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Sindicatos

Sintrajufe/RS requer admissão como amicus curiae em ADI que pede a revogação do aumento da alíquota previdenciária

 

O Sintrajufe/RS encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) requerimento para ser admitido como amicus curiae na ação direta de inconstitucionalidade (ADI 6.258-DF) que pede a impugnação do aumento do desconto previdenciário dos servidores. A ADI é de autoria da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

A ADI, com pedido de medida cautelar, busca impugnar dispositivos da reforma da Previdência que tem por fundamento que o aumento da alíquota, previsto na reforma da Previdência, viola os “princípios da solidariedade, da referibilidade, do equilíbrio financeiro-atuarial e da isonomia” previstos na Constituição. Além disso, a Carta Magna veda a criação ou aumento de “tributo como forma de confisco” e sem observar a capacidade contributiva.

Esses dispositivos promoveram aumento na alíquota contributiva ordinária de servidoras e servidores públicos federais ativos, aposentados e pensionistas. Além disso, preveem a aplicação da alíquota contributiva ordinária dos servidores públicos federais, de forma progressiva e cumulativa, o que também é entendido como inconstitucional.

De acordo com o requerimento do Sintrajufe/RS, encaminhado pelo escritório Silveira, Martins, Hübner, a pretensão sustentada pela Ajufe “mostra-se inteiramente alinhada com a jurisprudência, passada e presente”, do STF. Mais ainda, fica demonstrado que, em diversas oportunidades, o Supremo considerou esse tipo de aumento inconstitucional.

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Sisejufe cobra da Administração do TRT-RJ medidas específicas para oficiais de justiça no período de prevenção ao Coronavírus

Oficiais da JF contarão com rede de transmissão organizada pelo sindicato para agilizar comunicação com o interior

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Atendimento no Sitraemg será só remoto (a distância) a partir de 23/03, em razão do Coronavírus

Sede será fechada e os funcionários do Sindicato trabalharão em casa, para evitarem aglomerações e disseminação do vírus.

 

Diante dos cuidados que devem ser observados para preservação da saúde de toda a população, evitando-se a aglomeração de pessoas e oportunidades de contagio e transmissão do Coronavírus, e da decisão das Administrações da maioria dos Tribunais (TRT, TRE e TRF1), pelo mesmo motivo, de adotarem o teletrabalho para seus respectivos servidores – ou liberarem do trabalho presencial – para os seus respectivos servidores, a Diretoria Executiva do SITRAEMG, pelas mesmas razões, comunica aos seus filiados, demais servidores do Judiciário Federal, instituições e entidades parceiras e ao público em geral que não haverá atendimento em sua sede a partir do dia 23/03 (segunda-feira).

Porém, para tranquilidade de todos, os funcionários do SITRAEMG trabalharão pelo regime remoto (de suas casas), de 9h às 11h e de 13h às 17h, realizando normalmente os seus serviços, e uma lista com números de telefones e e-mails de cada setor do Sindicato está sendo disponibilizada abaixo, para soluções de casos eventuais e esclarecimentos de dúvidas.

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No caso do setor Jurídico, para ser atendido por um advogado, nas segundas, terças e quartas, entre às 9h e 12h e entre as 13h e 17h, clique aqui, acesse a sala de atendimento virtual, identifique-se e aguarde até ser admitido, quando encerrar o atendimento anterior.  Se preferir, nos mesmos horários de atendimento, ligue ou envie mensagem para o número do Jurídico, exibido na lista acima, e fale com o advogado. Se for preciso, envie e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Dados a necessidade e o caráter extraordinário dessa situação, o SITRAEMG conta com a sua compreensão.

Eleições/2020

Ainda em razão do Coronavirus, o SITRAEMG, por meio de sua Assessoria Jurídica, está estudando alterações que possivelmente terão que ser feitas no calendário das Eleições para a nova Diretoria Executiva e novo Conselho Fiscal do Sindicato para o período 2020/2023, convocadas através do Edital publicado na última terça-feira (17/03).

Assim que isso for definido, se essas alterações tiverem que ser feitas serão amplamente divulgadas pelas mídias do Sindicato.

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Sitraemg-MG: Em reunião anual, Conselho Deliberativo do Sindicato definem Plano de Lutas da categoria para 2020

Em sua reunião anual, realizada no último sábado (14), em Belo Horizonte, o Conselho Deliberativo do SITRAEMG, que é composto por membros da Diretoria Executiva + Diretores de Base

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Sindjufe-MS: Vídeo explica anulação de aposentadorias sem tempo de contribuição na Reforma da Previdência

Neste vídeo a colega Zeneide Andrade fala sobre a anulação de aposentadorias sem tempo de contribuição, constante no artigo 25, parágrafo 3º, da Emenda Constitucional 103 (Reforma da Previdência), esclarecendo quem estão incluídos neste ponto da reforma.
A colega Zeneide tem feito um trabalho de esclarecimento sobre a Reforma da Previdência, mostrando os diversos pontos que afetam os servidores públicos, mas também os trabalhadores de forma geral. Acompanhe:

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Sisejufe: Assembleia Geral: diretores convocam servidores para aderir à Greve Nacional de 18 de março


O ano de 2020 exigirá da categoria intensa mobilização e estratégia para tentar impedir o avanço da reforma administrativa, que propõe a desestruturação total do serviço público e a retirada de direitos do funcionalismo e, como consequência, da população. Esta foi a principal mensagem da Assembleia Geral, nesta quarta-feira (11/12), que teve o objetivo de passar os informes da reunião ampliadinha da Fenajufe, ocorrida no último sábado. 


O vice-presidente do Sisejufe, Lucas Costa, conduziu a atividade, uma vez que a diretora Soraia Marca, que representou o sindicato na ampliadinha, estava acompanhando o julgamento dos Quintos no Supremo Tribunal Federal (STF). Lucas informou que, na reunião ampliadinha, os sindicatos do Judiciário Federal e MPU aderiram à agenda das centrais sindicais dos servidores públicos e destacou que o calendário de luta começou essa semana – com indicativo de trabalho dos sindicatos junto aos parlamentares que compõem a CCJ – e se estenderá por todo o ano de 2020. Em janeiro, a previsão é de visita aos locais de trabalho para construção da mobilização e da Greve do ‪18 de Março‬ (18M).


Em fevereiro, haverá rodadas de assembleias nos estados para eleição de delegados à ampliada, além de discussão e votação do indicativo de greve para o 18M. Uma data importante também será a atividade do conjunto da classe trabalhadora no auditório Nereu Ramos na Câmara dos Deputados, em ‪12 de fevereiro‬. Antes do 18 M, a categoria será convocada a integrar as atividades do Dia Internacional da Mulher. O calendário prevê atos e protestos até dezembro de 2020. (Veja calendário completo neste link)

“Essa reunião é uma forma de manter aquecido o debate e dar seguimento à organização da nossa luta. Essa luta que vai ser ampla e precisa envolver os servidores e servidoras dos municipios, dos estados e da União. E teremos que atuar em várias frentes: nas ruas, com as manifestações de massa; nas redes sociais, disputando a narrativa contra as “fake news”; nos ambientes em que a gente convive com amigos e familiares, para demonstrar toda injustiça que representam esses projetos; nos tribunais, onde faremos o embate no campo jurídico; e, principalmente, no Congresso, ocupando os espaços, pressionando e fazendo o trabalho de convencimento dos parlamentares, como fizemos em 2015, na luta pelo nosso reajuste. Precisamos da classe trabalhadora se unindo para fazer a resistência”, disse o vice-presidente do sindicato.  

O diretor Ricardo Azevedo lembrou que estamos vivendo tempos sombrios de retirada de direitos, retrocedendo à Idade Média. O dirigente destacou, no entanto, que a luta pode ser vitoriosa, como mostra o PL 6159, que propôs a destruição das cotas no mercado de trabalho para pessoas com deficiência. Com organização e mobilização suprapartidária, foi retirada a urgência do projeto e há um compromisso das presidências da Câmara e do Senado de que a proposta do governo não deve prosperar. “Esse projeto é tão destruidor que conseguiu unir direita e esquerda”, ressaltou.  


O representante de base João Victor Albuquerque alertou que, além da PEC Emergencial, há outra, a PEC 438/18, de autoria do deputado Pedro Paulo Carvalho (DEM-RJ), que é a que está mais avançada e também busca reduzir salários e congelar a progressão. “Os gatilhos são os mesmos”, disse. 
A servidora Andrea Regina da Fonseca Capelão alertou quanto aos ataques específicos à Justiça do Trabalho, que colocam em risco a sua existência. “Não é com ou sem a Justiça do Trabalho que a economia vai andar ou deixar de andar. É através de atividades efetivas do governo”, pontuou.

A diretoria do Sisejufe pediu aos servidores que estejam atentos aos chamados do sindicato porque a luta se dará através da união.


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Sisejufe (RJ): Confira a retrospectiva 2019 da atuação do Nojaf e as prioridades para o próximo ano

 

 

 

Mobilização marcada para o dia 18 de março pelas centrais e segurança dos oficiais estão entre as prioridades do núcleo para o próximo período


 

No último dia 10 ocorreu a reunião do NOJAF, na sede do Sisejufe, com a discussão de pautas relacionadas às demandas do oficialato. De início, em retrospectiva, foram pontuadas ações importantes do ano corrente, entre elas a manutenção da representação do segmento junto aos servidores do Judiciário Federal do Rio de Janeiro no Sisejufe – decorrência da derrota da proposta de criação de um sindicato próprio, numa vitória de 170 votos contra 51.

Trabalho conjunto do Sisejufe com a Assojaf RJ resultou na derrota da criação do sindicato próprio

O segmento também envidou esforços em tirar da invisibilidade os oficiais de justiça no Congresso Nacional, em um trabalho de apresentação do risco da atividade do oficialato para a nova legislatura. Nas palavras da diretora Mariana Liria: “investimos pesado na presença na Câmara dos Deputados e no Senado Federal em 2019. Nesse momento todos os deputados e senadores nos conhecem; a maior parte deles compreendeu nossas demandas e um percentual importante nos apoia”.

Luta pelo reconhecimento do risco da atividade na Câmara dos Deputados

Vale destacar que o Rio de Janeiro esteve à frente da luta pela aprovação do PL 3713, defendendo a previsão do porte funcional em um inciso específico para os oficiais, dispensada a regulamentação do CNJ. Esse trabalho seguirá no ano que vem até que seja garantida essa importante ferramenta de trabalho que muito contribuirá para a almejada caracterização do risco da atividade.

Com o relator do PL 3713, deputado Alexandre Leite DEM/SP

Ainda como medidas positivas foram pontuadas as ações conjuntas do NOJAF com a Assojaf RJ – Associação dos Oficiais de Justiça Federais no RJ; a inédita integração entre as entidades representativas dos oficiais nos âmbitos estadual e federal no Rio de Janeiro; e o retorno da Assojaf RJ para a Fenassojaf – Federação Nacional das Associações dos Oficiais de Justiça Federais, em assembleia que definiu a questão por 39 votos a 05, tudo como resultado desse esforço integrado e do aumento da participação dos oficiais da base. Foram eleitos para a atual gestão da Federação dois dirigentes do Rio de Janeiro: a diretora do Sisejufe Mariana Liria e o diretor da Assojaf RJ, Pietro Valerio. Este por sua vez reforçou a importância do trabalho coletivo que vem sendo feito pelas entidades.
Reunião do Nojaf que marcou a integração entre oficiais federais e estaduais do RJ
Tais esforços conjuntos resultaram ainda na elaboração de um documento assinado pelo sindicato e pela associação que evitou o andamento do projeto de circunscrições na Justiça do Trabalho. “A participação efetiva dos colegas do interior nesse processo, trazendo a realidade da função do oficial de justiça longe da capital, em cenários de acúmulo de serviço, falta de pessoal e cumprimento de mandados em áreas de grande extensão territorial foi o fator crucial para a compreensão do cenário de altas demandas dos oficiais trabalhistas fluminenses”, destacou a diretora Maria Cristina Barbosa.
Na última reunião do ano, Maria Cristina ressaltou a participação dos colegas do interior

A bandeira da segurança para os oficiais continua se constituindo em prioridade absoluta para o NOJAF. O acúmulo do debate dos oficiais cariocas resultou na formulação de uma proposta englobando: 1- a inteligência; 2- planejamento e suporte das diligências; 3- capacitação na área de segurança e 4 – implantação de um protocolo de atendimento à vítima de violência. Tal estudo foi adotado inclusive pela Federação e tem sido apresentado com grande receptividade em diversos fóruns, tanto no Brasil – com destaque para duas audiências públicas, uma na Câmara dos Deputados e outra no Senado Federal –, como no exterior.

Audiência pública no Senado tratando dos riscos da atuação das oficialas de justiça em novembro

Importante pontuar, nesse sentido, que em 2019 o NOJAF participou de articulações internacionais em defesa da segurança e do cargo de oficial de justiça, participando do I Congreso Internacional de Oficiales de Justicia y Oficiales Notificadores em Buenos Aires e da reunião do Conselho Permanente da União Internacional dos Oficiais de Justiça em Paris. “Sem deixar de lado as frentes de atuação já desenvolvidas, as relações internacionais surgem como um mecanismo a mais pela manutenção e valorização do segmento”, explicou Mariana. Além disso, manteve-se a participação do Núcleo nos congressos nacionais e regionais, em um momento em que há precedentes de extinção do cargo em dois tribunais estaduais.

Palestra sobre segurança dos oficiais em Buenos Aires no mês de novembro

Das colocações dos presentes, ganhou destaque a proposta de atuação dos oficiais de justiça na linha de frente do diálogo com a população, sobretudo fazendo um trabalho de conscientização contra o desmonte do Estado. Deliberou-se que a participação dos oficiais na greve de 18/03/2020 terá foco nos piquetes e nas manifestações em conjunto com toda a classe trabalhadora. A sensibilização de parlamentares no Congresso Nacional segue como uma das prioridades para barrar os ataques do governo contra os servidores públicos no ano que vem.

Oficiais participaram do 10° Congrejufe

Os oficiais também se propuseram a aprofundar no próximo período o debate sobre as ferramentas eletrônicas, que já foram implementadas em diversos tribunais no país e tendem a chegar aos tribunais fluminenses. Foi proposta também a criação de um fórum de discussão e repositório de boas práticas entre as estruturas de distribuição dos diferentes tribunais. A extensão do Simos, já implantado no TRT, para a Justiça Federal e o Tribunal de Justiça é um dos pontos que continua sendo privilegiado. A agenda de 2020 do Núcleo segue em construção com as pautas colaborativas levadas pelos oficiais de justiça à entidade, pois, como avalia o Coordenador do Núcleo, o representante de base Marcio Cotta, “o sindicato não é uma empresa prestadora de serviços, o sucesso de suas ações depende diretamente do engajamento dos servidores”.

Campanha para manutenção da representação do segmento junto aos
servidores do Judiciário Federal do Rio de Janeiro no Sisejufe

 

Com informações do Nojaf

 

 

 

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Sindjufe/MS defende o direito a não submissão ao teto de benefícios do RGPS

STF decidirá sobre a qualificação do tempo de serviço público em entes diversos da União, para fins de opção do art. 40, § 16, da CF/88

O Sindjufe/MS pleiteará seu ingresso como amicus curiae no Recurso Extraordinário nº 1.050.597, cuja Repercussão Geral foi reconhecida, no qual será decidido sobre a possibilidade de o servidor que ingressou no serviço público em outro ente federado antes da instituição do Regime de Previdência Complementar dos servidores públicos federais (Funpresp) e passou ao serviço federal, sem quebra de vínculo, optar por não aderir ao RPC e não ter suas contribuições e proventos futuros limitados ao teto de benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Atualmente, a União não tem admitido o direito de opção daqueles servidores oriundos de outros entes da Federação (DF, Estados e Municípios) que passam ao serviço público federal, sem quebra de vínculo, apenas após a publicação do ato de instituição do RPC, e submete esses servidores à limitação do RGPS.

Nesse contexto, o STF apreciará a abrangência da expressão “serviço público” constante do § 16 do artigo 40 da Constituição da República.

Segundo o advogado Rudi Cassel (Cassel Ruzzarin Santos Rodrigues Advogados), que assessora a entidade na demanda, “ao submeter os servidores aos efeitos dos §§ 14 e 15 do artigo 40 da Constituição sem observar esse tempo de serviço público anterior como cláusula protetora, impõe-se interpretação restritiva e violadora do texto constitucional, em ofensa ao § 16 do artigo da Carta Política”.

O Recurso Extraordinário nº 1.050.597 é da relatoria do Ministro Edson Fachin.

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Assédio e meio ambiente de trabalho: com parcerias, Sindjufe/MS promove palestras por melhor qualidade de vida no trabalho

Em sintonia com a proposta da Federação (Fenajufe) – de estimular o debate formação de comissões regionais de combate ao assédio moral no serviço público – o Sindjufe/MS tem procurado parcerias para ações no estado.

Neste sentido, já foram realizadas duas palestras com o tema “Qualidade de vida, saúde emocional e sofrimento laboral no ambiente de trabalho”, promovida em parceria com a UNIGRAN, em atenção ao convênio firmado em 2019, sendo a primeira no TRE/MS, no mês passado, e no Tribunal Militar, que ocorreu na terça, 11.

  “Agradecemos os parceiros e palestrantes: o professor Fernando Faleiros de Oliveira -Bacharel, Mestre e Doutorando em Psicologia e a professora Ilma P. Dos Santos Henrique, Psicológa, Especialista em Gestão de Pessoas”, diz a servidora Ivonete Martini, uma das organizadoras do eventos.

Sindjufe/MS firmou parceria com a Unigran para pesquisa
sobre a saúde dos servidores em MS
 
Livro do Juiz Federal Militar Jorge L. Oliveira da Silva
sobre  assédio moral
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Novo presidente do TRE-RJ recebe diretoria do Sisejufe nesta sexta (13/12) e anuncia gestão aberta ao diálogo


O novo presidente do TRE-RJ, desembargador Cláudio Brandão de Oliveira, sinalizou, em reunião com a diretoria do Sisejufe, nesta sexta-feira (13/12), que está disposto a atender às reivindicações do sindicato nas pautas em defesa dos servidores, desde que se mostrem juridicamente viáveis e atendam ao interesse público. O encontro foi marcado pelo próprio presidente do Tribunal, quatro dias após sua posse. “Quero ouvi-los sempre. Eu tenho duas preocupações: os usuários e os servidores. O que for possível fazer para atender os interesses da administração e para melhorar a qualidade do serviço, eu vou fazer”, afirmou. 

Estavam presentes o presidente do sindicato, Valter Nogueira Alves, o vice-presidente Lucas Costa, a diretora Fernanda Lauria, o diretor Ricardo Pinto, a diretora-geral do TRE-RJ, Adriana Brandão e a assessora Soraya Previtali. 

O desembargador Claudio pediu aos dirigentes sindicais que pontuassem os assuntos prioritários. Lucas Costa e Fernanda Lauria destacaram a importância de se manter o canal de diálogo que havia sido iniciado na gestão anterior. “Criamos uma mesa permanente de negociação, uma vez por mês, com o diretor-geral”, afirmou Fernanda. 

O novo presidente do TRE-RJ se comprometeu a dar segmento ao diálogo e se dispôs a participar pessoalmente dos encontros, acrescentando que a periodicidade não precisa ser mensal. “Façam sob demanda. Se tiver alguma pauta, a gente senta para conversar”, disse.

Eleições municipais de 2020

O vice-presidente do Sisejufe relatou um problema ocorrido nas últimas eleições que prejudicou os servidores e pediu ajuda para que não aconteça em 2020. “A questão está relacionada à verba do vale refeição dos mesários. A gente já tinha feito o pedido à antiga administração para tentar fazer a licitação dos cartões logo no início do ano para evitar que os servidores fiquem responsáveis por carregar dinheiro para pagar os mesários no dia da eleição”, informou. 

Dr. Claudio afirmou que vai fazer de tudo para evitar contratações em cima da hora: “vamos estabelecer um planejamento. O que for necessário contratar, vamos fazer o mais rápido possível, observando a disponibilidade de orçamento”.

Segurança nas eleições

Lucas destacou que outro assunto importante era a necessidade de se fazer um mapeamento das áreas conflagradas, principalmente devido à atuação das milícias. “Nas eleições municipais isso nos preocupa muito”, disse o dirigente. 

O presidente do TRE informou que já está atuando nesta questão. “Eu estive em Brasília com o pessoal da Polícia Federal e estou me organizando nessa parte de segurança dos servidores e dos eleitores. Vamos encontrar a melhor forma para não expor ninguém”, garantiu o desembargador.

Pautas estratégicas

Em outro ponto da pauta, Lucas lembrou que foi muito positivo o sindicato ter trabalhado junto à administração para amenizar os impactos do rezoneamento, evitando um corte maior, e pediu que o esforço conjunto em pautas estratégicas se mantenha. “Nessa conjuntura externa em que se ataca a própria existência da Justiça Eleitoral, é importante a gente trabalhar na defesa da Instituição buscando mais eficiência, mas também resguardando os direitos dos servidores e de um atendimento de excelência. Nosso receio é que haja novamente uma verticalização que desconsidere as especificidades locais”, opinou.        

O presidente do TRE-RJ disse que a verticalização também pode afetá-lo, mas sempre for consultado pelo TSE, vai ouvir o sindicato para tentar levar uma proposta que atenda a todos. A diretora Fernanda Lauria ressaltou que, no caso do rezoneamento, apesar de ter sido uma determinação vertical do TSE, a administração ouviu o sindicato. 

Transparência nas remoções

A dirigente sindical lembrou, ainda, uma situação recente que gerou tensão. “O processo de dimensionamento da força de trabalho foi muito traumático para todo mundo. Vários servidores foram removidos, perderam lotação. Depois foi publicado um ato que o sindicato viu com bons olhos – o Ato 273/19 – que estabelece processo seletivo interno para as vagas que forem surgindo, priorizando antiguidade, desde que a vaga não tenha nenhuma questão específica. Algumas questões ainda precisam ser melhoradas em relação a esses processos, por exemplo nas limitações para participação no PSI. Ocorre que, no final da gestão passada, uma servidora foi removida para um município de lotações disputadas sem observância daquele Ato e sem que fosse respeitada a devida transparência. Isso gerou revolta dos outros servidores, que perderam suas vagas e estão trabalhando em outra localidade”, disse Lauria. Dr. Claudio reforçou que vai seguir o Ato 273/2019 na avaliação de casos como este. 

Agendamento para biometria

Os diretores do sindicato também abordaram os problemas relacionados aos agendamentos para recadastramento biométrico. O novo presidente do TRE disse que houve uma explosão de demanda e uma das razões foram as Fake News, como por exemplo, uma relacionada a perda de direito de aposentadoria para quem não fizesse a biometria.

“Estamos investindo em comunicação para esclarecer melhor as pessoas”, afirmou Dr. Claudio, acrescentando que está negociando parceria com o Detran para acesso conjunto a dados. 

A diretora-geral Adriana Brandão explicou que uma mudança no site do TRE vai facilitar o agendamento online. “O diferencial é que, através do CEP, o sistema informará se há disponibilidade de vaga na unidadeeleitoral do seu domicílio, mas agora, caso não haja vagas disponíveis na sua zona eleitoral de origem, outras localidades devem ser sugeridas para agendamento, indicando os locais abrangidos pelo escopo estadual”. A DG explicou, ainda, que os municípios que estão realizando atualmente o recadastramento biométrico obrigatório não devem ser incluídos neste primeiro momento no escopo estadual, devendo ser observado um intervalo após a conclusão do cadastro biométrico dessas zonas.

Insalubridade

Lucas informou o novo presidente sobre o excesso de ruído em quatro das sete zonas eleitorais do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, comprovado pelo Sisejufe através de perícia, e propôs, como solução, levar a parte de atendimento para onde hoje funciona o arquivo, realocando servidores dessas unidades para aquele espaço. Os servidores desceriam apenas para fazer atendimento a cadeirantes e outras pessoas que têm dificuldades de locomoção. Claudio Brandão disse que vai a Caxias pessoalmente no início de 2020 para verificar a denúncia e tomar as providências cabíveis.

Apoio ao calendário de lutas

Por fim, os dirigentes informaram ao presidente do TRE-RJ que está sendo construída uma agenda de mobilização para março contra a Reforma Administrativa, que exigirá dos servidores intensa luta a fim de manter direitos e evitar ataques como a redução no salário.

O presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves, agradeceu a abertura de diálogo e o fato de o presidente do Tribunal se colocar à disposição para o que for preciso.

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Em entrevistas, novas presidentes do TST e do TRT4 apresentam visões distintas sobre reforma trabalhista e direitos dos trabalhadores


Duas entrevistas publicadas nos nesta semana deixaram claras visões diferentes na cúpula do judiciário trabalhista. Na última sexta-feira, 13, quando tomou posse a nova presidente do TRT4, desembargadora Carmen Gonzalez, o site Espaço Vital publicou uma entrevista na qual a magistrada aponta retrocessos causados pela reforma trabalhista. Já nesta segunda, 16, o jornal Folha de S. Paulo traz entrevista com a nova presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Maria Cristina Peduzzi, que deve ampliar a preocupação dos trabalhadores: para ela, a reforma trabalhista foi importante, mas ainda é insuficiente.

"Reforma trabalhista suprimiu direitos"

A entrevista da desembargadora Carmen Gonzalez ao site Espaço Vital demonstra que a presidente do TRT4 tem algumas das mesmas preocupações dos trabalhadores no que se refere à reforma trabalhista. Em uma das respostas, ela lembra que, ao contrário do que prometiam os defensores da reforma, esta não gerou mais empregos - "o que gera emprego é o crescimento econômico e não o barateamento da mão de obra", disse. Carmen Gonzalez defendeu que "não houve vantagem para os trabalhadores" e que, ao contrário, a reforma "suprimiu direitos, e criou a sucumbência, inclusive para o beneficiário da Justiça Gratuita, o que causa perplexidade".

Por outro lado, a desembargadora apontou como principal desafio de sua gestão "contornar o corte orçamentário imposto à Justiça do Trabalho, reduzido em 25% nas despesas discricionárias em relação aos valores de 2019". O entendimento que o Sintrajufe/RS tem expresso às administrações dos tribunais do Rio Grande do Sul é a necessidade um enfrentamento conjunto, de servidores, magistrados e administrações, aos efeitos da emenda constitucional 95 e das demais medidas que vêm sendo implementadas ou propostas de ataque ao serviço público. Esse entendimento será levado pelo sindicato à nova presidente do TRT4 na primeira reunião com a nova gestão, que deve ser solicitada ainda antes do recesso.

A diretora do Sintrajufe/RS Arlene Barcellos representou o sindicato na posse da nova presidente, na sexta-feira, 13. O também diretor do Sintrajufe/RS Ramiro López representou a Fenajufe. Os diretores Walter Oliveira e Paulo Guadagnin também estiveram presentes.

CLT "precisa de muita atualização ainda"

Perspectiva totalmente diferente sobre a reforma trabalhista foi apresentada pela nova presidente do TST, desembargadora Maria Cristina Peduzzi. Para ela, a CLT ainda "precisa de muita atualização" e a reforma trabalhista foi "tímida". Peduzzi ainda mostrou-se simpática às mudanças que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e Paulo Guedes está propondo: "Presumo que essa nova proposição deverá tentar corrigir algumas questões que estão se identificando como inadequadas, vai aperfeiçoar o que foi feito", declarou, antes de defender a medida provisória do "EMPREGO VERDE E AMARELO" como algo que "quis estimular a empregabilidade".

As declarações de Peduzzi deixam clara sua afinidade com o projeto de desmonte da legislação trabalhista que vem sendo implementado desde o governo de Michel Temer (MDB) e que é aprofundado por Bolsonaro e Guedes. 

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Com participação do Sindissétima, TRT/CE edita resolução de combate e prevenção ao assédio moral

Após anos de luta do Sindissétima, o Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região editou a Resolução Normativa n. 9/2019, a qual "Institui a Política e estabelece ações para a Prevenção e o Combate ao Assédio Moral no âmbito do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região."

Referido normativo – que contou com ativa participação do Sindissétima na elaboração de seu conteúdo, por meio do Presidente da Diretoria Executiva, Charles da Costa Bruxel – institui várias inovações em relação ao tema, prevendo a realização de eventos/cursos educativos anuais sobre o tema, garantindo acompanhamento permanente de eventuais ocorrências nas unidades e agilidade/efetividade ao processo de apuração de assédio moral e detalhando o procedimento a ser adotado em caso de denúncia. O objetivo é proteger o assediado e resolver a sua situação, o que é instrumentalizado, por exemplo, pela possibilidade de lotação provisória do assediado, logo após o início da tramitação do PROAD com a denúncia de assédio moral.

A norma elaborada e publicada pelo TRT/CE complementa e dá efetividade à Política de Prevenção e Combate ao Assédio Moral na Justiça do Trabalho de 1º e 2º graus instituída pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho por meio da Resolução CSJT nº 237/2019.

Relembre: o Sindissétima apresentou, há mais de dois anos, o PROAD 749/2017, no qual foi requerido(a): "a)A adoção, por meio da Divisão de Recursos Humanos e da Divisão de Saúde, e a implementação, como política permanente do TRT/CE, de campanhas institucionais periódicas de combate ao assédio moral e a outras práticas conexas ocorrentes no ambiente laboral identificadas como sendo danosas pela Divisão de Recursos Humanos e pela Divisão de Saúde; b)A implementação, como política permanente do TRT/CE, de visitas periódicas aos locais de trabalho – principalmente Varas do Trabalho, inclusive do interior e região metropolitana -, pela Divisão de Recursos Humanos e pela Divisão de Saúde, a fim de que seja realizado um acompanhamento mais próximo do clima organizacional e da realidade do local de trabalho – o que inclui conversas individuais com cada servidor da respectiva unidade –, de modo a possibilitar a identificação de possível ocorrência de assédio moral e de outras práticas reprováveis similares no ambiente laboral. Uma vez identificado um clima organizacional ruim, alguma prática reprovável/danosa ou a ocorrência de assédio moral, a Divisão de Recursos Humanos e/ou a Divisão de Saúde recomendaria(m) melhorias à unidade laboral e, ainda, formalizaria(m) o caso e pediria(m) a devida apuração de responsabilidade pelas instâncias competentes do TRT/CE".

Sindissétima junto com o servidor na luta pelo fim do assédio moral!

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Sisejufe faz análise da proposta de Reforma Sindical

Departamento Jurídico da entidade mostra que PEC 196 vai alterar substancialmente o sistema atual ao permitir a pluralidade de sindicatos

 
 

Departamento Jurídico da entidade sindicato mostra que PEC 196 vai alterar substancialmente o sistema atual ao permitir a pluralidade de sindicatos

O Departamento Jurídico do Sisejufe, por meio de sua Assessoria Jurídica, fez uma análise preliminar das propostas do governo Bolsonaro para implementar a Reforma Sindical. Os advogados do sindicato elaboraram um parecer a respeito a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 196 que trata das mudanças desejadas pelo atual governo. Segundo a assessoria, o objetivo é subsidiar os servidores do Judiciário Federal  para o debate político, mas sem esgotar as discussões jurídicas.

Na avaliação do Departamento Jurídico, caso seja aprovada, a PEC vai alterar substancialmente o sistema sindical, pois permitirá que uma pluralidade de sindicatos represente a mesma categoria após o período de transição por ela estipulado, os quais serão beneficiados por nova fonte de financiamento vinculada ao seu desempenho negocial.

Além disso, a criação legislativa do Conselho Nacional de Organização Sindical (CNOS) para regulamentar o funcionamento desse novo modelo não se compatibiliza com a plena autonomia sindical, no entanto, não parece estar em dissonância com a Constituição, que impõe originalmente modelo mais severo de organização sindical;

O Jurídico expõe ainda que a previsão expressa de negociação coletiva já foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para servidores estatutários, mesmo diante da Convenção OIT 151, no entanto, por não poder implicar nos contratos coletivos da iniciativa privada, deverá ser regulamentada de forma a preservar os limites constitucionais referentes ao regime jurídico dos servidores.

Confira o parecer na íntegra

Fonte: Departamento Jurídico do Sisejufe

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Sindissétima entra com pedido de providências no CSJT visando alterar resolução do pagamento de diárias

O Sindissétima, atendendo aos anseios dos servidores, entrou, no dia 02/12/2019, com requerimento perante o Conselho Superior da Justiça do Trabalho pleiteando que o CSJT altere a Resolução CSJT n. 124/2013, a fim de que o servidor que “possuir domicílio ou residência na localidade de destino da viagem” passe a constar no rol do art. 2º, II, do aludido normativo, garantindo-lhe o pagamento de metade do valor da diária.

Referido requerimento foi protocolado após o indeferimento do pedido análogo formulado ao TRT/CE no PROAD 5040/2019 [pleiteou-se ao TRT/CE que o Ato da Presidência n. 339/2013 fosse alterado, a fim de que o servidor que possuísse domicílio ou residência na localidade de destino de viagem passasse a constar no rol do art. 3º, II, do aludido normativo (pagamento de metade do valor da diária)”]. Como justificativa para o não acolhimento do pleito, o Regional apenas estava adaptando seu normativo às alterações implementadas pela Resolução CSJT n. 246/2019, a qual alterou a Resolução CSJT 124/2013, e que tal norma, por ser de observância compulsória, deixaria o Regional sem condições de dispor diferentemente sobre o tema.

O Pedido de Providências foi autuado sob o número 9703-66.2019.5.90.0000.

O feito está aguardando sorteio de relator desde 05/12/2019.

O Sindissétima acompanha o caso e reafirma seu compromisso de lutar pelas demandas de toda a categoria.

 

 

 

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Saída para barrar ataques aos direitos do servidor é política, através da mobilização no Congresso e nas ruas

Conclusão foi apontada no Seminário Reforma Administrativa no Serviço Público Federal, realizado na terça-feira (3/12) pelo Sisejufe, na sede do TRE-RJ. Ao final da matéria, leia nota técnica da assessoria jurídica

 
 

“A gente está aqui para explicar o que significa esse pacote de reformas que o governo está apresentando e o quanto isso vai impactar para os servidores, para o serviço público e para a própria sociedade que é quem utiliza os serviços públicos. Queremos mostrar tecnicamente o que está em jogo, o que está posto na mesa para que, a partir disso, possamos pensar, nos mobilizar e buscar alternativas para fazer frente a tudo isso”. Com essa fala, a secretária geral do Sisejufe, Fernanda Lauria, abriu o Seminário Reforma Administrativa no Serviço Público Federal, que lotou o plenário do TRE-RJ, na terça-feira (3/12).

Presente à mesa de debate, o presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves, informou que há duas frentes parlamentares discutindo a questão da reforma administrativa no Congresso Nacional nas quais o Sisejufe faz parte das atividades conjuntas: uma que envolve carreiras típicas de Estado e outra que envolve todo conjunto do funcionalismo público. E informou que a Central Única dos Trabalhadores realizou recentemente uma plenária nacional na qual discutiu as iniciativas, pautas e calendário de mobilizações que vão ser tocados no próximo período.

O dirigente fez um breve histórico do que está acontecendo e destacou que essas questões não chegaram agora. 


“A reforma administrativa não é esse pacote que o governo encaminhou agora ao Congresso Nacional que é a PEC 186. Ela começa lá atrás no governo Temer. E temos primeiro que lembrar que esse conjunto de medidas legislativas e administrativas foram tomadas ao longo dos anos, não é uma coisa pensada no governo A ou B. Isso faz parte de um conjunto de medidas que desde os anos 80, 90, já vêm sendo colocadas pelo Banco Mundial como uma alternativa para resolver os problemas do Estado. E resolver os problemas do Estado significa diminuir o orçamento público, o dinheiro que vai para garantir a prestação do serviço público na sociedade e desviar esse dinheiro e colocar no sistema financeiro para diminuir a dívida e abrir mais espaço para que o mercado se aproprie dessa prestação de serviço e transforme isso em mercadoria”, disse.

Valter acrescentou que, nessa linha, o foco central da reforma do ministro Guedes é alinhamento de salário. “Como se faz isso? Primeiro diminui-se drasticamente o valor inicial dos salários nas carreiras, terceiriza-se tudo aquilo que puder e não nomeia mais servidores”, afirmou, acrescentando que outra forma de alinhamento se dá através da redução de salário, proposta prevista na PEC 186.

O presidente do sindicato lembrou que outras medidas como Reforma Trabalhista, Teto de Gastos e Reforma da Previdência passaram sem que houvesse grandes mobilizações. “A população não foi para as ruas, mesmo tendo sido atacada com a retirada de direitos. E de agora para frente, qual a nossa capacidade de mobilização? … Nós não somos uma ilha, então não adianta um sindicato agir de maneira isolada”, opinou.

Radiografia das reformas

O primeiro palestrante, o assessor parlamentar do Diap Antônio Queiroz, analisou os aspectos políticos dessas medidas, o impacto sobre os servidores públicos e mostrou o que está por trás deste processo.

“Estamos num ambiente em que o debate no Brasil se encontra interditado, é difícil dialogar em função das disputas e a tecnologia está exercendo um papel fundamental na condução do que as pessoas devem fazer. E quem desenvolve esse sistema sofisticado de tecnologia, através do algoritmo, o faz a serviço de interesses que não são os da maioria da população, mas sim do sistema financeiro. Faz-se um encaminhamento no sentido de que não se debata mais conteúdo, mas se faça julgamentos morais e os escolhidos para que sejam julgados moralmente na perspectiva negativa são todos aqueles que defendem interesses coletivos, humanistas e a solidariedade. Isso vale para instituições, pessoas, partidos, etc. Quem se identifica com essa pauta é potencial inimigo do status quo”, disse o especialista, acrescentando que essas pessoas que defendem o interesse coletivo não têm demonstrado paciência para lutar.

Queiroz afirmou que os mais pobres são os que vão perder participação no orçamento de maneira mais acelerada. “Está se fazendo uma reforma em que as variáveis de ajuste são aquelas pessoas cuja renda tem natureza alimentar. São servidores públicos que vivem de salário, aposentados, etc”, relatou.

Para o analista, o que se tenta implementar, por parte do governo e do setor empresarial, é um sistema em que o Estado só interfere no limite do direito civil e do direito político. “O direito social, que implica gasto, eles querem desacelerar porque já estaria ficando muito caro. Paralelamente a isso, vem uma revolução tecnológica que vai acelerar o processo de automação”, alerta.

“Vivemos no Brasil a conjuntura mais adversa de todos os tempos para os trabalhadores, servidores públicos e aqueles que dependem da prestação do Estado. Talvez nunca tenha tido uma ofensiva tão avassaladora sobre os direitos, sobre as políticas públicas e sobre o papel do Estado como essa que está se enfrentando neste momento. E é um movimento articulado. Nenhum poder resiste a essa investida em bases neoliberais”, avalia ainda.

Atuação dos sindicatos é fundamental

O especialista acrescenta que diante desse quadro, é fundamental a atuação das instituições que ainda fazem esse enfrentamento, como os sindicatos. 
“Os sindicatos são fundamentais nesse processo para amenizar algumas perdas. Estamos nesse ambiente em que vemos um conjunto de reformas que se dão de forma articulada, que vem nessa perspectiva de aprofundamento de outras reformas já realizadas que reduzem a presença dos mais pobres no orçamento e a participação dos trabalhadores na renda nacional, ampliando a desigualdade e a pobreza no nosso país. Fazem parte dessas emendas a EC 95 (Teto de Gastos), a Reforma Trabalhista, a terceirização e a Reforma da Previdência”, pontuou.

Reforma já está em curso

O assessor do Diap informou que o plano Mais Brasil já é uma reforma administrativa, embora o governo diga que ela virá em outro momento. “A PEC 186, que trata da reforma emergencial, estabelece uma série de mudanças nas finanças públicas que, na prática, significa uma reforma administrativa e torna permanente o ajuste previsto no teto de gastos da EC 95. Pela Emenda Constitucional, se extrapolar o limite de gastos disparam-se gatilhos, mas esses gatilhos deixam de ser disparados se o governo encaminhar um crédito suplementar. E ele fazia isso. Tanto que vocês receberam reajuste até janeiro. Com a PEC 186, a chance de ter qualquer reajuste é zero porque torna permanente o ajuste previsto no teto de gastos”, completa.

Antônio Queiroz cita, ainda, a PEC 187, que trata dos fundos infraconstitucionais e gera menos polêmica, devendo tramitar com mais facilidade. E a PEC 188, chamada PEC do Pacto Federativo, na qual se encontra inserida integralmente a 186, sendo a mais abrangente de todas: “essa PEC, além de prever a extinção dos municípios, tem um dispositivo que impede que o Judiciário possa reconhecer direitos se não houver orçamento para pagar despesas”.

O palestrante explica que a Reforma Administrativa em si, que virá posteriormente, terá pouca coisa a se acrescentar, já que muito está previsto na PEC 186. “Nessa proposta já está prevista a possibilidade de redução de jornada com redução de salário e a suspensão de progressão e promoção. O que precisaria fazer além disso? Acabar com Regime Jurídico Único, mexer no estágio probatório (aumenta de 3 para 10 anos) e dar garantia de estabilidade para as carreiras exclusivas de Estado”, relata.  
A redução do salário vai depender de ato do titular do Poder. “No caso do Judiciário terá que ter um ato de órgão do Poder Judiciário nessa criação. Eu acho que na atual gestão da presidência do Supremo isso não ocorrerá, mas na gestão do ministro Fux eu não tenho a menor dúvida de que começa o ajuste drástico no Judiciário”, esclareceu.

“É um momento de muita dificuldade. Por isso, deletem a ideia de cortar despesas com sindicato porque é ele que vai fazer a sua defesa. Todos devem buscar convencer outras pessoas da injustiça dessas medidas. Não estou aqui para trazer desalento. Estou aqui para alertar o que pode acontecer se nada for feito. Se não houver uma reação, um movimento articulado no sentido de convencer parlamentares e a sociedade de que isso é injusto e que está se escolhendo só o assalariado para fazer esse ajuste e chamar a atenção de que se fez armadilhas para induzir a população a apoiar essa degola, se nada for feito, essa tragédia que eu falei aqui tende a se concretizar”, afirmou.

Aspectos jurídicos

O assessor jurídico do Sisejufe, Jean Ruzzarin, o segundo a palestrar no seminário, traçou um cenário de cautela. “No campo processual jurídico não temos alternativas. Então, a saída é a atuação política, via sindicato”, destacou.

Ruzzarin explicou que a análise jurídica se atém a indicar quais dispositivos podem ou não ofender os comandos constitucionais, chamados de Cláusulas Pétreas. “Vamos tentar dar um primeiro argumento para o debate político porque se a proposta não é constitucional, politicamente é inviável. E deixá-los em alerta para aquilo que não viola a Cláusula Pétrea e, portanto, pode ser aprovado. E vocês vão ter de centrar numa atuação política de convencimento muito mais sensível”, destacou.

O assessor disse que há um vício que já foi enfrentado no mandado de segurança do PDT. “O PDT questionou a apresentação das propostas perante o Senado. E explicou que se trata de manobra do governo porque na Câmara a tramitação é mais demorada. Só que a Constituição da República diz que as propostas enviadas pela Presidência da República têm que ser apresentadas perante a Câmara. Então o que faz o governo? Pega alguns líderes do governo e formalmente a proposta aparece no Senado. É um vício formal do projeto porque começou pelo Senado, embora o projeto seja do governo. A ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu o mandado de segurança, alegando, em síntese, que se trata de matéria que demanda dilação probatória, o que não caberia nesse tipo de demanda judicial, mas o vício persiste no projeto”, alertou.

Jean destacou que o primeiro problema é a inclusão do parágrafo único do Art. 6 da Constituição Federal. “Este novo direito, aparentemente surge como novo direito social que é o direito ao equilíbrio fiscal intergeracional, mas esse novo direito abole ou mitiga os demais direitos sociais. Então, embora formalmente ele venha como um direito, nos parece que está promovendo a abolição de alguns direitos fundamentais e, portanto, violando Cláusula Pétrea. Aqui já há uma inconstitucionalidade que devemos reclamar. E esse direito se irradia para os direitos dos trabalhadores (Art. 7), dos quais os servidores públicos detêm vários itens”, acrescenta.

Para o palestrante, a inclusão do parágrafo 8 no Art. 167 da Constituição (PEC 188), também preocupa, já que diz que lei ou ato que implique despesa somente produzirá efeitos enquanto houver a respectiva e suficiente dotação orçamentária, não gerando obrigação de pagamento futuro por parte do erário. “Ou seja, não importa a decisão judicial que se obtenha contra uma ilegalidade cometida pelo governo. Se algum técnico insistir que não há orçamento para cumprir aquele comando, ele fica descumprido. Esse dispositivo ofende a separação dos poderes e fere o princípio da inafastabilidade da jurisdição [também chamado princípio do acesso à justiça, que tem previsão no artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição], atingindo a Cláusula Pétrea e, portanto, é inconstitucional”, observa.

Regra de ouro e teto de gastos

Ruzzarin lembra que os artigos 167-A e 167-B contidos na PEC 186/19 são os que estabelecem os gatilhos automáticos em caso de crise fiscal ou descumprimento da regra de ouro e teto de gastos. “Esses comandos que estabelecem uma série de restrições nos parecem ofender outras Cláusulas Pétreas que dizem respeito ao ato jurídico perfeito e ao direito adquirido, por exemplo, aquele que impede progressão e promoção”, diz.

Para o assessor jurídico, o ponto mais controvertido é o que trata da redução de jornada de 25%, com diminuição proporcional dos vencimentos, uma vez que, apesar do STF já ter julgado inconstitucional a possibilidade de redução de vencimentos por questões orçamentárias no julgamento da ADIn 2.238, onde foi declarada, por maioria, a inconstitucionalidade artigo 23, parágrafo 2º, da lei de responsabilidade fiscal (que pretendia a redução da jornada e do salário de servidores quando a despesa total com pessoal do Poder ou órgão ultrapassasse os limites definidos na própria lei). “Agora, o governo apresenta essa proposição numa Emenda Constitucional, ou seja, mudando a própria norma constitucional, inclusive regra do Inciso XV, que prevê irredutibilidade para acomodar essa possibilidade de redução da jornada. Nos parece que, ainda assim, a tentativa é inconstitucional porque a irredutibilidade de salário é garantia fundamental que protege os servidores”.

Luta para salvaguardar direitos

Jean, no entanto, deixa um alerta: “não quero dar esperança de que os pontos principais sejam resolvidos pelas cláusulas pétreas. Quem dirá a última palavra é o STF. Não podemos nos empolgar com essa alternativa e não abandonemos a luta perante o Congresso. O que salvaguardará o direito de vocês é a luta”.

O vice-presidente do Sisejufe, Lucas Costa, também destacou a importância de os servidores aderirem ao chamado do sindicato. “A primeira etapa está em conhecer o inimigo e as armas de que dispõem. A proposta do encontro de hoje foi justamente a de conhecemos o tamanho dos riscos a que estamos expostos e aprofundarmos nosso conhecimento sobre as estratégias do governo e de parte do legislativo contida nesses projetos que visam retirar direitos sociais e desestruturar o próprio serviço público. Estamos discutindo aqui o conteúdo das PECs da reforma administrativa e fazendo uma análise da conjuntura política, econômica e social em que estão inseridas. Isso é fundamental para organizarmos a luta ao lado de servidores municipais, estaduais e federais. É importante que todos participem desse processo e percebam que, mais uma vez, tal como fizemos nas lutas pelo reajuste e no ‘derruba veto’ em 2015, precisamos ocupar os espaços políticos dentro e fora do parlamento. Temos que voltar a ocupar as ruas e os corredores do congresso nacional, além de disputar os espaços nas redes sociais e fazer em alto nível o embate jurídico nos tribunais. A diferença é que dessa vez não estamos buscando novos direitos, mas protegendo os que ainda temos”, disse o dirigente sindical. 

Na parte aberta aos esclarecimentos dos servidores, a secretária geral Fernanda Lauria destacou a importância da base atender o chamado do Sisejufe. “Toda vez que o sindicato convocar, é importante que vocês participem de todas as atividades, de greve geral se for convocado, de passeatas, caravanas a Brasília porque essa é uma pauta muito difícil das entidades tocarem sozinhas, sem a categoria envolvida”, concluiu.

Leia neste link a íntegra da Nota Técnica da assessoria jurídica do Sisejufe.

 

 

 

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Mulheres do Sisejufe se articulam para barrar desmonte do serviço público


As servidoras do Poder Judiciário da União (PJU) e do Ministério Público da União (MPU) participaram do Encontro Nacional de Mulheres promovido pela Fenajufe no sábado (30/11), em Brasília.

Após os painéis da manhã e da tarde, as participantes se reuniram em grupos de trabalho após as mesas de debate para apontar encaminhamentos. Quatro eixos permearam as discussões: Relações de trabalho, assédio no trabalho, participação das mulheres nos movimentos políticos e sindicais e o desmonte do serviço público.

Sisejufe se mobiliza contra o desmonte do serviço público


Todas as integrantes da delegação do estado do Rio de Janeiro participaram do grupo que discutiu o desmonte do serviço público. A diretora do Sisejufe Fernanda Lauria foi uma das relatoras.

O grupo apontou que é muito importante o posicionamento perante a sociedade, destacando o que significa o desmonte do serviço público na vida das pessoas. Para isso, é necessária a construção de uma cartilha com linguagem acessível.

As integrantes repudiam a Reforma Administrativa que está sendo proposta pelo governo Bolsonaro e reivindicam a revogação da Emenda Constitucional 95, sem a qual não é possível reverter o desmonte. Também destacaram a importância de estudar a dívida pública.

Encaminhamentos


Após longos debates, as trabalhadoras do PJU e MPU encaminharam propostas que serão analisadas pelas instâncias deliberativas da federação. As servidoras propuseram que a Fenajufe viabilize a implementação urgente do Coletivo de Mulheres e a indicação aos sindicatos da base que nas delegações para os eventos nacionais seja observada a paridade de gênero e raça.  

Outro encaminhamento é que a entidade oriente os sindicatos a informar a população sobre a destruição dos serviços públicos, sob a batuta do governo Bolsonaro. Um espaço de acolhimento, assessoria jurídica e apoio psicológico nos sindicatos e tribunais, em casos de assédio moral, também fizeram parte das reivindicações das servidoras. Entre outros encaminhamentos aprovados apontaram a realização de curso de formação anual com temáticas que dizem respeito às mulheres.

Manifesto

As participantes aprovaram um manifesto e um calendário de lutas. O documento denuncia os ataques do governo federal às trabalhadoras e trabalhadores e aponta o exemplo das mobilizações do Chile, Equador, Haiti, Colômbia e Venezuela para derrotar Bolsonaro. Também denuncia a violência contra as mulheres no país e marca um calendário de lutas até o dia 18 de março, com destaque para 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

Clique aqui e leia o Manifesto e Calendário de Lutas na íntegra

O encontro terminou em clima de confraternização com coquetel ao som da musicista Lis Martins na cobertura do San Marco Hotel, onde foi realizado o evento.

 

Fonte: Com informações da Fenajufe

 

 

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Encontro Nacional de Mulheres debate assédio e feminicídio

As atividades da tarde foram abertas com uma vivência conduzida por Damelis Castillo, cantora e compositora venezuelana


“Violência: do assédio ao feminicídio” foi o tema do painel da tarde do Encontro Nacional de Mulheres do PJU e MPU, realizado nesse sábado (30/11), em Brasília. Segundo Danieli Balbi, professora de comunicação e realidade brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é de extrema importância a luta pela emancipação das mulheres em todos os espaços de convivência, principalmente, nos de decisão.  Balbi explicou que o patriarcado é a estrutura de uma sociedade capitalista desigual e injusta, e a exploração e a divisão das trabalhadoras e trabalhadores tem fundamento misógino. “O fascismo reaparece na crise econômica, é a fase detratória da crise do capitalismo e ele opera pela misoginia”.

Para  Danieli Balbi, o machismo está aprofundado na estrutura da sociedade e as mulheres precisam lidar com a violência todos os dias.  “O mais aterrador é que a dinâmica da relação que nós estabelecemos é baseada em um elemento tácito que é o machismo, que é a eleição da figura masculina, que são sempre homens cis, héteros, brancos de extração de classe dominante há muitos anos e isso reflete nos espaços de poder. As práticas de relação entre nós, mulheres, e estes indivíduos na estrutura social, no trabalho, são práticas de silenciamento, e temos dificuldades de nos emponderar e nos fazer ouvir”.


Samantha Guedes, professora da rede municipal de Educação do Rio de Janeiro, no complexo da Penha foi a segunda painelista, que contou sua experiência pessoal de agressão. “Eu tive um pai e uma mãe que me deram apoio e aquelas mulheres que têm filhos e não tem emprego? Quando uma mulher faz uma denúncia contra o seu agressor, não tem medida protetiva. Nós, mulheres, estamos à mercê de tudo, da violência moral, sexual, patrimonial e física”. A professora afirma que a violência no Brasil tem gênero, raça e classe. “A violência atinge, em cheio, as mulheres negras e pobres”. Ela citou dados do Disque 180, que divulgou 46,5 mil denúncias de violência contra a mulher no primeiro semestre de 2019.

Logo após, foi aberto espaço para a plateia. Muitas das inscritas contaram casos particulares de violência doméstica, de assédio moral e sexual, casos de feminicídio na família, entre outras experiências.

Vivência


As atividades da tarde foram abertas com uma vivência conduzida por Damelis Castillo, cantora e compositora venezuelana, que trouxe a música e a dança do Rio Orinoco para o encontro das mulheres do Judiciário. No Brasil, ela trabalha com mulheres imigrantes.

O encontro continuou com grupos de trabalho. Confira a matéria.

 

Fonte: Com informações da Fenajufe

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