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Margaridas do Judiciário Federal e MPU realizam atividades em Brasília e reforçam a luta em defesa das aposentadorias

As Margaridas do Judiciário Federal e MPU estão em Brasília para uma série de atividades com foco na luta contra a reforma da Previdência e em defesa da aposentadoria digna. Na manhã desta terça-feira (13), as Margaridas realizaram uma roda de conversas na sede da Fenajufe, sobre as consequências da PEC 6/2019 e os impactos com relação às mulheres. O debate aconteceu com a advogada Yasmin Yogo, da Assessoria Jurídica Nacional da Federação.

Participaram as coordenadoras Lucena Pacheco Martins e Juscileide Maria Kliemaschewsk juntamente com as representantes da Fenajud, Sindjus-DF, Sintrajufe-RS, Sisejufe-RJ, Sindjuf/PA-AP, Sindijufe-MT, Serjal-AL, SindJustiça-RN, Sindijudiciário-ES, Sindjud-PE, Sindijus-SE, Sintrajuf-PE, Sindiquinze e Sinsjusto-TO e Sintrajud-SP.

A advogada alertou para as crueldades que a proposta do governo trará às servidoras como a questão das alíquotas progressivas - que pode reter, junto com o imposto de renda, quase metade dos salários - e da cobrança de contribuições extraordinárias, por exemplo. Na avaliação de Yogo, a tendência é uma tramitação célere no Senado, como já indicou o relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Tasso Jereissati (PSDB-CE), a intenção de votar a proposta em até 60 dias no plenário.

As Margaridas do Judiciário e MPU reforçaram a necessidade de intensificar a luta contra a PEC 6/2019 no Senado Federal e evitar o fim das aposentadorias por tempo de serviço.

Oficinas

Dando sequência nas atividades programadas, as Margaridas do Judiciário Federal e MPU se unirão às Margaridas de todo o Brasil no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade para oficinas de batucada e de chapéus para confeccionar o material que será utilizado na Marcha das Margaridas nesta quarta (14). Às 19h, acontece a abertura política e cultural da Marcha das Margaridas.

Dia 14/8

7h – 6ª Marcha das Margaridas – Saída do Pavilhão de Exposição do Parque da Cidade.

A origem

12 de agosto de 1983. Naquele dia, a mando de fazendeiros e pelas mãos de pistoleiros armados, Margarida Maria Alves seria assassinada na porta da sua casa, em frente ao marido e ao filho. Uma tentativa brutal de silenciar uma líder que ousou romper com os padrões de gênero e, por doze anos, presidiu o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, denunciando o abuso e o descumprimento dos direitos de trabalhadoras(es) na região.

Passados quase 36 anos do crime, Margarida permanece viva, como símbolo de resistência, nos milhares de mulheres do campo, das águas e das florestas que, assim como ela, preferem viver da luta que padecer na submissão. Como não podia deixar de ser, o enfrentamento a todas as formas de violência é um dos eixos centrais de denúncia, debate e proposição que a Marcha das Margaridas 2019.

 

Raphael de Araújo, a serviço da Fenajufe

Foto: Joana Darc Melo

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