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Redação Fenajufe

Entidades de servidores e de magistrados questionam modelo de metas para o Judiciário

Começou nesta quarta-feira (26/03) a Reunião Preparatória para o VIII Encontro Nacional do Judiciário, cuja abertura contou com a participação do presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Antonio José Barros Levenhagen. O evento, realizado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e que acontece no TST, contou com um painel sobre a contribuição das associações de classes para a estratégia do Poder Judiciário, na qual a Fenajufe foi representada pelo coordenador Tarcísio Ferreira. Além dele, participaram os representantes da Fenajud, Volnei Rosalen, da AMB, João Ricardo dos Santos, da Ajufe, Villian Bollmann, e da Anamatra, Noêmia Aparecida Porto. Todos foram unânimes em questionar o sistema de metas do Judiciário, que leva em conta somente números, sem considerar a qualidade dos serviços e as condições estabelecidas para a prestação jurisdicional.

Em sua fala, Tarcisio afirmou que o CNJ e os tribunais precisam expandir os espaços para a participação efetiva dos servidores nas discussões e formulações de propostas para o Judiciário. Ele disse também que o Judiciário precisa fazer cumprir a Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e implementar a negociação coletiva. Ele criticou a falta de autonomia do Poder Judiciário e apontou a necessidade de haver uma carreira para os servidores do PJU, não só para definir critérios objetivos de promoção dos servidores, mas também para aprimorar a prestação de serviços.

O representante da Fenajufe levantou ainda o problema da fixação de metas para o Judiciário, de cima para baixo, seguindo um modelo imposto pela iniciativa privada, sem ao menos discutir condições de trabalho e o crescimento de assédio moral e adoecimento de servidores. Preocupado com esta situação, ele propôs ao CNJ que realize, o quanto antes, uma campanha institucional contra o assédio moral.

“Antes de metas, é preciso fazer um amplo diagnóstico das condições laborais em todas as instâncias, considerando a carga efetiva de trabalho, os processos e os fluxos para, a partir daí, dimensionar a estrutura material necessária e a quantidade de servidores suficientes para atender a demanda da sociedade”, afirmou Tarcísio. Mas, segundo ele, de certa forma, ao diminuir a quantidade de metas estabelecidas, o CNJ reconhece que seu modelo de gestão de resultados não vinha dando certo. Contudo, em lugar de pequenas remodelações e adaptações, o CNJ precisa rever esse modelo para garantir a qualidade dos serviços prestados e não simplesmente definir quantidades sem a preocupação com os resultados.

Finalmente, Tarcísio disse que o Judiciário precisa ser democratizado, abrindo espaço para que servidores e juízes, desde o primeiro grau, participem dos processos de negociações para a elaboração de políticas públicas. Volnei Rosalen também criticou a falta de democracia no Judiciário que, segundo ele, não segue o princípio de que ”planeja quem executa”. O representante dos servidores do Judiciário Estadual disse ainda que é um absurdo a fixação de metas diante da precarização do trabalho e com o aumento da terceirização.

O juiz João Ricardo começou sua intervenção afirmando que “este é o momento de repaginar a forma com que o CNJ exerce suas funções de propulsor das políticas do Poder Judiciário”. A juíza Noêmia Aparecida questionou a ideia de metas, da gestão de resultados, que vem da iniciativa privada e causa adoecimento aos trabalhadores. Antes de tudo, o CNJ deveria preocupar-se em garantir condições de trabalho dignas e humanas. Segundo ela, “juízes e servidores deveriam ser levadas a sério quando opinam e dão sugestões, e não servirem apenas para legitimar o processo de gestão de resultado implantado pelo CNJ”. O juiz Villian lembrou-se do filme Tempos Modernos, com Charlie Chaplin, em que o personagem não consegue acompanhar o ritmo frenético imposto pela linha de produção e acaba sendo arrastado pela esteira e engolido pelo maquinário. Ele disse que “as metas no Judiciário viraram um fim em si mesmas e não se discute as razões que levam ao não cumprimento dessas metas”.

No primeiro dia também houve um painel sobre demandas repetitivas e grandes litigantes e oficinas dos grupos de segmentos da Justiça. Nesta quinta-feira (27/03), a reunião termina com a realização da plenária final. As propostas aprovadas serão levadas à aprovação dos presidentes dos tribunais brasileiros no VIII Encontro Nacional do Judiciário.

Por Eduardo Wendhausen Ramos, com fotos de Joana D’Arc

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Coletivo de aposentados da Fenajufe reúne-se dia 5 de abril

A Fenajufe vai realizar o seu 3º Encontro do Coletivo Nacional dos Aposentados (Conap) no dia 5 de abril, a partir das 10 horas, no Hotel Nacional, em Brasília. Na parte da manhã, a programação prevê o debate sobre projetos de interesse dos aposentados. Às 14 horas será discutida a organização dos núcleos e a participação dos aposentados no debate de carreira e na luta pelo reajuste salarial. A partir das 16 horas haverá momentos de socialização dos participantes.

A Fenajufe orienta os sindicatos a enviarem os aposentados já para o ato no STF (Supremo Tribunal Federal), marcado para o dia 02/04, às 15 horas. Dessa forma, eles podem permanecer em Brasília até a data do Conap com o intuito de realizar atividades no Congresso Nacional relacionadas a tramitações de projetos de interesse da categoria.

Confira aqui a convocatória do Conap, incluindo a programação completa e o regimento interno

Por Eduardo Wendhausen Ramos

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Fenajufe e Sintrajufe/RS realizam reuniões no CJF para tratar de remoção, auxiliares operacionais e reenquadramento

No dia 21, em Brasília, o diretor do Sintrajufe/RS Ruy Almeida e coordenadores da Fenajufe reuniram-se com três assessores do Conselho da Justiça Federal. Os assuntos tratados foram o reenquadramento dos auxiliares operacionais de serviços diversos (AOSD) como técnicos judiciários, regulamentação da remoção na JF e o pagamento dos retroativos do reenquadramento de padrões.

Reenquadramento dos auxiliares

O diretor Ruy Almeida e os coordenadores da Fenajufe Tarcísio Ferreira, Jacqueline Albuquerque e Cledo Vieira reuniram-se, na Assessoria Técnico-Administrativa (Astej), com a assessora Josie de Meneses Barros, buscando informações sobre o processo de reenquadramento dos auxiliares operacionais. O Sintrajufe/RS e a Fenajufe apresentaram cópias das manifestações protocoladas naquele mesmo dia à assessoria. A petição do Sintrajufe/RS visa contrapor argumentos presentes ao longo do expediente, que interpretam o reenquadramento dos auxiliares como ascensão funcional, vedada pela Constituição. O sindicato ressaltou que o reenquadramento é uma reclassificação do cargo, de forma genérica, para o nível intermediário (técnico judiciário) da carreira.

Josie afirmou que o problema está em uma resolução do CJF, de 1996, que reclassifica os AOSD de forma mais restrita. Ruy Almeida argumentou que o art. 3º da lei 12.774/12 reclassifica o cargo de forma genérica, sem distinções, e por se tratar de comando legal, está acima da resolução, bastando apenas que o Conselho regulamente o seu cumprimento. Josie estimou que o parecer deve ficar pronto até o final desta semana para ser remetido à presidência do CJF, que designará a relatoria.

Remoção

Em reunião com a secretária de Recursos Humanos, Estela Maria da Cruz, Ruy Almeida e os coordenadores da Fenajufe Tarcísio Ferreira e Jacqueline Albuquerque discutiram o processo que trata da regulamentação da remoção. Esse expediente retornará à área técnica para a realização de mais estudos, pois os pareceres já elaborados foram considerados insuficientes. Segundo Estela, será necessário ainda consultar o TCU, a fim de dar maior respaldo e segurança jurídica ao futuro posicionamento do Conselho. 

Retroativos do reenquadramento

O pagamento dos valores retroativos do reenquadramento dos padrões foi o assunto da reunião de Ruy, Tarcísio e Jacqueline com o secretário de Planejamento, Orçamento e Finanças do CJF, Gustavo Bicalho Ferreira da Silva. Ele informou que a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão afirmou que, no momento, não há condições de liberar recursos e que o CJF, atualmente, não está buscando outras alternativas. 

Ainda segundo o secretário, daqui a cerca de três a quatro meses, o Conselho fará nova consulta à SOF para buscar a viabilidade da suplementação orçamentária. Até lá, não haveria qualquer outra alternativa. Gustavo argumentou que houve um esforço dos tribunais para implementação do reenquadramento na folha e que por isso talvez seja necessária a suplementação orçamentária para o pagamento integral dos salários até o fim do ano. Ele chegou a propor que os sindicatos ajuízem ações para buscar os retroativos. Os sindicalistas não aceitaram essa argumentação. Cobraram uma solução efetiva e imediata e afirmaram que não há motivos para apenas a JF não pagar, uma vez que os outros ramos já quitaram esse débito com os trabalhadores. Essa pendência, afirmaram, precisa ser tratada com prioridade pelo Conselho.

Para o diretor Ruy Almeida, a saída é continuar pressionando os tribunais e o Conselho: "Há estudos orçamentários indicando que existe sobra para despesas de pessoal em 2014. O TRF da 4ª Região também afirmava não possuir recursos e, mesmo assim, após o ato que realizamos no dia 19, já pagou parte dos valores aos colegas do tribunal. Vamos seguir pressionando e mobilizando a categoria até que os valores sejam quitados".

Fenajufe e Sintrajufe/RS buscaram, ainda, uma audiência com a secretária-geral do CJF, Eva Barros, mas ela não tinha horário disponível na data.

Com informações do Sintrajufe/RS e foto de Joana D’Arc

 

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Licença classista pode ser incluída no texto da MP 632/13

Na quinta-feira (20/03), o coordenador da Fenajufe, João Batista, e representantes de várias entidades de servidores públicos federais (Sindilegis, Sinait, FenaPRF e FenaPF) foram recebidos por assessores do senador Antônio Carlos Rodrigues (PR/SP), relator da Medida Provisória 632/2013, que trata de ajustes para cumprir acordos firmados com servidores públicos. O principal assunto da reunião foi a liberação do mandato classista, que pode ser incluído no texto da MP, a ser analisada na Comissão Mista.

Os servidores defendem a inclusão das emendas 1 ou 2  na MP.  A emenda 1 foi apresentada pelo senador Inácio Arruda (PCdoB/CE) e a 2 pelo deputado Manoel Júnior (PMDB/PB). Ambas propõem a regulamentação da licença classista remunerada para o servidor que exerce mandato, com o ônus para a União. Atualmente o governo libera apenas um servidor por entidade classista com ônus para a entidade que representa. As emendas propõem, ainda, a liberação de dois servidores para cada entidade com até 5 mil associados; quatro servidores para entidades com mais de cinco mil  até 30 mil associados;  e oito servidores para as entidades com mais de 30 mil associados.   

João Paulo de Favere, assessor de Antônio Carlos Rodrigues, disse que o senador é um parlamentar atento à causa dos servidores públicos, e com certeza dará atenção às reivindicações. Segundo ele, como a proposta já conta com o amplo apoio da Câmara de Deputados, não terá maiores dificuldades quanto ao seu mérito no Senado. “Vou levar todos os argumentos ao senador e há possibilidade de inclusão da emenda. Temos uma longa jornada, e sabemos da relevância do trabalho sindical para as próprias categorias e para o serviço público”, afirmou o assessor.  

A intenção dos servidores é atuar para convencer os demais senadores sobre as sugestões propostas nas emendas à MP. Eles pretendem trabalhar as emendas, paralelamente, no Senado, na Comissão Mista e no Planalto.     

Por Eduardo Wendhausen Ramos, com informações do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho)

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Servidores rechaçam fragmentação e cobram do STF negociação das reivindicações do conjunto da categoria

Durante a Reunião Ampliada da Fenajufe, realizada nesta quinta-feira (20/03), o coordenador da Fenajufe, Saulo Arcangeli, falou sobre a reunião que teve com o chefe de gabinete do STF, Silvio Albuquerque, para cobrar a instalação da mesa de negociação permanente e resposta à pauta de reivindicações da categoria. Silvio disse que o ministro Joaquim Barbosa estaria disposto a instalar a mesa, mas que apresentaria uma contraproposta. Sobre a pauta, Silvio disse que não havia avanços. Com relação a PEC 59/13, a Fenajufe solicitou que o CNJ faça uma nota técnica contrária à proposta de criação de estatuto único para todo o Judiciário, nos âmbitos federal e estadual.

Também falaram sobre a fragmentação da carreira, principalmente sobre o avanço de servidores do Supremo em busca de uma carreira própria. A respeito desse ponto, o coordenador da Fenajufe, Cledo Vieira, informou ainda que a proposta já estaria pronta no STF para criar uma carreira específica para o órgão que ignora o conjunto da categoria e que a qualquer momento pode ser levada por Joaquim Barbosa à apreciação dos ministros em sessão administrativa. Propostas com esta também estão sendo gestadas no STJ e TSE. Elas foram alvo de muitas críticas durante a Reunião Ampliada. O plenário foi unânime em rechaçar a fragmentação da carreira, com a criação de classes distintas de servidores.

Depois de debater a questão, os servidores presentes na Ampliada aprovaram a seguinte resolução:

Todo apoio aos sindicatos filiados à Fenajufe.

Um golpe está sendo gestado contra os trabalhadores do Judiciário Federal. A proposta de carreira exclusiva para os servidores do STF e o grupo de trabalho no STJ com o mesmo objetivo abre caminho para o desmoronamento de nossa unidade nacional e coloca em questão a existência da própria federação.

Os 20 anos de nossa entidade serviram para nos ensinar que nossa força está na união de todos os ramos e graus do Judiciário Federal.

A posição dos sindicatos filiados contra a carreira exclusiva deve receber o mais amplo apoio da Fenajufe e de todos os sindicatos filiados.

Não a divisão da categoria! Reajuste para todos!

Calendário de mobilização

Foi marcado um ato nacional no STF para o dia 2 de abril contra a possibilidade de fragmentação da carreira e para cobrar a pauta de reivindicações do conjunto dos servidores do Judiciário Federal. Confira todo o  calendário aprovado na Ampliada:

- Estado de greve desde já contra qualquer proposta que não contemple as reivindicações do conjunto da categoria

- 28/03 a 05/04 – Rodada de assembleias nos estados para discutir o calendário e o indicativo de greve

- 02/04 – Ato Nacional no STF

- 09/04 – Dia Nacional de Paralisação

- 22 a 28/04 – Semana nacional de mobilização para a construção da greve

- 29/04 – Indicativo de data limite para que todos os sindicatos estejam em greve

- 10/05 – Reunião Ampliada da Fenajufe

Confira aqui matéria completa sobre a Reunião Ampliada

Por Eduardo Wendhausen Ramos

 

 

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Ampliada aprova calendário de mobilização para enfrentar intransigência de governo e STF

Nesta quinta-feira (20/03), a Fenajufe realizou sua segunda Reunião Ampliada de 2014, no Hotel Nacional, em Brasília, com a participação de delegados de 20 sindicatos. Por consenso, os participantes definiram que a categoria está em estado de greve, com indicativo para que todos os sindicatos estejam em greve até o dia 29 de abril. Foi marcado um ato nacional no STF para o dia 2 de abril contra a possibilidade de fragmentação da carreira e para cobrar a pauta de reivindicações do conjunto dos servidores do Judiciário Federal.

O calendário de mobilização prevê paralisação de 24 horas no dia 9 de abril, precedida de rodada de assembleias nos estados, de 28 de março a 5 de abril, para avaliar o indicativo da Ampliada. Também foi tirada uma semana nacional de mobilização para a construção da greve, de 22 a 28 de abril. Foi reforçada ainda a luta unificada com os demais servidores públicos federais.

Inicialmente, o coordenador da Fenajufe, Saulo Arcangeli, apresentou informe sobre a reunião em que esteve com o secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, e uma comissão de 15 entidades nacionais de servidores públicos federais. Ela serviu apenas para reafirmar a forte intransigência do governo com relação aos servidores. (leia aqui matéria sobre a reunião).  

Todas as entidades presentes tiveram espaço para informes e avaliações. Também foi concedido tempo para falas de delegados, que destacaram a importância de superar as divergências e sair da reunião com discurso afinado e determinação para fortalecer a luta unificada com os SPFs e cumprir o calendário de lutas definido nesta Reunião Ampliada, aprovado por consenso, apesar de alguns debates duros sobre quais deveriam ser as prioridades da luta em defesa da categoria.

Confira o calendário de mobilização

- Estado de greve desde já contra qualquer proposta que não contemple as reivindicações do conjunto da categoria

- 28/03 a 05/04 – Rodada de assembleias nos estados para discutir o calendário e o indicativo de greve

- 02/04 – Ato Nacional no STF

- 09/04 – Dia Nacional de Paralisação

- 22 a 28/04 – Semana nacional de mobilização para a construção da greve

- 29/04 – Indicativo de data limite para que todos os sindicatos estejam em greve

- 10/05 – Reunião Ampliada da Fenajufe

Pauta Unificada

A pauta geral de reivindicações dos SPFs foi protocolada no dia 23 de janeiro, por meio de ofício no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). O funcionalismo cobra a implementação de política salarial permanente, com a definição da data-base dos federais em 1º de maio, reposição inflacionária, valorização do salário-base, incorporação das gratificações, cumprimento por parte do governo dos acordos e protocolos de intenções firmados, contra qualquer reforma e projeto que retira direitos dos trabalhadores, como por exemplo a proposta que busca acabar com o direito de greve que impedimos sua votação em 2013, paridade entre ativos e aposentados, reajuste dos benefícios e antecipação para este ano da parcela de 2015 do acordo firmado em 2012 e mais a realidade de cada categoria.

Pauta Específica do Judiciário Federal e MPU

Além da pauta geral e da luta desencadeada recentemente contra a criação da carreira própria no STF, a Fenajufe cobra em sua pauta de reivindicações específicas, entres outros pontos:

– antecipação da parcela do reajuste de 2015 para 2014;

– aprovação do PL 319 na versão original;

– definição de política salarial permanente com respeito à data base;

– criação de comissão interdisciplinar entre Fenajufe e tribunais superiores para discutir carreira e condições de trabalho, e não apenas GTs para tratar de carreiras específicas isoladas para tribunais superiores;

– aumento dos valores repassados aos benefícios (saúde, alimentação, etc), com extensão desses benefícios a aposentados e pensionistas, além da extensão a todo o Judiciário Federal do fornecimento de remédios para doenças crônicas a aposentados feito pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região;

– pagamento dos passivos devidos aos servidores;

– posição contrária à criação de aumento de CJs e FCs no Judiciário Federal (PLs 5382/13 e 5426/13);

– posição contrária à PEC 59/13, que dispõe sobre a criação do estatuto dos servidores do Poder Judiciário;

– cobrar do Poder Judiciário o cumprimento da previsão constitucional da auditoria da dívida pública;

– lutar pelo reenquadramento dos auxiliares de nível intermediário;

– lutar pela aprovação do Projeto de Lei de isonomia dos chefes de cartório;

– formalização de critérios objetivos para remoção e redistribuição no Judiciário Federal;

– jornada de 6 horas, com pausa.

Leia também: Servidores rechaçam fragmentação e cobram do STF negociação das reivindicações do conjunto da categoria

Por Eduardo Wendhausen Ramos, com fotos de Joana D’Arc

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Reunião Ampliada da Fenajufe indica que greve deve começar até 29 de abril

Nesta quinta-feira (20/03), a Fenajufe realizou sua segunda Reunião Ampliada de 2014, no Hotel Nacional, em Brasília. Por consenso, os participantes definiram que a categoria está em estado de greve, com indicativo para que todos os sindicatos estejam em greve até o dia 29 de abril. Foi marcado um ato nacional no STF para o dia 2 de abril contra o projeto que cria carreira própria exclusivamente para os servidores do Supremo e para cobrar a pauta de reivindicações do conjunto dos servidores do Judiciário Federal.

O calendário de mobilização prevê paralisação de 24 horas no dia 9 de abril, precedida de rodada de assembleias nos estados, de 28 de março a 5 de abril, que deverá avaliar o indicativo da Ampliada. Também foi tirada uma semana nacional de mobilização para a construção da greve, de 22 a 28 de abril. Foi reforçada ainda a luta unificada com os demais servidores públicos federais.

Em breve, outra matéria com mais informações.

Por Eduardo Wendhausen Ramos, como foto de Joana D’Arc

 

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Governo mais uma vez desrespeita os servidores e única saída é a greve unificada

Servidores públicos federais de todo Brasil estiveram no Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), nesta quarta-feira (19/03), Dia Nacional de Mobilização, para cobrar a abertura de negociação da campanha salarial unificada de 2014. Eles foram cobrar, ainda, resposta formal à pauta de reivindicações protocolada no dia 23 de janeiro, que deveria ter sido respondida até o carnaval, conforme compromisso do governo feito no dia 5 de fevereiro.

Durante a manifestação, depois de muita pressão dos servidores para que o governo desse uma satisfação à categoria, uma comissão de 15 entidades nacionais – entre elas a Fenajufe, representada pelo coordenador Saulo Arcangeli – foi recebida pelo secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça e por mais três representantes do MPOG. Os representantes dos servidores insistiram para que o governo reabra as negociações com os servidores e reiteraram o pedido de resposta à pauta de reivindicações, protocolada no MPOG no dia 23 de janeiro, que deveria ter sido respondida até o carnaval, conforme compromisso do governo feito no dia 5 de fevereiro.

Os representantes do governo afirmaram que têm um acordo firmado em 2012 com servidores, ainda em cumprimento até 2015, e que os servidores teriam recebido reestruturação de salários entre 2003 e 2010 durante o governo Lula. Acrescentaram que o governo Dilma, continuidade do anterior, não poderia ter a mesma política para o funcionalismo. Sérgio Mendonça reconheceu a falha ao não ter respondido a pauta de reivindicações até o carnaval como havia se comprometido no dia 05 de fevereiro e que deverá responder até o fim de março, mas adiantou que “não tem margem para aumento salarial”. Ele afirmou que a Ministra Mirian Belchior não recebeu os servidores por decisão de “cima” , logo do governo, e que o interlocutor com os servidores é somente a Secretaria de Relações de Trabalho.

Ainda em relação à pauta, Mendonça disse que é decisão pessoal da presidente Dilma discutir negociação coletiva somente se o debate for feito em conjunto com a questão do direito de greve, que vem sendo debatido e combatido pelos servidores no congresso. Ainda segundo ele, o governo não discutirá nenhum dos demais pontos da pauta de reivindicações e a única questão que poderá ser objeto de reflexão por parte do governo é reajuste dos benefícios, mesmo assim sem nenhuma garantia.

Durante a reunião o diretor Saulo Arcangeli disse  ao secretário “que o governo desrespeita os servidores ao não responder à pauta conforme prometido. Além disso a presidente Dilma condiciona a discussão sobre a negociação coletiva à regulamentação do direito de greve e mantém o desrespeito à data-base, lembrando inclusive do Recurso Extraordinário (RE) 565089  que trata do tema e encontra-se no STF, informando, ainda, que consta da pauta da federação encaminhada e discutida no Supremo e que poderá a qualquer momento entrar em pauta, conforme pedido da federação em recente reunião com o presidente Joaquim Barbosa”.

O resultado dessa reunião não foi além do esperado pelos servidores, uma vez que o governo vem sinalizando que pretende continuar com sua política de congelamento salarial, retirada de direitos e de desrespeito à data base. E para enfrentar essa situação, aumenta a necessidade de preparação da greve conjunta de todo o funcionalismo. Segundo Saulo Arcangeli, “o governo deixou claro que não cederá e mais do que nunca é preciso fortalecer os fóruns estaduais dos SPFs  para construir uma grande greve, pois o governo ignora os trabalhadores e nem sequer responde à pauta de reivindicações”. Para ele, o grande exemplo foi dado pelos garis do Rio de Janeiro, que organizaram uma greve vitoriosa, apesar da posição contrária do seu sindicato, da forte pressão da prefeitura e da campanha da mídia.

Vários setores já discutem com sua base um calendário de paralisação, como ocorre com a Condsef (representa carreiras do executivo), o Sinasefe (técnicos e professores dos Institutos  Federais), que indicam o início da greve para o mês de abril, e a Fenajufe com indicação para inicio de Abril. A Fasubra (técnicos administrativos das universidades públicas) está em greve desde o dia 17 de março e já conta com a adesão de 23 sindicatos, que representam mais da metade das entidades filiadas, mas até a próxima semana esse número deve chegar a 30 sindicatos.

Após o ato aconteceu uma reunião ampliada do Fórum de Entidades Federais, na sede da CONDSEF, onde foi feita uma avaliação da reunião com a Secretaria de Relações de Trabalho. As entidades e servidores criticaram a postura do governo e apontaram para a necessidade do fortalecimento da mobilização e da greve geral dos SPFs para enfrentar e derrotar mais uma vez, como em 2012, esta política do governo Dilma.

Por Eduardo Wendhausen Ramos, com fotos de Joana D'Arc

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Eneje será realizado no dia 5 de abril, em Brasília

O Eneje (Encontro Nacional do Eleitoral) será realizado no dia 5 de abril, em Brasília, a partir das 9 horas. Inicialmente a atividade estava marcada para o dia 29 de março, mas a pedido de alguns sindicatos a Fenajufe adiou sua realização em uma semana para contemplar uma maior participação dos servidores.

Cada sindicato que represente na base os servidores da Justiça Eleitoral tem o direito de enviar até cinco delegados, contemplando capital e interior. Para que o delegado participe do Eneje é necessário que seu respectivo sindicato apresente à Fenajufe a documentação pertinente até o dia 01/04/2014.

Inicialmente, a pauta prevê a discussão sobre temas específicos, como remoção, permuta, redistribuição, criação de mais cargos, horas-extras para as Eleições de 2014, recadastramento biométrico e estratégia para aprovação do PL 7027/2013, além de temas gerais, como calendário de mobilização da categoria e estratégia de mobilização na campanha salarial. A depender do decorrer do evento, caso haja tempo disponível, poderão ser sugeridos outros temas para discussão.

Por Eduardo Wendhausen Ramos

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Servidores federais fazem mobilização em Brasília no dia 19/03, com participação de sindicatos da base da Fenajufe

Os servidores públicos federais estão se organizando em todo o Brasil para o dia nacional de mobilização, nesta quarta-feira (19/03), a partir das 9 horas, no Ministério do Planejamento. Em seguida será realizado ato no STF (Supremo Tribunal Federal) para cobrar a pauta específica da categoria representada pela Fenajufe e outros pontos da pauta geral dos SPFs, como a votação do recurso referente à definição de data-base, cujo relator, ministro Marco Aurélio Melo, já se posicionou favoravelmente. Na mesma data, também serão realizados atos, simultaneamente, em diversas cidades de todas as regiões do Brasil.

A mobilização tem o intuito de pressionar o governo Dilma Rousseff (PT) a abrir negociação em torno da pauta de reivindicações, que cobra definição de data-base, revisão geral anual dos salários, reposição das perdas inflacionárias acumuladas, reajuste de benefícios, negociação coletiva e retirada de medidas legislativas que impliquem perda de direitos. Uma audiência com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, também está entre as solicitações feitas pelas entidades que compõem o fórum nacional em defesa dos servidores e serviços públicos. Em fevereiro, o Ministério do Planejamento havia se comprometido a responder a pauta antes do carnaval, mas descumpriu o prometido e não apresentou nenhuma resposta.

Por todo este cenário, cresce a possibilidade de construção de uma greve unificada do funcionalismo. Esta e outras questões da campanha salarial serão discutidas também no dia 19, às 15 horas, durante a Reunião Ampliada do Fórum Nacional de Entidades, em local a definir. Em vários setores já há categorias com indicativo de greve. No caso dos técnico-administrativos em educação das universidades federais, a greve foi deflagrada nesta segunda-feira (17/03).

Com relação à pauta específica dos servidores do Judiciário Federal, a realidade é semelhante ao cenário geral do serviço público federal. Tal qual a presidenta Dilma Rousseff, o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, trata os servidores com descaso e nem sequer se manifestou a respeito da pauta de reivindicações apresentada pela Fenajufe por meio do ofício protocolado no dia 24 de julho de 2013, solicitando, entre vários pontos, a instalação de mesa de negociação.

Reunião Ampliada da Fenajufe, dia 20/03, às 9 horas

Em 20 de março, dia seguinte à mobilização unificada com o SPFs, a Fenajufe realiza sua reunião ampliada, a partir das 9 horas, no Hotel Nacional, em Brasília.

Mobilização nos sindicatos

Vários sindicatos da base da Fenajufe divulgaram informações sobre os atos em seus respectivos estados e o envio de servidores a Brasília para a manifestação nacional no dia 19. Por exemplo, servidores de Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo confirmaram a realização de atos no dia 19 em suas respectivas regiões. Em Goiás, há indicação de manifestação em conjunto com os SPFs para o dia 28 de março. Outros estados, como Minas Gerais, decidiram aguardar a reunião ampliada da Fenajufe para decidir os encaminhamentos das atividades da campanha salarial. Há estados cujos sindicatos ainda realizarão assembleias e outros que não informaram sobre o assunto.

Confira as informações dos sindicatos:

Sindjus/AL – Os servidores do Judiciário Federal em Alagoas aprovaram a deflagração de paralisação de 24 horas, em 19 de março, com ato público no Fórum Eleitoral, a partir das 8 horas. O dia de paralisação faz parte das atividades da campanha salarial dos servidores públicos federais. Os servidores discutiram ainda ações para a adesão da categoria na construção de uma greve nacional unificada por tempo indeterminado a partir de abril de 2014. Entre as propostas, estão a interiorização do Sindjus/AL e o contato com os servidores que trabalham nas varas trabalhistas e cartórios eleitorais de Alagoas.

Sindjufe/BA – Dentro do calendário nacional de mobilização da Campanha Salarial de 2014, os servidores do Judiciário Federal na Bahia decidiram aderir à paralisação de 24 horas no próximo dia 19 de março, além da participação na mobilização em Brasília, na mesma data. Nesta segunda-feira (17/03), às 17 horas, na sede do Sindjufe/BA, em Salvador, entidades dos SPFs discutirão a campanha salarial unificada dos servidores na Bahia em sintonia com os fóruns nacionais.  A reunião foi convocada pelo Sindjufe Bahia, Sinasefe, CSP-Conlutas, Intersindical e Núcleo de Professores Csp-Conlutas/Ufba.

Sindjus/DF – O Sindjus marcou assembleia para esta segunda-feira (17/05).

Sinjufego/GO – O Fogef (Fórum Goiano das Entidades dos trabalhadores no Serviço Público Federal) aprovou que no dia 19/03 participarão da mobilização em Brasília e no dia 28 promoverão manifestação em Goiânia. Caso estas manifestações não sejam suficientes para sensibilizar o Governo Federal, os servidores apontam para a possibilidade de greves e ações radicalizadas em Goiás.

Sintrajufe/MA – O Sintrajufe/MA convocou uma assembleia geral da categoria para esta terça-feira (18/03), às 13h30min, no Fórum Astolfo Serra, em São Luís. A pauta prevê informes, discussão sobre campanha salarial 2014 e plano de carreira, além da participação na mobilização marcada para o dia 19 deste mês, tanto local como em Brasília.

Sitraemg/MG – O Sitraemg elegeu delegados para a reunião ampliada da Fenajufe, sendo que a maioria deles participará da mobilização do dia 19/03, em Brasília. Quanto às atividades em Minas Gerais para a Campanha Salarial de 2014, a assembleia decidiu realizar reuniões setoriais para apurar o que a categoria deseja fazer para a mobilização deste ano. No entanto, os participantes também decidiram por aguardar as deliberações da Reunião Ampliada para então iniciar as discussões com a categoria mineira.

Sindjufe/MS – O Sindjufe/MS realizou assembleia no dia 15/03, mas até o momento não divulgou o resultado.

Sindijufe/MT – Em Mato Grosso haverá paralisação de servidores do Judiciário Federal no próximo 19 de março, Dia Nacional de Mobilização. A paralisação será nas três casas do judiciário: justiça do trabalho, justiça eleitoral e justiça federal. Além de uma assembleia no dia 19, haverá uma intensa panfletagem em todos os órgãos, nos dias que antecedem a paralisação, com o índice de recomposição salarial e todas as demais pautas específicas da categoria, já definidas nacionalmente e divulgadas através da Fenajufe.

Sindjuf/PA-AP – O Sindjuf/PA-AP realizou assembleia no dia 14/03, mas até o momento não divulgou o resultado.

Sindjuf/PB – O Sindjuf/PB aprovou a realização de mobilização e ato público em frente ao Tribunal na próxima quarta-feira (19/03), além da participação na mobilização em Brasília, na mesma data.

Sintrajuf/PE – O Sintrajuf/PE marcou reuniões em diversos locais de trabalho. No dia 17/03, às 16h no TRF; no dia 18/03, às 14h no TRT e às 16h30 no TRE; no dia 19/03, às 14h na Sudene e às 16h30 na Justiça Federal.

Sisejufe/RJ – O Sisejufe/RJ realizou, no dia 13/03, ato de mobilização pela campanha salarial no foro da Justiça Federal.

Sintrajurn/RN – O Sintrajurn tem assembleia marcada para o dia 18/03, na sede do sindicato.

Sintrajufe/RS – Em Porto Alegre, a categoria decidiu pela greve de 24h na próxima quarta-feira (19/03), respeitadas as deliberações das assembleias de base. Será, ainda, realizado ato público em frente ao prédio da primeira instância da Justiça Federal de Porto Alegre. O Sintrajufe/RS realizou também uma rodada estadual de assembleias de base, com o seguinte resultado:

Justiça do Trabalho

• Canoas – paralisação no dia 19/3 e indicativo de greve para primeira quinzena de abril;

• Pelotas – paralisação no dia 19/3 e indicativo de greve para a primeira quinzena de abril;

• Porto Alegre – paralisação de 24 horas no dia 19/3 e indicativo de greve para primeira quinzena de abril. Formada Comissão de Mobilização;

• Taquara – paralisação em 19/3, somando-se às atividades em Porto Alegre e Brasília. Posteriormente, será avaliado o indicativo de greve para a primeira quinzena de abril;

• Santa Maria – por unanimidade, aprovou paralisação no dia 19/3. Nova assembleia será realizada no mesmo dia para discutir o indicativo de greve;

• Sapucaia – por maioria, decidiu aguardar o início da mobilização para então reavaliar como irão atuar na luta;

• Triunfo – aprovou o calendário de lutas e as pautas unificada dos SPFs e específica do Judiciário Federal e do MPU;

• Vacaria – por maioria, decidiu paralisar no dia 19/3, com 33% do quadro, e aguardará o movimento geral no que diz respeito à greve.

Justiça Federal

• Canoas – paralisação de 2 horas no dia 19/3, participando de eventual ato público em Porto Alegre. Reavaliará o indicativo de greve, de acordo com o crescimento da luta;

• Erechim – ato-protesto no dia 19/3, quando os colegas vestirão preto e realizarão nova assembleia;

• Livramento – não participará da paralisação e do indicativo de greve, mas utilizará camisetas e faixas nas datas da mobilização;

• Novo Hamburgo – por unanimidade, paralisação de 24 horas dia 19/3; discutirá indicativo de greve depois da assembleia geral;

•  Passo Fundo – formará comissão para passagem nos setores no dia 19/3;

• Pelotas – aguardará a decisão da assembleia geral para, então, realizar assembleia de base;

• Porto Alegre – por unanimidade, aprovou paralisação de 2 horas no dia 19/3, com proposta de ato na JF, e indicativo de greve na primeira quinzena de abril.  Formada Comissão de Mobilização;

• Santa Maria – reavaliará a situação dia 19/3, em nova assembleia de base.

Justiça Eleitoral

• Anexo do TRE – paralisação de 2 horas no dia 19/3 e indicativo de greve para a primeira quinzena de abril. Formada Comissão de Mobilização;

• TRE Duque – paralisação de 2 horas no dia 19/3.

Sintrajusc/SC – Em Florianópolis, a semana começou com mobilização de diversas categorias de servidores federais para o dia 19/03. Haverá ato unificado, das 16 às 17h, na frente do prédio do TRE-SC. A participação dos servidores do Judiciário já foi aprovada em assembleia, bem como a ida de servidores à Brasília.

Sintrajud/SP - Em São Paulo, os trabalhadores do Judiciário Federal paralisarão suas atividades por duas horas na quarta-feira (19/03). Para esta data estão marcados atos em vários locais de trabalho, que se somam aos diferentes segmentos do funcionalismo que realizam no mesmo dia 19 de março um dia de mobilização em Brasília.

No Fórum Ruy Barbosa, das 13 às 15h, a manifestação vai coincidir com a realização de um seminário sobre qualidade de vida, que está sendo promovido pela direção do tribunal. Os servidores aproveitarão a oportunidade para fazer com que suas reivindicações sejam ouvidas pela presidência do TRT, que deverá comparecer ao evento. No TRE, das 12 às 14h, haverá um ato em frente ao prédio do tribunal na rua Francisca Miquelina, centro de São Paulo. No TRF-3, o ato acontecerá em frente ao Fórum Pedro Lessa, na avenida Paulista. Na Baixada Santista, os servidores farão um ato conjunto, a partir das 13h, diante da Justiça Federal de Santos, no centro da cidade.

Sindiquinze/SP – Na 15ª Região, o Sindiquinze informou que elegeu cinco delegados para a reunião ampliada da Fenajufe, mas não mencionou o que a categoria faria no dia nacional de mobilização (19/03).

Por Eduardo Wendhausen Ramos, com informações dos sindicatos citados

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Reunião Ampliada da Fenajufe será no dia 20/03, às 9 horas. Confira o calendário de atividades desta semana.

A Fenajufe confirma seu calendário de atividades para esta semana em Brasília. No dia 19, a partir das 9 horas, no Ministério do Planejamento, os servidores públicos federais realizam o Dia Nacional de Mobilização. Em seguida será realizado um ato em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal) para cobrar a pauta específica dos servidores do Judiciário Federal e a votação do recurso referente à definição de data-base.

Ainda para o dia 19, às 15 horas, está marcada a Reunião Ampliada dos Servidores Públicos Federais, em local a definir. No dia seguinte, às 9 horas, no Hotel Nacional, será realizada a Reunião Ampliada da Fenajufe. Já no dia 22, a Fenajufe realiza  Reunião do GTN de Carreira.

Por Eduardo Wendhausen Ramos

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Fenajufe se manifesta na consulta pública sobre distribuição de pessoal e de orçamento no Poder Judiciário, promovida pelo CNJ

Para definir critérios para a distribuição de pessoal e de orçamento no Poder Judiciário, o CNC (Conselho Nacional de Justiça) criou um Grupo de Trabalho constituído pela Portaria Nº 155/2013, designado especificamente para elaborar estudos e formular propostas para a implementação de política nacional voltada à priorização do primeiro grau de jurisdição dos tribunais brasileiros. Preocupada com as imposições unilaterais impostas aos servidores pelo CNJ por meio de metas abusivas, sem a devida preocupação com as condições de trabalho, a Fenajufe manifestou-se na consulta pública do CNJ requerendo abertura de discussão sobre a proposta de resolução. Clique aqui  e confira a íntegra da manifestação da Fenajufe.

Uma decisão desse porte não pode ser tomada sem um grande debate envolvimento os sindicatos e os tribunais em cada estado, assim como a Fenajufe, que reúne os sindicatos de todo o país, e o CNJ, incluindo os demais órgãos centrais e de cúpula do Poder Judiciário. A preocupação da Fenajufe baseia-se no fato de que os principais afetados pela resolução proposta, caso implementada, serão justamente os cerca de 120 mil servidores do Poder Judiciário da União, representados pela entidade, além dos servidores dos tribunais de justiça dos estados.

Entre vários pontos prejudiciais aos servidores e que chegam a gerar uma grande insegurança, a proposta concede ao presidente do CNJ a delegação para alterar os anexos sem sequer ouvir os demais membros do Conselho. A Fenajufe levanta também dúvidas sobre a confiabilidade histórica de uma avaliação com base num período de apenas três anos para definir a proporção e a distribuição de servidores entre primeiro e segundo graus de jurisdição. Além do mais, é preciso levar em consideração as peculiaridades de cada instância, sem que se estabeleça um processo de disputa de recursos entre elas.

Outra questão que deveria ser considerada mais objetivamente é a garantia de segurança e estabilidade aos servidores em suas lotações para coibir remoções compulsórias e arbitrárias, que vêm sendo utilizadas como forma de punição. A Fenajufe também ressalta seu descontentamento com a premiação por desempenho, que tende a comprometer o debate sobre carreira que vem sendo travado com os tribunais e conselhos pelas entidades representativas.

Esta proposta de resolução sobre a distribuição de força de trabalho e de orçamento nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo graus, é mais uma das iniciativas do CNJ baseadas na política de metas adotada nos últimos anos para o Poder Judiciário, que tem sido constantemente criticada pela Fenajufe. Em linhas gerais, o conjunto de metas adotadas pelo CNJ não tem sido efetivamente discutido na base, em cada tribunal e localidade, com os principais responsáveis pela sua implementação, os servidores e magistrados.

Além disso, não têm sido levadas em conta as estruturas existentes nos órgãos do Poder Judiciário, tanto com relação à estrutura de pessoal quanto estrutura material e às condições de trabalho, sem os quais as metas não passam de imposições unilaterais, de cima para baixo. Entre as  consequências estão o crescimento contínuo do adoecimento, o assédio moral, a desmotivação e o desestímulo, a rotatividade de servidores, entre várias outras.

Apesar de ter aberto consulta pública e realizado uma audiência pública para a discussão do tema, o CNJ não realizou um debate amplo e aprofundado em cada ramo do Poder Judiciário e em cada estado e localidade. Em razão da envergadura e amplitude das medidas sinalizadas, a Fenajufe requereu ao CNJ que suspenda cautelarmente qualquer providência para a implementação da resolução proposta, de modo a assegurar maior participação nas discussões, tendo em vista as diversas realidades e experiências concretas de todas as pessoas envolvidas no funcionamento cotidiano do Judiciário.

Por Eduardo Wendhausen Ramos

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Carreiras Exclusivas: Fenajufe mantém a luta contra a divisão da categoria

Judiciário Federal: Casa Grande e Senzala?

São bastante preocupantes, as atitudes e pressões que acontecem no STF nos tribunais superiores para criação de carreiras exclusivas naqueles Órgãos.

Primeiramente tivemos a criação, a partir da portaria 46/2014, de uma comissão para apresentação de estudos acerca da proposta de criação de uma carreira própria para o quadro de pessoal do Superior Tribunal de Justiça. Posteriormente, cria-se uma provável proposta também no STF de criação de uma carreira própria a ser discutida por aquela Corte.

A criação de carreiras exclusivas nos tribunais superiores trará muitos prejuízos para a categoria que já passa de 120 mil trabalhadores no país, pois quebra a isonomia com os demais servidores do Judiciário Federal. Além disso, os presidentes dos tribunais superiores terão que interceder apenas com os seus servidores diretos, quebrando a unicidade.

A distinção salarial na proposta causará também uma grande indignação da categoria, pois os servidores passaram pelos mesmos concursos, realizam as mesmas atribuições, lutaram juntos pelos vários planos de cargos e salários, manutenção de direitos e melhores condições de trabalho.

Para o STF e tribunais superiores, é muito cômodo se valerem da angústia dos colegas servidores daqueles Órgãos, premidos pela desvalorização salarial imposta pelo próprio PJU, através de sua constante omissão em fazer valer sua autonomia orçamentária, perante o Executivo. Assim, com quadros relativamente pequenos de servidores, podem achar que não teriam dificuldades em aprovar os projetos de reajustes dos seus “quadros”, pelo crivo dos poderes Executivo e Legislativo, podendo assim, apresentarem propostas de reajustes bem generosas, enquanto esqueceriam e não se empenhariam na aprovação de reajustes justos para “o restante” da categoria que fazem parte do poder judiciário e que prestam serviços diretos à população.

As propostas também apresentam inconstitucionalidades por quebrar a unicidade das carreiras. Antes do primeiro PCS em 1996, havia várias normas que regulamentavam as carreiras dos servidores do poder Judiciário. O chamado PCS1 foi uma vitória que unificou a carreira e criou condições para o seu desenvolvimento.

Há inclusive várias controvérsias em jurisprudências que discutem se na criação das “carreiras específicas” poderiam ingressar apenas novos servidores ou, até mesmo, se mantida a “nomenclatura” dos atuais cargos nessas novas “carreiras específicas”, com vencimentos superiores, esses valores teriam que ser estendidos aos demais servidores.

 

As propostas atuais de criação de carreiras exclusivas retrocedem (mais de 15 anos) na valorização do Judiciário e seus servidores, buscando criar uma divisão da carreira e enfraquecendo a categoria ao criar servidores de 1ª e 2ª classes, uma verdadeira “Casa Grande e Senzala”, onde a Casa Grande passaria a ter valorização salarial, melhores condições de trabalho, enquanto a senzala teria salários rebaixados e desvalorização da sua carreira, mesmo que dos os servidores do país sejam regidos, atualmente, pelas leis que implementaram o Plano de Cargos e Salários, prejudicando cada vez mais a prestação de serviços à sociedade.

A Fenajufe tem  a compreensão de que estes vários anos de uma política do STF e do governo federal, principalmente na última negociação com o governo Dilma, de desvalorizar a carreira aprofundando a terceirização, a precarização do trabalho e impondo um grande arrocho salarial contribuem com a ilusão de uma parte da categoria que pensa que se apartando do conjunto dos servidores do judiciário conseguirá alcançar um avanço salarial, desistindo de lutar para buscar um verdadeiro Plano de Carreira que valorize o seu salário e garanta sua dignidade como servidor da carreira judiciária.

E na audiência desta quinta-feira (13/02),  da Federação com o chefe de gabinete do presidente do STF, Dr. Silvio Albuquerque, os coordenadores João Evangelista e Saulo Arcangeli reafirmaram a posição da Fenajufe contrária às carreiras exclusivas e cobraram a resposta do STF à instalação da Mesa de Negociação permanente que discutirá, dentre outros pontos, um Plano de Carreira Único para os servidores do judiciário federal, e também a pauta enviada pela Fenajufe e que até agora não foi respondida. Na ocasião, foram informados pelo Dr. Silvio que, em relação às “carreiras específicas”, há muita pressão dos próprios servidores daquele Órgão que encaminharam abaixo-assinado ao Presidente Joaquim Barbosa. Esclareceu que o presidente do STF ainda não tem posição sobre o assunto e que, em relação ao “apoio” dos outros ministros daquela Corte, há bastante especulação sobre a posição favorável dos mesmos. Também informou que o ministro Joaquim Barbosa pretende colocar esta discussão em reunião administrativa para que o colegiado de ministros do STF decida sobre o assunto.

A categoria do judiciário federal necessita, neste momento, criar uma grande unidade da categoria para que possa, na campanha salarial 2014, combinar a luta pela reposição das perdas e pela data-base com um verdadeiro Plano de Carreira que valorize toda a categoria do país, não privilegiando poucos e prejudicando aqueles que contribuem para construir o Poder Judiciário Federal.

Por isso, a Fenajufe exige do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça a suspensão dessa discussão e que o Ministro Joaquim Barbosa instale imediatamente a mesa de negociação permanente e garanta a elaboração de um verdadeiro Plano de Carreira que valorize o conjunto da categoria judiciária que integra todas as suas instâncias.

 

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Fenajufe acompanha tramitação da PEC 185/12, que trata da data-base

Os plantonistas da Fenajufe, João Evangelista e Saulo Arcangeli, acompanharam esta semana a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 185/12, que trata da data-base. Eles estiveram no gabinete do deputado Dr. Grilo (SDD/MG), que é relator da proposta e que já apresentou parecer favorável. A proposta entrou na pauta esta semana, mas não foi votada.

A Fenajufe continuará acompanhando nas próximas semanas a tramitação da matéria que busca retomar a data-base que não é respeitada pelos governos, inclusive o atual da presidente Dilma. Pela proposta, se o titular do Executivo não enviar projeto de reajuste da data-base, até o mês de julho, com validade a partir de janeiro do ano seguinte, qualquer parlamentar poderá apresentar projeto nesse sentido. Esta PEC é muito importante para todos os servidores públicos federais, pois tira do arbítrio do chefe do Executivo a exclusividade da competência para enviar o projeto ao Congresso Nacional.

A data-base é um dos pontos da pauta da campanha salarial 2014. Além da pressão para que a PEC seja aprovada, é importante a cobrança no STF sobre o recurso da data-base, e nas ruas durante o próximo dia 19 de março, quando será realizada manifestação unificada dos servidores públicos federais, no Ministério do Planejamento, a partir das 9 horas.

Por Eduardo Wendhausen Ramos, com foto de Joana D'Arc

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Fenajufe cobra posição do senador Randolfe Rodrigues sobre a PEC 59/13 (Estatuto do Servidor do Poder Judiciário)

Os coordenadores da Fenajufe, João Evangelista e Saulo Arcangeli, fizeram uma visita ao gabinete do senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) para cobrar uma posição do parlamentar em relação à PEC 59/13, que dispõe sobre a criação do Estatuto do Servidor do Poder Judiciário.

Na reunião com o chefe do gabinete, os dirigentes da Fenajufe reafirmaram a contrariedade da entidade à PEC 59/13 e cobraram a realização de uma audiência com Randolfe Rodrigues, solicitada em novembro do ano passado (leia aqui o ofício encaminhado pela Fenajufe ao senador). Além disso, ressaltaram a necessidade do senador ouvir os argumentos da Fenajufe, pois ele recebeu recentemente o sindicato dos servidores da justiça estadual do Amapá e, segundo matéria publicada, defendeu a aprovação da proposta que cria o Estatuto. O chefe de gabinete se comprometeu em falar com Randolfe Rodrigues sobre os argumentamos da Fenajufe e de buscar uma agenda para a Federação.

A Fenajufe mantém a orientação aos sindicatos para que façam um trabalho junto aos senadores de seus respectivos estados contra a aprovação da PEC 59/13, mostrando que a proposta de Estatuto Único é matéria complexa que está preocupando muitos servidores devido ao risco de perda de direitos que as carreiras estão sujeitas. Outro grave problema do estatuto é que, sem dúvida, vai dificultar ainda mais as negociações salariais, pois além de todos os trâmites já enfrentados nos três poderes federais, será preciso o aval dos governadores.

Por Eduardo Wendhausen Ramos, com foto de Joana D'Arc

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Câmara aprova proposta para criação de 708 cargos no STJ, dos quais 515 são para comissionados

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 6233/13, do Superior Tribunal de Justiça, que cria 708 cargos nos quadros do tribunal. A grande maioria, 515 vagas, é de cargos em comissão, enquanto que somente 193 são de analista judiciário. A proposta, aprovada em votação simbólica, será ainda votada pelo Senado.

A previsão de gastos com a medida é de R$ 39,7 milhões em 2014 e de R$ 41,9 milhões para 2015. O provimento dos cargos, no entanto, deve obedecer à disponibilidade orçamentária.

Ao apresentar a proposta, o STJ apontou o déficit de pessoal em relação aos demais tribunais que apresentam igual carga de trabalho. Outro motivo alegado foi o fato de a maior parte dos atuais servidores ser composta por técnicos, e o aperfeiçoamento das atribuições requer a ampliação dos analistas judiciários.

Por Eduardo Wendhausen Ramos, com informações da Agência Câmara e do STJ

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Com a presença da Fenajufe, Câmara debate proventos integrais a servidores aposentados por invalidez (PEC170/12)

Nesta quarta-feira (26/02), a Câmara dos Deputados realizou audiência pública sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 170/12, que garante proventos integrais aos servidores públicos aposentados por invalidez, desde que tenham ingressado no serviço público até 31 de dezembro de 2003. A Fenajufe foi uma das seis entidades com assento na mesa e Roberto Ponciano, coordenador da Federação, falou durante 15 minutos para um plenário lotado. Também acompanharam a audiência os coordenadores da Fenajufe, Cledo Vieira, João Evangelista e Saulo Arcangeli.

Em seu discurso, Ponciano afirmou que, ao garantir a integralidade e a paridade na aposentadoria por invalidez, a PEC 170/12 veio para defender a dignidade humana do servidor público e corrige uma injustiça cometida pela Reforma da Previdência, realizada em 2003 sem ouvir os trabalhadores. Para ele, “essa reforma foi tão nefasta, que o servidor público tem mais dificuldade de se aposentar por invalidez do que o da iniciativa privada”. Ponciano disse ainda que “a aposentadoria não pode se tornar uma punição”, pois, ao se aposentar, o servidor já perde alguns benefícios, mas quando a aposentadoria é por invalidez, a pessoa fica desprovida de condições de se sustentar. Ele destacou que há servidores chegando ao ponto de enganar a junta médica com o objetivo de que não seja determinada sua aposentadoria por invalidez.

Além de Ponciano, foram ouvidos representantes da Anfip e do Sindifisco (Auditores Fiscais), Sinal (Banco Central), Sindireceita (Receita Federal) e CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil). Todos os palestrantes foram unânimes em criticar o governo por esta situação, principalmente a tentativa de justificar essa injustiça pela questão do impacto financeiro que traria à Previdência. Eles defenderam a urgência na aprovação da PEC 170/12, no que foram apoiados pelos deputados presentes. Além da autora da proposta, Andreia Zito (PSDB-RJ), do presidente da comissão, Alexandre Roso (PSB/RS), e do relator, Marçal Filho (PMDB-MS), marcaram presença Arnaldo Fará de Sá (PTB/SP), Ivan Valente (PSOL/SP), Junji Abe (PSD-SP), Paulo Foletto (PSB/ES) e Policarpo (PT/DF), Todos se mostraram favoráveis à proposta.

Esta foi a terceira audiência realizada pela comissão especial da PEC 170/12 e, de acordo com o relator, deputado Marçal Filho (PMDB-MS), a ideia é realizar apenas mais uma, na próxima semana, com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Segundo ele, a comissão deverá votar o parecer até o início de abril.

Assista aqui a matéria feita pela TV Câmara sobre a audiência, com participação de Roberto Ponciano

Por Eduardo Wendhausen Ramos, com fotos de Joana D’Arc

 

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