foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais. Depois, fizeram uso da palavra representantes de diversas entidades que compõem o Fidejust.

 
Foto Inacio do Canto Rocha Filho

O diretor do Sintrajufe/RS Cristiano Moreira, em sua fala, saudou a ampla unidade construída no Fidejust e destacou os atos que já têm ocorrido em Porto Alegre, no interior do Rio Grande do Sul e em Brasília em defesa da Justiça do Trabalho. O dirigente lembrou que os ataques à Justiça do Trabalho não são de hoje, e que já houve falas de governantes e parlamentares nesse sentido em outros momentos. Mas, avaliou, agora o momento é ainda mais preocupante, já que o atual governo não tem nenhum pudor em defender que as mulheres ganhem menos que os homens, em falar que os trabalhadores têm direitos demais, e que chega a propostas "caricatas" como a da carteira de trabalho verde-amarela. Além disso, lembrou, pela primeira vez um presidente da República defende em rede nacional a extinção da Justiça do Trabalho – já tendo, inclusive, sido concretizado o fim do Ministério do Trabalho. "Quem ousaria levantar essa bandeira do fim da JT não seriam outros senão aqueles para quem o lucro está acima, inclusive, das nossas vidas?", questionou.

Cristiano relacionou, ainda, a proposta de extinção da JT à série de ataques que os trabalhadores vêm sofrendo, começando pela reforma trabalhista aprovada por Temer, passando pelos cortes de gastos – no qual a Justiça do Trabalho foi especialmente afetada – e chegando-se a um cenário de desemprego recorde e grande crescimento do subemprego. Nesse sentido, avaliou que não se trata de uma luta corporativa, motivo pelo qual a bandeira de defesa da JT precisa ser levada para as ruas a partir da compreensão do retrocesso civilizatório e da barbárie que se instalaria no país caso a ideia se concretizasse. É preciso, assim, defendeu Cristiano, dialogar com o conjunto dos trabalhadores e compreender esse tipo de projeto como inserido em um contexto amplo de ataques a direitos, que passam também pela reforma da Previdência. A mobilização, destacou, é o único caminho possível: "Eu não tenho nenhum otimismo no que diz respeito ao que possa vir de parte do governo, mas eu acredito muito na força do conjunto da classe trabalhadora, dos movimentos sociais e de todos aqueles que têm disposição de fazer essa luta e esse enfrentamento em defesa da democracia, dos nossos direitos e da Justiça do Trabalho", disse Cristiano, antes de concluir: "Nossa vitória não será por acidente".

o vídeo com a íntegra da fala.

 

Lembrança de Brumadinho, crítica à desregulamentação do trabalho e defesa da JT

Além de Cristiano, representates de outras entidades também fizeram pronunciamentos. O caso de Brumadinho foi destacado em algumas falas, sendo classificado como "o maior acidente de trabalho da história do Brasil", mais uma demonstração de que a Justiça do Trabalho é mais indispensável do que nunca, frente a esse contexto de busca pelo lucro acima de tudo – inclusive de vidas humanas. Os presentes destacaram que é preciso inverter essa lógica, que a dignidade do ser humano deve estar acima de tudo, e que a Justiça do Trabalho é uma instituição fundamental nesse sentido, central para a defesa da cidadania.

Alertou-se, ao mesmo tempo, para o processo de desregulamentação do mundo do trabalho e de precarização da legislação – com a reforma trabalhista como o maior exemplo –, o que, além de dificultar o combate ao trabalho infantial, ao trabalho escravo e a outras atrocidades, abre caminho para que crimes como os de Brumadinho e Mariana voltem a ocorrer. Assim, os representantes das entidades que compõem o Fidejust sublinharam a importância de aliar a defesa da Justiça do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho e do já extinto Ministério do Trabalho com a luta contra quaisquer medidas que gerem desregulamentação trabalhista.

Participantes

Além do Sintrajufe/RS, são participantes do Fidejust o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da IV Região (AmatraIV), a Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), a Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas (Agetra), a Associação dos Advogados Trabalhistas de Empresas no Rio Grande do Sul (Satergs), o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS), a seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS), a Procuradoria Geral do Estado do RS (PGE-RS), a Associação de Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), a Associação dos Peritos na Justiça do Trabalho (Apejust), a Associação Juízes para a Democracia (AJD), a Associação Latino-Americana dos Juízes do Trabalho (ALJT), a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), a Fundação Escola da Magistratura do Trabalho do Rio Grande do Sul (Femargs/RS), o Instituto de Pesquisas e Estudos Avançados da Magistratura e do Ministério Público do Trabalho (Ipeatra), a Associação de Oficiais de Justiça Avaliadores Federais do Rio Grande do Sul (Assojaf-RS), o Conselho de Diretores de Secretaria da Justiça do Trabalho da 4ª Região (Coditra), a Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Federação Nacional das Associações de Oficiais de Justiça Avaliadores Federais (Fenassojaf), o Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora (Intersindical), o Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Tributária do Estado do RS (Sindifisco-RS) e o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados do RS (SindPPD-RS).

Pin It

Ato em defesa da Justiça do Trabalho no MA reúne servidores públicos e diversos segmentos organizados da sociedade

Por Sintrajufe-MA

O ato em defesa da Justiça do Trabalho, realizado na manhã desta quarta-feira, 30, em frente ao Fórum Trabalhista no bairro da Areinha, em São Luís, reuniu representantes de diversos segmentos sociais, que demonstraram estar conscientes da grave ameaça que representa a possibilidade de extinção desta justiça especializada.

Entre os participantes, juízes do trabalho filiados à Amatra XVI e à Anamatra, servidores do Judiciário Federal (entre estes os da própria JT bem como da Justiça Federal), trabalhadores celetistas e seus sindicatos, como bancários e metalúrgicos, representantes de centrais sindicais e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD/MA).

As falas expressaram defesa contundente da JT, ressaltando sua importância para a sociedade e desmistificando argumentos falaciosos utilizados contra a sua manutenção.

Para o advogado Guilherme Zagallo, membro da ABJD, “A grande maioria dos empregadores, que cumprem com suas obrigações, não são interpelados pela Justiça do Trabalho, e sim o mau empregador. Até o bom empregador tem interesse que a Justiça do Trabalho funcione bem! O que há agora é a tentativa de piorar as condições de trabalho no Brasil. Extinguir a Justiça Trabalhista não vai fazer um país melhor, ao contrário”, declarou.

Antônio Eduardo, servidor da Justiça Federal e ex-diretor do Sintrajufe, lembrou que essa luta vem de muito longe, desde as ameaças à destruição da Justiça do Trabalho, contra a qual houve grande luta em 1998. “Nesses vinte anos, tiraram direitos, fizeram a reforma, avançaram na terceirização, e agora vêm com toda força querendo extinguir a Justiça do Trabalho, como se isso fosse avanço. Na verdade, mais um capítulo de ajuda aos empresários para que a ganância e o lucro não tenham limite”. 

Para a juíza do Trabalho na cidade de Barreirinhas, Socorro Almeida,  “A tentativa de extinção é um desrespeito total, uma volta ao século XVIII”.

A advogada trabalhista Katia Ribeiro conclamou os presentes a se manterem vigiliantes e pensar outras ações na defesa da JT, buscando envolver toda a sociedade.  Estiveram presentes ainda metalúrgicos, bancários e representantes das centrais sindicais.

O ato também prestou homenagem à memória dos vitimados na Chacina de Unaí (três auditores fiscais do trabalho e o motorista assassinados em emboscada ao cumprir fiscalização) e as vítimas da barragem da Vale em Brumadinho, episódio criminoso que evidencia o lucro acima da vida.

A atividade foi classificada como histórica pelos presentes, que se comprometeram a pôr de lado suas diferenças para avançar nessa luta, que vai precisar se intensificar e se espalhar pela sociedade: no próximo dia 13 de fevereiro, também uma quarta-feira, todos estão chamados, a partir das 18h, a participar de reunião ampliada na Sede do Sindicato dos Bancários (rua do Sol, Centro de São Luís) para discutir e traçar os próximos passos.

 

 

 

Pin It

Sintrajufe-RS: Ato público unificado contra a reforma da Previdência acontece na próxima quinta, 14

Por Sintrajufe (RS)

 

Acontece na próxima quinta-feira, 14, mais uma manifestação contra a reforma da Previdência. Será às 18h, na Esquina Democrática, em Porto Alegre. Será mais um momento de fortalecer a luta e o diálogo com a população para barrar a reforma de Jair Bolsonaro (PSL) que pretende atacar nosso direito à aposentadoria.

O ato está sendo convocado por oito centrais sindicais: CUT, CTB, Intersindical, Nova Central, CGTB, CSP/Conlutas, CSB e Força Sindical. Uma importante demonstração de unidade na defesa do direito fundamental dos trabalhadores brasileiros a se aposentarem de forma digna. O Sintrajufe/RS estará presente na atividade e convoca os servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União no Rio Grande do Sul a também se somarem à mobilização.

A luta contra a reforma da Previdência está ganhando força conforme o ano vai começando. Em janeiro, no dia 22, retornaram as reuniões do Fórum Gaúcho em Defesa da Previdência, que liderou, no Rio Grande do Sul, as mobilizações que barraram a reforma da Previdência proposta por Michel Temer (MDB). Dois dias depois, em 24 de janeiro, ato público na Esquina Democrática, convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no RS (Sindisprev-RS), com adesão das entidades que compõem o Fórum, levou a luta às ruas.

Também já está marcada para 27 de fevereiro uma plenária de mobilização do Fórum. Será no auditório do Cpers (avenida Alberto Bins, 480), às 18h.

Pin It

Sindjus-DF e entidades atuam na Câmara dos Deputados contra Reforma da Previdência e PLP 459

 

 

 

Sindjus (DF)

Nesta quarta-feira (06/02), na Câmara dos Deputados, o Sindjus-DF e outras entidades fizeram corpo a corpo junto aos parlamentares em defesa da Previdência Pública e pela rejeição do PLP 459/2017, que institucionaliza o desvio de recursos arrecadados e lesa os cofres públicos.

O Sindjus-DF tem atuado de forma intensa contra a Reforma da Previdência e a retirada de direitos socais. E, mais uma vez, diante das articulações do governo em torno de uma nova proposta de reforma previdenciária, o Sindicato já está no Congresso Nacional trabalhando em conjunto com várias entidades para evitar retrocessos e prejuízos aos trabalhadores e cidadãos.
Sindjus-DF, ASSTJ, Sindilegis e Auditoria Cidadã da Dívida abordaram deputados e distribuíram um material contra o PLP 459/2017, que trata da chamada “Securitização dos Créditos” e tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados. O material alerta para o fato de que o projeto em questão fere diversos artigos constitucionais e gera dívida pública de forma ilegal e disfarçada.

Além do PLP 459/2017, que lesa os cofres públicos, outra pauta prioritária que mobilizará todas as entidades sindicais e da sociedade brasileira é a luta contra a reforma da previdência anunciada pelo governo Bolsonaro.

Para Costa Neto: “em que pese seja uma guerra desigual, em que o governo tenta impor a sua vontade com todos os meios e recursos que dispõe, a classe trabalhadora tem condições de se opor com eficiência a mais esse ataque à previdência pública e aos direitos sociais da população brasileira. É preciso que a sociedade acorde para o desmonte da Previdência Pública que está sendo proposto pelo novo governo. Precisamos unir forças com sindicatos, federações, centrais e demais entidades da sociedade para fazer uma grande mobilização no país, com argumentos sólidos e convincentes em defesa da Previdência Pública, visitando o Congresso Nacional, saindo às ruas e atuando em todos os segmentos da sociedade para aprofundar o debate contra a reforma anunciada”.


Na foto, os dirigentes Costa Neto (Sindjus-DF),
Wite Villela (Asstj), Maria Lúcia Fatorelli
(Auditoria Cidadã da Dívida) e Magda Helena
(Sindilegis), abordam o deputado federal de
primeira legislatura, Hélio Lopes, do PSL/RJ.

 

 

 

Pin It

STF, legislativo e governo reafirmam unidade pró-ataque às aposentadorias

 

 

 

'Reforma' da Previdência é a principal ameaça aos trabalhadores anunciada na retomada dos trabalhos do Congresso Nacional e Supremo; considerada "fundamental" por Toffoli e meta de Maia e Alcolumbre, PEC das aposentadorias pode ser derrotada, como em 2017 e 2018, avalia direção do Sintrajud.

Sintrajud (SP)
Luciana Araujo
Ministro Dias Toffoli durante a sessão solene de abertura do Ano Legislativo (Crédito: Gil Ferreira/Agência CNJ)

As solenidades de abertura dos trabalhos no Legislativo e no Judiciário neste ano tiveram como marca o alinhamento à plataforma governamental das instituições que atuariam como freios e contrapesos para o bom funcionamento republicano. ‘Reformas’ que endurecem a relação do Estado com os cidadãos e retiram direitos são o principal “compromisso” das instituições máximas de Poder no Brasil.

Em seu discurso no último dia 1º, o ministro presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, propôs a celebração de um novo “pacto republicano” calcado em “reformas fundamentais”, como a previdenciária e a tributária. Na fala ao Congresso durante a abertura da 56ª Legislatura (2019-2020), no dia 4, Toffoli reafirmou sua visão de prioridades.

Desde a redemocratização a necessidade de mudanças estruturais no sistema de tributação brasileiro é discutida. Chefes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário também sempre ressaltam a necessidade de uma reforma tributária. No entanto, o debate não avança efetivamente por pressão das grandes corporações. Os oligopólios que não toleram a hipótese de os movimentos sociais aproveitarem a abertura de uma efetiva discussão no Congresso para questionar a regressividade do sistema tributário nacional e pautar a taxação de grandes fortunas, que existe até nos Estados Unidos, e desoneração da carga de impostos sobre consumo básico. Talvez agora o empresariado tope negociá-la porque o cenário que se desenha é de mais benesses ao capital e mais arrocho ao trabalho.

Já a Previdência e seus beneficiários foram vítimas de dez emendas constitucionais (confira aqui). Desde 1998, sucessivamente o Congresso Nacional aprovou as retiradas de direitos proposta pelos chefes do Executivo. E o Judiciário ou legitimou essas reformas ou mantém ações questionadoras da constitucionalidade das emendas sob as pilhas de processos dos ministros.

Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia (Crédito: Antônio Cruz/ABr).

Rodrigo Maia (DEM/RJ) anunciou neste dia 5 que sua meta é aprovar a ‘reforma’ em dois meses. As mudanças previdenciárias foram a base de sua plataforma eleitoral para o terceiro mandato como presidente da Câmara dos Deputados.

O senador Davi Alcolumbre (DEM/AP), em sua primeira entrevista como presidente da Casa revisora, disse pretender encerrar a votação das mudanças no sistema previdenciário em 90 dias. Importante lembrar que Alcolumbre sagrou-se presidente do Senado Federal num pleito marcado por bate-bocas e fraude – a primeira etapa da votação, posteriormente anulada, contabilizou 82 votos quando só existem 81 senadores da República. O entrevero atrasou em três dias o início do Ano Legislativo. O senador Alcolumbre também enfrenta um pedido de cassação de seu mandato pelo Ministério Público Eleitoral, por supostas irregularidades durante a campanha de 2014.

A mensagem do Executivo ao Congresso Nacional, na abertura dos trabalhos parlamentares, apontou a ‘reforma’ previdenciária como “condição central para que se estabilizem definitivamente as contas públicas do País”. Prioridade “um, dois e três” do governo federal, segundo o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre da Costa, declarou ao jornal ‘Correio Braziliense’.

Desde a emenda constitucional 19/1998 – ainda no governo Fernando Henrique Cardoso – as sucessivas ‘reformas’ são propagandeadas como mecanismo de “equilíbrio das contas”, embora a Seguridade Social sempre tenha sido superavitária. O discurso dos defensores de menos direitos previdenciários, no entanto, não muda e em todos os governos desde então houve alguma emenda previdenciária para retirar conquistas.

Desafio

“O alinhamento dos atores institucionais mostra o tamanho do nosso desafio e tarefa de enfrentar mais uma vez a ‘reforma’ da Previdência. Em 2017 e 2018 a unidade dos trabalhadores dos setores público e privado, por outro lado, impediu a votação da tentativa de ‘reforma’ do governo Temer”, ressalta Tarcisio Ferreira, servidor do TRT-2 e diretor do Sintrajud.

A minuta de proposta de emenda constitucional (PEC) “vazada” à imprensa no último dia 4 traz entre os principais ataques a retirada da Carta Magna de vários dispositivos previdenciários. O objetivo é aprovar mais facilmente a desconstitucionalização das regras para, quando for oportuno, mudá-las sempre sem precisar de votação em dois turnos com quórum de 3/5 do Congresso Nacional. Questões como idade mínima, tempo de contribuição, forma de cálculo dos benefícios, pensão por morte inferior a um salário mínimo, carência para obtenção de benefícios, entre outras, passariam a poder ser alteradas por lei complementar se a ‘reforma’ for aprovada – atingindo trabalhadores do setor privado e o funcionalismo público.

A outra mudança fundamental no sistema de aposentadorias é substituir o regime de repartição hoje em vigor por um modelo de poupança individual similar ao adotado na década de 1980 no Chile. Naquele país, passados 30 anos da ‘reforma’ imposta no governo Pinochet, 90% dos aposentados recebem o equivalente a cerca de R$ 700,00 e o Estado chileno é obrigado a reincorporar parte da população no sistema público.

Embora tenha o presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão tenham ido à mídia negar que o texto publicado em primeira mão pelo jornal ‘O Estado de S.Paulo’ seja a versão definitiva da PEC, a divulgação pareceu evidente teste de popularidade das mudanças perante o mercado e a sociedade.

Inimigo da JT na secretaria da Previdência

O governo nomeou secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia o ex-deputado Rogério Marinho (PSDB/RN), para articular a aprovação da proposta governamental no Congresso – onde deputados de partidos da própria base do governo já mostram disposição de tornar mais substancial a negociação pelo voto em favor da PEC. Relator da ‘reforma’ trabalhista aprovada em 2017, o tucano não conseguiu renovar seu mandato nas eleições gerais do ano passado.

“Agora que ele não conseguiu se reeleger, arrumaram esse posto para ele e essa tarefa de mais uma vez atacar os trabalhadores. Ele foi um dos deputados que atacaram duramente a Justiça do Trabalho quando foi relator da ‘reforma’ trabalhista”, lembra Tarcisio.

Reação nas ruas

Ato em defesa da Previdência e contra a PEC 287-A, em 19/2/2018 (Crédito: Cláudio Cammarota).

O movimento sindical, no entanto, promete não permitir que seja tão fácil aprovar o ataque às aposentadorias. Após as mobilizações unificadas de servidores, juízes, advogados e movimentos sociais contra o fim da Justiça Trabalhista, neste início de ano, a construção de lutas unitárias deve se potencializar em torno ao debate da Previdência.

Em São Paulo, sindicatos de várias categorias do setor público organizam para o dia 16 de fevereiro um encontro estadual, que acontecerá no Sindicato dos Metroviários, para debater estratégias de defesa dos direitos (inscreva-se aqui). No dia 17 acontece em Brasília o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Federais (Fonasefe). E em 20/2 as centrais sindicais realizam uma “Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora”, também na capital paulista. A atividade marca o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência Pública e Contra o Fim da Aposentadoria.

Essa jornada de mobilizações é vista como um passo importante pela diretoria do Sintrajud para organizar a retomada das lutas nas ruas em defesa da aposentadoria e dos direitos sociais. O Sindicato tem aprovada em diversos fóruns a defesa da construção de uma nova greve geral, a exemplo da que parou o país em 28 de abril de 2017. Aquele momento, considerado a maior paralisação nacional em 30 anos, foi fundamental para adiar até aqui a nova ‘reforma’ previdenciária que visa acabar com o sistema de aposentadorias estabelecido na Constituição de 1988.

O recuo posterior das grandes centrais mostrou a importância das mobilizações. Sem povo na rua, o Congresso aprovou a Lei 13.467/2017 – a ‘reforma’ trabalhista.

O papel do Judiciário

O STF em particular, como guardião da Carta Magna, deveria atentar para duas sentenças contidas no próprio discurso do ministro Dias Toffoli na abertura do Ano Judiciário : “Sem Justiça não há paz social” e “Não há Democracia sem um Poder Judiciário independente e autônomo.”

“A postura do Supremo, de assumir uma articulação política dessas, extrapola os limites institucionais de independência dos poderes e, em relação ao conteúdo das reformas, é ainda mais grave porque essas questões muito provavelmente serão objeto de questionamentos no STF. Essa postura escancara a parcialidade que a Corte assumirá quando for chamada a julgar essas matérias, quando elas forem submetidas ao crivo do Judiciário”, conclui Tarcisio.

A diretoria do Sintrajud seguirá cobrando que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e efetivados, na arena institucional e nas ruas, e que a independência e autonomia do Judiciário seja exercida para cumprir o papel de garantir os direitos sociais fundamentais previstos na Constituição. Se o movimento tomar corpo como aconteceu com a luta em defesa da Justiça do Trabalho, a direção do Sindicato avalia que é possível impor novo recuo ao governo e a ampla articulação institucional para impor uma ‘reforma’ retrógrada.

 

 

 

Pin It

Sindjus-DF defende fortalecimento da Justiça do Trabalho em Ato Nacional

Sindjus (DF)

O Sindjus-DF participou, nesta terça-feira (5/2), do Ato Nacional em Defesa da Justiça do Trabalho e dos Direitos Sociais. O Sindicato contribuiu para a promoção e organização do evento, promovido por Anamatra, ANPT, Fenajufe, Abrat e OAB.

Mais de 500 pessoas, dentre elas, servidores do Poder Judiciário e do MPU, magistrados, procuradores, advogados, parlamentares, representantes de universidades e da sociedade civil, encheram o auditório Nereu Ramos e dois plenários da Câmara dos Deputados.

Durante o ato, o coordenador-geral do Sindjus-DF e coordenador de Finanças da Fenajufe, Costa Neto, fez uso da palavra, defendendo a importância de todas as entidades trabalharem juntas para não permitir retrocessos sociais nem a retirada de direitos trabalhistas. Costa informou aos presentes que o trabalho que vem sendo desenvolvido pelas entidades do PJU e MPU em defesa da JT é crescente.

“Os ataques à Justiça do Trabalho não são ataques apenas à Justiça do Trabalho, são ataques ao Judiciário como um todo, é um ataque ao Estado, é um ataque à Democracia, é um ataque à Sociedade, é um ataque ao povo brasileiro. É nesse sentido que precisamos enfrentar essa situação, é nesse sentido que precisamos caminhar unidos com unidade absoluta, na defesa da Justiça do Trabalho, contra a Reforma da Previdência e contra outros ataques aos direitos sociais e aos direitos da classe trabalhadora”, enfatizou Costa, destacando ainda “vamos nos somar e fazer ecoar em todo o País o sentimento de repúdio à extinção do Ministério do Trabalho, ataques à Justiça do Trabalho e à Previdência Pública. O dirigente encerrou sua fala exclamando: “Viva a Justiça do Trabalho! Somos Todos Justiça do Trabalho!”

 para assistir o vídeo com a fala de Costa Neto na íntegra.

Na opinião do Sindjus-DF, o ato demonstrou de forma bastante significativa uma união histórica de forças em favor da manutenção da Justiça do Trabalho, evidenciando não só aos parlamentares, mas ao governo federal e à sociedade em geral, a importância da justiça trabalhista no desenvolvimento de uma sociedade mais justa, bem como a necessidade desse instrumento de pacificação social ser fortalecido e não suprimido ou extinto. Desde sempre, o Sindicato tem combatido os ataques sofridos pela Justiça do Trabalho, como o corte orçamentário que estrangula o seu funcionamento e prejudica a prestação jurisdicional. Esse tema é recorrente nas reuniões de Diretoria, de modo que os coordenadores estão sempre atentos e buscando meios de contribuir para o fortalecimento da Justiça do Trabalho.

Pelo Sindjus-DF, marcaram presença os coordenadores: Chico Vaz, Costa Neto, Gisele Sérgio, Hilvio, Iveraldo, Júlio Horta, Roberto Jovane, Roniel Andrade, Sônia Soares e Suely Masala. Também compareceram: Wite Vilela (ASSTJ), Epitácio Júnior (ASSEJUS), Osiel Ribeiro (ASTRIFE), Janedir Morata (ANAJUSTRA),

Discursos

O presidente da Anamatra, Guilherme Feliciano, afirmou estar absolutamente convicto de que a Justiça do Trabalho não acabará.  “O Direito do Trabalho existe para proteger o trabalhador, para trazer justiça e paz social”, conclamou o presidente da ANPT, Angelo Fabiano.

Em sua fala, o vice-presidente da OAB Nacional, Luiz Viana Queiroz, afirmou: “devemos fortalecer – e não debilitar – a Justiça do Trabalho, que constitui, ela própria, um direito da cidadania”.

O vice-procurador Geral do Trabalho, Luiz Eduardo Guimarães Bojart, explicou: “Nós não somos uma instituição politizada, somos instituições jurídicas e estamos sempre em defesa da ordem e da lei, em defesa do direito”.

A ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Delaíde Arantes, que também representou a Associação dos Juízes pela Democracia (AJD): “Não temos direito de nos omitir na defesa da Justiça do Trabalho, do Estado Democrático de Direito e da nossa democracia, conquistada com vidas, com sangue o com lutas”.

“A Abrat está afinada e confluente com o núcleo medular da República Federativa do Brasil e a prevalência dos direitos humanos. Estamos atrelados com as ideias constitucionais de igualdade”, declarou a presidente da Abrat, Alessandra Camarano.

Já o coordenador-geral da Fenajufe, José Aristeia Pereira avalia que defender a Justiça do Trabalho, é defender os trabalhadores. “Nós sabemos que o que está por trás do discurso de extinção da Justiça do Trabalho é o ataque ao conjunto dos direitos dos trabalhadores, portanto, a luta dos trabalhadores do judiciário não é uma luta corporativa, é uma luta em defesa dos direitos sociais. Vida longa à Justiça do Trabalho”.

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti, declarou: “Não se constrói um Brasil melhor sem direitos sociais, sem respeito ao trabalhador. Qualquer tipo de alteração ou reflexão que seja feita não pode passar, atropelar ou levar a zero uma conquista de 100 anos de luta do povo brasileiro”, alertou.

Representantes de outras entidades, instituições e parlamentares também fizeram uso da palavra em um ato que uniu diversos segmentos em torno da Justiça do Trabalho.

Carta de Brasília

O ato terminou com a leitura da Carta de Brasília, feita pela vice-presidente a Anamatra, Noemia Porto. O documento sintetiza as posições das entidades realizadoras do ato e do Sindjus-DF, que também assinou a carta.

A carta reforça que “a Justiça do Trabalho é dos brasileiros. A sua existência é essencial para a pacificação dos conflitos, reequilibrando as desigualdades sociais existentes”. Diz também que “a existência do Poder Judiciário Trabalhista e do Ministério Público do Trabalho é condição para a cidadania plena”. E alerta para o fato de que “o enfraquecimento do Poder Judiciário, do Ministério Público e da fiscalização do trabalho significa, na prática, a violação da garantia de acesso à jurisdição justa e ao mercado de trabalho regulado segundo padrões mínimos de legalidade, proteção e de lealdade na concorrência”.

Clique AQUI para ler a Carta de Brasília na íntegra.

Comissão do PJU e MPU

O Sindjus-DF e demais entidades integrantes da Comissão do Judiciário e do MPU composta por SINDJUS-DF, ANAJUSTRA, ASMPF, ASSEJUS, ASSTJ, ASTRIFE, ASTRISUTRA, ASSERTSE, ASCONJ, ASAJUS, ASEMPT, ASDR, ASTREDF, ASSEJUF, ASSEJUMI E ANAJUSFE também divulgaram nota pública de apoio à Justiça do Trabalho, que foi distribuída nos locais de trabalho e no Ato (leia a nota AQUI).

 

Pin It

BA: SINDJUFE-BA promove debate sobre Assédio Moral na Justiça Militar

 

 

 

Como parte das atividades programadas para o mês de Fevereiro, o SINDJUFE-BA traz para os/as filiados/as da Capital o debate itinerante sobre Assédio Moral com a professora Petilda Vazquez (especialista no assunto). O evento será realizado hoje, quinta-feira, 7/02, às 13h no prédio da secretaria da Justiça Militar do Estado.

O debate itinerante que já foi levado para diversas Subseções do Interior faz parte de uma série de ações que o sindicato realiza em prol da saúde do/a servidor/a e combate ao assédio moral. A palestrante Petilda Vazquez é especialista em Relações de Trabalho pela Universidade de Madison/EUA com atuação nas áreas de Relações de Trabalho, Democracia, Assédio Moral, Saúde, Segurança de Trabalho etc.

 

SERVIÇO: 

O que? PALESTRA ITINERANTE SOBRE ASSÉDIO MORAL

Quando? DIA 07/02 (quinta), ÁS 13H 

Onde? NO AUDITÓRIO DA JUSTIÇA MILITAR DA BAHIA (secretaria)

 

 

 

Pin It

SINDJUFE-BA participa do Ato Nacional em Defesa da Justiça do Trabalho nesta terça (5)

 O dia 5 de fevereiro (terça-feira) será mais um passo dado de mãos dadas na trincheira da defesa da JT.

O SINDJUFE-BA estará representado pela coordenadora Aldacy Pinho e pelo filiado Romeu Cordeiro, que se somará aos demais presentes ao  Ato Nacional em Defesa da Justiça do Trabalho, em Brasília convocado pela Fenajufe, Anamatra, Coleprecor, OAB, ANPT e ABRAT. 

O SINDJUFE-BA, segue assim na sua irremovível decisão de impedir o fechamento do Órgão e chama a todos e todas a se integrarem nessa pauta de importância vital para os trabalhadores brasileiros. 

 Repetimos aqui as palavras de Luiz Alberto Vargas do TRT4-RS para o site extraclasse org; 
“Se tira o espaço da Justiça do Trabalho, se enfraquece o sindicato e tira atribuições que o próprio sindicato tinha, esse trabalhador vai para onde? Parece que a ideia é de uma desregulamentação e de uma desproteção do trabalhador em toda a linha. Esvaziamento das instituições.” 

O Ato Nacional em Defesa da Justiça do Trabalho acontece na terça-feira, 5 de fevereiro, a partir das 14 horas em Brasília, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados.

 

 

 

Pin It

Sitraemg fará ato em BH na defesa dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários

Centrais sindicais, sindicatos, associações, movimentos sociais e outras entidades, juntos, contra essa política do governo de retirada de direitos da população.

Sitraemg

 

O SITRAEMG convida todos os servidores do Judiciário Federal em Minas Gerais para o ato público que será realizado na próxima terça-feira (05/02), às 17 horas, na Praça Sete, em Belo Horizonte.

O ato está sendo organizado pelo Movimento em Defesa dos Direitos Sociais, Trabalhistas e Previdenciários e tem como pauta as seguintes bandeiras: em defesa do serviço público, do Ministério do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Justiça do Trabalho, dos direitos sociais e das estataiscontra a Reforma Previdenciária e a PEC 300/2016, e de protesto pelo crime ambiental e trabalhista de Brumadinho, ocorrido na última sexta-feira (25), com o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, da Vale, que já registrou, até a noite dessa quarta-feira (30), 99 mortes, 259 desaparecidos e destruição ambiental que envolve devastação de matas e poluição do rio Paraopeba e córregos da região, além de regiões ribeirinhas.

Panfleto

O Movimento em Defesa dos Direitos Sociais, Trabalhistas e Previdenciários envolve as centrais sindicais, sindicatos (incluindo o SITRAEMG), associações, movimentos sociais e outras entidades da sociedade civil. O objetivo do ato é pressionar os três poderes para que se voltem para a população e, assim, conseguir impedir que vá à frente essa pauta avassaladora de retirada de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, e contra o meio ambiente, que já vem de décadas e foi intensificada a partir do governo Temer. Temer fez de tudo para aprovar a reforma das reformas na Previdência, mas não conseguiu graças à forte pressão da classe trabalhadora. Mas uma outra pauta contra os trabalhadores vem, aos poucos, se concretizando: primeiro, com a aprovação da lei das terceirizações sem limites, depois da Reforma Trabalhista, no atual governo com a extinção do Ministério do Trabalho; e Bolsonaro também já anunciou que pretende acabar com a Justiça do Trabalho, o que abre ameaça, automaticamente, também ao fim do Ministério Público do Trabalho. E pouca gente tem conhecimento da PEC 300/2016, que, se aprovada, ferirá de morte o direito do trabalho e as leis trabalhistas, prevendo, entre outras perdas irreparáveis, o fim das férias e do 13º salário, e, por conseguinte, um esvaziamento ainda maior da Justiça do Trabalho.

Vislumbra-se, portanto, o desmonte total do serviço público e dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários.

Mais do que nunca é hora de reagir. Antes que seja tarde. Todos ao ato público da próxima terça-feira (05/02), às 17 horas, na Praça Sete, em BH.

IMG_6183 - Copia

Reunião do Movimento realizada na sede do SITRAEMG, no dia 24 de janeiro

Pin It

Sindjus-DF se reúne com entidades para organização do ato em defesa da JT

Sindjus (DF)

Nessa quarta-feira (30/01), na sede da Anamatra, o Sindjus-DF participou de reunião conjunta com outras entidades organizadoras do Ato Nacional em Defesa da Justiça do Trabalho, que será realizado no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, no dia 05 de fevereiro, a partir das 14h. Participaram pelo Sindjus-DF os coordenadores-gerais Abdias Trajano e Costa Neto, que também representou a Fenajufe juntamente com Adilson Rodrigues e Gláucio Luiz. Presentes também Guilherme Feliciano, Paulo da Cunha e Janaína Demboski (Anamatra), Ângelo Costa e Helder Amorin (ANPT), e Alessandra Camarano (ABRAT).

O objetivo da reunião foi discutir detalhes sobre o formato do ato, bem como estratégias para sua realização.

O ato tem quatro pilares, sendo eles os seguintes: (1) são falsas as alegações de que a Justiça do Trabalho existe somente no Brasil; (2) a Justiça do Trabalho não deve ser “medida” pelo que arrecada ou distribui, mas pela pacificação social que promove; (3) a Justiça do Trabalho tem previsão constitucional e não pode ser suprimida por iniciativa do Executivo ou do Legislativo; e (4) a supressão ou absorção da Justiça do Trabalho representaria grave violação à cláusula constitucional e convencional de vedação do retrocesso social.

O Sindjus-DF aproveita para reforçar a convocatória aos servidores do Poder Judiciário e do MPU no Distrito Federal, destacando a importância de unirmos forças para mostrar à sociedade a importância e necessidade da Justiça do Trabalho para o país. Servidores, magistrados, membros do MPU e advogados estarão juntos na mesa de abertura do evento. O Sindicato oferecerá transporte para os interessados, saindo do TRT-10, Varas Trabalhistas/PRT da 513 Norte e do TST para o Congresso Nacional. 

 

 

Pin It

SINDJUFE-BA manifesta seu pesar e estado de LUTO pela tragédia em Brumadinho/MG

 

 

 

Sindjufe (BA) 

O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal da Bahia – SINDJUFE vêm a público manifestar o seu pesar e profundo estado de luto diante do terrível acontecimento na tarde do dia 25/01/2019, na cidade de Brumadinho/MG.

É preciso lembrar que mesmo após 3 anos do rompimento da barragem de Mariana/MG, nada de efetivo foi feito pela mineradora responsável por aquele rompimento de barragem. Pelo contrário, famílias atingidas por aquela tragédia ainda não foram devidamente reparadas e ninguém foi ainda responsabilizado. A sociedade brasileira mal se recuperou daquela tragédia e outra veio em proporção ainda maior. O rompimento da barragem de Brumadinho, sob a responsabilidade da mineradora Vale, representa a maior tragédia de acidente de trabalho do século XXI, em decorrência de um evidente descaso da empresa para com a inspeção na Segurança do Trabalho e das estruturas das barragens. 

Mais uma vez fica evidenciada a primazia do lucro fácil e rápido dos investidores e acionistas, em detrimento da segurança, da vida  e do bem-estar dos trabalhadores e comunidades vizinhas a essas barragens, bem como do total descaso para com o meio ambiente. A política da empresa privatizada, de maximizar lucros ao custo da negligência em relação aos cuidados com os trabalhadores e com as comunidades do entorno, mostram o lado cruel da sanha de acumulação a qualquer custo.
Além da evidente tragédia humana, esse desastre sócio-ambiental deixa um enorme número de mortos e desaparecidos, além de uma grande quantidade de famílias desabrigadas e outras com suas plantações totalmente destruídas.  

Além de gerar uma forte comoção e indignação no povo brasileiro, o episódio lança ainda grandes temores quanto ao futuro, pois tanto o governo Bolsonaro quanto o governador mineiro defendem, há longo tempo, o afrouxamento da fiscalização ambiental e das condições de trabalho no país. O Ministro do Meio Ambiente é pessoa claramente identificada com as mineradoras. Tudo isso nos faz questionar se medidas efetivas para evitar a repetição dessas tragédias serão tomadas, ou se apenas assistiremos a primazia dos lucros dos acionistas sobre as vidas humanas. 

O panorama fica ainda mais preocupante, quando constatamos que o cenário atual é de ampla retirada de direitos dos trabalhadores, bem como de tentativas de desmonte do serviço público, especialmente daqueles setores que tem como função a fiscalização do trabalho/meio ambiente e os que zelam pelo cumprimento dos direitos dos trabalhadores. 

O SINDJUFE-BA vem prestar total solidariedade às famílias das vítimas deste crime, bem como às demais comunidades atingidas, ao tempo em que denuncia o discurso falacioso de que a manutenção da legislação trabalhista, da Justiça do Trabalho, da fiscalização ambiental e do trabalho, vão de encontro ao crescimento do país. O Brasil passou muitos dos anos recentes apresentando excelentes níveis de emprego, com a CLT e a Justiça do Trabalho cumprindo o seu papel de garantidores dos direitos dos trabalhadores e os fiscais realizando livremente o seu trabalho. Querer acusar as estruturas que defendem os direitos dos trabalhadores de serem causadoras de problemas para o país é uma grande mentira, que revela interesses gananciosos, falta de respeito, ausência de comprometimento com vidas humanas e total inobservância de normas que visam garantir a preservação do meio ambiente e da segurança de trabalho. Que este crime não fique impune ou caia no esquecimento, como vinham fazendo com o caso de Mariana-MG. 

O SINDJUFE-BA se solidariza com os atingidos e se perfila ao lado de todo aqueles que exigem punição exemplar para a empresa e seus administradores. Exigindo, também, uma reparação rápida e justa para as vítimas.

 

 

 

Pin It

Ato em defesa da Justiça do Trabalho reúne mais de 500 em Campinas

 

 

 

Sindiquinze 

Mais de 500 pessoas, entre servidores, magistrados, advogados e trabalhadores em geral, participaram hoje, dia 29 de janeiro, do ato público em defesa da Justiça do Trabalho e dos Direitos Sociais em frente ao Fórum Trabalhista de Campinas. O evento durou cerca de 2 horas e no final foi lida a

“Carta de Campinas” (confira a íntegra abaixo) pelo Desembargador Lorival Ferreira dos Santos, ex-presidente do TRT-15. Balões azuis do Movimento em Defesa da Justiça do Trabalho tomaram os céus de Campinas e, em seguida, o hino nacional foi executado. 

Representando as entidades organizadoras do ato, discursaram e fizeram a defesa enfática da Justiça do Trabalho o Presidente do Sindiquinze, Zé Aristéia, a Presidente da Amatra XV, juíza Patrícia Maeda, o advogado José Antonio Cremasco, da Associação dos Advogados Trabalhistas de Campinas (AATC), e o Procurador do Trabalho Everson Rossi, da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT). Também falaram no evento o Presidente da Anamatra, Guilherme Guimarães Feliciano, os desembargadores do TRT-15 Francisco Alberto da Motta Peixoto Giordani e Jorge Luiz Souto Maior, o advogado Caio Augusto Silva dos Santos, presidente da OAB-SP, o coordenador do Cesit/Unicamp, Denis Maracci Gimenez, o advogado Vinícius Cascone, que representa diversos sindicatos de Campinas e região, e o diretor do Sintrajud, Fabiano dos Santos, entre outros. 

Entre as centrais sindicais e sindicatos com representantes estiveram a CUT (SP e Campinas), CTB, Intersindical, Conlutas, Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicato dos Químicos Unificados, e a Associação Juízes para a Democracia. 

Junte-se à luta contra o fim da Justiça do Trabalho e também em todas as suas redes sociais usando a #emdefesadaJusticadoTrabalho. No dia 5 de fevereiro, terça-feira, às 14h, o Sindiquinze e as entidades participarão do Ato Nacional em Defesa da Justiça do Trabalho, em Brasília, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. 

 

CARTA DE CAMPINAS 

As entidades abaixo relacionadas, ligadas ao Direito do Trabalho, à Justiça do Trabalho, ao Ministério Público do Trabalho, à advocacia trabalhista, à auditoria-fiscal do trabalho e às representações de trabalhadores e trabalhadoras, que atuam em Campinas e região, reunidas neste ato que está integrado ao Movimento em Defesa dos Direitos Sociais e da Justiça do Trabalho, vêm a público para rechaçar, com bastante vigor e consciência, quaisquer tentativas que sirvam à imposição de um retrocesso social, jurídico e democrático em nosso país. 

Temos a firme convicção de que os direitos trabalhistas e as instituições voltadas à sua aplicação não nos pertencem, vez que, de fato, representam conquistas históricas da sociedade brasileira, e, em especial, daqueles que dependem da venda de sua força de trabalho para sobreviver, sendo o resultado de inúmeras lutas e sacrifício. 

Mas reconhecemos que é nossa obrigação, como profissionais e cidadãos, defender esses direitos e buscar a sua plena efetividade, o que só é possível fazer, com eficiência, por meio das instituições aqui reunidas e, sobretudo, com a Justiça do Trabalho. 

Compreendemos que essa obrigação nos foi impingida pela Constituição Federal, que, como decorrência de um grande pacto social, consagrou os direitos trabalhistas como direitos fundamentais, e o fez, exatamente, para que não se tivesse o risco de que, por qualquer pretexto, se tentasse retornar à época em que o trabalho era explorado sem limites e em que as condições de trabalho eram desumanas, onde também grassavam as discriminações e os preconceitos, sem qualquer tipo de prevenção e punição jurídica. 

Preconizamos que a responsabilidade histórica e o dever de respeitar as obrigações jurídicas constitucionais impedem que se possa, por vontade particular de quem quer que seja, que se negue a um trabalhador, por exemplo, os direitos à sindicalização, à limitação da jornada de trabalho, ao intervalor para refeição e descanso; ao descanso semanal remunerado, às férias anuais, às normas de proteção de sua saúde e integridade moral no ambiente de trabalho, além do acesso à justiça... 

Percebemos, ao longo de anos de atuação, que a efetiva aplicação desses direitos é essencial para obstar o sofrimento no trabalho e evitar ou reduzir os riscos de acidentes de trabalho, que vitimam centenas de pessoas a cada ano, sendo mais que claro que é na Justiça do Trabalho, com a intervenção de todas as entidades aqui presentes, que essas pessoas, cujos direitos não sejam respeitados, podem exercer a cidadania e resgatar a sua dignidade. 

Acusamos que é um enorme desvio histórico tratar direitos fundamentais como privilégios. 

E sabemos, por meio da verificação de experiências históricas bastante dolorosas, ao que se chega com a busca de lucros a qualquer custo, a negação do conhecimento e a ausência de assunção e imputação de responsabilidades.

Concebemos, portanto, que é obrigação de todos os cidadãos e mais ainda dos profissionais que atuam com o Direito garantir, pela justa aplicação das leis e da Constituição Federal, que se promova um retorno social e econômico minimamente digno pelo trabalho realizado e que as trabalhadoras e trabalhadores brasileiros sofram menos riscos à sua saúde e à sua segurança. 

O que queremos é que os ambientes de trabalho não produzam vítimas. Mas se vítimas existirem, tentaremos entregar o que lhes pertença por direito, sendo essencial para isso a preservação e o aprimoramento das instituições jurídicas e da experiência democrática, pela qual se possibilitem as tão necessárias mobilizações sociais, populares e de trabalhadores e trabalhadoras. 

Proclamamos que assim o faremos em obediência ao nosso dever funcional e por ser esta uma questão de solidariedade, de humanidade e respeito!

 

 

 

 

 

 

Pin It

São José dos Campos tem ato em defesa da JT e dos Direitos Sociais

Sindiquinze

O Fórum Trabalhista de São José dos Campos recebeu no início da tarde da segunda-feira, 28 de janeiro, um ato público em defesa da Justiça do Trabalho e dos Direitos Sociais. O Diretor do Sindiquinze, Sidney Vieira Bento, em parceria com entidades associativas e sindicais de magistrados, procuradores, servidores, operadores do direito e da sociedade civil, ajudou a organizar o ato.

No panfleto distribuído no evento, os organizadores resumiram a defesa enfática da justiça trabalhista. “Não aceitamos a retirada de direitos do trabalhador. Repudiamos a declaração do presidente Bolsonaro quando mencionou a extinção da Justiça do Trabalho. Ela é amparo para todo cidadão trabalhador que, muitas vezes, tem seus direitos desrespeitados”.

Junte-se à luta contra o fim da Justiça do Trabalho na sua cidade e também em todas as suas redes sociais usando a #emdefesadaJusticadoTrabalho.

Nesta terça-feira, dia 29 de janeiro, a partir das 10h, o Sindiquinze participará, em conjunto com várias entidades, do ato público em defesa da Justiça do Trabalho e dos Direitos Sociais em frente ao Fórum Trabalhista de Campinas.

 

Pin It

Entidades se reúnem em ato em defesa da Justiça do Trabalho em Fortaleza

Manifestação aconteceu de forma pacífica em oposição às ameaças de desmonte

 
Sintrajufe (CE)
 
Na manhã da segunda-feira (21), membros da diretoria do Sintrajufe/CE e servidores da Justiça Federal no Ceará estiveram presentes no Ato em Defesa da Justiça do Trabalho. A concentração aconteceu no Fórum Trabalhista Autran Nunes, no centro de Fortaleza. Estiveram reunidas centrais sindicais, associações, OAB, e juristas em geral.
 
A manifestação ocorreu de forma pacífica em oposição às recentes declarações do governo federal, que criticou a atuação da Justiça do Trabalho no país, afirmando "excesso de proteção" e defendendo a atuação da justiça comum no caso de ações trabalhistas, durante primeira entrevista do presidente concedida ao SBT.
 
NOTA DE REPÚDIO
 
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal no Ceará volta a afirmar sua total discordância aos argumentos que têm sido usados para justificar uma possível extinção da Justiça do Trabalho do sistema judicial brasileiro, entendendo sua importância como instrumento garantidor de direitos sociais fundamentais instituídos com fulcro nos artigos 6º a 11 da Carta Magna de 1988, bem como previstos em tratados da Organização Internacional do Trabalho e da Convenção Americana de Direitos Humanos, todos ratificados pelo ordenamento jurídico do Brasil, precisa ser fortalecida e jamais extinta como se pretende.
 
Caso se torne factível, a supressão ou mesmo uma suposta incorporação da Justiça do Trabalho à Justiça Federal, configuraria uma violência ao princípio da dignidade humana, desamparando judicialmente milhares de trabalhadores, bem como representaria contrariedade ao interesse público e grave violação à Constituição Federal, expressamente nos termos do art. 60, § 4º, inciso IV.
 
Ressalte-se, ainda, a reflexão de que a discussão relativa à polarização existente entre frentes de direita e de esquerda apenas enfraquece a luta diante da ameaça de desmonte. Toda a classe trabalhadora, independente de seu posicionamento político individual, poderá ser duramente prejudicada. Saliente-se a importância da união entre forças sindicais e associativas junto à população para que se possa fortalecer a luta em defesa da garantia constitucional do acesso à Justiça.
 

 

 

 

Pin It

Sindjus-AL conquista o restabelecimento do pagamento integral do auxílio-alimentação ao servidor do TRT

 

Sindjus (AL)

 

 

 

O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Alagoas (Sindjus-AL), por meio da Assessoria Jurídica, conquistou o restabelecimento do pagamento integral do auxílio-alimentação do servidor do TRT-AL, e a não restituição de valores cobrados pelo Tribunal, Processo nº: 0810616-51.2018.4.05.8000.

 Em razão dos problemas de saúde que o acometem, o servidor do TRT-AL passou a laborar seis horas diariamente desde agosto de 2018, conforme indicação da Junta Médica Oficial do Tribunal. No entanto, a Administração do órgão fez uma interpretação equivocada da Resolução Administrativa TRT 19ª nº 74/2016 (que fixou a jornada de trabalho de sete horas diárias para todos os servidores), entendendo que o servidor só estaria trabalhando cinco horas diárias, ocasionando a redução do seu auxílio-alimentação em 50%, bem como a cobrança de retroativos.

O advogado Clênio Pachêco Franco Junior esclareceu que a redução do trabalho em duas horas levou em conta a jornada de oito horas diárias, e não a jornada de sete horas. “Desde a concessão do redutor, sua carga horária diária é de seis horas de trabalho, fazendo jus à integralidade do auxílio-alimentação”, explica.

 O juiz federal Ricardo Luiz Barbosa de Sampaio, da 13ª Vara Federal em Alagoas, deferiu “a tutela de urgência postulada, determinando o restabelecimento do pagamento integral do auxílio-alimentação do autor, bem como a imediata suspensão da decisão do PROAD 4153/2018, evitando-se qualquer desconto em folha a título de ressarcimento da referida verba”.

 

 

 

 

Pin It

Entidades alagoanas mostram união no ato em defesa da Justiça do Trabalho

Sindjus (AL)

As entidades de servidores do Judiciário Federal e do MPU, de advogados e magistrados do Trabalho reafirmaram a união no Ato Público em defesa dos direitos sociais e da Justiça do Trabalho, realizado na segunda-feira (21), em frente ao prédio das Varas do Trabalho de Maceió.

A manifestação em defesa da Justiça do Trabalho foi realizada em todos os estados do Brasil, contra a declaração do presidente Jair Bolsonaro, de que sua equipe estuda a criação de projeto de lei, objetivando a extinção da Justiça do Trabalho, caso haja clima.

O ato público contou com a participação de representantes da Amatra 19, da Anamatra, da Asstra 19, da AATAL, da OAB/AL, da Caixa de Assistência da OAB, do Sindjus-AL, do Sindicato dos Advogados de Alagoas, da Atrial, do MPT, do Sindagro, da ANPT, do Sinait, de populares.

Durante as intervenções, o presidente da Amatra 19, Nilton Beltrão Albuquerque Júnior, destacou a importância da realização do ato público para defender a Justiça do Trabalho contra a ameaça de extinção. Ele disse que a Justiça do Trabalho é a pacificadora entre o capital e trabalho.

O representante da Anamatra Valter Pugliesi alertou sobre a campanha contra a Justiça do Trabalho. “São repassadas informações falsas, que têm o objetivo de destruir o ordenamento da Justiça do Trabalho”, disse, destacando que a Justiça é parcial e visa a proteção dos direitos dos trabalhadores.

Carlos Henrique, da AATAL, disse que é inviável a extinção da Justiça do Trabalho. Revelou também que com a reforma trabalhista, foi reduzido os direitos, houve mais desemprego, maior número de acidentes de trabalho e adoecimento de trabalhadores.

Somando-se às intervenções dos representantes, a advogada Priscila de Barros, da AATAL, também defendeu a mobilização das entidades, afirmando que os trabalhadores precisam da Justiça do Trabalho.

O presidente da OAB-AL, Nivaldo Barbosa, destacou que todos devem sair com a missão de proteger os direitos sociais. “Se não disseminarmos essa preocupação, a Justiça pode ser extinta, e isso levará o colapso da Justiça. Estaremos vigilantes. Vamos levar essa consciência à sociedade”, defendeu.

Ednaldo Maiorano, da OAB-AL, também declarou que a vigília deve ser constante, diante da importância da Justiça do Trabalho para a sociedade.

Agamenon Conde, do Sindicato dos Advogados de Alagoas, enfatizou a preocupação com a ameaça de extinção da especializada. “Toda a sociedade brasileira deve estar preocupada. Devemos nos engajar cada vez mais nessa luta. Esse poder da Justiça do Trabalho só faz o bem a sociedade”.

Basile Christopoulos, membro da Atrial, também ressaltou a importância do sentimento de união das entidades para combater o projeto de extinção dos direitos sociais e trabalhistas.

O Procurador-chefe da PRT/AL, Rafael Gazzaneo Junior, repudiou a atitude do presidente do TST que tentou desestimular a realização do ato. “Esse ato singelo é um pontapé contra a extinção da Justiça do Trabalho. Vamos continuar com a vigília em defesa da Justiça do Trabalho, que cumpre o seu papel e protege a parte mais fraca. Aqui é a justiça de desempregados”, disse.

O coordenador Geral do Sindjus-AL, Paulo Falcão, lembrou que o prédio das Varas do Trabalho é o quilombo de luta dos servidores do Judiciário Federal. Ele também criticou a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que o trabalhador terá que escolher entre ter direito sem emprego ou emprego sem direito. “Sabemos que a caneta não vai acabar com a Justiça do Trabalho, mas as atitudes, como a reforma trabalhista, a Emenda Constitucional 95, de congelamento dos gastos públicos, a extinção do Ministério do Trabalho”, alertou.

Ao final do ato público, todos os participantes deram um abraço simbólico no prédio das Varas do Trabalho.

Pin It

Sindjuf/SE defende Justiça do Trabalho em ato organizado por diversas entidades

 

 

 

Sindjuf (SE) 

A semana começou com mobilização e luta em defesa da Justiça do Trabalho. Em parceria com o TRT20 e diversas entidades, o Sindjuf/SE participou do Ato em Defesa dos Direitos Sociais e da Justiça do Trabalho. A manifestação acontece neste dia 21 de janeiro em várias partes do país e com o apoio de diferentes instituições e classes trabalhadoras. 

O ato, no hall do fórum trabalhista, contou com a presença de servidores, magistrados, procuradores, advogados e usuários. A desembargadora presidente do TRT, Vilma Amorim, abriu o evento, destacando a importância de valorizar a Justiça do Trabalho e de sensibilizar a sociedade quanto ao seu papel e relevância. 

Em todo o evento, os participantes refutaram todas as alegações usadas em favor do fim da Justiça do Trabalho. Em sua fala, o coordenador-geral do Sindjuf/SE, Gilberto Melo, indagou sobre os reais interesses por detrás disso. “Essa bandeira está sendo levantada sob o argumento da geração de empregos e de que há diversas interpretações jurisprudenciais internas, que causariam insegurança jurídica para o empregador. Sabemos que isso é falso. Vemos as consequências da Reforma Trabalhista: não diminuiu o desemprego, aumentou a informalidade. A diversidade de interpretações na JT é similar à de outros ramos, sendo que o maior fator de instabilidade recente vem da própria reforma, já que é repleta de ilegalidades, inconstitucionalidades e contradições”, contrapôs. 

Em seguida, continuou: "o argumento de morosidade no julgamento dos processos também não se sustenta. Na verdade, entre os raoms do Judiciário, o trabalhista é o mais ceélere. O sindicalista fez questão de lembrar também que, pelo menos no âmbito da 20ª região, a maioria das reclamatórias ajuizadas diz respeito à falta de pagamento das verbas rescisórias e horas extras por parte dos empregadores. Isto é, se o patrão cumprisse a lei, não haveria número tão grande de processos. 

PEC 300

Outro assunto muito preocupante e que fez parte dos discursos foi a PEC 300. A proposta, de autoria do deputado Mauro Lopes (MDB-MG), visa, entre outras alterações, dificultar ainda mais o ingresso do empregado na Justiça do Trabalho. O texto propõe mudanças nos prazos de reclamação. Para ingressar com uma ação, o trabalhador teria o prazo de apenas três meses (atualmente, é de dois anos) e poderia reclamar somente os últimos dois anos (hoje, esse período é de cinco anos). 

Tal PEC vem incrementar a série de ataques contra os trabalhadores e os direitos sociais. Para a Justiça do Trabalho, a PEC 300 representa um esvaziamento de sua competência; para o trabalhador, um medo ainda maior de buscar seus direitos. 

É por isso que o ato de hoje, 21, deve ser apenas o início de uma jornada de luta incansável de trabalhadores e instituições que fazem valer direitos conquistados ao longo da história. Para o juiz Carlos João Góis Júnior, que falou em nome da Amatra 20, não é tempo de omissão, mas de união. “Fala-se em despesas da Justiça do Trabalho. A Justiça do Trabalho não é para dar lucro, mas para promover a pacificação social. A Amatra 20 vem reafirmar o compromisso de lutar contra a desconstrução do direito do trabalho e da Justiça do Trabalho. Esta que é uma ferramenta de cidadania e a última trincheira do trabalhador, onde ele encontra a segurança de ter seu direito respeitado”, afirmou. 

Também participou do Ato, o advogado da Fenajufe e representante da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), César Brito. Para ele, a Justiça do Trabalho é benéfica para todos, empregado e empregador. “É nosso dever fazer com a justiça seja para todos. Temos que proteger o empregado, mas também o bom empregador contra o mau empregador, porque estes lucram propositadamente, e se não houver uma justiça para igualizar direitos, eles continuarão explorando e lucrando”, frisou. 

Ofício do TST

Diante da mobilização nacional em defesa da manutenção da Justiça do Trabalho e dos direitos sociais, o presidente do TST, ministro João Batista Britto Pereira, enviou ofício aos tribunais, avisando ter “conversado pessoalmente” com o presidente Jair Bolsonaro e que este teria assegurado que “não cogita em qualquer plano ou projeto acerca de alteração constitucional envolvendo a Justiça do Trabalho”. 

Apesar da tentativa, não houve desmotivação em torno do engajamento das instituições, sindicatos e associações. Em Aracaju, o movimento contou com a participação, além do Sindjuf, de: Ministério Público do Trabalho, Amatra 20, OAB/SE, Abrat, Assat, Mati e Astra. O ato teve adesão ainda de sindicatos, como o Sindjus (servidores da Justiça estadual), Seeb (bancários), Sindiscose (servidores em Conselhos e Ordens de Fiscalização) e Sindipetro (trabalhadores da Petrobas). 

Para finalizar a manifestação, os participantes deram um abraço simbólico no prédio do fórum trabalhista.

Mais fotos do ato podem ser acessadas AQUI.

 

 

 

Pin It

afju fja fndc