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Com orientação de ampliar a greve, Comando Nacional tem nova reunião na próxima terça, 23

Na próxima semana, greve atingirá 21 estados, na base de 23 sindicatos filiados; calendário indica ato nacional no STF, no dia 30 de junho, quando PLC 28/2015 deve ser votado no plenário do Senado 

A greve nacional da categoria, pela aprovação do reajuste salarial, vem ganhando novas adesões a cada dia. Embora ainda seja necessário crescer, o atual movimento paredista já é considerado tão ou mais forte que o de 2010, quando 20 sindicatos aderiram ao movimento. 

Na avaliação do Comando Nacional de Greve, que se reuniu na noite da última terça-feira (16), após o ato público realizado no STF, a greve tem crescido e tende a crescer ainda mais até a próxima semana. Participaram da reunião os coordenadores da Fenajufe Adilson Rodrigues, Cledo Vieira, Eugênia Lacerda, Pedro Aparecido e Tarcisio Ferreira, e representantes de parte dos sindicatos em greve (Sindijufe/MT; Sintrajud/SP; Sitraemg/MG; Sintrajurn/RN; Sindjus/DF; Sitraemg/MG; Sintrajusc/SC e Sindjufe/BA). 

No momento, já há greve deflagrada em 17 estados: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Amapá, Mato Grosso, São Paulo, Piauí, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Alagoas e Paraíba. A base de Amazonas e de Roraima decidiu pela entrada na greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (18). Nesta sexta-feira (19), aderem ao movimento os servidores do Espírito Santo. E no dia 22, próxima segunda-feira, a categoria em Rondônia e Acre cruza os braços, junto com os servidores e Goiás e da JT da 15ª Região (Campinas e interior de SP), engrossando o quadro de greve pela revisão salarial. Além disso, os demais estados e sindicatos estão em processo de mobilização, promovendo paralisações, atos nos locais de trabalho e assembleias para debater e construir a participação na greve nacional. 

Ainda como parte do calendário de lutas, também nessa terça-feira foi realizado um grande ato no DF, em frente ao STF, organizado pelo Sindjus-DF e com a participação da Fenajufe e de delegações de vários estados em greve. Mais de 2 mil servidores foram à Praça dos Três Poderes exigir respeito e dizer que estão dispostos a se manter na luta para impedir a derrota que o governo tenta impor à categoria. 

Na avaliação dos dirigentes que participaram da reunião do Comando Nacional de Greve, o governo tem mantido postura intransigente, e o STF e a cúpula do Judiciário continuam não dando indicações concretas de como superar os obstáculos impostos à aprovação e implementação dos reajustes.

Além disso, o Supremo já sinalizou abrir mão de valores em 2015 (como consta do projeto) e cogita negociar recursos para o reajuste de cargos em comissão (CJs), concorrendo com a reposição das perdas. Assim, o Comando entendeu por reafirmar a defesa prioritária do reajuste sobre os salários, que não devem sofrer a concorrência das funções de confiança, na forma como prevê o PLC 28/2015; inexistindo qualquer outra proposta em discussão, o projeto que tramita no Congresso continua sendo a pauta defendida pela categoria, tal como aprovada em suas instâncias de deliberação.

Ampliação da greve e pressão sobre os poderes 

A greve tem que ser mantida e ampliada nos próximos dias, orienta o Comando Nacional. Para isso, a Fenajufe e os sindicatos de base devem promover atividades para manter a categoria mobilizada, inclusive para a instalação da greve onde ela ainda não foi deflagrada, ou onde ainda não houve ampla adesão ao movimento. 

A orientação tem por objetivo consolidar um movimento nacional forte e coeso, que possa superar a intransigência do governo Dilma Rousseff e pressionar os três poderes (e o MPU) pelo desfecho de uma negociação que resulte em acordo pela implementação do reajuste salarial da categoria, por meio dos PLCs 28 e 41/2015. 

Além disso, a Fenajufe também orienta que os sindicatos procurem os presidentes dos tribunais regionais para pedir apoio à reivindicação da categoria e que atuem em conjunto com o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, para pressionar o governo a fechar um acordo orçamentário. Mantém-se também a orientação de que os sindicatos continuem procurando e buscando apoio dos senadores dos respectivos estados. 

Na reunião, foi indicada ainda a construção de um ato nacional em Brasília no dia 30 de junho, quando o Senado pode votar o PLC 28/2015, conforme sinalização da presidência da Casa e da liderança do governo. O objetivo é contar com a presença de caravanas de servidores de todas as regiões do país para a realização de um grande ato público, e também para o trabalho de “corpo a corpo” com os senadores, pela aprovação dos projetos de lei. 

A confirmação do ato do dia 30 ficou para a próxima reunião do Comando Nacional de Greve, marcada para a próxima terça-feira (23), quando serão novamente avaliados o cenário e os próximos passos. A reunião está indicada para as 10 horas na manhã da terça, podendo haver alteração em razão de possíveis atividades da greve em Brasília. 

Por fim, a Fenajufe orienta que, paralelamente à construção do movimento nas bases, os sindicatos mantenham na medida do possível representantes no Comando Nacional em Brasília, em caráter permanente, não apenas para as reuniões, mas também para acompanhamento e outras tarefas e atividades cotidianas da greve.

Fonte: Fenajufe
Foto: Joana Darc Melo

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