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Sindicatos

Sindjufe (BA) firma contrato com empresa especializada em captação de convênios para filiados

Por Sindjufe (BA)

O SINDJUFE-BA acaba de fechar contrato com uma grande carteira de convênios. A empresa “Design Brasil Negócios & Convênios”, com especialidade em captação de convênios para sindicalizados, já atua em outras regiões do nordeste. Com esta parceria, haverá uma ampliação na rede conveniada nas áreas: educação, cursos preparatórios, clubes, academias, restaurantes, escolas de idiomas,  faculdades, empreendimentos imobiliários, serviços automotivos, salões de beleza, turismo e hotelaria etc.

O objetivo é abrir o leque dos diversos segmentos econômicos e oferecer descontos diferenciados para atender os filiados de Salvador e RMS, e em seguida levar os benefícios para o interior do estado.

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Fake news aumentaram trabalho dos servidores da Justiça Eleitoral

 

 

 

Disseminação de boatos gerou desconfiança dos eleitores e prejudicou planejamento dos cartórios.

Sintrajud (SP)
Hélio Batista Barboza

A disseminação de fake news, fenômeno que marcou as eleições deste ano, aumentou o trabalho dos servidores da Justiça Eleitoral. Em meio à avalanche de boatos, multiplicaram-se notícias que punham em dúvida o funcionamento e a confiabilidade das urnas eletrônicas e até a honestidade dos próprios servidores.

O discurso do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que passou a questionar a votação eletrônica quando decidiu disputar a Presidência embora tenha sido eleito para quatro mandatos parlamentares sem questionar o mecanismo, levou muitos eleitores a também desconfiarem dos equipamentos e do sistema utilizado pela Justiça Eleitoral. Para os mais exaltados, pouco adiantaram os pronunciamentos da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, e de outros ministros do STF sobre a segurança das urnas.

Entre as queixas mais comuns, houve quem reclamasse que os equipamentos fechavam a tela de votação antecipadamente, que não computavam os votos, que completavam de forma automática o número digitado ou que a foto do candidato não aparecia. O Estado de São Paulo teve 812 urnas substituídas no segundo turno, o maior número do país. No primeiro turno, foram 232. Em todo o Brasil, o número de urnas substituídas (4.333) representou apenas 0,83% do total.

“Cada reclamação dos eleitores gerou uma demanda maior de trabalho, que prejudicou o planejamento do trabalho dos cartórios”, disse o servidor Luiz Felipe Marques, chefe de cartório em São José dos Campos. Ele contou que foi preciso fazer um expediente ao juiz eleitoral para cada uma das reclamações. O juiz, por sua vez, determinou a realização de auditorias, após o primeiro turno, em todas as urnas questionadas.

“Nessas eleições houve um cuidado maior, mais trabalho para tranquilizar a população”, declarou o servidor. Feitas as auditorias, ele também precisou notificar os partidos políticos, a OAB, o Ministério Público e a imprensa sobre os resultados das verificações.

A desconfiança fez ainda com que alguns eleitores acionassem a polícia e houve policiais que tentaram se sobrepor à autoridade do presidente da seção eleitoral. De acordo com relatos de servidores, policiais se recusavam a ficar do lado de fora dos locais de votação. “Após o primeiro turno, foi preciso reforçar as orientações para a Polícia Militar”, disse Luiz Felipe.

Incidentes mais graves ocorreram em Sorocaba, onde uma escola sofreu depredação na véspera do segundo turno e teve dez urnas quebradas. Em outra escola no mesmo município, a fiação elétrica foi cortada, mas as urnas funcionaram graças às baterias internas. Foi também em Sorocaba que duas servidoras da Justiça Eleitoral sofreram agressões verbais em uma padaria, ainda durante os preparativos para o primeiro turno.

O Sintrajud protocolou requerimento junto à Administração do TRE para se manifeste sobre a agressão sofrida pelas servidoras em Sorocaba, e para que fosse assegurada a segurança dos trabalhadores durante o segundo turno. O Sindicato voltará a cobrar respostas da Administração sobre as medidas tomadas.

Horas extras

Devido ao trabalho adicional provocado pelas fake news, o Conselho de Representantes de Cartórios Eleitorais negociou com a administração do TRE uma adequação no regime de horas extras para esta eleição. “Pedimos um aumento do limite diário de horas extras em alguns dias antes da eleição, sem ultrapassar o limite mensal”, explicou Juliana Freire dos Santos chefe de cartório eleitoral em São José do Rio Preto e integrante do Conselho.

O limite de horas extras determinado pelo Tribunal se deve às restrições orçamentárias impostas pela Emenda Constitucional 95/2016, a emenda do teto de gastos. Neste ano, o TRE anunciou que pagará de imediato aos servidores 50% das horas extras. A outra metade dependerá das sobras orçamentárias e o que não puder ser pago em dinheiro será contabilizado em banco de horas.

Juliana aponta uma melhora em relação a eleições recentes, quando o pagamento imediato das horas extras foi limitado a 35%. No passado anterior ao teto de gastos, porém, os servidores chegaram a receber 100% das horas extras logo após o pleito.

Historicamente o Sindicato defende o pagamento integral das horas extraordinárias trabalhadas, mais um dos motivos para a luta pela revogação da Emenda Constitucional 95, que impõe o teto de gastos ao orçamento primário até 2036.

Atualizada em 30/10/2018 às 17h08.

 

 

 

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Bolsonaro diz que vai conversar com Temer para tentar aprovar reforma da Previdência

Menos de 24h após eleito, Bolsonaro fala em aprovar às pressas em 2018 a PEC 287, que torna a aposentadoria difícil ou impossível para maioria.

Sintrajud (SP)
Hélcio Duarte Filho

Menos de 24 horas após ser eleito o próximo presidente da República, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) disse que entrará em contato com o presidente Michel Temer (MDB) para tentar aprovar a reforma da Previdência. Ele disse que conversará com o presidente Temer para tentar aprovar na íntegra ou ‘ao menos parte’ da reforma da Previdência ainda em 2018, antes de assumir o cargo.

Bolsonaro, como já sinalizavam alguns membros de sua equipe e apoiadores, quer aprovar a reforma para evitar o desgaste de tal medida logo no início de seu governo. Pesquisas de opinião vinham indicando, ao longo do ano, que a PEC 287 é extremamente impopular e rejeitada por mais de 70% da população. A Proposta de Emenda Constitucional 287 tramita na Câmara dos Deputados desde 2016.

Caso aprovada, adiará ou inviabilizará o direito à aposentadoria para milhões de brasileiros. Além disso, resultará na redução total o parcial de benefícios e do valor de quem conseguir se aposentar. A proposta já passou pelas comissões especial e de justiça. Está pronta para ser levada a voto no Plenário da Câmara dos Deputados, de onde, sendo aprovada, seguirá para o Senado Federal.

A declaração foi dada em entrevista ao vivo à TV Record, na segunda-feira (29), dia seguinte às votações do segundo turno. Recém-eleito, ele passou o dia gravando entrevistas para órgãos de comunicação da mídia comercial. Além da TV Record, falou ainda à TV Globo, ao Jornal da Band, ao SBT e à Rede Vida. A afirmação com relação à Previdência ocorreu na TV Record, que pertence ao bispo Edir Macedo, fundador da igreja evangélica Universal. Macedo declarou publicamente apoio a Bolsonaro. Foi o primeiro veículo a quem o presidente eleito concedeu entrevista e onde esteve por mais tempo, 33 minutos. Bolsonaro disse que as conversas neste sentido já começaram. “Muitos partidos vieram conversar comigo”, afirmou.

Em outra recente declaração, a poucos dias do segundo turno, ele disse que a reforma da Previdência precisa ser aprovada, mas que isso só seria possível caso realizado em etapas e com mudanças paulatinas. Também vinha alegando que a proposta enviada pelo presidente Temer ao Congresso Nacional era ruim justamente por ser abrangente demais e, com isso, ser alvo da campanha organizada pela esquerda.

Na entrevista à Record, no entanto, não escondeu que gostaria de aprovar a proposta na íntegra. “Semana que vem estaremos em Brasília e tentaremos junto ao atual governo de Michel Temer aprovar alguma coisa. Senão toda a reforma da Previdência, ao menos parte, para evitar problemas para um futuro governo”, disse.

‘Ame-o ou deixe-o’

Ao “Jornal Nacional”, da TV Globo, Bolsonaro disse que a declaração sobre expulsar os militantes de esquerda e ativistas do país se referia a “dirigentes do PT e do PSOL”, e fora dada no calor da manifestação na Av. Paulista. No domingo (21), uma semana antes da votação do segundo turno, o capitão reformado do Exército ameaçou em discurso expulsar do país ou colocar na cadeia militantes de esquerda, ativistas sociais e sindicalistas, caso não recuassem de suas atividades militantes. Bolsonaro classificou essas atividades de militância política como ilegalidades. As ameaças foram associadas, nas redes sociais, ao slogan trabalhado pela ditadura empresarial-militar na década de 1970 com ares de patriotismo: “Ame-o ou deixe-o”.

O discurso foi transmitido via internet a apoiadores que se concentravam na Av. Paulista. A transmissão partiu de sua casa, um condomínio na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Pausadamente, vestindo uma camiseta, Bolsonaro quase soletra as palavras, interrompendo-as algumas vezes para fazer sinais às manifestações dos apoiadores, aos quais observava por meio da tela de um celular exibido por um assessor. O modo como fez o discurso, longe de aparentar declarações intempestivas, demonstra que ele fora previamente decorado ou estava sendo repassado por meio de um ponto de áudio no ouvido.

Militantes de partidos de esquerda, de organizações sociais e de sindicatos estão convocando manifestações em vários estados para a tarde desta terça-feira (30). Pretendem demonstrar que, entre o exílio e a cadeia, há ainda a opção de organizar as mobilizações para defender direitos sociais, trabalhistas e democráticos.

Diante das ameaças às liberdades democráticas, o coletivo LutaFenajufe produziu materiais e notas nas quais alertava para o que representa um futuro governo de Jair Bolsonaro para a já limitada democracia brasileira, para os serviços públicos, para os direitos sociais, trabalhistas e previdenciários.

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SITRAEMG vai ao STF contra a EC 95/2016

A entidade é contra o congelamento salarial dos servidores, que será ainda mais rigoroso com a medida.

Sitraemg (MG)

O SITRAEMG ingressou como amicus curiae na Ação Direta de Inconstitucionalidade 5658, perante o Supremo Tribunal Federal, contra a Emenda Constitucional nº 95/2016. No geral, na tentativa de equalizar as finanças públicas, a emenda congela os investimentos públicos, uma vez que cria um teto de gastos limitado ao índice inflacionário do período anterior. Em resumo, os autores dessa ação alegam que tal limitação viola o voto direto, secreto, universal e periódico, o princípio democrático, bem como direitos e garantias individuais por causar retrocesso social.

A intervenção do representante dos servidores se fez necessária para que o STF também discuta os prejuízos específicos da categoria, uma vez que a Emenda Constitucional prevê como “sanções” para o descumprimento do teto estabelecido, entre outras, a proibição de reajustes, incluída a revisão geral anual, a vedação de criação de cargos, de realização de concursos públicos ou de alteração de estrutura de carreira que gere aumento de despesas.

Segundo o advogado Rudi Cassel, “a intervenção luta contra a inconstitucional tentativa de suspender o cumprimento de leis de carreira aprovadas e publicadas, pois isso viola a segurança jurídica e o direito adquirido. Ademais, não bastasse a indevida ingerência sobre a autonomia dos demais órgãos para reajustar salários, a Emenda Constitucional tenta mitigar o direito constitucional à revisão geral anual, previsto justamente para assegurar um salário minimamente digno, motivo pelo qual se fez necessária a intervenção para que o STF impeça essa irregularidade”.

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São Paulo: Violência política já atinge servidores do Judiciário Federal

Trabalhadores já foram agredidos por serem servidores públicos, por manifestarem posicionamento eleitoral e até por sua orientação sexual; à reportagem, entrevistados mostraram preocupação com resultado eleitoral e cenário a partir de 2019

Luciana Araujo

No processo eleitoral mais polarizado desde ao menos a redemocratização do país, colegas do Judiciário Federal também estão sofrendo as consequências do clima de violência política contra o qual o Sindicato tem se manifestado.

Um dos episódios mais recentes que chegaram ao conhecimento do Sindicato aconteceu na última sexta-feira (19 de outubro) na cidade de Sorocaba. Duas servidoras da 342ª Zona Eleitoral estavam em uma padaria da cidade encomendando lanches para o plantão do dia do segundo turno das eleições (o próximo dia 28). Ao comentar que o pagamento seria feito por meio de cheque administrativo da Justiça Eleitoral e seria necessário emissão de nota fiscal, outro cliente do estabelecimento interferiu na conversa já de forma agressiva.

“Um rapaz que estava com a esposa e a filhinha atravessou a conversa e começou a nos agredir verbalmente e a mulher começou a filmar com o celular, falou que queria saber de que zona éramos, que ia colocar na internet. Nós respondemos, mantendo a compostura, que ela poderia colocar, mas foi uma situação muito chata. Minha chefe tem quase 30 anos de Tribunal e falou ‘estou para me aposentar e ter que passar por uma situação dessas’. Só quando tentamos falar com o juiz ao telefone é que eles foram arrefecendo. Mas foi uma situação tensa, os clientes da padaria ficaram nervosos, foi super chato. Nessa situação toda estamos muito visados”, conta a servidora Patrícia Antunes.

Ela confirmou à reportagem que a motivação política do ataque ficou evidente no conteúdo das falas do agressor. “Vocês esquerdistas, vermelhas, essas coisas. Foi bem desagradável. A gente está até evitando usar a camiseta das eleições porque no dia estávamos com roupa normal e por ele ter escutado a nossa conversa aconteceu isso. Ficamos muito chateadas”, relatou.

“Isso nunca tinha acontecido. Nem no final do alistamento ou da revisão, que a gente passou aqui, mesmo as pessoas com ânimos exaltados, nem se compara com agora. Não só pelo fato de sermos da Justiça Eleitoral, mas de sermos servidores públicos. O jeito que o rapaz falava era como se se entendesse como nosso patrão e que tínhamos que obedecer e fazer o que ele queria. Falamos para ele que não estávamos fazendo nada de errado, que prestamos contas, mas ele não queria ouvir. Minha chefe até comentou: ‘a gente vê esses relatos na mídia e pensa ‘ah, não, isso não está acontecendo’. Mas aconteceu com a gente. Ficamos tão surpresas. Então, realmente está acontecendo. Como vimos no caso da ministra Rosa Weber. Se chegou nela, que dirá em nós”, relata Patrícia, que é analista judiciária há onze anos, já tendo servido no Tribunal, na cidade de Carapicuíba e que há oito anos atua na Justiça Eleitoral em Sorocaba.

Homofobia

No dia 26 de setembro, um servidor do TRT-2 relatou em seu perfil numa rede social ter sido vítima de homofobia na esquina das ruas Paim e Frei Caneca, na região da Avenida Paulista, na capital. “Jogaram uma pedra em mim e gritaram: ‘Viado tem que apanhar!’, escreveu. “O mero vislumbre da eleição daquela pessoa já está dando segurança a esse tipo de gente, imagine o que sua vitória não fará! A pedra não me atingiu, mas pior já foi feito com minhas irmãs e irmãos trans, com jovens gays e bissexuais, com pessoas que são apenas diferentes”, prosseguiu o jovem oficial de justiça.

Na última semana ao menos três travestis foram mortas por pessoas que as atacaram nas ruas de grandes cidades, duas na região do Arouche, em São Paulo, e uma em Aracaju (Sergipe), gritando palavras de ordem contra homossexuais e o nome do candidato líder nas pesquisas.

Num vídeo publicado posteriormente, o servidor relata que sofreu um segundo ataque. “Apoiadores daquele candidato pegaram suas bandeiras e apontaram como armas para mim e meus amigos como se fossem nos metralhar”, disse.

No dia 22 deste mês, no fórum da Justiça do Trabalho em Praia Grande, ainda antes da abertura do atendimento, o balcão da 1ª Vara foi pichado com a inscrição “6 tudo viado”.

“Daí você está trabalhando, tentando dar o seu melhor com os demais colegas em prol dos trabalhadores que já tiveram seus direitos preteridos, quando uma colega vem até você comunicar a ocorrência de um crime”, relatou num grupo da categoria o diretor de Secretaria, Elton Teixeira Rocha. Ele ressaltou no grupo e em conversa com a reportagem que “pode parecer pouco, mas é um crime de ódio”.

O servidor demandou formalmente apuração do episódio e foi verificado pelo sistema de câmeras de monitoramento do fórum que o ato foi praticado às 10h30. Somente após o encaminhamento a apuração de responsabilidades a pichação foi apagada. “Poderíamos somente apagar a agressão (como fizemos depois para que ninguém fosse obrigado a ler esse tipo de absurdo), mas preferimos registrar o fato e solicitar providências, pois todos nós, trabalhadores e trabalhadoras do Judiciário, fomos agredidos”, relatou Elton no grupo de WhatsApp da região.

Ele é servidor do TRT-2 desde 2011, já tendo atuado em Santos, e afirma nunca ter passado por esse tipo de situação. “Considerei um absurdo, uma afronta, mesmo que não tenha sido direta. E no atual contexto, em que pessoas defendem abertamente o fechamento de instituições, pregam o descrédito nas instituições, principalmente do Judiciário, além de legitimar agressões às minorias, não podemos nos calar. Parece pouco, mas começa assim, e depois perde-se o controle”, ressalta.

A homofobia é uma violação de direito fundamental e vai contra o inciso XLI do artigo 5º da Constituição Federal, que estabelece que “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”. No Estado de São Paulo, a Lei 10.948/2001 dispõe que “será punida, nos termos desta lei, toda manifestação atentatória ou discriminatória praticada contra cidadão homossexual, bissexual ou transgênero”. O diploma legal estabelece no inciso I do artigo 1º que para os efeitos da lei, são considerados atos discriminatórios “qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica”.

Ataque político

Lembrando os tempos do Macartismo – prática de ataques políticos sem provas e perseguição a divergentes dos conservadores norte-americanos, inspiradas pelas ideias do senador Joseph McCarthy, na década de 1950 nos Estados Unidos – por vezes a mera divulgação de posicionamento político tem sido causa de agressões.

Servidora da Justiça Federal em Bauru recém eleita diretora de base do Sintrajud em seu local de trabalho, Cátia Machado foi uma das vítimas desse tipo de ataque. Ela compôs a música #EleNão para os atos convocados por movimentos de mulheres no dia 29 de setembro, e junto com amigos produziu um clipe da canção (assista aqui). Ao publicar o vídeo em sua rede social recebeu uma onda de ataques.

“Lancei o vídeo na minha página pessoal, até porque não tenho página artística, e comecei a receber uma enxurrada de críticas. Por serem na minha página pessoal, para preservar meus filhos e minha família apaguei mais de cem comentários que iam desde críticas à minha aparência e à música a ofensas”, relata Cátia. Mas o que a levou a se dispor a contar o ocorrido à reportagem do Sintrajud foram calúnias, ameaças e desqualificações. “Coisas como me acusar de ‘ser beneficiada pela Lei Rouanet’ [que possibilita a artistas com projetos selecionados por meio de editais captarem recursos para projetos culturais junto a empresas que podem deduzir as doações do imposto de renda]. Sendo que o vídeo que fizemos é colaborativo, nada a ver com a Rouanet. Mas os piores comentários eram os que me chamavam de vagabunda, comunista, traziam críticas destrutivas. E muitos eram postagens da #B17”, conta.

O papel do Sindicato

Outros relatos de violência chegaram ao Sindicato por parte de servidores que preferiram não publicizar as violações sofridas com receio de exposição. Inclusive de colegas trabalhadores do Judiciário Federal em outros Estados.

Uma servidora de quem preservamos a identidade relatou à reportagem que chegou a sofrer duas ameaças. “Me constrangeram por duas vezes. Até hoje não dormi uma noite inteira sequer. Tenho uma amiga atriz que foi chamada de vagabunda, de puta de esquerda. Ela estava num coletivo e passou por uma manifestação pró-Bolsonazi. Você acredita que ela apenas olhou com pesar para um casal com duas crianças e foi tratada com tamanha hostilidade?!? Ela inclusive relatou que a mulher foi a mais cruel. E ela sequer tinha um bottom ou boné, mas usa piercing e é tatuada. Entregou ser de esquerda com o olhar”, contou.

A preocupação com o cenário de violência política, conceito adotado pela Organização das Nações Unidas para caracterizar violações de direitos associadas à participação de cidadãos no debate público ou em cargos de representação, apareceu em todas as entrevistas realizadas pela reportagem do Sintrajud. Foi comum ouvir dos servidores que se a situação está como tem sido reportado em veículos jornalísticos e presenciado pelos próprios colegas neste momento, há um receio de que piore no próximo período.

Por vezes servidores questionam quando o Sintrajud publica reportagens sobre o processo eleitoral, ou por ter sido aprovado nos fóruns da categoria posicionamento contra as ameaças de ruptura institucional que têm sido propagadas no último período. Alguns colegas questionam se não seria uma “partidarização”.

Embora os posicionamentos de toda a categoria sejam respeitados pela direção do Sindicato, a gestão tem um compromisso com o estatuto da entidade, que coloca a defesa das instituições democráticas como “finalidade precípua”. O Sintrajud organizou todas as lutas necessárias contra os ataques promovidos pelos governos petistas: greves contra a reforma da Previdência de Lula, mobilizações contra as mudanças nas regras de concessão de pensões feitas por Dilma, as lutas contra o Funpresp, por reposição salarial, pela derrubada do veto ao PLC 28/2015, entre outras. Em editorial publicado na edição 579 do Jornal do Judiciário a direção do Sindicato reafirma que o posicionamento assumido nesta reta final do processo eleitoral em curso tem como único motor a defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores. E parte desse compromisso é não silenciar diante de situações como esta.

O diretor do Sindicato e servidor do TRT-2 Fabiano dos Santos ressalta que “esse processo eleitoral não é um processo dentro da normalidade democrática, haja visto que uma das candidaturas defende explicitamente valores que atentam contra a democracia, como a ditadura e a tortura. Também desrespeita a democracia ao pregar a supressão das oposições, declarando inclusive que não haverá espaço para ativismo, que é parte da atuação democrática dos movimentos sindicais de trabalhadores, como é o caso do próprio Sintrajud. Isso sem falar no discurso de ódio às diferenças, sejam de gênero, sexualidade ou raça”, conclui.

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Reflexão do Sindjuf/SE sobre o Dia da Democracia

 

 

 Dia da Democracia, uma reflexão 

Hoje, 25 de outubro, é comemorado no Brasil o Dia da Democracia. Todo dia é dia da democracia, mas, especialmente este ano, não poderíamos deixar de frisar a importância dessa data. Estamos a três dias do segundo turno das eleições, estas que, sem dúvidas, ficarão gravadas na nossa história, marcadas pela fortíssima polarização e pela intensa participação das redes sociais no processo eleitoral. É grande a expectativa de uma profunda mudança – para o bem ou para o mal – no país após esse pleito. 

Apesar do clima de eleição no ar, é preciso lembrar que democracia não se resume ao voto. Para além do seu conceito – regime político que assegura a todos os cidadãos direitos iguais nos processos de tomada de decisão pública – democracia é uma atitude que ultrapassa as fronteiras dos governos e pode e deve estar presente em todos os âmbitos de nossas vidas. Democracia se faz com a participação de todos, todos os dias. 

A nossa, tão jovem ainda, 33 anos, tem muito o que aprender para crescer e se firmar como modelo político que permeia a ação de todos os brasileiros. Vale dizer que o dia 25 de outubro foi escolhido para celebrar a democracia no Brasil em razão do assassinato do jornalista Vladimir Herzog, nesta data em 1975. Herzog morreu numa sessão de tortura no DOI-CODI (Destacamento de Operações Internas - Comando Operacional de Informações do II Exército). A morte do jornalista provocou a primeira reação popular contra os excessos do regime militar de 1964, tornando-se um marco na luta pela redemocratização do Brasil. 

Sindjuf (SE)

 

 

 

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Sindjus-AL publica nota em defesa dos servidores do Judiciário e do Estado Democrático de Direito

Sindjus (AL)

O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Alagoas (Sindjus-AL) publicou nota em defesa dos servidores do Judiciário e do Estado Democrático de Direito. Na nota, o Sindicato destaca os servidores da Justiça Eleitoral, que vêm sendo reiteradamente atacados e colocados em dúvida a credibilidade do seu trabalho, citando também a declaração do filho do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), de que “se quiser fechar o STF, basta mandar um soldado e um cabo” que deixou claro o risco às instituições brasileiras.

“Diante da violência e fragilidade da Justiça Eleitoral nas eleições, o Sindjus-AL repudia a criminalização aos movimentos sociais e às minorias, manifestando-se contra o preconceito, o autoritarismo, a incitação ao ódio, as falsas notícias disseminadas nas redes sociais, bem como a declaração do referido presidenciável pela extinção dos sindicatos, que busca enfraquecer o Estado Democrático de Direito e dos direitos humanos, que foram conquistados através das lutas da classe trabalhadora”, revela a nota. 

Nota do Sindjus-AL: 

Por respeito aos servidores do Judiciário, ao Estado Democrático de Direito e contra o autoritarismo 

O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Alagoas (Sindjus-AL) se soma a inúmeras organizações de trabalhadores para exigir respeito aos servidores do Judiciário e ao Estado Democrático de Direito, em destaque aos servidores da Justiça Eleitoral, que vêm sendo reiteradamente atacados e colocados em dúvida a credibilidade do seu trabalho. 

A declaração do filho do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), de que “se quiser fechar o STF, basta mandar um soldado e um cabo” deixou claro o risco às instituições brasileiras. Diante da violência e fragilidade da Justiça Eleitoral nas eleições, o Sindjus-AL repudia a criminalização aos movimentos sociais e às minorias, manifestando-se contra o preconceito, o autoritarismo, a incitação ao ódio, as falsas notícias disseminadas nas redes sociais, bem como a declaração do referido presidenciável pela extinção dos sindicatos, que busca enfraquecer o Estado Democrático de Direito e dos direitos humanos, que foram conquistados através das lutas da classe trabalhadora.

O Sindjus-AL reafirma sua luta em defesa do Estado Democrático de Direito; pela revogação da EC 95, que congelou por 20 anos os investimentos no Setor Público; pela revogação da Reforma Trabalhista, que extinguiu os direitos trabalhistas e engessou a Justiça do Trabalho, a qual corre risco de extinção; contra a Terceirização, que precarizou relações de trabalho e já atinge o Setor Público; contra a Reforma da Previdência, que retira o direito à aposentadoria dos trabalhadores; pela manutenção da estabilidade, que garante ao servidor público independência na sua atuação. 

Unidos em defesa da democracia, no combate à retirada de direitos e ao autoritarismo.

 

 

 

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Em reunião com o SINDJUFE-BA, o corregedor aceita prorrogar correição

Sindjufe (BA) 

Na tarde de ontem (22), a coordenadora do SINDJUFE-BA, Denise Carneiro se reuniu com a corregedoria do TRE-BA, representado pelo desembargador Edmilson Jatahy Fonseca, o assessor Victor Araújo e o Secretário da corregedoria, Ronaldo da Silva. Denise falou sobre as inúmeras providências  pré e pós eleições, com déficit de servidor, principalmente no interior do estado e destacou que os servidores não são contra a correição, mas que as tensões desse período estão muito além do normal.

Em uma discussão construtiva, o órgão não concordou em adiar até a diplomação, mas prorrogou por uma semana, e isentou as zonas de elaborarem lista de processos, que era a principal reivindicação dos colegas. O pedido do sindicato foi feito após solicitação dos servidores. 

Após a reunião, o assessor da Corregedoria se comprometeu ainda a inflamar às zonas o roteiro da coleta de processos que vai do dia 05/11 até  09/11 para que elas se programem com mais tempo.

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Nota do Sindjuf-PA/AP em defesa dos trabalhadores da Justiça Eleitoral

 

 

 

EXIGIMOS RESPEITO AOS TRABALHADORES DA JUSTIÇA ELEITORAL  

O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal nos Estados do Pará e Amapá, Sindjuf-PA/AP, manifesta seu repúdio às falsas notícia divulgadas acerca da confiabilidade e segurança das urnas eletrônicas nestas eleições e que põem em cheque a qualidade e seriedade do trabalho desenvolvido pelos servidores da Justiça Eleitoral, uma vez que o processo de preparação, votação e apuração dos votos é gerenciado pelos servidores lotados nas Zonas Eleitorais de todo país.

A divulgação de Fake News gera desinformação, desconfiança e compromete a credibilidade do trabalho desenvolvido pelos servidores da Justiça Eleitoral, que se dedicam no preparo das eleições, desenvolvendo uma grande logística para que elas transcorram de forma transparente, segura e com o menor número possível de incidentes. A quem deve interessar tudo isso?

A internet é o principal espaço de divulgação dessas notícias, que se espalham rapidamente porque seus autores utilizam manchetes em destaque cujo objetivo é potencializar ainda mais a circulação dos boatos, prejudicando, por meio de mentiras, todo o processo eleitoral com acusações despiciendas a candidatos e partidos. É o que vem acontecendo nestas eleições, onde esse tipo de recurso é utilizado para disseminar boatos e inverdades em grande escala na rede, alcançando milhões de usuários na tentativa de influenciar a intenção de voto dos eleitores. Tais atitudes interessam, certamente, a quem não tem o menor apreço e respeito pela democracia e tenta tirar partido de um ambiente de medo e insegurança, o que é bastante grave.

A integridade das urnas foi posta à prova durante os Testes Públicos de Segurança realizados entre 2009 e 2012, assim como as auditorias realizadas recentemente pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de Minas Gerais, do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e de São Paulo que confirmaram a integridade, confiabilidade e segurança das urnas eletrônicas. Além disso, há diversos mecanismos de auditoria e verificações que podem ser efetuados por candidatos e coligações, pelo Ministério Público (MPE), pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo próprio eleitor para exercer de forma efetiva sua cidadania, além da votação paralela que é realizada no dia das eleições em todos os tribunais.

Refutamos as mentiras acerca das supostas fraudes eleitorais provocada a partir da urna eletrônica, pois além do árduo esforço dos trabalhadores da Justiça Eleitoral, ela utiliza o que há de mais moderno em termos de segurança da informação.

É graças à seriedade, dedicação e ao trabalho dos trabalhadores da Justiça Eleitoral que o Brasil conseguiu desenvolver uma logística eleitoral de excelência, que a cada eleição vem se refinando e garantindo agilidade e segurança no processo de votação e totalização dos votos.

Os trabalhadores e colaboradores da Justiça Eleitoral cumprem o seu papel e merecem respeito!

 

 

 

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SINDJUFE-BA solicita do TRE-BA, mais segurança para os envolvidos na eleição

 

 

 

SINDJUFE/BA

Na segunda-feira (15), o SINDJUFE-BA protocolou expediente no TRE-BA solicitando que a Corte invista mais na segurança dos trabalhadores envolvidos no processo eleitoral e também dos eleitores que estejam no interior das unidades no dia das eleições.

O pedido se deu considerando os graves acontecimentos registrados no período eleitoral, desde ameaças, insinuação de fraudes, agressões físicas ou não, assassinato, eleitor adentrando armado a zona de votação etc.

Mais: pediu também que as Cortes eleitorais façam notas contundentes sobre a lisura do processo e que todos os candidatos devem respeitar os resultados. 
"Solicitamos esse posicionamento devido aos registros de violência motivadas pelas eleições, e as afirmações do candidato Bolsonaro sobre a possibilidade de que os funcionários fraudem o resultado do processo eleitoral,  e inclusive essa fala originou uma Nota de Repúdio do sindicato, exigindo respeito aos trabalhadores da Justiça Eleitoral." falou a coordenadora Denise Carneiro.

O SINDJUFE-BA segue acompanhando e atento à lisura desse processo e comprometido com a segurança dos trabalhadores envolvidos.

 

 

 

 

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Bahia: Em AG, categoria aprova Resolução sobre posição no 2° turno das eleições

SINDJUFE-BA 

Na tarde da última quinta-feira (18), trabalhadores/as do Poder Judiciário Federal se reuniram em Assembleia Geral na sede administrativa do SINDJUFE-BA, devidamente convocada e cumprindo o "rodízio de assembleias", para discutir as seguintes pautas: 1- o 2° Turno e o Serviço Público 2 - As Eleições Sindicais e 3 -  parecer 2017 do Conselho Fiscal.

A Assembleia Geral foi precedida de um debate sobre o Fascismo no Brasil e o Direitos dos Servidores Públicos. O palestrante convidado foi o professor da UFBA, Henrique Saldanha.

O professor explanou sobre o risco do desmonte do Estado e do serviço público, da anulação dos movimentos de enfrentamento, da retirada de direitos dos trabalhadores e da diminuição da capacidade destes com a ascensão do Fascismo no Brasil. Segundo especialistas, este fenômeno é mundial, mas não ocorre de forma tão grave quanto no Brasil nesse momento. 

Após o debate, todas as falas saíram em defesa dos interesses dos trabalhadores do PJU, traduzida em lutas e campanhas a serem encampadas pela categoria no 2° turno das eleições. Em votação, foi aprovada com apenas 3 votos contrários e duas abstenções, a Resolução dos Trabalhadores em relação à disputa no 2° turno e a agenda de atividades.

Essa Resolução será assinada pelos trabalhadores/as do PJU na Bahia, e todos os custos das atividades também aprovadas, como panfletos, adesivos etc., serão custeados exclusivamente por cada servidor que desejar contribuir, sem custo para o sindicato. 

Cumprindo decisão da Assembleia, o  SINDJUFE-BA convoca os servidores para participar das atividades ali aprovadas e reafirma a importância da união da categoria neste momento tão emblemático para a história do País.

Colegas do interior assistiram a Assembleia e votaram online. 

 

Eleições Sindicais e Parecer do Conselho Fiscal 
Quanto à eleição sindical, a coordenadora Denise Carneiro informou estar oficialmente aberta o procedimento para eleição da Comissão Eleitoral, o que deve ocorrer na próxima Assembleia. A partir dali é a Comissão que coordenará o processo que elegerá a nova diretoria da Entidade com mandato partir de março de 2019.

O último ponto da pauta relacionado ao Parecer do Conselho Fiscal, ficou consensuado para ser pautado na próxima Assembleia. 

 

 

 

 

 

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Servidor do TRE-RS grava vídeo sobre segurança das urnas eletrônicas; Sintrajufe/RS atua em defesa da Justiça Eleitoral e dos servidores

 

 

 

 

Na última sexta-feira, 12, o servidor Luís Fernando Schauren, da secretaria de Tecnologia da Informação do TRE-RS, publicou, em seu perfil no Facebook, um vídeo no qual esclarece dúvidas comuns a respeito do funcionamento das urnas eletrônicas utilizadas nas eleições brasileiras. A gravação do vídeo foi estimulada pelas recentes notícias falsas espalhadas a respeito da segurança das urnas e pelos ataques que alguns candidatos têm feito à Justiça Eleitoral.

Na última semana, o deputado estadual pelo Rio Grande do Sul Marcel Van Hattem (Novo), recém eleito deputado federal, defendeu a extinção do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Somou-se, assim, a declarações dadas pelo candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), que reiteradamente tem colocado em dúvida a segurança das urnas e a confibilidade da Justiça Eleitoral como um todo. Na tentativa de deslegitimar e desacreditar as instituições, Bolsonaro, Marcel e outros políticos que seguem nessa direção demonstram desrespeito à democracia e, especificamente, aos trabalhadores da Justiça Eleitoral. Esse tipo de declaração, presta, ainda o desserviço de colocar parte da população contra a Justiça Eleitoral e insuflar os ânimos de quem não respeita a democracia e as decisões do povo.

O Sintrajufe/RS tem buscado, juntamente com a categoria, combater esses ataques. Por isso, na recente rodada estadual de assembleias de base, esse tema foi pauta no Anexo da Justiça Eleitoral e no TRE Duque. Nos dois casos, os colegas se mostraram preocupados com a situação, que gera, inclusive, riscos à própria integridade física dos servidores. A partir dessas conversas com os colegas, o sindicato levou a discussão a reunião realizada nesta segunda-feira, 15, com a Presidência da Justiça Eleitoral quando cobrou ações da administração no sentido de defesa da instituição e de seus trabalhadores.

No vídeo que gravou para combater a desinformação, Luís Fernando Schauren trata de diversos pontos relacionados à segurança da votação, esclarecendo que não é possível alterar os votos na transmissão ou na totalização dos resultados, graças ao Boletim de Urna: o resultado da votação é impresso antes da geração dos arquivos para transmissão (documento público); cópia dos Boletins de Urna processados são publicados na internet; dados do processamento são distribuídos aos partidos políticos; permite aos partidos a totalização paralela dos votos; eleitores têm aplicativo para conferir os dados da sua seção ou de quantas quiser; assim, é impossível que uma possível fraude nessa etapa não seja detectada. Passo a passo, colega explica como funciona o Boletim de Urna e como acessá-lo e conferir os resultados.

Ao Sintrajufe/RS, Schauren falou sobre sua iniciativa de esclarecimento à população: "em tempos de viralização das chamadas fake news, onde se compartilha videos e notícias sensacionalistas sem a devida checagem dos fatos, a desinformação é a maior ameaça à sociedade. Especificamente no caso da Justiça Eleitoral, a tentativa de desqualificar o trabalho sério de milhares de servidores e juízes Brasil afora, baseado em supostas denúncias de fraude ou teorias conspiratórias, tem sido utilizada como plataforma de campanha nessa eleição através de uma gigantesca campanha de mídia digital. O prejuízo à democracia é enorme. Muitos eleitores já não acreditam na Justiça Eleitoral. Para resolver esse problema, urge que se tome providências no combate às fake news, mas também é importante esclarecer à população como se dá o funcionamento do voto eletrônico, de forma didática e com linguagem acessível, na tentativa desfazer os grandes mitos relacionados à fraude nas urnas".

Veja AQUI a íntegra do vídeo. 

 

 

 

 

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Sintrajusc: Assine petição direcionada a Dias Toffoli em defesa da data-base

Encontra-se à disposição, na internet, um abaixo-assinado (petição pública) organizado pelo Sintrajud (Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo) e direcionado ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffolli, com o apelo para que a instância máxima da Justiça brasileira assegure aos servidores do PJU o direito constitucional da data-base. 

De forma mais detalhada, o abaixo-assinado insta o STF a se manifestar, com a máxima urgência, em relação aos seguintes pontos pertinentes à questão: 1) retomada urgente dos trabalhos da Comissão Interdisciplinar; 2) garantia da revisão anual de salários e reconhecimento do direito à indenização por seu descumprimento; 3) aprovação do Projeto de Lei do Senado 228/2018, que tipifica como crime de responsabilidade a omissão do Executivo no envio ao Poder Legislativo da proposta de revisão geral anual da remuneração e do subsídio dos agentes públicos.

Um dos trechos do documento diz o seguinte:

“Mais de 11 milhões de trabalhadores esperam ver a Corte Suprema fazer valer a Constituição Federal de 1988, após mais de 20 anos de desrespeito à garantia constitucional, com explícito objetivo de evitar a perda do poder aquisitivo. Urge a retomada do respeito à Carta Magna, historicamente vilipendiada”.

O documento pode ser assinado por qualquer servidor do Judiciário Federal. Depois de atingido número substancial de assinaturas, ele será encaminhado ao presidente do Supremo Tribunal Federal.

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Sintrajufe (RS): Conheça as propostas de Bolsonaro e Haddad para o serviço público

   


No dia 28 de outubro, iremos escolher o próximo presidente da República. Na disputa, estão Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). Os programas de governo e declarações dos candidatos e de seus assessores mais próximos permitem traçar um panorama sólido do que podemos esperar de cada um, em possíveis governos, no que se refere ao setor público. No levantamento apresentado a seguir, apresentamos as visões das duas candidaturas em relação ao Estado, aos servidores públicos e a temas estruturais em pauta nos últimos meses – a Emenda Constitucional 95/2016, a reforma trabalhista e a reforma da Previdência.

“Teto de gastos” (Emenda Constitucional 95/2016, que promoveu um congelamento real de gastos sociais por vinte anos)

Fernando Haddad (PT), vice Manuela D'Ávila (PCdoB)

Em seu programa de governo, Haddad afirma que irá propor, “por todos os meios democráticos, inclusive por referendos e plebiscitos, a revogação da Emenda Constitucional 95, que limita por vinte anos os investimentos e as políticas públicas capazes de gerar desenvolvimento”.

Jair Bolsonaro (PSL), vice Hamilton Mourão (PRTB)

No programa de governo que apresentou, Jair Bolsonaro não fala a respeito da Emenda Constitucional 95. Como deputado federal, votou a favor da Emenda.

Reforma trabalhista

Haddad

O candidato defende, em seu programa de governo, a revogação da reforma trabalhista, “que precariza o trabalho e retira direitos históricos da classe trabalhadora”, “substituindo-a pelo Estatuto do Trabalho, produzido de forma negociada”. De acordo com o programa, o Estatuto do Trabalho estará “em linha com as novas exigências de organização da produção do futuro com mais produtividade. Para tanto, será promovida a reformulação e ampliação do sistema de formação ao longo da vida laboral dos trabalhadores, capaz de integrar no novo sistema de formação e aprendizagem as distintas linhas atualmente existentes. Ao mesmo tempo, a sua operacionalização contará com a valorização de sindicatos e associações de trabalhadores e empresários na orientação da preparação para a qualificação profissional. Também fará parte a reorganização dos fundos sociais existentes para criar uma nova política de proteção durante a vida laboral dos trabalhadores”, além de um “salário mínimo forte” e de um “amplo debate sobre as condições necessárias para a redução da jornada de trabalho”.

Bolsonaro

Como deputado, Bolsonaro votou a favor da reforma trabalhista apresentada por Michel Temer (MDB). Defende o que chama de "modernização" da legislação trabalhista, prometendo criar uma nova carteira de trabalho, verde e amarela. De acordo com a proposta, cada trabalhador "poderá escolher entre um vínculo empregatício baseado na carteira de trabalho tradicional (azul) – mantendo o ordenamento jurídico atual –, ou uma carteira de trabalho verde e amarela (onde o contrato individual prevalece sobre a CLT, mantendo todos os direitos constitucionais)". Para os sindicatos, Bolsonaro propõe a permissão legal para a escolha entre sindicatos, viabilizando uma “saudável competição” entre eles.

Previdência

Haddad

O programa de Fernando Haddad critica a reforma da Previdência proposta por Temer e defende a necessidade de manutenção da integração da Previdência com a Seguridade Social: “Nosso compromisso primordial para assegurar a sustentabilidade econômica do sistema previdenciário é manter sua integração, como definida na Constituição Federal, com a Seguridade Social. Rejeitamos os postulados das reformas neoliberais da Previdência Social, em que a garantia dos direitos das futuras gerações é apresentada como um interesse oposto aos direitos da classe trabalhadora e do povo mais pobre no momento presente. Já mostramos que é possível o equilíbrio das contas da Previdência a partir da retomada da criação de empregos, da formalização de todas as atividades econômicas e da ampliação da capacidade de arrecadação, assim como do combate à sonegação”. Em entrevistas, Haddad tem defendido mudanças na Previdência que levem a um regime único para servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada.

Bolsonaro

Em seu programa de governo, diz que "reformas serão necessárias tanto para aperfeiçoar o modelo atual como para introduzir um novo modelo" e que pretende introduzir "um sistema com contas individuais de capitalização", pelo qual os trabalhadores poderão optar. No dia 13 de outubro, em uma entrevista, Bolsonaro afirmou que “se eu for presidente, em 2019 a gente vai votar uma reforma nossa da Previdência”. A possibilidade de avanço da reforma da Previdência de Temer ainda em 2018 em caso de vitória de Bolsonaro também foi levantada ao longo da campanha por interlocutores tanto do candidato do PSL quanto do atual presidente (Paulo Guedes, por exemplo, coordenador do programa econômico de Bolsonaro, defendeu a necessidade da reforma da Previdência para “anteontem”).

Servidores públicos e Estado

Haddad

O programa de Haddad defende “investir na profissionalização e valorização do serviço público”, com uma “política de recursos humanos para o setor público que leve em consideração, de modo articulado e orgânico, as etapas de seleção, capacitação, alocação, remuneração, progressão e aposentadoria. É crucial associar a gestão das atividades profissionais e funções no setor público à ampliação da capacidade de prestar serviços de forma cada vez mais simples, ágil e efetiva. É preciso qualificar os concursos e conter a privatização e a precarização no serviço público, expressas pela terceirização irrestrita e pela disseminação de modelos de gestão e agências capturados e controlados pelo mercado”.

Para Haddad, “o Estado deve ter o tamanho necessário para promover a justa regulação da economia e da sociedade e para a prestação de serviços públicos eficientes e de qualidade para o povo”. O programa de governo defende “inovação administrativa” em três eixos: “reconstrução da capacidade institucional e de gestão; entrega de serviços à população e às empresas com maior rapidez e qualidade; e maior transparência e eficiência do gasto público”. Promete, ainda, interromper “as privatizações e a venda do patrimônio público, essencial ao nosso projeto de Nação soberana e indutora do desenvolvimento” e “suspender a política de privatização de empresas estratégicas para o desenvolvimento nacional e a venda de terras, água e recursos naturais para estrangeiros”.

Bolsonaro

Em seu programa de governo, o candidato do PSL avalia que “a administração pública inchou de maneira descontrolada nos últimos anos. Houve uma multiplicação de cargos, benefícios e transferências sem comparação em nossa História. Como resultado, vemos um setor público lento, aparelhado, ineficiente e repleto de desperdícios”. Assim, promete “cortar privilégios” e dar “especial atenção ao controle dos custos associados à folha de pagamento do Governo Federal”. Sobre as empresas estatais, afirma que “o gasto é altíssimo e crescente e o retorno não é vantajoso”.

Em entrevista na última semana, Bolsonaro disse que vai “acabar com as incorporações (gratificações, entre outros)” dos servidores e “acabar com essa fábrica de marajás” que, segundo ele, é o serviço público. Bolsonaro defende ainda a ampliação das privatizações para estimular a “competição entre empresas”.

Veja abaixo os programas completos divulgados pelos candidatos:

Fernando Haddad (PT), vice Manuela D'Ávila (PCdoB)  

Jair Bolsonaro (PSL), vice Hamilton Mourão (PRTB)  

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Sintrajud (SP): A História cobra posição - Editorial

 

 

 

Contra todas as atrocidades defendidas pelo candidato Jair Bolsonaro e para preservar o direito de lutar, reafirmamos: #EleNão. Sem compromisso ou atrelamento à outra candidatura.

O resultado do primeiro turno das eleições confirma um cenário muito difícil para os trabalhadores. Das urnas sai um Congresso ainda mais reacionário, que não representa os interesses da grande maioria da população.

Da disputa presidencial temos uma certeza: os direitos sociais e trabalhistas estão na mira, e nós, servidores públicos, somos o alvo preferencial dos ataques que virão.

Esse cenário exige a tomada de posição sobre o segundo turno.

O sindicato não defende Fernando Haddad ou o PT. Mas não podemos ignorar o autoritarismo que expressa Bolsonaro, nem tratar como equivalentes as duas candidaturas.

Fizemos oposição aos governos do PT. Lutamos contra a reforma da Previdência de Lula e os demais ataques às aposentadorias e pensões. Lutamos por salários, pela carreira e para derrubar o veto de Dilma ao PLC 28/15. Conquistamos com uma greve histórica o último reajuste.

Sempre denunciamos os ataques dos governos petistas. E repudiamos a declaração de Haddad, em recente debate, de que nossa recomposição seria um “privilégio”.

Combatemos a reforma trabalhista (já no atual governo – possível, entre outras razões, porque Temer era o vice de Dilma). Construímos com outros setores a maior greve geral dos últimos 30 anos, que ajudou a barrar até aqui o desmonte da Previdência.

Mas o candidato Bolsonaro, além de defender um programa econômico ultraliberal de desmonte de direitos e serviços públicos, atenta abertamente contra a democracia e os direitos humanos.

Compreendemos que a votação em Bolsonaro e o alto índice de abstenção têm como fortes motivações a descrença e a rejeição a “tudo que está aí”. Crise econômica, desemprego, sucateamento dos serviços públicos, insegurança e violência, escândalos de corrupção, rejeição ao sistema político e aos partidos que dominaram a cena nas últimas décadas. Esses e outros fatores, potencializados pela falsa polarização insuflada pela grande mídia, pavimentaram o caminho para que o candidato que se apresenta como “novo” surgisse como suposta alternativa à crise de representação. Resultado da falta de outras respostas da ordem que dialogassem com as demandas mais sentidas da população.

No entanto, o candidato é expressão e parte da crise do próprio sistema. O discurso anticorrupção não combina com seu viés autoritário e não se sustenta diante de sua própria trajetória. Bolsonaro é parlamentar há vários mandatos, por partidos envolvidos em escândalos e financiados pelas mesmas grandes empresas que ocupam os noticiários.
Bolsonaro defende tortura e torturadores, nega que vivemos 21 anos de uma ditadura – que estuprou, fez sumir e matou centenas de pessoas -, desrespeita mulheres, negros e homossexuais, prega valores autoritários.
Afirmou querer acabar com “todos os ativismos”, o que por certo inclui nossas lutas por salários e direitos. Somos ativistas quando lutamos pelo que acreditamos. O que ele chama de “união” é calar as divergências e impor ataques à força e sem resistência.

Ele também desrespeita a nossa categoria quando afirma desconfiar dos servidores da Justiça Eleitoral. Coloca em suspeição o nosso trabalho.

O candidato votou a favor da reforma trabalhista, quer aprofundá-la e reduzir a Justiça do Trabalho, onde já convivemos com sobrecarga e adoecimento. A Justiça Trabalhista é um instrumento para garantir direitos, e estrangulá-la é atacar os trabalhadores – incluindo nós mesmos em nossas funções.

Bolsonaro também ajudou a aprovar a Emenda Constitucional 95, que congela o orçamento até 2036, e impede reajustes, concursos e ameaça as próprias carreiras públicas.

Aliás, o candidato declarou que os servidores públicos são o “grande problema” da Previdência e resgatou o bordão de Collor, chamando-nos de “marajás”.

Nunca defendemos governos, pois temos compromisso com a defesa intransigente de nossos direitos, e sabemos que ataques virão, independentemente de quem for o eleito. Mas estão em jogo também as liberdades democráticas e as próprias condições para as lutas que virão.

Não podemos abrir mão de nos manifestar, de reivindicar, de ocupar as ruas, de fazer greve. É preciso que possamos denunciar aqueles que nos atacam e a eles fazer oposição, para manter nossas conquistas.

O Brasil viveu anos com sindicatos amordaçados ou sob intervenção. O funcionalismo conquistou só em 1988 o direito de ter sindicatos, previsto na Constituição agora ameaçada de ser reformada por um “conselho de notáveis”, controlado pelo governo, caso o candidato que odeia sindicatos vença a eleição. Contra todas essas atrocidades e para preservar o direito de lutar, reafirmamos: #EleNão. Sem compromisso ou atrelamento à outra candidatura.

Nosso posicionamento é pela democracia, conscientes de que muitas lutas nos esperam.

 

 

 

 

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Com apoio do SITRAAM/RR, servidores obtêm êxito em ação contra o MPF

O SitraAM/RR e um grupo de servidores evitaram em decisão no SJT que houvesse uma punição injusta, pedida pelo MPF, para os que tiveram ascensão funcional por concurso interno. 

A prática era comum nos órgãos públicos, mas a procuradoria entendeu que o processo foi ilegal, tendo em vista a necessidade do concurso com público externo. A matéria tramitou por 26 anos, e, em agosto corrente, a decisão do tribunal superior foi favorável aos servidores do TRT 11 e deixou um clima de tranquilidade para muitos que já estão aposentados ou prestes a conseguir a aposentadoria.

"Foram vinte anos acompanhando com os servidores e mediando a defesa junto a escritório contratado, à época, para realizar essa intervenção. Agora é seguir a vida e trabalhar ou curtir a aposentadoria, os servidores do grupo estão de parabéns pela luta", comentou Luis Claudio Corrêa, que acompanhou desde 2008 essa mediação por parte do sindicato.

A matéria segue agora para primeira instância para baixa definitiva (RESP 161940).

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Sintrajud (SP): Assembleia no TRE aprova moção de repúdio contra declarações de Bolsonaro

Candidato questiona segurança das urnas e lisura dos servidores; categoria exige pronunciamento do TSE e direito de resposta na Band.

Hélio Batista Barboza

As declarações do candidato Jair Bolsonaro (PSL) que questionam a segurança das urnas eletrônicas e colocam em dúvida até a lisura dos trabalhadores da Justiça Eleitoral foram recebidas com indignação pelos servidores do TRE durante assembleia na sede do Tribunal nesta quarta-feira, 10.

Em entrevista ao programa ‘Brasil Urgente’, da Band, em 28 de setembro (foto à dir.), quando ainda estava hospitalizado, Bolsonaro afirmou que as urnas eletrônicas estão sujeitas a fraudes que poderiam prejudicar sua eleição e que desconfia de “profissionais dentro do Tribunal Superior Eleitoral”.

Não foi a primeira nem a última vez que o candidato manifestou essas opiniões. No domingo, 7, em seu primeiro pronunciamento após a votação (foto abaixo), Bolsonaro disse que teria ganhado a eleição no primeiro turno não fossem problemas nas urnas eletrônicas. “Se esse problema não tivesse ocorrido, se tivesse confiança no sistema eletrônico, já teríamos o nome do novo presidente”, afirmou o candidato em transmissão pelo Facebook.

Em outras oportunidades, antes do primeiro turno, o candidato já havia feito insinuações no mesmo sentido.

Uma das deliberações da assembleia no TRE (convocada para discutir a licitação do plano de saúde do Tribunal) foi uma moção de repúdio do Sintrajud às declarações de Bolsonaro. Os servidores aprovaram também o envio de um ofício do Sindicato ao TSE, cobrando um posicionamento do Tribunal em defesa dos servidores e da segurança do processo eleitoral. A categoria decidiu ainda que o Sintrajud deve pedir direito de resposta à Band.

 

 

 

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