Em tempos de lutas e grandes embates pela recomposição salarial, servidoras e servidores da Justiça do Trabalho têm motivo para uma comemoração, pequena, mas uma vitória sim. Em ofício circular encaminhado aos Tribunais Regionais do Trabalho, o Conselho Superior das Justiça do Trabalho (CSJT) na quarta-feira, 20, comunicou o reajuste dos valores do Auxílio-Alimentação e a Assistência Pré-escolar em 32,27%. Com isso, os benefícios, per capita, serão de R$ 1.203,76 e R$ 951,84, respectivamente, para a proposta orçamentaria de 2023.
O documento informa também correção da Assistência Médica e Odontológica, que passará dos atuais R$ 402,03 para R$ 546,00, equiparando o valor do benefício àquele pago pela Justiça Federal, conforme também solicitado pela Fenajufe e sindicatos filiados em reunião com a cúpula da JT. Para acessá-lo, clique AQUI.
Os reajustes anunciados vêm na esteira de um trabalho criterioso, persistente e bem articulado da Fenajufe junto a lideranças políticas no caso do orçamento da união, bem como também articulada junto ao CSJT. No Congresso, veio da construção com a Liderança da Minoria, através do deputado Alencar Santana (PT/SP), a emenda à Lei Orçamentária que derrubou a proibição de reajuste dos auxílios para 2023.
Mais uma vez, a atuação conjunta da Fenajufe e seus sindicatos filiados atingiu o objetivo. No Judiciário, várias entidades da base também oficiaram ao Conselhos e Tribunais, bem como realizaram reuniões, para cobrar esse reajuste.
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Recomposição Salaria ainda requer muita mobilização para ser alcançada
Apesar do reajuste de valores pontuais dos benefícios, a conquista de uma recomposição salarial que reduza – ainda que pequena proporção – a perda do poder aquisitivo da categoria, depende de muita luta, mobilização e unidade, como já demonstrado pelas servidoras e servidores do PJU e do MPU em outras campanhas.
Com as negociações ainda engatinhando frente ao cenário de incertezas com Congresso Nacional e o Poder Executivo e com as pautas de interesse da categoria represadas no Judiciário, as mobilizações de 2 e 3 de agosto se fazem ainda mais urgentes e necessárias.
Com isso, o Apagão do Judiciário será o momento de subir ainda mais o tom para deixar clara a mensagem: a recomposição salarial não é privilégio. É direito de trabalhadoras e trabalhadores!
A expectativa é que, para o Apagão, a presença de delegações dos sindicatos filiados em Brasília seja maciça e a adesão, em todo o país, expressiva, com servidoras e servidores do PJU e MPU, cruzando os braços por 24 horas ou 48 horas. A Fenajufe reforça orientação para que os sindicatos estejam em Brasília para participação nos atos e realização do trabalho de corpo a corpo com parlamentares.
Luciano Beregeno, da Fenajufe