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Maia vai a campo contra trabalhadores e CCJ conclui discussão da “Nova Previdência”

Comissão deve votar admissibilidade já nesta quarta-feira, 17

Preocupado com o descontentamento de investidores no mercado financeiro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ) saiu a campo jogando contra os trabalhadores brasileiros e conseguiu fazer a Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados concluir a discussão da PEC 6/2019. Com isso, o colegiado poderá votar já nesta quarta-feira, 17, o parecer do relator, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL/MG) pela admissibilidade da proposta.

As discussões terminaram após uma sessão que durou mais de 12 horas na terça-feira, marcada por toda sorte de manobras da bancada governista para acelerar a tramitação da PEC. Com a pressão dos trabalhadores e a atuação da oposição surtindo resultados e o governo em desvantagem, Rodrigo Maia articulou pelo governo e contra os trabalhadores, conseguindo reduzir o tempo de fala dos parlamentares da base do governo. Outros desistiram do pronunciamento.

A estratégia deu resultado e a sessão, que tinha pré isso de invadir a madrugada, foi abreviada e a discussão concluída. Maia continua articulando para garantir quórum hoje, e a consequente aprovação do parecer. Se aprovado o relatório pela admissibilidade, a proposta segue para a Comissão Especial, onde os embates devem ser mais duros e a disputa ainda mais ferrenha.

Fenajufe e sindicatos mantiveram guarda alta nesta terça-feira e buscaram contato com parlamentares na tentativa de ganhar mais tempo para os debates sobre a proposta que, se implementada, levará o país ao caos.

A Nova Previdência além de reduzir benefícios como o BPC, também reduz o abono anual a quem ganha apenas um salário-minimo. Só aí o impacto no comércio de bens e serviços será desastroso.  

Se somado ao esforço financeiro que o brasileiro terá que fazer para contratar e manter o plano de previdência privada - capitalização, os cortes nos valores retirarão dinheiro de circulação.

E mais.O dinheiro que o trabalhador usará para manter planos de aposentadoria privada e de saúde (lembre-se que a EC-95 está extinguindo serviços públicos como saúde e educação), será conseguido com cortes no orçamento doméstico destinado a  alimentação, educação, vestuário e lazer (não necessariamente nessa ordem de prioridade).

Reagir é urgente e necessário. Sem mobilização, o prejuízo para os trabalhadores, tanto do setor público quanto do privado, será incalculável. E o contribuinte que acredita estar imune aos efeitos da reforma por já estar aposentado, melhor ir se preparando. Como acontecido em países onde as reformas neoliberais foram implementadas, o passo seguinte será a redução dos valores nas aposentadorias já concedidas. Ninguém está a salvo. O apetite do mercado financeiro é voraz.

A Fenajufe reforça a orientação aos sindicatos que busquem o fortalecimento tô dos fóruns regionais para atuação conjunta com outras entidades, na pressão sobre parlamentares em suas bases eleitorais. Nos locais onde os fóruns ainda não existam, a Federação orienta ao esforço conjunto para a constituição e organização das atividades.

 
 
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