fbpx

Novo presidente do TJ-MS quer padronizar vestuário de servidores

De acordo com Portaria, servidores que atuam na Presidência e no Conselho Superior da Magistratura terão que se adequar ao padrão institucional

O recém empossado presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), Carlos Eduardo Contar começou a gestão com polêmica. Já em seu discurso de posse, o desembargador revelou postura negacionista ao criticar medidas de segurança e saúde no estado diante da Covid- 19.

Depois de se referir a campanha “Fique em casa” como “palhaçada midiática fúnebre” e defender a volta imediata dos servidores ao trabalho, o magistrado assinou portaria na terça-feira (26) que institui uma comissão de estudos para padronização do vestuário de servidores do Judiciário estadual.

Em mais uma fala questionável, Carlos Eduardo Contar, considera "a necessidade de manter a padronização da vestimenta dos servidores para manutenção e prestígio da dignidade da justiça". A comissão terá o prazo de quinze (15) dias para realização e apresentação do estudo da proposta.

Para o novo presidente padronizar o vestuário é “primordial” para servidores que atuam em determinadas áreas. Na Portaria n° 1.917 / 2021 a medida é voltada para os servidores que trabalham na Presidência, Vice-Presidência, Conselho Superior da Magistratura e Secretaria Judiciária do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

A medida pretensa do presidente do Tribunal pode gerar conflitos. A liberdade do indivíduo deve ser respeitada conforme a Constituição Federal. Ao padronizar vestimenta de servidores, o novo presidente impõe regras e obediência no ambiente de trabalho.  Enquanto o mundo caminha para eliminar qualquer forma de opressão, tal medida é no mínimo, retrógrada.

Contar ganhou as mídias na última semana após a posse da administração do TJ/MS para biênio 2021/2022. O desembargador discursou pedindo que o Judiciário sul-mato-grossense desprezasse os "picaretas" e “covardes de ocasião” que defendem o isolamento como medida para reduzir o contágio pelo novo coronavírus e que retomassem ao trabalho, pondo fim à esquizofrenia e palhaçada midiática”

 

Joana Darc Melo, da Fenajufe

Foto: Divulgação TJ/MS

Pin It

afju fja fndc