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Agência de Notícias

Dia Nacional de Mobilização: após votação, categoria define que Minas defenderá o PL 7920/2014 com as Emendas 2 e 3

Mais de uma centena de servidores reuniu-se na tarde desta quarta, 8, em frente ao TRE-MG, em Belo Horizonte, no Dia Nacional e mobilização. Em ato público e assembleia, além de uma paralisação de 2 horas em prol da reposição salarial da categoria, os servidores das Justiças Eleitoral, Trabalhista e Federal debateram sobre o PL 7920/2014 e votaram pela defesa do projeto com as emendas 2 e 3. Ainda, será realizado, conforme decisão da assembleia, novo ato público e paralisação de duas horas na próxima semana, em 15 de outubro, novamente em frente ao TRE.

A atividade desta tarde contou com os coordenadores do SITRAEMG Célio Izidoro Rosa, Alexandre Magnus Melo Martins (que, pouco depois, pegou um voo para Brasília, onde participará da reunião entre Fenajufe e ministro Ricardo Lewandowski no STF – veja aqui), Sandro Luis Pacheco, João Baptista Sellera Barbaro, Daniel de Oliveira, Etur Zehuri e Vilma Oliveira Lourenço. A discussão durante o ato ficou fortemente centrada no apoio ou não das Emendas 1, 2 e 3 (conheça-as aqui) apresentadas ao projeto de lei de reposição salarial da categoria e, em vários momentos, o debate ficou bastante acalorado.

Frente à grande presença de técnicos judiciários vestindo camisas do Movimento de Valorização dos Técnicos (Movatec), o coordenador Célio Izidoro esclareceu aos presentes a respeito da criação dos vários núcleos do SITRAEMG (Núcleo de Analistas, de Técnicos, de Aposentados e Pensionistas, de Agentes de Segurança, etc.) e que todos são parte do Sindicato, não significando que a entidade esteja mais ligada a um ou outro, tampouco que haja uma segmentação da categoria. Inclusive, o sindicalista disse não entender porque o movimento não está unificado nacionalmente: “estamos brigando contra o governo federal. Precisamos fazer pressão junto ao governo exigindo respeito, queremos que Dilma garanta verba para o nosso reajuste”, lembrou.

Dentro disso, o servidor do TRT-3 e filiado Luiz Fernando Gomes chamou a atenção dos participantes para o resultado “desastroso” das eleições para os trabalhadores, que mostrou uma diminuição de 40% nos representantes destes e, por outro lado, o crescimento de bancadas conservadoras e da chamada “bancada da bala”. “Quem realmente venceu as eleições foram as empresas financiadoras das campanhas”, lamentou o filiado, chamando os colegas e retomarem as lutas e colocarem em discussão a reforma trabalhista em curso no Congresso – essa sim, altamente prejudicial.

União versus desunião

Em muitas falas, os servidores fizeram questão de dizer que a existência de um movimento dos técnicos não implica em separação da categoria. Henrique José Américo, servidor da Justiça Eleitoral, defendeu que o movimento não tem nada contra analistas, sendo parte do SITRAEMG e tendo sido criado apenas pela valorização dos técnicos. O servidor acredita que a causa da diminuição do engajamento nas mobilizações da categoria é devida à injustiça do PL 7920 com os técnicos, já que estes fazem o mesmo trabalho que os analistas – nesse sentido, ele defendeu a Emenda 3 e requereu que o Sindicato também abraçasse a causa. Colega de Henrique na JE, a servidora Rosilene Valadares concordou com as observações deste, apontando a crescente diferença entre os salários de técnicos e analistas, e pediu a união dos servidores na luta.

Para mostrar que o SITRAEMG está engajado na defesa dos servidores, o coordenador geral do Sindicato Alexandre Magnus Melo Martins falou de sua ida à Brasília e lamentou a baixa participação dos servidores no debate promovido pelo Sindicato neste mesmo dia, 8, pela manhã, para discutir as emendas apresentadas ao PL 7920 (leia mais aqui). O coordenador também lembrou aos servidores que o SITRAEMG foi um dos primeiros Sindicatos a cobrarem uma posição da Fenajufe sobre as emendas e a realização de uma Reunião Ampliada urgente para tal tema (veja aqui o comunicado, ao final do texto), a fim de se obter uma decisão unificada, em nível nacional – infelizmente, o pedido do Sindicato de Minas e de outros cinco (SP, BA, RS, MT e PR) foi indeferido pela federação.

“Aproveito para estampar aqui a decisão da Fenajufe no sentido de que o debate tem que ser em outro momento, porque esse tema não dá para ser esgotado ainda”, disse Alexandre Magnus. Ele alertou para o atraso que a apresentação de Emendas – e as divisões causadas na categoria entre defendê-las ou não – causou à tramitação do PL 6613/2009, parado há cinco anos no Congresso: “A diretoria do SITRAEMG, na unanimidade, apoia e defende o conteúdo das emendas; inclusive porque foi bandeira das três chapas concorrentes ao pleito da direção do Sindicato. Mas o que eu e a direção não podemos deixar de colocar nessa assembleia é o que aconteceu ao PL 6613 e às suas emendas, que criou divisionismo entre a categoria”, esclareceu. O coordenador ainda disse que o Sindicato é a favor da valorização dos técnicos, mas que a falta de posicionamento dos demais sindicatos da categoria poderia enfraquecer o movimento.

No entanto, Alexandre Magnus deixou claro que, “todavia, o resultado da assembleia vai ser seguido pelo sindicato e espero que, se o resultado for pela luta pelas emendas, que toda a categoria esteja unida pela aprovação do PL e emendas 2 e 3” – por hora, apenas o Sindicato da Bahia tinha uma deliberação sobre as emendas ao PL. Posicionamento parecido teve o servidor do TRE e ex-presidente do SITRAEMG Alexandre Brandi, que criticou a desunião da categoria e cobrou responsabilidade dos colegas que defendiam a luta pelas emendas ao projeto. “Se lá na frente o PL [7920/2014] não passar, espero que vocês assumam que tomaram essa decisão”, disse o servidor.

Argumentos contra e a favor

Antes da assembleia entrar em regime de votação, foi aberto espaço para argumentações contra e a favor da defesa das Emendas pelo SITRAEMG. O servidor do TRT-3 e diretor de base David Landau defendeu que o que estava “em jogo” era a reposição salarial ou não e criticou aqueles que disseram que não se importavam com o projeto como um todo, mas apenas com as emendas: “não ter o PL implica em congelamento”, lembrou o servidor. Por sua vez, Júlio Cesar Brito, servidor do TRE, disse que não é de hoje que os técnicos tentam elevar a escolaridade exigida para o cargo – em 2009 essa tentativa já foi feita, no PL 6613/2009, mas, na época, o Supremo Tribunal Federal (STF) a considerou inconstitucional. Este ano, com a mudança desta decisão do Supremo, a decisão foi pacificada e a emenda pode entrar. “Nossa proposta não desune a categoria e nem tem grande impacto orçamentário”, defendeu Brito.

Por unanimidade, as emendas 2 e 3 foram aprovadas pelos participantes do ato de hoje, enquanto a emenda 1 foi rejeitada. A assembleia também deliberou pela defesa, pelo Sindicato, do PL 7920/2014 com as emendas aprovadas na votação. Os manifestantes também aprovaram um novo ato público, com assembleia e paralisação de duas horas para o dia 15 de outubro, próxima quarta-feira, às 12h30, novamente em frente ao TRE-MG (Avenida Prudente de Morais, 100 – bairro Cidade Jardim, em Belo Horizonte).

Fonte: Sitraemg/MG, com foto e texto de Janaína Rochido

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Por valorização e respeito, ato público e caminhada unem servidores dos judiciários Federal e Estadual no RS

O Apagão do Judiciário, nesta quarta-feira, uniu servidores dos judiciários Federal e Estadual do Rio Grande do Sul. Ambas as categorias realizaram paralisação de 24 horas. Nas varas trabalhistas, o Sintrajufe/RS ofereceu salchipão em um almoço coletivo. Depois, os colegas fizeram uma caminhada em torno dos prédios, chamando os colegas a descer e se somar à atividade. Estavam presentes servidores das justiças do Trabalho, Federal e Eleitoral e aposentados.

Logo após a saída do prédio das VTs, os servidores da Justiça Estadual, que vinham em sentido contrário, se somaram ao grupo. Os colegas saíram em caminhada pela Avenida Praia de Belas, com faixas e cartazes exigindo reposição salarial e denunciando o auxílio-moradia dos magistrados, até o TRT, onte foi realizado um ato público conjunto.

O ponto central das falas, no ato público, foi o respeito devido aos servidores, a luta por dignidade e a imoralidade que significa a aprovação do auxílio-moradia para magistrados e promotores. Foi lembrado que, no primeiro semestre, as categorias dos judiciários Federal e Estadual discordaram quanto à PEC 59/13, mas o respeito que mantiveram mesmo com pontos de vista divergentes possibilitou que agora estejam lutando por pautas comuns.

O diretor do Sindjus/RS Davi Pio da Silva dos Santos afirmou que, assim como os servidores do Judiciário Federal, os estaduais não avançaram um milímetro nas negociações salariais, que o assédio moral avança e há vários outros problemas. Quanto ao auxílio-moradia, o dirigente afirmou a necessidade de combatê-lo com o apoio da sociedade.

Hoje (8), às 19h, o STF tem agendada reunião com a Fenajufe, lembrou o diretor do Sintrajufe/RS Cristiano Moreira. Ele lembrou que na primeira reunião(LINK) de Lewandowski com a federação, a preocupação do ministro era que o ato público dos servidores programado à época não atrapalhasse sua posse no Supremo. O que se tem visto, disse Cristiano, é a agilidade do STF em atender à pauta da magistratura, enquanto a votação da data-base é adiada, o direito de greve é brutalmente atacado, como foi o caso dos colegas do Judiciário de São Paulo (LINK), ameaçados em multa de R$ 300 mil. “Este é o tratamento do Judiciário com os trabalhadores, nenhuma valorização e uma absurda repressão”, disse o diretor.

Assembleia aprova paralisações de 24 horas com atos públicos dias 15 e 23 de outubro

Também hoje à tarde, em frente ao TRT, a categoria realizou assembleia geral estadual. Foi aprovada, por unanimidade, autorização para que o Sintrajufe/RS ingresse com ação judicial para cobrança do passivo referente ao reenquadramento de padrões da Justiça Federal. Os colegas aprovaram, ainda, paralisação de 24 horas no dia 15 de outubro, com ato público na Justiça Federal, e no dia 23, com ato público na Justiça Eleitoral.

Logo após, os servidores seguiram em caminhada até o Tribunal de Justiça do Estado, na Avenida Borges de Medeiros, onde foi realizada uma atividade de denúncia da desvalorização do serviço público e do pagamento do auxílio-moradia para a magistratura. A palavra de ordem mais entoada foi “Tem pra juiz, pra promotor, só não tem pra servidor!”. Ficou a certeza de que mais atividades unificadas dos servidores do Judiciário seguirão a de hoje.

Fonte: Sintrajufe/RS, com texto e fotos de Rosane Vargas

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Técnico Judiciário: Argumentos ou equívocos contra a transformação da escolaridade da carreira?

Por Joseane Karine Pina – Técnico Judiciário, Programação de Sistemas do TRE-BA. Graduada em Ciência da Computação e Pós-Graduada em Engenharia de Software.

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O ativista sindical

Por Pedro Paulo Leal, representante de base do Sisejufe/RJ, servidor da Justiça Federal/Almirante Barroso.

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Hora extra no TRE-PA: ameaça de calote à vista

Na quinta-feira (02/10), às 15h57, a Secretaria de Gestão de Pessoas do TRE-PA enviou e-mail aos servidores comunicando a possibilidade de não pagamento das horas extras trabalhadas no dia da eleição (05/10):

E-mail

“Prezados Servidores,

(...)

Em razão da disponibilidade orçamentária, provavelmente não será possível remunerar em pecúnia a totalidade do serviço extraordinário realizado no dia das eleições. Estima-se que seja possível pagar aproximadamente treze horas trabalhadas por cada servidor, computando-se para efeito de compensação o excedente. (Grifamos)

(...)

Atenciosamente

Secretaria de Gestão de Pessoas”

A surpresa

O e-mail foi enviado após o término do expediente, quando a maioria dos servidores já havia deixado seus locais de trabalho. Isso somente reforça a clara intenção do TRE-PA em dar calote nos trabalhadores que são os verdadeiros “operários do voto”.

A comunicação pegou os servidores de surpresa, num momento em que todo o quadro funcional se mobiliza e se organiza para atender às expectativas dos cidadãos brasileiros com a realização de eleições seguras, céleres e transparentes.

No dia da eleição, muitos servidores iniciam suas atividades por volta das 5 ou 6 horas da manhã, adentrando a noite até às 22 ou 23 horas. Nas zonas do interior a situação é bem mais complicada, pois os servidores têm que enfrentar as condições adversas e precárias que assolam os municípios do interior do nosso Estado.

Os cartórios do interior sofrem com a eterna carência de pessoal e por isso os servidores precisam se desdobrar para fazer a eleição. O reduzido quadro dos cartórios obriga os servidores a madrugarem em estradas precárias e a enfrentar longas viagens pelos rios e igarapés da Amazônia, onde muitas vezes arriscam a própria vida no cumprimento do dever.

Pois é companheiros, como se não bastasse a cúpula do Judiciário se auto presentear com auxílio-moradia, as administrações dos Tribunais atacarem seus servidores e as entidades sindicais que os representam, proibindo e enfraquecendo as mobilizações e greves da categoria, e não se empenhando na defesa da aprovação do reajuste dos servidores que já amargam oito anos sem reajuste salarial, aqui no Pará, os servidores são ameaçados de não receberem a totalidade das horas extras trabalhadas no próximo dia 05 de outubro, primeiro turno das eleições de 2014.

Indignação

Caso esta ameaça se concretize, os servidores, que em período eleitoral são obrigados a cumprir uma carga horária extremamente extensa, cansativa e desgastante, pela primeira na história daquele Tribunal, correm o risco de não serem remunerados por todas as horas extras trabalhadas no dia da eleição. Isso é um absurdo, um desrespeito e uma injustiça com os trabalhadores de uma instituição que se diz promotora da justiça.

Pagamento integral em pecúnia

O Sindjuf-PA/AP já acionou sua assessoria jurídica para oficiar ao Presidente do Tribunal Eleitoral do Pará, solicitando a ele que as horas extras realizadas pelos servidores, no dia 05 de outubro, dia das eleições, sejam pagas integralmente em pecúnia, uma vez que sempre existiu uma verba específica para este tipo de pagamento dentro do orçamento destinado à realização das eleições.

A pergunta que não quer calar

O Tribunal Superior Eleitoral sempre enviou separadamente a verba para remunerar as horas extras trabalhadas no dia da eleição. Então pergunta-se: Cadê esse dinheiro? Porque o servidor será penalizado por cumprir o seu dever?

Fonte: Sindjuf-PA/AP

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Servidores estão insatisfeitos com o presidente do TSE

Em campanha institucional veiculada na mídia nacional, o TSE esquece solenemente a existência dos servidores, transmitindo mensagem à sociedade de que a Justiça Eleitoral é composta apenas por juízes e mesários. 

Depois o ministro Dias Toffoli endurece o jogo com os grevistas. Contraditório isso porque se os servidores não existem, conforme aparece na propaganda, não há o que temer pela ausência dos servidores grevistas durante a realização do pleito eleitoral, por certo os juízes e mesários se encarregarão de tudo. 

Procurado pela Fenajufe para ser um dos interlocutores na negociação do reajuste dos servidores, Dias Toffoli simplesmente lavou as mãos dizendo que as entidades sindicais deveriam conversar com os parlamentares.

Mandou ainda projeto de lei criando funções e cargos no TSE sem ao menos considerar a extrema necessidade de cargos nos TRE's que hoje têm quadro precário tomado por requisitados, terceirizados e estagiários. É a Justiça Eleitoral rumo à sua desprofissionalização.

Em entrevista ao jornal Zero Hora de Porto Alegre, o presidente do TSE diz que não existe caixa dois na campanha eleitoral. Tal comentário partindo do presidente da cúpula da Justiça Eleitoral não deixa de ser uma ducha de água fria na tentativa de moralizar a campanha eleitoral.

Nesse mesmo jornal deu a seguinte declaração sobre direito de greve do servidor: "Gostaria muito que no Brasil não tivesse o direito de greve para o servidor público. Acho um absurdo que o meu servidor no TSE faça uma greve e ainda venha reivindicar a remuneração". 

Com os precedentes de se exigir a presença de 80% do quadro na greve da Justiça Eleitoral, conforme já foi determinado pelo STJ em 2010 e 2012, e agora ao se proibir a greve dos servidores do TRE-SP, fica evidenciado que o Judiciário não dorme no ponto quando o assunto é prejudicar o exercício de um direito consagrado na Constituição Federal.    

Fonte: Sinjufego/GO

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MS: Executivo põe no colo do Legislativo decisão sobre cortes orçamentários

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Ministros do STF precisam se mexer em defesa da autonomia do Judiciário e do MPU

No dia 29/09, o Executivo, por meio da Advocacia-Geral da União, manifestou-se sobre o pedido feito pela relatora do MS 33.186 impetrado pelo PGR, Rodrigo Janot, contra os cortes orçamentários do Judiciário e do MPU feitos pela presidenta Dilma Rousseff. Somente hoje o Sindjus teve acesso à resposta da AGU.

O advogado-geral da União pede o indeferimento do Mandado de Segurança em questão, no entanto, deixa claro que a última palavra sobre a proposta orçamentária do Judiciário e do MPU será dada pelo Congresso Nacional.

“O Congresso Nacional, por sua vez, terá oportunidade de apreciar as aludidas propostas do Poder Judiciário e do MPU, encaminhadas em anexo pela Presidente da República, restando, assim, preservado a autonomia orçamentária da aludida instituição. O Poder Legislativo, através do Congresso Nacional, dirá a última palavra sobre o assunto, aprovando ou não as propostas orçamentárias originárias em foco”.

Deixar a decisão a cargo do Legislativo embora seja uma forma de o Executivo fazer o discurso de respeito à autonomia, indica que há um certo temor em relação ao tom do MS impetrado por Janot querendo a inclusão das propostas orçamentárias do Judiciário e do MPU na PLOA ou sua anulação.

Ainda em sua manifestação, o Executivo afirma que assim como órgãos de outros Poderes, o Poder Judiciário e o MPU foram contemplados, no PLOA 2015, com os valores relativos à última parcela dos 15,8%. Uma tentativa clara de engabelar o STF, uma vez que o governo insiste que não vai negociar novos reajustes antes da última dessas três parcelas anuais ser concretizada. No entanto, os servidores do Poder Judiciário e do MPU rejeitaram esse reajuste que não recompõe em nada oito anos de perdas para a inflação.

Insistindo no discurso da impossibilidade, cita que a Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão entende que o acolhimento integral das propostas apresentadas pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público da União ofenderia a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

E ainda afirma que há impossibilidade jurídica nesse pedido uma vez que não cabe a esta altura à Presidente da República reenviar, agora, o projeto orçamentário anual para o ano de 2015 contendo a integral proposta orçamentária de remuneração de pessoal do Poder Judiciário e do MPU, tendo em vista que o prazo constitucional já expirou. Diante da manifestação do Executivo, o Sindjus reivindica que a relatora, ministra Rosa Weber, encaminhe o mais rápido possível essa matéria para apreciação do Plenário do STF, de modo que os ministros possam se manifestar em defesa da autonomia constitucional do Judiciário e do MPU. O STF precisa exigir também que o Executivo indique a fonte de recurso para viabilizar o Orçamento do Judiciário e do MPU, incluindo o reajuste, ou o debate no Congresso Nacional será o mesmo dos últimos anos.

O STF não pode cometer o erro de deixar o Poder Legislativo decidir sobre as propostas orçamentárias do Judiciário e do MPU uma vez que a base governista deita e rola dentro do Congresso Nacional. O Supremo precisa se impor diante de tamanha afronta à Constituição. Mais do que nunca, precisamos comparecer em peso à assembleia-geral do dia 9 e ao ato que está sendo construído para o dia 15.

Clique AQUI para ler a manifestação do Executivo na íntegra.

Fonte: Sindjus/DF

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TRE-MS reverte decisão de desconto em pecúnia de compensação em greve

Após o TRE de Mato Grosso do Sul determinar o desconto em folha de horas participadas em greve legal por servidores daquele Regional, o SINDJUFEMS ingressou com requerimento para reverter tal situação.

Após requerimento do SINDJUFEMS, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, deferiu a prorrogação do prazo para compensação de horas devido à greve realizada.

Em despacho do Presidente, o TRE/MS, considerando o ano eleitoral em curso e a possibilidade de cumprimento das horas faltantes, em vista da demanda de serviço na Justiça Eleitoral, o pedido do SINDJUFEMS foi deferido no sentido de que as horas relativas ao período de paralisação sejam compensadas até o mês de dezembro do corrente ano, sob pena de novamente determinar o desconto em folha.

O TRE de Mato Grosso do Sul é o único Tribunal do País que determinou o desconto em folha de horas não compensadas em virtude de greve legal e legítima da categoria.

Infelizmente o TRE de Mato Grosso do Sul usa duas medidas para tratar a questão de horas trabalhadas pelos os servidores. Quando o servidor faz hora extra o Tribunal Regional Eleitoral não se prontifica a pagar em pecúnia o que é devido ao servidor, impondo banco de horas. Quanto, entretanto, tem que descontar do servidor horas que participou de greve legítima, quer fazê-lo em pecúnia, descontando dos vencimentos do servidor valores que são destinados à sobrevivência do mesmo e de sua família.

Para José Ailton Pinto, Coordenador Jurídico do SINDJUFEMS, “a questão é tratada da mesma forma em todo o Judiciário, ou seja, os servidores do Judiciário Federal, da Justiça do Trabalho, da Justiça Eleitoral etc, têm que se contentar com compensação de horas extras trabalhadas, deixando de receber os valores que são devidos. Na Justiça do Trabalho, qualquer trabalhador que ingressar com reclamação trabalhista reclamando horas extras, tem seu direito garantido pelos Nobres Julgadores, entretanto, quando estes mesmos Nobres Julgadores estão no papel de Administradores do Judiciário, negam tal direito aos servidores.”

Fonte: Sindjufe/MS

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Na Bahia, assembleia defende nível superior para técnicos e reafirma a luta por reajuste salarial

Na última segunda-feira, 29 de setembro, assembleia realizada no auditório da Justiça Federal em Salvador aprovou a defesa da exigência de nível superior para ingresso no cargo de técnico judiciário. De acordo com o sindicato, houve grande comparecimento de servidores.

A assembleia foi precedida de debate, no qual os servidores puderam manifestar opiniões sobre o tema. A defesa do nível superior foi aprovada com ampla maioria de votos, nenhum voto contrário e três abstenções, segundo o sindicato.

Ainda de acordo com o sindicato, a maioria dos servidores presentes entendeu que essa demanda não prejudicaria a luta pelo reajuste, e que poderia favorecer o envolvimento dos colegas na mobilização. Nesse sentido, foi reafirmada a luta pelo Projeto de Lei 7920/14, e a paralisação das atividades no dia 8/10, com a realização de assembleia geral.

Foi votado um conjunto de indicações à Fenajufe e aos sindicatos filiados, proposto pelo núcleo local do segmento, acerca da proposta de alteração da escolaridade mínima para ingresso no cargo de técnico. A assembleia aprovou proposta para que os sindicatos façam a discussão em suas bases, com ampla divulgação e participação, e que o debate de carreira seja acelerado, a partir da elaboração já existente. Foi aprovado também pedido para que a federação leve a demanda ao STF durante as negociações pela recomposição salarial, nas próximas reuniões.

Foi aprovada ainda a publicação de uma nota de solidariedade aos colegas do Tribunal Regional de São Paulo, bem como a publicação de uma nota de repúdio ao juiz que concedeu liminar proibindo a greve, e também à direção do TRE, que vem perseguindo os grevistas.

Com informações do Sindjufe/BA

 

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Manifestação do Sitraemg sobre as Emendas 02 e 03 ao PL 7920/2014 – explicações do coordenador geral Alan da Costa Macedo

Por: Alan da Costa Macedo, Coordenador Geral do SITRAEMG, Bacharel em Direito pela UFJF; Pós Graduado em Direito Constitucional, Processual, Previdenciário e Penal; Servidor da Justiça Federal, lotado na 5ª Vara da Subseção Judiciária de Juiz de Fora-MG.

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Na Balança da Justiça – manifestação do Sinje/CE em solidariedade aos servidores do TRE-SP

Temis, a Deusa Grega ou Justitia para os Romanos, que sempre se apresentou com os olhos vendados, demonstrando imparcialidade, nos últimos anos.permanece com a célebre venda nos olhos, mas pela vergonha que está passando com as decisões do Judiciário brasileiro relativamente à apreciação do direito de greve. O art. 9º da Constituição Federal foi transformado em mero artigo de ficção. Sabemos que, para não ser cumprida, uma norma jamais deverá ser editada.

Então, como tornar letra morta, em nosso sistema jurídico, um dispositivo da Lei Maior?

Vemos que, quando se trata de direito dos servidores a espada é afiada, a caneta pesa contra eles, a justiça é morosa, os argumentos questionáveis, os obstáculos intransponíveis e o direito de greve não se aplica. É inadmissível que esse direito, conferido aos trabalhadores pela Constituição Cidadã, pese na balança do Poder Judiciário brasileiro conforme a categoria dos seus postulantes. O que infelizmente se percebe é que, o prato onde estão os servidores da Justiça Eleitoral não  consegue ficar em equilíbrio com o outro, onde estão os magistrados.

Dessa feita, a caneta pesou contra vocês, colegas do TRE de São Paulo. Porém, não há dúvidas, quanto à isonomia de tratamento, em relação a qualquer outro grupo de servidores ou entidade com  idêntica postura.

Portanto, nossa solidariedade, nesse momento, a quantos assumiram, de forma intransigente o “front” de defesa pela  manutenção da dignidade da categoria, ora desvalorizada, desprestigiada e desrespeitada pelos detentores dos poderes constituídos em nosso país.

Que o STF, com a mesma agilidade que implodiu a greve, assegure a autonomia do próprio Poder Judiciário, julgue os Mandados de Segurança contra o corte  de seus recursos no PLOA de 2015.

Desse modo, o Judiciário ao fazer Justiça, tornará desnecessário o uso do direito de greve pelos seus servidores.

Fonte: Sinje/CE

 

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Sintrajuf/PE publica moção de solidariedade aos servidores da Justiça Eleitoral de São Paulo

A Direção do Sintrajuf/PE (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal em Pernambuco) vem expressar o seu repúdio à decisão do desembargador Cotrim Guimarães, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que alegou “possível ameaça à democracia”. O desembargador proibiu a greve dos servidores do TRE-SP, prevista para começar no dia 30/09, fixando uma multa diária de R$ 300 mil.

Entendemos que ameaça à democracia é o desrespeito com que as decisões do judiciário trata o direito à greve dos servidores, assegurada pela Constituição Federal.

Repudiamos esta prática que tem sido corriqueira no judiciário brasileiro, utilizando- se muitas vezes de decisões administrativas para de forma arbitrária cercear o direito legítimo de greve dos servidores, a exemplo do que ocorre no TRT 6ª Região.

Portanto, expressamos a nossa solidariedade aos servidores da Justiça Eleitoral de São Paulo para que retomemos em breve a nossa luta com a unidade em nível nacional, para conquistar as nossas reivindicações.

Fonte: Sintrajuf/PE

 

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Sindjuf/PB se solidariza com os servidores grevistas do TRE-SP

O SINDJUF/PB vem a público solidarizar-se com o Sintrajud/SP e com todos os servidores do TRE-SP, ameaçados por tentar exercer o direito de greve. De acordo com o artigo 9º da Constituição Federal, “é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.

No último domingo (28), a Justiça Federal determinou a proibição da greve dos servidores do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), prevista para começar nesta terça-feira (30/09), a cinco dias do primeiro turno das eleições.

A decisão liminar foi concedida pelo desembargador Cotrim Guimarães, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que considerou que a greve poderia ser uma "séria ameaça à democracia". Como forma de ameaçar ainda mais o movimento sindical, o desembargador fixou uma multa diária de R$ 300 mil ao Sintrajud/SP em caso de não cumprimento da decisão.

Ao tempo em que manifesta seu repúdio à postura arbitrária do magistrado, o SINDJUF/PB exige que o Judiciário Federal abra imediatamente as negociações com o Executivo para resolver, o quanto antes, o grave problema da defasagem salarial, em vez de simplesmente cassar o direito de greve dos servidores e multar as entidades sindicais.

Fonte: Sindjuf/PB

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STF precisa respeitar isonomia e destravar pauta dos servidores

Por Sheila Tinoco, coordenadora de comunicação, cultura, esporte e lazer do Sindjus/DF

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Plano de Carreira foi tema de painel aberto à categoria e transmitido ao vivo pelo Sintrajufe/RS

No sábado, 27, pela manhã, dentro da programação do XIV Encontro Estadual dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais, foi realizado painel sobre Plano de Carreira, tendo como convidados o coordenador-geral da Fenajufe Adilson Rodrigues Santos; o diretor do Sintrajud/SP Antônio dos Anjos Melquíades (Melqui); e o colega do TRT4 Anderson de Mello Reichow. A atividade foi aberta a toda a categoria e transmitida ao vivo pelo site do sindicato, com registro de acessos em várias partes do país.

Primeiro a falar, Melqui fez uma avaliação da conjuntura enfrentada pela categoria. Em sua exposição, afirmou que existe, sim, uma política salarial para os servidores, mas é de congelamento, com a finalidade de sucatear e privatizar o serviço público com vistas ao desmonte do Estado. Ele lembrou que o documento 319 do Banco Mundial trazia as diretrizes do neoliberalismo, com o alavancamento das privatizações e o desmonte da máquina pública. Em 2008, no entanto, durante a crise internacional, foram os governos que interferiram para salvar bancos e empresas, com um total 50 trilhões de dólares no mundo. Ou seja, quando interessa à classe dominante, o Estado pode intervir, concluiu o painelista. No Brasil, Melqui disse que é possível dividir o movimento sindical em antes e depois de Lula/Dilma. Os que se uniram contra as políticas neoliberais de Fernando Henrique Cardoso se dividiram quando o PT chegou ao governo. O dirigente lembrou que, logo de início, Lula colocou em pauta a Reforma da Previdência e que, nos últimos anos, os servidores perderam mais de 50 direitos.

Os PCSs são uma forma de amenizar a falta de data-base, de reajuste anual de salário. Para ele, é preciso união da categoria para discutir carreira, negociação coletiva e reposição salarial. Quando o assunto é Plano de Carreira, ressaltou, é preciso encarar temas como desvios de função, redução da jornada, adoecimentos decorrentes das novas tecnologias, respeito à data-base, fim de qualquer proposta de carreiras exclusivas, equiparação com carreiras correlatas de outros Poderes que estão mais valorizadas, busca por reconhecimento como atividade exclusiva de Estado e políticas de combate ao assédio moral.

Modelo remuneratório e desenvolvimento na carreira

De acordo com Anderson, o Plano de Carreira tem de enfrentar não apenas a questão remuneratória, mas outros pontos. O colega entende que, atualmente, a categoria não tem exatamente uma carreira, pois o atual quadro não proporciona desenvolvimento. Anderson, que defende o subsídio como modelo remuneratório, disse que é preciso fazer uma discussão sem prejuízo da luta por reposição salarial que está em curso. Na discussão anterior sobre subsídio, Anderson avalia, não foram considerados fatores importantes, como especificidades de oficiais de justiça, agentes de segurança, saúde e unidade da categoria.

O colega apresentou um modelo que, em sua avaliação, considera o desenvolvimento na carreira e as especificidades de cada cargo. Anderson defendeu que o subsídio é compatível com direitos fundamentais como horas extras, adicional noturno e outros, e informou que está sendo buscada jurisprudência para isso. Por fim, disse que é preciso pressionar o Judiciário para que cumpra sua parte na reivindicação de autonomia de seu próprio poder.

Em defesa da democratização

“Os servidores públicos personificam o Estado, mas o que é o Estado?”, perguntou Adilson. Ele nem sempre está a favor da maioria; da mesma forma, o Judiciário, que muitas vezes não age em favor da Justiça. Por isso, prosseguiu Adilson, a categoria tem o desafio de melhor organizar o Judiciário como um todo; a carreira, com vistas a democratizar esse Poder, que é conservador; e as relações de trabalho.

Adilson ressaltou que os servidores estão sendo desrespeitados sistematicamente em direitos fundamentais, e que a organização da carreira tem de responder a esses ataques. No governo Fernando Henrique, com a Reforma Administrativa, foram retirados vários direitos, e as perdas continuaram com Lula. Não sem a resistência dos trabalhadores, lembrou.

Ele recordou que, até 1996, no PCS-1, a categoria não tinha sequer uma tabela própria. O dirigente fez um breve relato sobre os avanços dos PCS, mas ressaltou que eles não conseguiram ir além da questão salarial e de pequenas questões de carreira, o que ele chamou de “quebra galho”. Ao discutir carreira, reforçou, é preciso tratar do papel do Estado e de sua missão. Para o painelista, é preciso unidade entre os servidores para que a categoria faça o necessário debate sobre carreira. Segundo ele, essa é uma discussão estratégica para a sociedade como um todo, porque busca a democratização e a transparência do Estado, “para que ele não esteja a serviço de uma minoria”.

Fonte: Sintrajufe/RS, com texto e foto de Rosane Vargas

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Sintrajurn/RN manifesta-se a favor do direito de greve e se solidariza com os servidores do TRE-SP

A Constituição Federal: garantia dos meios jurídicos para a busca de melhores condições de vida e de trabalho

“Tem-se assistido nos últimos meses, em âmbito nacional, um ataque generalizado contra as greves, fundado no argumento do respeito à legalidade. Mas, o que tem havido, juridicamente falando, é a negação do direito de greve, tal qual insculpido na Constituição Federal”.

É dessa forma que começa um texto assinado em junho de 2014 por Jorge Luiz Souto Maior, juiz, professor de Direito do Trabalho na USP, palestrante e conferencista. Nele, Souto Maior analisa a greve dos metroviários e as irregularidades cometidas pelo Metrô e pelo Judiciário.

E continua: “Verdade que a própria Constituição prevê que “a lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade” (§ 1º.) e que “os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei”. É óbvio, no entanto, que essas especificações atribuídas à lei não podem ser postas em um plano de maior relevância que o próprio exercício da greve. Em outras palavras, as delimitações legais, para atender necessidades inadiáveis e para coibir abusos, não podem ir ao ponto de inibir o exercício do direito de greve.”.

No texto, é citada ainda uma decisão do Supremo Tribunal Federal, na qual, segundo Souto Maior, se consagrou a noção constitucional de que a greve é destinada aos trabalhadores em geral, sem distinções, e que a estes “compete decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”, como preceitua o art. 9º da Constituição Federal, sendo fixado também o pressuposto de que mesmo a lei não pode restringir a greve, cabendo à lei, isto sim, protegê-la. Para ele, esta decisão consignou de forma cristalina que estão “constitucionalmente admissíveis todos os tipos de greve: greves reivindicatórias, greves de solidariedade, greves políticas, greves de protesto” (Mandado de Injunção 712, Min. Relator Eros Roberto Grau).

Na greve dos metroviários o Judiciário, sem instaurar negociação, ou seja, em decisão liminar, definiu a continuidade dos serviços de um modo que, em concreto, negou o exercício do direito de greve.

Contra trabalhadores, Justiça é rápida: Em pleno domingo, proíbe greve no TRE-SP e ameaça sindicato com multa

Da mesma forma que agiu com os metroviários, negando-lhes o exercício do direito de greve, o Judiciário mais uma vez portou-se, desta vez com os servidores do TRE-SP, que entrariam em greve no dia 30 de setembro. O desembargador federal Cotrim Guimarães, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, concedeu, no dia 28 de setembro, em pleno domingo, liminar ajuizada pela União Federal para proibir a deflagração do movimento grevista dos servidores daquele tribunal, que iriam se utilizar desse direito para a obtenção legítima do reajuste dos salários, congelados há oito anos.

O desembargador destacou que uma greve deflagrada na semana das eleições nacionais se configuraria “como é possível deduzir, numa séria ameaça à democracia, pois colocaria em risco a viabilidade da maior manifestação popular conquistada após anos inesquecíveis de um regime repressivo que liquidou com os direitos e garantias individuais e coletivas do povo brasileiro”. Na mesma liminar, o desembargador fixou a multa diária de R$ 300.000,00 ao SINTRAJUD, sob o regime de solidariedade com cada servidor que viesse a desobedecer a decisão, sem prejuízo da responsabilidade administrativa, cível e criminal.

Sintrajurn se solidariza com o Sintrajud/SP e com os servidores grevistas do TRE-SP

O Sintrajurn repudia veementemente a atitude do desembargador do TRF3, entendendo que ameaça à democracia é ter um Judiciário subserviente ao poder de ocasião, que relativiza direitos a depender das circunstâncias e dos interesses de plantão, é ter um Judiciário que ignora solenemente as necessidades dos seus servidores que se encontram com os salários congelados há quase uma década, que os ameaça com a aplicação de multas astronômicas, que lhes nega os meios jurídicos garantidos pela Constituição Federal na busca por melhores condições de vida e de trabalho.

O Sintrajurn lamenta profundamente que a mesma agilidade com que o Judiciário atua contra os servidores não seja também aplicada por seus membros quando se trata de decidir favoravelmente a pleitos desses mesmos servidores, à exemplo da ação ajuizada na primeira quinzena de setembro pela Fenajufe, que pede que o STF determine que o Projeto de Lei Orçamentária para 2015 (PLN 13/2014) passe a incluir integralmente a previsão orçamentária original do Poder Judiciário e MPU, que previa recursos para a recomposição salarial dos servidores, ou como no processo da revisão geral anual (data-base) que está no STF desde 2007, sem decisão.

O Sintrajurn se solidariza com o Sintrajud/SP e com os servidores do TRE-SP, ameaçados por tentar exercer o direito de greve, saudando-os pela bravura em lutar pelo que acreditam, parabenizando igualmente os valorosos companheiros que fizeram a greve no Rio Grande do Norte e aos demais que estiveram e ainda estão na luta pela reposição salarial.

A luta se dá todo dia, toda hora, minuto e segundo. Viva a luta!

Fonte: Sintrajurn /RN

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Categoria de Mato Grosso realiza ato em defesa do reajuste salarial e em apoio aos servidores de São Paulo

Categoria precisa reagir

Na manhã ensolarada desta terça-feira (30/09), beirando os 41 graus de calor, diversos servidores do Judiciário Federal de Mato Grosso se reuniram em frente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, na avenida do CPA, para registrar o apoio aos colegas de São Paulo pela decisão corajosa de entrar em greve e contra as retaliações oriundas dessa decisão.

O Ato também serviu para registrar o descontentamento da categoria referente à não concessão do reajuste salarial aos servidores do judiciário federal e à falta de negociação e acordo entre o executivo e o judiciário quanto à pauta reivindicatória da categoria.

Na avaliação dos servidores de Mato Grosso, a categoria nacionalmente deve reagir, pois caso contrário a política de desvalorização do serviço público e em especial do judiciário federal continuará sendo aplicada pelo governo atual e pelo próximo que está por vir.

Neste sentido, o diretor do SINDIJUFE-MT Marcelo Lincoln Evangelista parabenizou os colegas do TRE de São Paulo, que tinham decidido pela retomada da Greve a partir de hoje (30/09), que acabou sendo suspensa pela categoria de São Paulo diante da repressão do próprio judiciário e governo federal: "...Apesar de ser uma decisão isolada e não ter respaldo de um calendário nacional, a decisão dos colegas de São Paulo, mostra que ainda existe resistência na categoria, apesar de todas as retaliações oriundas dos processos grevistas e merece nosso apoio..."

A Greve foi suspensa em função das retaliações à Categoria de São Paulo, que recebeu uma pressão muito forte após a decisão pela Greve, inclusive com aplicação de multa diária caso a decisão de greve for mantida. "...Independente de qual seja a decisão dos colegas de São Paulo, nos iremos respeitar e apoiar, concluiu Marcelo.

Outros assuntos também foram abordados durante o Ato, como o corte de ponto no TRT-MT, o não pagamento de horas extras realizadas aos servidores que fizeram greve, retirada de funções comissionadas no TRT-MT e mudança do expediente no TRE-MT.

Fonte: Sindijufe/MT

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