A morte da vereadora Marielle Franco, além de tristeza e indignação, nos mostra que há ainda um longo caminho a percorrer.
Provoca desalento porquanto era uma voz que ecoava na comunidade onde cresceu, na cidade onde morava e no país onde nasceu. Não queremos aqui analisar as vertentes que levaram ao seu brutal assassinato. São várias e não cabe aqui a discussão.
O que nos move nesse momento de consternação é o desejo de justiça.
Marielle lutava por direitos humanos.
Lutava por oportunidades para o seu povo. Sua morte, além de estúpida , foi permeada de interesses elitizados , desconforto político-social e foi claramente intencional.
Marielle Franco incomodava.
Além do protesto pela indignação, é preciso que o Estado seja meticuloso, rigoroso e radical na apuração desse assassinato e daqueles denunciados por Marielle.
A morte de Marielle não pode cair no esquecimento, pois sua voz representava a voz de milhares de mulheres, de negros e negras, de excluídos, de gente que o Estado ignora. É imperativo que as autoridades não se acovardem e não se escondam atrás do “conflito social que vive o estado do Rio de Janeiro”.
Marielle Franco não será apenas mais um número na estatística.
Vamos nos somar ao resto do país e fortalecer o clamor por Justiça.
Marielle Franco, Presente!
Brasília-DF, 15 de Março de 2018
Fenajufe – Federação Nacional dos Trabalhadores
do Judiciário Federal e Ministério Público da União