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Agência de Notícias

As urnas eletrônicas e o joypad que não funciona

Por Marcello Hameister, Analista Judiciário, Chefe de Cartório da 149ª ZE/Igrejinha/RS, Especialista em Direito Eleitoral

Este artigo é de inteira responsabilidade do autor, não sendo esta necessariamente a opinião da diretoria da Fenajufe

Requenta-se a cada eleição as notícias de que é possível fraudar eletronicamente as eleições e as urnas eletrônicas, em geral publicando-se ou republicando-se boatos ou notícias falsas - ou sem seriedade nenhuma, por mais que repercutidas na imprensa, da grande à imprensa nanica. Não consigo deixar de fazer uma analogia: a maioria dos candidatos perde (embora a maioria dos eleitores ganhem) e seus apoiadores fazem parecido com meus filhos depois de uma derrota em um videogame. Botam a culpa no joypad.

A mais divulgada de todas, de um jovem hacker que conseguiu mudar os resultados das eleições de Volta Redonda a soldo de alguns candidatos, está novamente na moda. Vamos analisar a questão da segurança do processo de votação eletrônico no Brasil, sua evolução e o estágio atual.

As primeiras eleições utilizando-se urnas eletrônicas foi em 1996, nas capitais. Foi um primeiro teste que deu certo, ainda que o processo de construção das urnas tivesse um elemento que foi considerado prejudicial (o que não concordo, falarei sobre isso mais tarde). Fazia a impressão do voto, que depois caía em uma urna física, possibilitando a recontagem. Nas urnas seguintes, esta impressão foi retirada com argumentos técnicos. O maior número de problemas no dia da votação era ocasionado por falhas nestas impressoras.

Já em 1998, a urna eletrônica, fisicamente, alcançou praticamente o estado da arte, sofrendo poucas alterações desde então. A maior, já testada, mas ainda em implementação, é a assinatura biométrica do eleitor para liberar a votação através de sua digital.

FRAUDAR A URNA. POR ONDE, CÁRA-PÁLIDA?

Já vi muitas vezes o argumento falso: "Se os hackers fraudam bancos, como que a urna poderia ser mais segura?" Ora, diferente de bancos e seus caixas eletrônicos, a principal característica da urna eletrônica não é ser um equipamento ultra-moderno. É não estar conectada a NADA. Para haver uma fraude realizada por intervenção externa no equipamento, seria necessário conseguir acessá-la pela única conexão que tem com o mundo: a tomada elétrica. Isto, sem mais argumentos, deixo para os filmes de ficção. A urna não trabalha em rede, não tem wi-fi, todas as portas de acesso físico estão lacradas. Os dados são gravados simultaneamente em duas memórias diferentes (uma interna, inacessível, e outra, lacrada, que é utilizada em caso de defeito na gravação de dados, que só pode ser aberta com a autorização expressa do Juiz Eleitoral). Não há portas USB acessíveis. O teclado é fixado na urna, não podendo ser trocado sem desmontá-la. Pergunto de novo. Por onde, cara-pálida?

ENTÃO A FRAUDE ESTÁ NOS PROGRAMAS!

No início das urnas eletrônicas, os programas consistiam em caixas-pretas, somente conhecidos do TSE e das agências governamentais e profissionais envolvidos na sua construção. Isso gerava uma grande desconfiança. Profissionais de informática (e eu estava entre eles à época) reivindicavam acesso aos programas-fonte para que se pudesse saber o que realmente ocorria dentro das urnas. O impressionante é que esse acesso foi dado! Os programas fonte são acessíveis aos partidos políticos, OAB, Ministério Público. O processo de transformá-los em programas executáveis é feito em cerimônia oficial em Brasília. Os fontes e cópia dos executáveis são colocados em um cofre lacrado. Nenhuma alteração pode ser feita após este momento. Os partidos recebem uma assinatura digital (hash) correspondente a estes programas e podem conferir em qualquer urna eletrônica que os programas que nela estão instalados sãos os mesmos que foram gerados na cerimônia. Para leigos: a chance de eu te pedir para encontrar um grão de areia específico no deserto do Saara e ele ser encontrado é maior do que a de alterar um programa mantendo a mesma assinatura eletrônica. Mude um caractere de um programa, e o hash fica diferente como um mosquito de uma baleia. Depois de instalados os programas nas urnas (iguais em todas as urnas do Brasil), o que elas recebem são apenas bancos de dados: os candidatos, os eleitores.

Na véspera das eleições, aleatoriamente, são sorteadas urnas que são recolhidas aos TREs e substituídas nas seções. Repare: estas urnas estavam em seus locais de votação, prontas, lacradas, à espera dos eleitores. No TRE, com a presença de representantes dos partidos inserem-se votos durante o mesmo momento em que a eleição ocorre. Esses votos são em quantidade sabida para cada candidato. Depois é comparado o número de votos que cada um recebeu com o boletim que a urna imprime. E pasmem: o resultado é o mesmo! E não, a urna não sabe que não está em sua seção com eleitores de verdade. Ela não tem GPS!

ENTÃO É NA TRANSMISSÃO!

Esta é a nova lenda. Um hacker de 19 anos teria fraudado as eleições alterando o resultado das urnas em 2012 em Volta Redonda. Fora os minutos de fama que conseguiu com sua balela, não demonstrou mais nada de útil. Essa notícia correu a imprensa e, repentinamente sumiu.

Como disseram Daniel Wobeto e Luis Fernando Schauren, da Secretaria de Tecnologia da Informação do TRE/RS, "Ele entende de informática e pode ser um hacker mesmo, mas não entende quase nada do processo eleitoral, e foi aí que ele se perdeu nessa mentira. Ele disse, por exemplo, que alterou o resultado da votação depois que os votos foram recebidos no sistema de totalização do TRE. Ele só esqueceu de explicar como é que os resultados dos boletins de urna, que saem da urna ao término da votação e, consequentemente, antes de serem totalizados, continham exatamente o mesmo resultado de votação que estava no sistema do TRE/RJ depois de ele ter 'alterado' os votos...". É bom lembrar que os partidos políticos recebem cópias destes boletins, antes da transmissão, e qualquer alteração seria vista, já que o resultado é publicado urna por urna.

Houve outras denúncias que são ainda mais risíveis. A melhor foi a do "hacker" de Gravataí que teria a senha do presidente do TRE e poderia alterar os resultados mediante módica quantia. Parece que uns candidatos trouxas perderam seu dinheiro e, é claro, não se elegeram nem registraram queixa.

Há também sempre a denúncia, a cada eleição, de que a pessoa foi votar e não estava na urna o seu candidato, ou "não era a foto dele". A explicação disso é aborrecidamente simples. O eleitor digitou o número errado; ou o candidato foi mudado pelo partido depois de encerrada a alimentação de dados nas urnas, aí o número está certo, mas o candidato é realmente outro; ou ainda, a candidatura foi cassada, aí ele não está na urna mesmo! Uma complexa conspiração para roubar votos que muda a foto do candidato pressupõe conspiradores mais burros que os cronistas que propagam as "denúncias".

O EXCESSO DE CONFIANÇA DOS PARTIDOS NO PROCESSO ELEITORAL

Todos, absolutamente todos, procedimentos relativos às urnas eletrônicas e às eleições são realizados em cerimônias abertas, anunciadas por editais, permitida a presença e auditoria dos procedimentos pelos partidos, OAB e Ministério Público. A imprensa, caso queira, sinta-se convidada. Infelizmente, pouquíssimos comparecem a estas cerimônias, conferem a autenticidade dos programas e das ações dos servidores da Justiça Eleitoral, ajudando a tornar pública a sua legitimidade e confiabilidade. É aqui que falo da impressão do voto. Eu acharia bom, não por necessário, mas para tirar os últimos resquícios de desconfiança de quem não entende nada do que ocorre.

Então, feitas as eleições, vem a chorumela e o boato (perder é duro, buscar culpa no outro é fácil). E o mais tétrico: muitos desses boatos vem das mesmas fontes que há pouco defendiam a repetição do golpe militar de 64 para "garantir a vontade do povo". A vontade do povo expressa-se nas eleições. Não gostar da decisão não torna esta vontade menos legítima. Chore, seque as lágrimas, e organize-se melhor para as próximas. Sinto muito.

A CORRUPÇÃO ELEITORAL ESTÁ LÁ FORA!

Já ouvi, também, que basta um servidor corrupto da Justiça Eleitoral para que se fraude o processo. Embora desconheça qualquer colega que esteja à venda, se houver, nenhum funcionário da Justiça Eleitoral tem um acesso de tal forma privilegiado a qualquer sistema que permita que ele possa alterar uma eleição. Não o servidor comum, nem o chefe do cartório eleitoral, o coordenador de informática do TSE. Ninguém. Todo trabalho é em equipe e ninguém domina todo processo. Nem o presidente do TSE, com todas suas senhas, é capaz de interferir no funcionamento dos sistemas e alterar qualquer resultado. Inferências deste tipo, além de caluniosas, são atestado de ignorância.

O maior mal que atinge o processo eleitoral, ainda é a compra de votos. Agora, se um candidato compra votos, é porque há eleitores que os vendem, não interessa se por necessidade (?) ou oportunismo. Toda corrupção, a eleitoral inclusive, é um crime com no mínimo dois culpados e milhões de vítimas. Sempre.

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PGR garante ao Sindjus/DF que se empenhará na negociação do reajuste

Na manhã desta quarta-feira (9), os coordenadores do Sindjus Ana Paula Cusinato e Jailton Assis cobraram o empenho do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na concretização do reajuste salarial dos servidores do MPU. O deputado Policarpo (PT-DF), que construiu a reunião, e o secretário-geral, Lauro Cardoso, também participaram da conversa que teve como foco o substitutivo ao PL 6697/07, já encaminhado pela administração ao relator do projeto na Comissão de Finanças e Tributação, deputado Aelton Freitas (PR-MG).

O Procurador-Geral da República se colocou à disposição dessa luta e garantiu que vai se empenhar na negociação, afirmando, inclusive, que vai se reunir com o presidente do STF para discutir como se dará a negociação com Executivo e Legislativo. Os coordenadores salientaram a importância de ele conversar com o próximo presidente do STF, ministro Lewandowski, e com o presidente do TSE, ministro Toffoli, para dar força a essa negociação. O PGR concordou, afirmando que todos precisam se envolver nesse processo de negociação.

Segundo Janot, por mais que a economia brasileira esteja num momento complicado, isso não pode engessar a recomposição salarial dos servidores, sendo preciso buscar o reajuste com uma negociação efetiva. Ressaltou, inclusive, a grande evasão de servidores, o que pode inviabilizar a atuação do Ministério Público.

Distribuição de material

Ficou acertado na reunião, que a partir de hoje os materiais do Sindjus terão acesso livre às dependências da PGR, facilitando a comunicação entre sindicato e servidores.

Fonte: Sindjus/DF

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Dispensa do imposto sindical: CJF julga improcedente pedido do Sinjufego

Imposto sindical anual (compulsório) não se confunde com a contribuição assistencial mensal (voluntária)

O Sinjufego informa que o seu pedido que solicitava a dispensa do imposto sindical compulsório e anual para os integrantes da categoria foi julgado improcedente pelo CJF. Esse órgão da Justiça Federal se aproveitou de entendimento do CNJ que manteve  a decisão anterior do CJF que já possibilitava o desconto do imposto sindical dos servidores da JF-GO. O sindicato interveio no processo do CNJ.

No despacho nº CJF-DES-2014/05421 de 25/02/2014, a Relatora Conselheira do CNJ Ana Maria Duarte decidiu:

PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL COMPULSÓRIA. DESCONTO EM FOLHA. SERVIDORES ESTATUÁRIOS. EXIGIBILIDADE. PRECEDENTES.

1. Contribuição Sindical é exigível por todos os trabalhadores de determinada categoria, independentemente de filiação sindical e da condição de servidor público celetista ou estatutário, conforme arts. 578 e seguintes da CLT.

2. Precedentes. Entendimento sedimentado na jurisprudência dos Tribunais Superiores - Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça.

3. Pedido que se julga improcedente.

Com base no despacho acima e no sobrestamento do procedimento até o momento em que foi julgado como O Conselho, por unanimidade, decidiu arquivar os autos, por julgar prejudicado o exame da matéria, diante da determinação expressa do CNJ no Pedido de PROVIDÊNCIAS do Sinjufego nº 0002486-31.2013.2.00.0000.” o processo foi arquivado motivado pelo prejuízo do exame da matéria.

Com a decisão do CNJ abre-se a possibilidade de haver cobrança do imposto sindical também dos servidores do TRE-GO e TRT-GO.

Fonte: Sinjufego/GO

 

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TRE faz bonito no 2º Apagão do Judiciário Federal no Rio Grande do Norte

O 2º Apagão do Judiciário Federal no Rio Grande do Norte ocorreu na manhã desta sexta-feira (04) em frente ao TRE, na Praça André de Albuquerque, reunindo uma expressiva parcela de servidores das três justiças federais no estado, que atenderam ao chamado do Sintrajurn para parar o trabalho e participar do protesto pelo reajuste emergencial e valorização da carreira.

O coordenador geral do Sintrajurn, Leandro Gonçalves, servidor do TRE, fez a abertura da mobilização informando sobre o parecer do relator do projeto salarial do Judiciário Federal, deputado João Dado (SDD-SP), favorável à aprovação do PL 6613/2009, na quarta-feira passada (2) que, no entanto, não acatou a proposta do texto substitutivo elaborada pela comissão de negociação levada pela direção-geral do STF. O documento menciona e publica a íntegra da proposta de substitutivo entregue pelo STF e a sua justificativa, mas cobra a assinatura do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, no ofício que o enviou, que foi assinado pelo Diretor-Geral desse tribunal. Na reunião em que a direção-geral e a federação apresentaram o substitutivo, João Dado não condicionou alterar o texto a isso. Para Leandro, uma decisão estrategicamente planejada. “Eu acho que ele não incluiu o substitutivo do PL para ver o que acontece, se a categoria não fizer nada, também nada fará”.

Diante da explanação, o servidor do TRE, Solon Almeida, questionou os colegas presentes sobre a responsabilidade de cada um com relação aos movimentos e as conquistas dos direitos da categoria. “Somos servidores efetivos e temos que participar, esse movimento é visto como anti-producente pela administração, mas não é, muitos dos problemas nascem da falta de uma autocrítica, precisamos realizar e participar de intervenções em busca de uma qualidade de vida, faço uma critica a todos nós enquanto servidores, por que não participar? Aqui estamos debatendo nossa condição de trabalho como servidor”.

O coordenador executivo Maximiliano Uchoa disse que participou da panfletagem nos tribunais, no dia anterior ao apagão, e por várias vezes mencionou aos servidores os 10 motivos para parar o Judiciário federal, conforme consta no folder de chamamento ao ato e, segundo ele, somente um dos pontos elencados já seria suficiente para uma grande mobilização, que é o Projeto de Lei do Plano de Carreira dos Servidores do Poder Judiciário da União. “A história mostra que sem mobilização não conseguimos nada, o caso dos garis e do passe livre em Natal são provas recentes disto, com a gente ocorre o mesmo, nossos PCSs só vieram com greves e muita luta, sem mobilização, além de não conseguirmos nada, perderemos alguns direitos que já temos”, concluiu.

A coordenadora geral, Silvana Gruska, disse que o Poder Judiciário está de braços cruzados, que montou uma mesa informal de negociação para o reajuste emergencial da categoria, mas não mostra interesse em negociar o proposto por ele mesmo nessa mesa, através do substitutivo ao PL 6613. Esclareceu, porém que o quadro de inércia pode ser revertido, que o reajuste emergencial pode dar certo com muita pressão, pois o histórico dos diversos PCSs mostra que a categoria sempre os conquistou quando fez greve. “Não temos outra saída, pois temos um governo do trabalhador que, ironicamente, não conversa e não negocia há seis anos com os trabalhadores do Judiciário Federal”, disse chamando os servidores para a luta, para uma greve em agosto e deixou uma mensagem para os que possuem funções comissionadas. “FC é a morte da categoria, é um câncer na carreira da gente, que acorrenta e paralisa o servidor, mas que não deve servir de argumento ou razão para que ele se intimide e não adira aos movimentos da categoria pelo medo da sua perda, pois é transitória, uma ilusão que não incorpora aos vencimentos, é muito mais inteligente lutar pelo que realmente é nosso”.

O coordenador de Finanças, Eraldo Morais, agradeceu a presença dos servidores e disse que estava satisfeito com a adesão da categoria de uma maneira geral, e em especial, com os servidores do TRE. “Os colegas entenderam o chamamento do sindicato e participaram ativamente do ato gerando uma boa expectativa para uma movimentação futura, dando exemplo para os demais tribunais”, concluiu após explicar que a categoria estava em Estado de Greve e que os tribunais haviam sido informados previamente dessa decisão, deliberada em assembleia geral do dia 7 de junho.

Para o coordenador executivo Paulo Marcelino, que está há 25 anos no Judiciário Federal, nunca houve uma situação como a que está acontecendo no momento. “Os servidores estão usando cheque especial como salário. Peço que sejam multiplicadores dos movimentos para que em agosto, prazo final para a votação do relatório preliminar da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), possamos juntos pressionar pela negociação do nosso reajuste, se não fizermos greve forte serão mais de 4 anos sem nada, vamos nos unir e nos mobilizar porque só assim conseguimos alguma coisa”.

Ao final das palavras, a coordenadora executiva, Maria Missilene, fez uma análise positiva do segundo apagão promovido pelo Sintrajurn. “A expectativa foi alcançada, os colegas participaram mais uma vez, demonstrando que a categoria está consciente e mobilizada para participar de uma greve a ser chamada para os próximos meses”, finalizou.

Fonte: Sintrajurn/RN, por Leane Fonseca

 

 

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Carreira: Regime Jurídico Único e Formas de Remuneração no Serviço Público

Por Francisco Antônio da Silva Filho, especialista em Direito Previdenciário e Direito Público. Servidor Público Federal. Escritor Jurídico.

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Sobreposição de Vencimentos ou Indenização por Desvio de Função. Qual a melhor saída?

Por Nilton Alves Verlindo, técnico judiciário lotado na Subseção Judiciária de Passo Fundo (RS). Graduado em Direito pela UPF. Pós-Graduado em Direito Público pela IMED.

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Servidores em estado de greve no Espírito Santo

Reunidos no daí 24 de junho, servidores do Judiciário Federal no Espírito Santo decidiram permanecer em estado de greve e marcaram uma nova assembleia para o dia 08 de agosto. A categoria preferiu aguardar para ver como será o andamento dos processos relacionados à pauta de reivindicações neste início de segundo semestre. Caso o desenrolar das ações não seja favorável aos trabalhadores, o movimento de greve no Estado ganhará força.

Segundo o diretor financeiro do Sinpojufes, Silvio Moreira Filho, os servidores tomaram essa decisão porque consideram que muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, no cenário nacional, o que impede que a mobilização da categoria ganhe a atenção merecida.

"Estamos vivendo um período de Copa do Mundo no Brasil, campanha eleitoral e mudança na presidência do Supremo Tribunal Federal. O melhor a fazer é ficarmos atentos para ver como as coisas vão acontecer”, disse.

Na última assembleia realizada, foi criado um grupo formado por servidores, que ficará responsável pela divulgação de noticias relativas ao movimento e aos progressos referentes à pauta de reivindicações. A categoria busca impedir a criação da carreira exclusiva de servidores dos tribunais superiores e também pressionar para que seja aprovado o substitutivo ao PL 6613/09, que tem como objetivo garantir a reposição salarial dos servidores.

“O importante é ver que os trabalhadores estão com muito ânimo e disposição para lutar pelos seus objetivos. Como eu não via há muito tempo, inclusive. Estão todos muito insatisfeitos com o achatamento salarial da categoria”, comentou Sílvio.

Apagão

No último dia 16 de junho, os servidores do Judiciário Federal no Espírito Santo aderiram ao movimento nacional de Apagão do Judiciário. Representantes do Sinpojufes, entidade que representa a categoria no Estado, percorreram os prédios onde atuam os servidores na capital, Vitória, convocando-os para o movimento. Servidores de cartórios de norte a sul do Estado também participaram do dia de greve.

Fonte: Sinpojufes/ES, por Kamila Rangel

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Técnico Judiciário: Sindicato de Minas Gerais (SITRAEMG) defende Sobreposição na Carreira e passar cargo de Técnico para Nível Superior

Por James Magalhães Gonçalves, membro do Núcleo de Técnicos do Sitraemg, Warlen Santos, e Dérito Tavares Júnior, Técnicos Judiciários do TRE-MG

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E como ficam os analistas?

Por David Cordeiro, analista judiciário do TRT da 1ª Região - RJ

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Em defesa da greve que barrou a PEC, das reuniões ampliadas e da verdade

Por Ruy Almeida, coordenador do Sintrajufe/RS e membro do Luta Fenajufe

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TREM DA ALEGRIA pode ser aprovado na Câmara dos Deputados: requisitados da Justiça Eleitoral contam com apoio de praticamente todos os Partidos e lideranças pela aprovação da PEC 02/2003

Por Jair Lemos, Técnico Judiciário, servidor do TRE-MG

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Técnico Judiciário: Substitutivo do PL 6.613/09 aumenta abismo salarial (diferença entre Técnicos e Analistas ultrapassa R$8.000,00)

Por Warlen Santos, Técnico Judiciário do TRE-MG

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Em Mato Grosso, comando de mobilização negocia com administração do TRT-23 volta ao trabalho após greve

O Comando de Mobilização do Sindijufe/MT teve uma reunião com o presidente do TRT-23, desembargador Edson Bueno de Souza, na manhã desta sexta-feira (20/06), sobre o encerramento da Greve e a discussão dos dias parados.

Pelo que se pôde aferir da reunião, não deverá haver corte de ponto. O que ele deixou em aberto, no entanto, é como será a reposição.  Mas o Sindijufe/MT sustentou a sua posição de colocar o trabalho em dia, sem reposição de dia ou hora, e conforme as avaliações, o presidente se comprometeu em analisar a questão.

Os representantes da categoria informaram que os Servidores já estão empenhados em colocar o serviço em dia, sem reposição de horas ou dias e sem corte de ponto, conforme as orientações do Sindicato, que inclusive foram comunicadas à Administração do Tribunal desde o primeiro dia da Greve. O Comando de Mobilização do Sindijufe/MT também agradeceu o desembargador pelo apoio contra a PEC 59/2013, lembrando que a PEC foi o que motivou a Greve, juntamente com a questão das carreiras exclusivas.

O presidente do TRT-23 ficou de avaliar a proposta do Comando de Mobilização. "Sou extremamente sensível para ver a possibilidade de não haver corte de ponto, e muito provavelmente será construído algo nesse sentido", disse Edson Bueno, acrescentando que, em vez de estarem em lados opostos, a Administração e os servidores estão do mesmo lado.

O Comando de Mobilização do Sindijufe/MT foi representado por Pedro Aparecido de Souza, Marcelo Lincoln Evangelista, José Roberto Magalhães, Jamil Benedito da Costa Batista, Jamila Abrão Fagundes e Juscileide Rondon. Pela Administração, além do desembargador-presidente participaram da reunião a desembargadora Eliney Veloso e a chefe do gabinete da presidência, Sueli Ferraz.

A reunião teve a duração de uma hora e cinco minutos.

Fonte: Sindijufe/MT

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A dívida pública e a falta de reajuste para os servidores do Poder Judiciário da União

Por Eugênia Lacerda, diretora da Fenajufe e da Anata e coordenadora do Núcleo DF da Auditoria Cidadã da Dívida

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Servidores do RN realizam 1º Apagão do Judiciário Federal; o 2º será no dia 2 de julho em preparação a possível greve em agosto.

O 1º Apagão do Judiciário Federal no Rio Grande do Norte aconteceu durante toda a manhã desta quarta-feira (18/06) em frente ao TRT. Os servidores do TRT, JF e TRE participaram da mobilização promovida pelo Sintrajurn/RN em preparação a uma possível deflagração de uma greve no mês de agosto, quando os sindicatos de todo o país devem intensificar as mobilizações em torno das lutas da categoria, inclusive os estados que estavam em greve e, por orientação do Comando Nacional de Greve (CNG), decidiram pelo fim da paralisação, retomando o movimento paredista em agosto, após os recessos parlamentar e judiciário, que dificultam os avanços na pauta de reivindicações durante esse período.

O coordenador geral, Leandro Gonçalves, abriu as falas informando que a greve de apenas cinco estados - Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia, Mato Grosso e Alagoas - e a mobilização nacional foram responsáveis por uma grande vitória que foi a nota técnica do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que considerou a PEC 59 inconstitucional.

A luta dos servidores do Judiciário Federal contra a Proposta de Emenda Constitucional 59, que dispõe sobre a criação do estatuto único para os servidores do Poder Judiciário, aprovada na Câmara e prestes a ser votada no Senado é um dos itens centrais das reivindicações da categoria. Outras pautas são a rejeição a criação das carreiras exclusivas dos servidores dos tribunais superiores e a aprovação do reajuste salarial emergencial da categoria.

A coordenadora geral, Silvana Gruska, voltou a alertar a categoria sobre as perdas acumuladas nos últimos anos. “Nós, servidores do Judiciário Federal, não nos consideramos trabalhadores, mas isso precisa mudar, é preciso entender que se não lutarmos iguais a qualquer outro trabalhador não passa nada, não se ganha nada, a greve é a única maneira de pressionar o Executivo a abrir negociações com a categoria e com o Judiciário pelo reajuste emergencial”, disse ela ao advertir que a categoria está entre as piores do serviço público federal e que, mesmo assim, os servidores somente se preocupam com o trabalho que precisam realizar e não se atentam para a luta dos seus direitos, essenciais à sua sobrevivência, “somos atualmente zumbis do Judiciário Federal, só vemos metas, metas, metas...”

Silvana anunciou ainda que, apesar de tantas ameaças à carreira, está otimista, pois, segundo ela, é possível em agosto entrar com força total junto aos demais sindicatos e conseguir vitória em algumas das reivindicações da categoria, inclusive quanto à abertura das negociações em torno do reajuste emergencial, caso contrário, caso haja a inércia dos servidores, o resultado será danoso, com a permanência de todos por mais quatro anos sem reajuste salarial. Por isso, para a coordenadora, é extremamente importante toda e qualquer mobilização realizada pelo sindicato, mas que também é indispensável e necessário que os servidores presentes às mobilizações sejam multiplicadores da real situação da categoria, para agregar mais pessoas dispostas a ir à luta pelos seus direitos. “Nada se acaba pra a gente se largarmos uma manhã ou um dia de trabalho em defesa da carreira já tão desvalorizada, que não é do vizinho, nem de um conhecido, é nossa, responsável pelos nossos projetos de vida e da nossa família. Pior do que está não pode ficar, vamos participar dos movimentos, se não fizermos nada nossa carreira está morta, e é isso que queremos?”, concluiu.

O coordenador Leandro disse que este ano se tem uma arma poderosa, as eleições de outubro, mas é preciso ter coragem para usar, de parar o TRE e mostrar que os servidores do Judiciário Federal não estão de braços cruzados e, ao final, agradeceu a presença de todos e ratificou o convite para uma presença em massa no 2º Apagão do Judiciário Federal no Rio Grande do Norte que será realizado no dia 02 de julho em frente ao TRE, período de registro de candidaturas, época importante para os advogados e representantes de partidos, sendo necessária a presença de todos para apagar o Tribunal. “Se preparem, se planejem, para que o segundo movimento seja maior que o primeiro, que estamos aqui, ou a única coisa que vocês irão receber será mais aumento de trabalho”.

Fonte: Sintrajurn/RN, por Leane Fonseca

 

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Servidores encerram greve na Bahia e mantêm estado de mobilização

Os servidores do judiciário federal na Bahia classificaram como vitorioso o movimento paredista deflagrado no dia 29, que contribuiu decisivamente para as vitórias alcançadas até esse momento, e aprovaram a suspensão da greve nacional na Bahia.

A decisão foi tomada em votação realizada após informes e avaliações do movimento paredista na tarde desta quarta-feira, 18 de junho, no Tribunal Regional Eleitoral. Endossada pela maioria dos presentes, a proposta de suspensão do movimento paredista foi encaminhada com base em orientação do Comando Nacional de Greve (CNG) apresentada no dia 16 de junho. A proposta aprovada também estabelece a manutenção do estado de greve.

A iminência dos recessos parlamentar e judiciário e a dificuldade de avanços na pauta de reivindicações durante este período foram os principais argumentos apontados para a suspensão. O movimento paredista ressalta, entretanto, que a paralisação poderá ser retomada em seguida, durante o mês de agosto.

Contra a suspensão da greve foram registrados cinco votos e quatro abstenções.

Encaminhamentos

Que seja efetivada a criação do Núcleo contra as opressões;

Que seja realizado um debate sobre machismo, e que o sindicato elabore material alusivo ao tema;

Que seja efetivado nos tribunais um ciclo de debates e palestras sobre direito de greve e negociação coletiva;

Que sejam realizadas rodadas de assembleias setoriais para avaliação das negociações dos dias parados e corte de ponto, e propostas de reversão nos locais em que haja retaliações, para serem levadas à próxima assembleia geral; 

A próxima assembleia geral acontecerá no dia 10 de julho, às 13 horas, no edifício da Justiça Federal.

Confira o calendário de atividades aprovado na assembleia

26/06 – Assembleia Setorial no TRE

02/07 - Participação no 2 de Julho

03/07 - Assembleia Setorial na Justiça Federal

04/07 – Ato público marcando o prazo para o registro de candidaturas

10/07 – Assembleia Geral na JF

Fonte: Sindjufe/BA

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Greve é suspensa em São Paulo. Luta será retomada em agosto.

Paralisação em cinco estados conquistou avanços, avalia assembleia

Com a certeza da importância de seguir mobilizados e de retomar a greve no começo do segundo semestre, os servidores do Judiciário Federal em São Paulo suspenderam o movimento paredista na quarta-feira, dia 18.

A assembleia indicou a retomada da mobilização na 1ª semana de agosto. Essa decisão será levada à reunião ampliada da Fenajufe, que acontece em 6 de julho, em Brasília. A assembleia também indicou a realização de assembleia geral e Conselho de Base em 26 de julho, para definir a retomada da luta.

Pela avaliação do comando de greve, a paralisação construída em ao menos cinco estados, desde 29 de abril, conquistou importantes avanços. Será necessário, entretanto, ampliar a mobilização para conquistar vitórias definitivas.

A mesa de negociação instalada no STF (dez meses depois de ser reivindicada pela categoria) elaborou uma proposta salarial que foi encaminhada ao Ministério do Planejamento, para compor a previsão orçamentária de 2015, e à Câmara dos Deputados, na forma de um substitutivo ao projeto de lei 6613/09. Outras conquistas foram o afastamento da possibilidade de criação de carreiras exclusivas nos tribunais superiores e a nota técnica do CNJ recomendando a rejeição da PEC 59.

“A greve foi determinante para esses avanços”, defendeu Adilson Rodrigues, diretor da Fenajufe. Avaliação compartilhada por Antonio Melquíades, diretor do Sintrajud: “A gente conseguiu alguns objetivos, o que não é pouca coisa. Agora precisamos incidir sobre os membros da Comissão Mista de Orçamento. Temos que fazer uma greve forte para pressionar o novo presidente do STF e do TSE”.

Outra decisão da assembleia foi de seguir participando das atividades organizadas pelas demais categorias do funcionalismo: “Temos que insistir na pauta com os demais federais, na greve unificada que tem como ponto central o respeito à data-base”, defendeu Angélica Olivieri.

Enfrentar o governismo

Na opinião de Inês Leal de Castro, diretora do Sintrajud e da Fenajufe, a retomada da mobilização será marcada por uma luta contra o governismo presente dentro da Fenajufe: “Há um setor dentro da federação que considera mais importante reeleger a Dilma do que lutar por nossas reivindicações. Isso já aconteceu em 2010, quando o governismo vendeu o nosso reajuste, dizendo que o PCS estava garantido”, disse.

A assembleia votou uma moção de repúdio a um diretor da Fenajufe que alterou a nota elaborada pelo Comando Nacional de Greve publicada no site da entidade, distorcendo a avaliação feita pela instância da categoria.

Contra a repressão

A solidariedade a outra categorias em luta também foi reforçada na assembleia, que ocorreu no 20º andar do Tribunal Regional do Trabalho, prédio que sediou o julgamento da greve dos metroviários de São Paulo. Julgamento que acabou por definir a paralisação como abusiva, que resultou em 42 demissões: “Quando se ataca os trabalhadores de uma categoria, atacam a todos nós. As demissões foram um recado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para que não lutemos, e este tribunal referendou esse ataque. Não podemos aceitar isso”, disse Erlon Sampaio, diretor do Sintrajud.

Para Dalmo Duarte, servidor do TRF-3, existe no Brasil um processo de aumento da repressão, o que precisa ser combatido pelos sindicatos e movimentos sociais. Opinião semelhante tem a também servidora do TRF-3 Ana Luiza de Figueiredo Gomes, que explica que a repressão continuará mesmo depois da Copa: “Esses governos sabem que as políticas de sucateamento da saúde, educação e transporte são inaceitáveis para a classe trabalhadora. É uma política de Estado, contra o nosso direito de lutar”.

Nova diretoria no Sintrajud

A nova diretoria do Sintrajud, que ficará à frente da entidade até 2017, tomou posse na assembleia.

Fonte: Sintrajud/SP

 

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