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Redação Fenajufe

Em causa própria: reposição de servidores segue indefinida, mas STF concede auxílio-moradia a juízes

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu decisão liminar, no dia 15 de setembro, reconhecendo aos juízes federais o direito ao recebimento de auxílio-moradia. A liminar foi concedida na véspera de um dia de “mobilização pela valorização da magistratura federal”, convocado pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

Segundo a Ajufe, os juízes protestavam contra o veto da presidente Dilma a dispositivo do projeto de lei que assegurava gratificação por acúmulo de função aos juízes federais, aprovado pelo Congresso Nacional, e contra o corte do orçamento do Judiciário no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2015. Nesse dia, ocorreram manifestações e atos de juízes em várias regiões do país.

Apesar de a decisão ter saído em meio à mobilização e à insatisfação do segmento, a ação foi proposta em abril de 2013, por oito juízes federais, e a Ajufe foi admitida como assistente. O parecer do procurador-geral da República (PGR) na ação, favorável à pretensão, foi emitido em pouco mais de um mês após a abertura de vista. No mesmo dia, Fux deferiu a liminar, agilidade incomum para decisões como essa.

O ministro menciona, entre os fundamentos da decisão, a isonomia com os membros do Ministério Público e com outras carreiras públicas, inclusive magistrados no próprio STF, nos tribunais superiores, e em alguns estados, que já receberiam o benefício. Menciona ainda dispositivo da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) que prevê a vantagem. Fux emite ainda, na decisão, juízo de valor acerca da condição salarial dos magistrados, ao falar em evasão e falta de atratividade da carreira.

O ministro estabelece que os juízes federais devem receber “os valores pagos pelo STF a título de auxílio-moradia a seus magistrados” e que o benefício deverá ser pago a todos eles, “salvo a favor do magistrado federal a quem tenha sido disponibilizada residência oficial”. A decisão ainda recomenda que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) regulamente a matéria de modo uniforme, para toda a magistratura nacional.

A matéria é controvertida. A Loman prevê o auxílio-moradia aos juízes nas localidades onde não houver residência oficial disponível, porém “nos termos da lei”. Não há lei específica a respeito. Além disso, a Constituição e a própria Loman estabelecem que o magistrado deve residir na comarca em que atua, salvo autorização específica, e tem assegurada a inamovibilidade. Há ainda outras ações anteriores no STF com o mesmo objeto, e decisões liminares foram proferidas em sentido distinto, sem decisões definitivas quanto ao mérito.

Apesar disso, alguns tribunais regionais regulamentaram o auxílio em seus âmbitos. No CNJ há procedimentos que tratam da matéria, e liminares chegaram a suspender resoluções que fixavam valores de auxílio-moradia em parte deles. As decisões basearam-se nas divergências existentes em torno do tema, e lançaram dúvidas sobre o pagamento indiscriminado a todos os juízes.

Em recente sessão, no dia 2 de setembro, o julgamento de processo relativo a auxílio-moradia fixado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte foi suspenso, após pedido de vista da corregedora, ministra Nancy Andrighi. Presidindo a sessão, o ministro Ricardo Lewandowski afirmou em plenário: “Tenho o desejo pessoal de que nós tenhamos uma magistratura nacional, unificada. Como a corregedora tem enorme experiência na matéria, ela certamente poderá trazer subsídios importantes ao plenário para essa discussão”.

Como na prática não há residências oficiais à disposição dos magistrados, a decisão tende a beneficiar todos os juízes federais, como uma complementação salarial, mesmo no caso dos que tenham residência própria, já que essa é a única ressalva na liminar do ministro Luiz Fux. A decisão é expressa quanto à extensão do benefício a todos os juízes federais, na forma da Loman.

O valor fixado, de R$ 4.377,73, corresponde a quase 20% do subsídio do cargo de juiz federal substituto, e resultará em um impacto financeiro de mais de R$ 81 milhões anuais. É um percentual próximo ao previsto no projeto de lei de reajuste dos magistrados enviado ao Congresso pelo STF, de 22%, já absorvidos os 5% previstos para o próximo ano a todo o funcionalismo. O jornal “Estado de SP”informou que a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) já teriam ajuizado ações no STF com o objetivo de obter decisões semelhantes em benefício de seus representados.

Ao conceder por decisão judicial uma vantagem com essa proporção, o STF impõe ao governo um ônus financeiro imediato sem previsão orçamentária e sem lei específica – a Loman é de 1979 – e, na prática, acaba por driblar o corte do orçamento do Judiciário pelo Executivo, ocorrido há menos de um mês, nesse caso em benefício exclusivo da magistratura. O corte ocorreu em prejuízo dos reajustes salariais, tanto de servidores quanto de magistrados.

No caso dos servidores, o corte tende a prejudicar a aprovação do projeto de reajuste, a menos que haja uma reação efetiva da cúpula do Judiciário, e a abertura de negociação com o governo para viabilizar a recomposição salarial. As ações ajuizadas no STF contra o corte, pela Fenajufe, associações de magistrados e PGR, ainda aguardam decisões, e não houve pronunciamento público da instituição quanto ao ocorrido. Já quanto à negociação, o presidente do STF assumiu perante a Fenajufe a defesa dos reajustes, mas disse ver dificuldade em conseguir negociar com o governo neste momento eleitoral.

Em que pese o compromisso assumido pelo presidente do STF em audiência com a Federação, de que seriam tratados com igual prioridade reajustes de servidores e magistrados, a categoria vê com cada vez mais preocupação a inexistência de um calendário de negociação estabelecido até o momento. A concessão do auxílio-moradia aos juízes, que não tiveram que esperar pelas eleições, aguçou essa preocupação.

 

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Nota de falecimento

 

A Fenajufe informa, com pesar, que faleceu nesta quinta-feira (25/09) o servidor do TRT-SP, Edélcio Ribeiro. Sempre atuante e presente nas instâncias do Sintrajud/SP, ele era diretor de base e já foi membro da diretoria executiva do sindicato.

A foto registra a participação de Edélcio Ribeiro na assembleia geral da categoria, realizada no último sábado (20/09). 

A direção da Fenajufe lamenta o falecimento deste companheiro de luta e se solidariza com seus amigos e parentes.

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II Seminário Nacional da Fenajufe sobre Saúde do Servidor e PJe será realizado nos dias 10 e 11 de outubro

A Fenajufe convoca as entidades filiadas para o II Seminário Nacional da Fenajufe sobre Saúde do Servidor e PJe (Processo Judicial Eletrônico), nos dias 10 e 11 de outubro, no Hotel Nacional, em Brasília. As entidades devem enviar os nomes dos participantes até o dia 6 de outubro para o endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Programação

10/10/2014 – sexta-feira

08h00 - credenciamento

09h00 - Mesa de abertura com representantes da Fenajufe e entidades presentes.

09h30 – Reestruturação Produtiva no PJU: Realidade das condições de trabalho e saúde de servidores e magistrados, metas, processo eletrônico e qualidade da prestação jurisdicional.

Painelistas:

  • Antônio César Bochenek – Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil - Ajufe
  • Paulo Luiz Schmidt - Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho - Anamatra
  • João Ricardo dos Santos Costa - Associação dos Magistrados Brasileiros - AMB
  • Dionizio Gomes Avalhaes – Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados - Fenajud
  • Fenajufe 

12h00 – Intervalo para almoço

14h00 – Novos modelos de gestão e saúde no trabalho – (metas/intensificação, gestão por competência, GD).

Painelista:

  • Álvaro Merlo – professor e médico do trabalho atua na área de Psicologia, com ênfase em Psicodinâmica e Clínica do Trabalho e na área da Medicina, com ênfase em Medicina do Trabalho.

16h00 – Intervalo para o lanche

16h30 – Saúde das servidoras e servidores em tempos de intensificação tecnológica do trabalho, gestão por competência e teletrabalho: diagnóstico e medidas de prevenção.

Painelista:

  • Rogério Dornelles – médico, pós-graduado em medicina do trabalho e assessor do Fórum de Saúde do Trabalhador e pesquisador em colaboração com o Laboratório de Psicodinâmica do Trabalho.

Debatedores:

  • Luiz Cláudio Silva Allemand - Presidente da Comissão Especial de Direito da Tecnologia e Informação da OAB
  • Bráulio Gabriel Gusmão – Juiz auxiliar da presidência do CNJ 
  • Fenajufe

18h30 – Encerramento

11/10/2014 – sábado

09h30 – Experiências dos estados: apresentação das pesquisas e trabalhos realizados

Painelistas:

  • Apresentação dos sindicatos inscritos
  • Álvaro Merlo (pesquisa UFRGS com OJs da JF)

12h30 – Intervalo para almoço

14h00 – Novos modelos de gestão: novos modelos de violência e intensificação do assédio moral.

Painelistas:

  • Roberto Heloani - professor Titular e pesquisador da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, na área de Gestão, Saúde e Subjetividade e professor conveniado junto à Université de Nanterre (Paris X).
  • Teresinha Martins - professora Adjunta A da UniRio e coordenadora do Grupo de Extensão “Assédio Moral no Trabalho”, PROEXC-Unirio.

16h00 – Intervalo para o lanche

16h30 – Conclusões: apresentação de propostas/diretrizes para a elaboração de documento a ser apresentado no VIII Encontro Nacional do Poder Judiciário organizado pelo CNJ e para o MPU.

19h00 – Encerramento e entrega de certificados

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Nesta quarta-feira (24/09) tem Apagão no Judiciário

Seguindo indicação da última reunião do Comando Nacional de Greve da Fenajufe, realizado no dia 3 de setembro, está marcado um Apagão no Judiciário para esta quarta-feira (24/09), com atos em vários estados, incluindo a Justiça Eleitoral.

A mobilização dos servidores continua para pressionar a cúpula do Judiciário a buscar uma interlocução com o governo federal, capaz de garantir a autonomia do poder e assegurar a reposição das perdas salariais acumuladas pela categoria.

Os sindicatos que informaram à Fenajufe sobre a realização do Apagão são os seguintes:

Sindjufe/BA - Apagão dia 24/09, com ato às 11h, no TRE-BA, com concentração nos tribunais a partir das 7h30min.

Sintrajufe/MA - Apagão dia 24/09, com ato às 13h30min, na sede da Justiça Federal.

Sitraemg/MG - Apagão dia 24/09, com ato das 12h30min às 14h30min, em frente ao prédio dos cartórios eleitorais, em Belo Horizonte.

Sintrajufe/RS - Apagão dia 24/09, com ato às 14h, em frente ao Anexo da Justiça Eleitoral.

Sintrajud/SP - Apagão dia 24/09, com ato às 12h, no TRE-SP.

Sintrajufe/CE - Apagão dia 24/09, com ato em frente à sede da Justiça Federal no Centro, a partir das 9h.

Sinsjustra/RO-AC- Apagão dia 24/09, com operação tartaruga de 24 horas em todas as unidades da Justiça do Trabalho de Rondônia e Acre.

Sinjuspar/PR - Apagão dia 24/09, com ato em frente ao TRE-PR e Zonas Eleitorais.

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Estado de Greve: como forma de protesto, servidores doam sangue em Governador Valadares (MG)

 

Seguindo a orientação de se manterem mobilizados durante o período de “estado de greve”, servidores da Justiça Federal e da Justiça Eleitoral de Governador Valadares fizeram um protesto que, além de dar visibilidade à luta da categoria pela reposição salarial e contra o corte efetuado pelo Executivo no Orçamento, ainda ajudou muita gente: doaram sangue no Hemominas da cidade.

 

Quem envia o relato é o servidor da JF Fabiano Rossi, que também conta que os manifestantes adotaram o slogan “Nós não doamos só o nosso sangue para a União” e, enquanto alguns servidores doavam sangue para o banco do Hemominas, os demais permaneciam na porta com camisas e uma faixa de protesto, contra os oito anos de arrocho salarial e pela autonomia do Judiciário.

 

Confira mais registros da atividade:

O SITRAEMG parabeniza a iniciativa dos servidores de Governador Valadares e agradece imensamente à força da categoria e a disposição para construir essa luta junto ao Sindicato, e pede a todos que fizerem atividades em seus locais de trabalho para enviarem informes e registros para o e-mailEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e ficarem atentos ao calendário de mobilização aprovado na última assembleia dos servidores, realizada em 17 de setembro.

Fonte: Sitraemg/MG

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Fenajufe ratifica posição contra carreiras exclusivas nos tribunais superiores

A Fenajufe manifesta sua oposição a qualquer tentativa de projeto exclusivista de carreira. A Federação tem decisão unânime de congresso condenando qualquer tentativa de separação de carreiras e salários de quaisquer tribunais.

Assim, a Fenajufe conclama todos os sindicatos filiados para que cerrem fileiras em torno do projeto único para a categoria, o PL 7920/14. Se necessário, serão chamadas paralisações e greve contra qualquer esboço de projeto exclusivista que venha a ser discutido.

A Fenajufe e seus sindicatos encampam apenas as lutas dos projetos que dizem respeito a aumentos salariais para o conjunto da categoria. Por isso a Federação esclarece que não tem nenhuma ligação com o movimento de carreira exclusiva que ocorreu ontem (16/09) em Brasília, e condenou em todos os seus fóruns essa tentativa de fragmentação da categoria.

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Conjur repercute ação ajuizada pela Fenajufe contra corte no orçamento do Judiciário e MPU

O site Conjur publicou a matéria abaixo sobre a ação ajuizada pela Fenajufe no STF contra o corte no orçamento promovido pelo Executivo, que viola a autonomia do Judiciário e do MPU, inviabilizando a recomposição salarial dos servidores. O site do STF também repercutiu o assunto. Confira abaixo as duas matérias.

 

CONJUR: Trabalhadores do Judiciário também vão ao STF contra corte no orçamento

Os cortes feitos pela Presidência da República nas propostas orçamentárias de instituições para 2015 geraram mais um inimigo: a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) questiona no Supremo a conduta do Executivo ao reduzir por conta própria os valores apresentados pelos órgãos. Já entraram com ações semelhantes a Procuradoria-Geral da Repúblicaentidades de classe da magistratura e a Defensoria Pública da União.

Para a Fenajufe, o Poder Executivo deveria ter enviado projeto de lei ao Congresso sem mexer em nenhuma proposta, pois o Legislativo tem competência exclusiva para fazer a análise, conforme a Constituição Federal. A Fenajufe alega que os cortes violam os princípios da autonomia financeira e orçamentária e da separação dos poderes.

A federação pede que o Supremo determine que o Projeto de Lei Orçamentária para 2015 (PLN 13/2014) passe a incluir integralmente a previsão calculada pelos órgãos do Poder Judiciário da União e do Ministério Público da União. Os advogados da Fenajufe afirmam que a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental é o procedimento mais adequado para atingir esse objetivo, tendo em vista que a lei orçamentária de 2015 ainda não existe no mundo jurídico, pois ainda não foi votada.

“Ao contrário de declarar a inconstitucionalidade da LOA do ano de 2015, busca-se resolver a questão de forma prévia, corrigindo o ato do Poder Executivo, que no exercício de seu dever constitucional de submeter à apreciação do Congresso Nacional o orçamento do ano de 2015, descumpriu preceito fundamental ao suprimir parte do conteúdo enviado pelo Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores e Ministério Público”, diz a ação, sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.

Clique aqui para ler o pedido.

 

STF: Fenajufe ajuíza ADPF contra corte no orçamento do Judiciário e MPU

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) ajuizou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 326, no Supremo Tribunal Federal (STF), na qual questiona o corte feito pela presidente da República nas propostas orçamentárias que recebeu do STF e do Ministério Público da União (MPU), antes de enviá-las ao Congresso Nacional. A entidade alega que tal ato do Executivo viola os princípios da autonomia financeira e orçamentária e da separação dos poderes da República.

“A presente arguição busca a reparação dessa violação, determinando que se faça constar no Projeto de Lei Orçamentária de 2015, que será apreciado pelo Congresso Nacional, as partes suprimidas indevidamente pelas autoridades arguidas, posto que o Poder Legislativo é o único com competência constitucional para votar e alterar a proposta”, diz a ação. Os advogados da Fenajufe afirmam que a ADPF é procedimento mais adequado para atingir esse objetivo, tendo em vista que a lei orçamentária de 2015 ainda não existe no mundo jurídico, pois ainda não foi votada pelo Congresso Nacional.

“Ao contrário de declarar a inconstitucionalidade da LOA do ano de 2015 por não conter parte considerável do orçamento do Poder Judiciário e do Ministério Público, busca-se resolver a questão de forma prévia, corrigindo o ato do Poder Executivo, que no exercício de seu dever constitucional de submeter à apreciação do Congresso Nacional o orçamento do ano de 2015, descumpriu preceito fundamental ao suprimir parte do conteúdo enviado pelo Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores e Ministério Público”, enfatiza a ação.

A mesma questão tramita no STF em mandados de segurança impetrados pela Procuradoria Geral da República (PGR) e por três associações de magistrados – Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

A relatora da ADPF é a ministra Cármen Lúcia.

 

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Fenajufe esclarece que suspensão da greve no dia 10/09 foi decidida pelo Comando Nacional de Greve

A Fenajufe esclarece que a manutenção da greve até o dia 10 de setembro foi indicada pelo Comando Nacional de Greve, reunido em Brasília no dia 3 de setembro, com a participação de representantes dos sindicatos em greve e da direção da Federação. O Comando indicou ainda a manutenção do estado de greve a partir do dia 11 e a realização de atividades semanais.

Os sindicatos que participaram da reunião foram Sindjufe/BA, Sindjus/DF, Sindijufe/MT, Sintrajufe/RS Sintrajusc/SC, Sindiquinze/SP, Sintrajud/SP, Sisejufe/RJ e Sintrajurn/RN.

Confira aqui a íntegra do relatório da reunião do Comando Nacional de Greve.

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NOTA DE PESAR

É com pesar que comunicamos o falecimento hoje (16/09) de DIRCEU TRAVESSO, filho do idealizador e fundador do Instituto MOSAP Domingos F. Travesso.

Informamos ainda que a partir da 16horas o corpo será velado no Sindicato dos Bancários – Rua Tabatinguera, 192, Centro e que as 20horas será homenageado pelos amigos de batalha.

O corpo será cremado amanhã as 10horas no Crematório Vila Alpina – Av. Francisco Falconi, 437 – Jd. Avelino – Vila Alpina.

 DIRETORIA EXECUTIVA

CONSELHOS FICAL E CONSULTIVO DO

INSTITUTO MOSAP

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Greve foi suspensa em oito sindicatos, conforme indicação do Comando de Greve, enquanto três permanecem no movimento

Conforme indicação do Comando Nacional de Greve, reunido em Brasília no dia 3 de setembro, a greve já foi suspensa em oito sindicatos. São eles Sindjufe/BA, Sindjus/DF, Sintrajusc/SC, Sindiquinze/SP, Sintrajud/SP, Sisejufe/RJ, Sintrajurn/RN e Sintrajufe/PI. A reunião do Comando de Greve contou com a participação de representantes dos sindicatos em greve e da direção da Fenajufe.

Três sindicatos ainda permanecem em greve. São eles Sintrajufe/RS, Sindijufe/MT e Sitraemg/MG, sendo que este último aderiu ao movimento no dia 8 de setembro. O Sintrajufe/RS e o Sindijufe/MT farão assembleia geral na próxima quarta-feira (17/09). O Sitraemg/MG marcou ato público para o TRE, nesta terça-feira (16/09).

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Ministra do STF pede informações à Presidência da República sobre corte de aumento para ministros e servidores

Nesta quinta-feira (11/09), a ministra Rosa Weber, pediu informações à Presidência da República sobre o corte na proposta de aumento de salário aprovado pelos ministros do STF. A manifestação faz parte do mandado de segurança no qual a Procuradoria-Geral da República quer obrigar o Poder Executivo a incluir a proposta de aumento no Orçamento Geral da União de 2015, que contempla também os servidores do Judiciário. Agora a Advocacia-Geral da União tem dez dias para se manifestar.

No mandado de segurança, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede que o STF determine a inclusão do reajuste na proposta original, sem modificações. Caso a concessão de liminar não seja possível, o procurador pede que a tramitação do Orçamento seja paralisada.

Com relação ao questionamento sobre a autonomia dos Poderes, o Ministério do Planejamento afirma que as propostas originalmente encaminhadas pelo Judiciário e pelo MPU foram encaminhadas em anexo ao texto enviado ao Congresso, "para conhecimento final e deliberação sobre a matéria". 

Fenajufe também ajuizou ação

A Fenajufe, que também ajuizou no mesmo sentido, espera um posicionamento do STF com relação à quebra da autonomia do Judiciário e do MPU, mais uma vez praticada pelo governo. A Federação cobra do STF ações concretas para garantir a recomposição salarial dos servidores.

Para a Fenajufe, a presidente da República não poderia ter omitido as propostas orçamentárias do projeto enviado ao Legislativo, pois somente este Poder tem competência constitucional para alterá-las. Ao Executivo caberia somente a consolidação das propostas e o envio do projeto de lei ao Congresso Nacional. Não há qualquer irregularidade nas propostas orçamentárias originais que pudesse justificar uma intervenção do governo, tendo sido observadas todas as diretrizes e limites previstos na Constituição, na Lei de Responsabilidade Fiscal, e na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Por Eduardo Wendhausen Ramos, com informações da EBC

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Ato em frente ao STF, durante posse de Lewandowski, repercute na mídia

A mídia deu boa repercussão ao ato realizado nesta quarta-feira (10/09), em frente ao STF, por servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União, durante a solenidade de posse do ministro Ricardo Lewandowski na presidência do Supremo. A principal reivindicação é pelo respeito à autonomia do Judiciário, para que seja incluída, no Orçamento da União/2015, previsão de recursos para a reposição salarial da categoria.

Confira nos links abaixo o que publicou a mídia sobre o assunto.

Manifestantes fazem ato diante do STF antes da posse de Lewandowski (Globo.com)

Em dia de posse no STF, servidores fazem protesto em frente à Corte (O Globo)

Servidores do Judiciário aproveitam posse de Lewandowski para protestar (R7)

Coquetel e protesto na posse de Lewandowski (Blog de Frederico Vasconcelos, em Folha.com)

Servidores do judiciário fazem protesto em Brasília (EBC)

Servidores do Judiciário Federal vão realizar ato em posse no STF (Correio do Povo/RS)

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Mídia repercute corte no orçamento do Judiciário e MPU, promovido pelo Executivo

Veículos de imprensa de todo o Brasil vêm repercutindo o corte no orçamento do Judiciário Federal e do Ministério Público da União, realizado pelo Executivo. Essa atitude do Governo provocou indignação na categoria e uma reação que desencadeou no ajuizamento de ações no STF para garantir a aprovação do orçamento originalmente enviado pelo Judiciário e pelo MPU, prevendo recursos para a recomposição salarial de servidores e magistrados.

Além do procurador geral da República, Rodrigo Janot, também ajuizaram ação no Supremo para suspender o corte orçamentário feito pela presidente Dilma Rousseff, a Fenajufe e entidades de magistrados.

Confira nos links abaixo o que vem publicando a imprensa sobre o assunto, com destaque para a Folha de São Paulo, Correio Braziliense, G1, Exame, entre outros veículos.

STF critica governo por corte no orçamento do Judiciário (Valor Econômico)

Corte no orçamento do Judiciário abre crise entre os poderes (O Tempo)

Ministros criticam corte de Dilma no orçamento adicional pedido pelo STF (Correio Braziliense)

PGR vai ao STF contra corte no orçamento do Judiciário (Exame)

Associações de magistrados questionam no STF corte no orçamento do Judiciário (Conjur)

Corte no orçamento do Judiciário abre crise entre os poderes (Folha de S. Paulo)

Janot vai ao STF contra corte do governo no orçamento do Judiciário (Gazeta do Povo)

PGR quer incluir o aumento do Judiciário na proposta de orçamento (EBC)

Corte no orçamento abre crise entre Poderes (Estado de Minas)

Judiciário reage à tesoura do governo (Estado de Minas)

PGR quer obrigar Dilma a incluir reajuste do Judiciário no Orçamento (G1)

 

Por Eduardo Wendhausen Ramos

 

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Comando Nacional de Greve orienta sindicatos a debaterem em assembléias o indicativo discutido na última reunião

Comando Nacional indicou suspensão da greve a partir do dia 10/09, com a manutenção do estado de greve e construção de atos e apagões para manter a pressão e a mobilização

 

Na última semana, o comando nacional de greve reuniu-se na sede da Fenajufe, para avaliar o quadro atual da greve no Judiciário Federal em todo o Brasil. Além de dirigentes da Federação, participaram da reunião representantes de nove dos dez sindicatos em greve (Sindjus/DF, Sindiquinze/SP, Sintrajufe/RS, Sintrajusc/SC, Sindijufe/MT, Sindjufe/BA, Sintrajud/SP, Sisejufe/RJ e Sintrajurn/RN).   

Os representantes avaliaram a greve a partir dos informes dos sindicatos presentes, que relataram o patamar de greve instalada e fizeram análise dos desafios e dificuldades enfrentados nos seus estados. Na maioria, os relatos apontaram refluxos e dificuldades de obter novas adesões, inclusive na Justiça Eleitoral. Foi relatado ainda que alguns tribunais estão retaliando servidores, com medidas como corte de ponto e ameaças de retirada de funções comissionadas de grevistas.

Esteve na reunião também a assessoria parlamentar da Fenajufe. O assessor Thiago Vidal descreveu um cenário complicado no Congresso e informou que não há perspectiva de votações ao menos até o primeiro turno das eleições. Falou ainda que as questões orçamentárias, caso haja acordo, podem ser resolvidas até o fim deste ano e que os prazos orçamentários ainda estão em aberto, tendo em vista que a LDO e o relatório preliminar do PLOA ainda não foram votados. Outra informação dada pelo assessor é que há autorização no Anexo V do PLOA para o PL 7027/13, relativo à isonomia dos chefes de cartório eleitoral.

Com a confirmação do corte do orçamento do Judiciário e do MPU pelo governo, os representantes presentes à reunião manifestaram a indignação da categoria e ratificaram a proposta de realização do ato nacional ocorrido ontem, 10, durante a posse do ministro Ricardo Lewandowski na presidência do STF, com o objetivo de denunciar a violação da autonomia das instituições pela presidente Dilma, presente à cerimônia, e reivindicar da cúpula do Judiciário e do MPU empenho na abertura de negociação com o governo como condição necessária para assegurar o reajuste salarial.

Houve o entendimento de que em um primeiro momento a greve cumpriu o papel de pressionar e chamar a atenção da cúpula do Judiciário para a grande defasagem salarial dos servidores, cobrando medidas concretas para a reposição salarial. Foram apontados alguns avanços nesse sentido, entre eles o diálogo estabelecido com o STF, embora não se tenha atingido ainda o objetivo que é a negociação efetiva entre o PJU, MPU e Executivo, e a aprovação dos reajustes no Congresso Nacional.

Atos e apagões para manter a mobilização

O comando nacional avaliou ainda que, na ausência de fatos novos mais significativos, ou de reação mais efetiva da categoria nos estados que se refletisse em maior adesão ao movimento, seria recomendável a suspensão do movimento após a realização do ato, mantendo-se no entanto o estado de greve e um calendário de atos e apagões no próximo período, no intuito de manter a pressão e garantir visibilidade à demanda dos servidores. O calendário deve levar em conta também o cronograma da Justiça Eleitoral.

Foi indicado o dia 24 de setembro para um novo apagão nos estados, com ato nacional no STF. Atos semanais seriam realizados pelos sindicatos nos tribunais e fóruns, para manter e amplificar o estado de mobilização da categoria.

Dias parados

A Fenajufe orienta que os sindicatos informem problemas com os tribunais durante ou após a greve, como a cobrança de compensação hora a hora ou corte ponto, por exemplo, para que possam ser tratados em conjunto, com as presidências dos tribunais superiores e com o ministro Lewandowski, no STF, para evitar a consolidação de decisões ou entendimentos prejudiciais à categoria, relativamente à compensação dos dias parados.

A unidade tem sido a maior força da categoria desde a conquista do primeiro plano de cargos e salários dos servidores. A Fenajufe reafirma esse compromisso e conclama os servidores a manterem firme a mobilização em todo o país, na busca da tão urgente e necessária recomposição salarial para todos, e a somarem forças na luta por um plano de carreira que respeite as especificidades, corrija distorções, e valorize e unifique a categoria. 

 
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Em ato durante posse do presidente do STF, servidores criticam o governo e cobram autonomia financeira do Judiciário e reposição salarial

Nesta quarta-feira (10/09), por volta das 15 horas, servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União iniciaram um ato na Praça dos Três Poderes, durante a posse do ministro Ricardo Lewandowski na presidência do STF. A solenidade contou com a presença de várias autoridades, entre elas a presidenta Dilma Rousseff.

A solenidade de posse de Lewandowski pôde ser acompanhada do lado de fora, por meio de um telão instalado na entrada do STF. Ao verem a presidenta Dilma tomar assento à mesa, os manifestantes entoaram palavras de ordem contra o novo corte do orçamento do Judiciário, realizado pelo Poder Executivo, que é uma verdadeira violação da autonomia financeira e administrativa do Judiciário e do MPU, assegurada constitucionalmente. Os servidores denunciaram o congelamento salarial imposto por Dilma e reivindicaram do ministro negociação efetiva com o governo para viabilizar a aprovação do reajuste salarial no Congresso.

O ato foi pacífico e seguiu até o término da solenidade no STF, às 17 horas. No início, o comando definiu que a atividade teria o propósito registrar a indignação da categoria face à violação da autonomia orçamentária do Judiciário e à intransigência do governo federal em negociar a demanda do servidores, sem prejuízo da solenidade de posse. Houve espaço para falas de representantes de todas as delegações presentes, de vários estados e do DF.

Após a leitura do discurso de posse de Lewandowski e o término da solenidade, os servidores realizaram um grande apitaço no encerramento do ato. Os servidores também realizaram, como parte do protesto, um enterro simbólico da autonomia orçamentária do Judiciário, responsabilizando a presidenta Dilma, e marcharam ao redor da praça dos Três Poderes.

Participaram do ato servidores de 12 sindicatos da base da Fenajufe. As entidades representadas foram o Sindjufe/BA, Sindjus/DF, Sinjufego/GO, Sitraemg/MG, Sindjufe/MS, Sindijufe/MT, Sintrajufe/PI, Sisejufe/RJ, Sintrajurn/RN, Sintrajufe/RS, Sindiquinze/SP e Sintrajud/SP. Além de servidores do Judiciário, também participaram do ato servidores do MPU.

Discurso de posse

A pressão da categoria vai continuar para cobrar de Lewandowski que cumpra efetivamente o que disse no discurso de posse, sobre a necessidade de reposição salarial dos servidores. Ao lado de Dilma Rousseff e dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ele comprometeu-se com a recuperação as perdas salariais de magistrados e servidores. "Particular atenção será dada à recuperação de suas perdas salariais, de modo a garantir-lhes uma remuneração condigna com o significativo múnus público que exercem, bem como assegurar-lhes adequadas condições materiais de trabalho", disse o ministro. Ele ainda acrescentou que "deveremos restaurar a autoestima dos honrados magistrados e operosos servidores do Poder Judiciário, cuja importância, no tocante à relevante tarefa de pacificação social, que realizam diuturna e anonimamente, não tem sido adequadamente reconhecida pela sociedade e autoridades em geral".

No dia anterior à posse, Lewandowski recebeu dirigentes da Fenajufe e afirmou que lutaria por reajustes de servidores e magistrados. Confira aqui a matéria sobre esta audiência.

Por Eduardo Wendhausen Ramos, com foto de Joana D’Arc

 

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Fenajufe ajuíza ação no Supremo contra o corte nos orçamentos do Judiciário e do MPU

Proposta enviada previa recursos para recomposição salarial e foi cortada; categoria repudia interferência do governo na autonomia orçamentária do Judiciário e do MPU

A Fenajufe ajuizou arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) no Supremo Tribunal Federal (STF) por conta do corte nos orçamentos do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (MPU), realizado pela presidenta Dilma Rousseff. A entidade pede que seja suspensa a tramitação do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015 no Congresso Nacional até que o Executivo encaminhe projeto que contemple as propostas enviadas pelos presidentes dos Tribunais Superiores e pelo Procurador-Geral da República. O orçamento originalmente enviado previa recursos para a recomposição salarial da categoria.

Para a Fenajufe, a Presidenta da República não poderia ter omitido as propostas orçamentárias do projeto enviado ao Legislativo, pois somente este Poder tem competência constitucional para alterá-las. Ao Executivo caberia somente a consolidação das propostas e o envio do projeto de lei ao Congresso Nacional. Não há qualquer irregularidade nas propostas orçamentárias originais que pudesse justificar uma intervenção do governo, tendo sido observadas todas as diretrizes e limites previstos na Constituição, na Lei de Responsabilidade Fiscal, e na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Para o advogado Cezar Britto, que representa a Fenajufe, a violação de preceitos constitucionais, além de frustrar os interesses de servidores do Judiciário e do Ministério Público da União, desestabiliza o próprio arranjo constitucional da República. "A Constituição Federal assegura de forma explícita a autonomia administrativa e financeira do Judiciário justamente para garantir a independência deste poder. Na formulação de sua proposta orçamentária somente se vincula à Lei de Diretrizes Orçamentárias. Cabe ao Congresso Nacional, após consolidação das propostas e envio pelo Executivo, a apreciação. Ao violar esse procedimento o Executivo invade competência dos outros dois poderes, o que de modo algum pode ser admitido".

A ADPF foi autuada sob o número 326 e deve ser distribuída à Ministra Rosa Weber, que já é relatora de processos movidos pelo Procurador-Geral da República e outras entidades de classe com o mesmo objeto.

O ajuizamento da ação é parte das iniciativas da Federação em defesa da recomposição salarial da categoria. O objetivo é colocar em evidência a violação da autonomia do Judiciário e do MPU, mais uma vez praticada pelo governo, e cobrar do STF um pronunciamento quanto ao corte ilegalmente consumado, bem como ações concretas para a reversão desse quadro.

Junto a isso, a Fenajufe vem chamando a categoria à mobilização em todo o país. A greve nacional indicada pelas instâncias da categoria atingiu o DF e vários estados, em todos os ramos do Judiciário. Além disso, tem sido cobrada das cúpulas do Judiciário e MPU uma postura de defesa política e institucional da autonomia orçamentária das instituições, bem como a busca de uma negociação efetiva com o governo para viabilizar a aprovação do reajuste e a recuperação das perdas salariais acumuladas nos últimos anos.

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Em véspera de posse, Lewandowski diz que vai lutar por reajustes de servidores e magistrados

Nesta terça-feira (09/09), no STF, o ministro Ricardo Lewandowski recebeu os coordenadores da Fenajufe, Cledo Vieira, João Evangelista, Mara Weber e Tarcísio Ferreira, e o coordenador do Sindjus/DF, Jailton Assis, para tratar da reposição salarial dos servidores do Judiciário Federal. Também participou da audiência o deputado Roberto Policarpo (PT/DF), que foi convidado como relator do PL 7920/14, proposto pelo STF e que trata do reajuste da categoria.

A Fenajufe abriu a conversa saudando o ministro pela abertura de diálogo com os servidores, e explicitou como principais objetivos da reunião a busca do comprometimento com o reajuste dos servidores, e a marcação de reunião de maior fôlego após a posse efetiva, para tratar da negociação que deve ser empreendida com o Executivo para assegurar a aprovação do reajuste da categoria.

Lewandowski afirmou que vai lutar pelos reajustes dos servidores e dos magistrados, e que as portas do STF estarão sempre abertas ao diálogo com a categoria. Disse ainda que mencionará em seu discurso de posse a necessidade de valorização salarial de servidores e magistrados. Lembrou também que atuará conjuntamente com o MPU na negociação, e que para tanto está articulado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em resposta ao pedido dos dirigentes, foi marcada nova audiência para o próximo dia 8 de outubro. Segundo o ministro, essa era a primeira data disponível.

Os dirigentes reforçaram a necessidade de negociação efetiva com o governo para viabilizar a aprovação do reajuste no Congresso, e expressaram a indignação da categoria com o novo corte do orçamento do Judiciário, realizado pelo Executivo, com a consequente violação da autonomia constitucional do Poder. O ministro reconheceu o problema do corte, e mencionou a ação ajuizada pela PGR. Os dirigentes informaram que a Fenajufe também ajuizaria ação no STF, com o objetivo de colocar a questão em evidência. Afirmaram ainda que, apesar da relevância da discussão jurídica, o incidente entre os Poderes tem contornos eminentemente políticos, com o que concordou o ministro.

Indagado quanto ao estágio da negociação do reajuste da categoria com o Executivo, Lewandowski manifestou disposição de procurar o governo para defender a aprovação do PL 7920/2014, mas disse ver dificuldade em reunir-se com a presidente Dilma no curto prazo, em razão da agenda da campanha eleitoral. Concordou, todavia, em procurar a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

Durante a conversa, o ministro mostrou-se contrário a “carreiras exclusivas” nos tribunais superiores. Ele disse que seria ruim que cada tribunal tivesse uma proposta diferente, e que isso poderia ocasionar uma disputa prejudicial entre eles. Informou ainda que remeteu um novo projeto de lei ao Congresso (PL 7920/14) tendo em vista irregularidade formal no substitutivo ao PL 6613, que não continha assinatura do então presidente do tribunal. Quanto ao parcelamento previsto no projeto, confirmou a informação de que não há ainda um acordo, e que o intuito é facilitar o processo de negociação, de modo a diluir o impacto financeiro.

Com relação ao ato público preparado pela categoria para esta quarta-feira, 10, dia de sua posse como presidente do STF, o ministro manifestou preocupação. Ele reafirmou estar do lado dos servidores e disse acreditar que o problema estaria no outro lado, referindo-se ao palácio do Planalto. Disse ainda reconhecer o direito de manifestação dos servidores, mas que entende que um protesto no dia de sua posse poderia enfraquecer a sua gestão à frente do STF, face à demanda dos servidores.

Para o coordenador João Evangelista, “é muito importante a deferência que teve [o ministro] em receber a direção da nossa Federação na véspera de sua posse como presidente do STF”. “Senti muita firmeza na fala do ministro e, consequentemente segurança, no que ele se dispôs em se empenhar”, afirmou.

“A audiência ocorrida com a Fenajufe, que até ontem não estava prevista, está diretamente relacionada com o ato convocado pelo comando nacional de greve para a posse do ministro, e é mais uma etapa em nossa luta. Reivindicamos ao ministro espaço permanente de diálogo, e a categoria deve estar mobilizada para exigir respeito à autonomia do Judiciário e cobrar negociação efetiva para pôr fim aos longos anos de congelamento e perdas salariais acumuladas”, afirmou Tarcisio.

Segundo Mara, “o gesto do ministro Lewandowski de receber a Fenajufe antes de sua posse a afirmar seu compromisso com a aprovação do PL 7920/14 é bastante positivo. Há uma sinalização de mudança de postura no STF a partir da entrada do ministro na presidência,. no sentido de respeito e valorização da categoria, que é muito bem vindo. O agendamento de nova reunião para o dia 08/10 demonstra a continuidade do diálogo e sinaliza a busca de uma atuação conjunta para assegurar os recursos necessários à aprovação do reajuste junto ao Executivo. A categoria deve manter a mobilização com o objetivo de pressionar o STF e o Executivo a fecharem o acordo orçamentário.”

Cledo ressaltou a importância da abertura de um processo de diálogo permanente e destacou a preocupação do ministro com a fragmentação da categoria e a necessidade de buscar a valorização salarial para o conjunto dos servidores do PJU.  

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