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No Ministério da Justiça, Fenajufe articula sanção de projetos de lei de interesse da categoria pelo Executivo

No Ministério da Justiça, Fenajufe articula sanção de projetos de lei de interesse da categoria pelo Executivo

A Federação entregou estudos técnicos sobre os PL 2342/22 (quintos) e o PL 2447/22 (policial judicial) ao secretário nacional de Justiça Augusto Arruda Botelho

A Fenajufe se reuniu no Ministério da Justiça (MJ) com o secretário nacional da pasta, Augusto de Arruda Botelho, nessa quinta-feira (24). Na pauta, a apresentação dos Projetos de Lei 2447/22 e 2342/22 que contém emendas importantes para as servidoras e servidores do PJU e MPU e a busca de apoio pela sanção presidencial após aprovação dos projetos no Congresso Nacional.

Participaram da reunião a coordenadora-geral da Federação, Lucena Pacheco acompanhada da advogada Larissa Awwad e do advogado João Marcelo, ambos, da Assessoria Nacional Jurídica (AJN), além do assessor da Secretaria Nacional de Justiça, Rodrigo Portella.

A coordenadora-geral detalhou a importância das emendas dos projetos de lei para a categoria que são resultados da atuação política e mobilização da Federação em defesa dos direitos e por melhores condições de trabalho aos servidores. Isso porque, ambos os projetos, inicialmente, foram elaborados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sem a participação da categoria.

Sendo assim, foi necessária a articulação da entidade para que as reivindicações das servidoras e servidores fossem contempladas nas propostas a partir de emendas.

Além disso, a dirigente argumentou que são cerca de 130 mil servidores no PJU e MPU aguardando a aprovação desses projetos para garantir a valorização da categoria e assegurar direitos adquiridos ao longo da carreira. Lembrou ainda, que ao longo dos anos, a categoria foi prejudicada, como é o caso da incorporação dos quintos/décimos, entre 1998 e 2001, nas parcelas de recomposição salarial parcial, onde servidores que receberam esses quintos administrativamente foram excluídos da possibilidade de ajuizar ação e ficaram de fora da recomposição.

Vários servidores ficaram sem receber a recomposição salarial paga na folha de fevereiro deste ano, em virtude da absorção dos quintos. Ainda é importante destacar que a decisão dispõe da absorção em caso de “reajustes futuros” e não sobre recomposição, como é o caso, gerando um grande prejuízo aos servidores.

Na ocasião, a Fenajufe entregou ao secretário nacional de Justiça os pareceres elaborados pela AJN. Os advogados fizeram um resumo técnico acerca do trabalho realizado, destacando a segurança jurídica das emendas defendidas pela Federação nos projetos de lei.

A Secretaria Nacional de Justiça é um órgão interlocutor entre o Judiciário e o Executivo. E entre suas atribuições, está a “de propor a adequação e o aperfeiçoamento da legislação relativa aos temas de sua competência”. O que significa que a pasta é responsável pelos assuntos relacionados ao judiciário no governo federal.

“É importante apresentarmos as pautas dos servidores do Judiciário para que quando os projetos de lei forem para sanção presidencial, o Executivo já tenha conhecimento das demandas da categoria representadas naqueles projetos e assim sejam sancionados sem vetos”, destacou Lucena Pacheco.

O secretário nacional recebeu os estudos e afirmou que a pasta contribuirá com uma análise aprofundada sobre os temas. Priorizando o PL 2342 que estará na pauta desta terça feira, 29/08, no plenário do Senado Federal.

PL 2342/22

O projeto de lei, de autoria do STF, dispõe sobre a criação de funções no quadro de pessoal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após articulação política da Fenajufe, a deputada federal Érica Kokay (PT-DF) apresentou as quatro emendas de interesse da categoria. O projeto foi aprovado com as emendas na Câmara dos Deputados, no dia 10 de maio deste ano.

O projeto seguiu para análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. Lá a Fenajufe articulou a relatoria do projeto com o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e em paralelo, intensificou ainda mais a mobilização pela aprovação do PL, destacando a importância das emendas para os servidores do PJU em reuniões e visitas aos gabinetes dos senadores – um trabalho conjunto com os Sindicatos da base—que resultou na aprovação do PL 2342/22 na CCJ, em regime de urgência, no último dia 16 de agosto.

Desde então, a Fenajufe tem acompanhado de perto as sessões do plenário pedindo apoio dos parlamentares para que votem pela aprovação do projeto. Em conversa com o senador e presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-RO) foi confirmado que o PL pode ser votado na semana que vem.

Leia mais: Quintos: após reunião de líderes, votação do PL 2342/22 no Senado fica para a próxima semana

Além da não incorporação dos quintos, foram incluídas no pl, emendas que tratam da legalidade da acumulação da VPNI e GAE dos oficiais de justiça; da transformação para técnicos do adicional de qualificação por diploma (de ensino superior) em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI) e da essencialidade dos cargos das carreiras do judiciário.

PL 2447/22

A regulamentação da carreira da polícia judicial é uma das principais lutas da Fenajufe nos últimos anos, inclusive tema amplamente discutido no Fórum Permanente de Carreiras e Gestão de Pessoas do CNJ pelos próprios policiais judiciais. No espaço, os servidores definiram as demandas da carreira e em seguida, uma pauta foi entregue ao STF, com o objetivo de alavancar um projeto de lei pela regulamentação.

Em setembro de 2022, o Supremo finalmente apresentou um projeto, mas para a surpresa dos servidores, a matéria deixou de fora contribuições importantes aprovados por consenso no Fórum, como a desvinculação da percepção da GAS dos cursos de capacitação; regulamentação das questões de competências e especificidades da polícia judicial que surgiram no bojo das regulamentações do CNJ, CJF e CSJT; e o limite de idade para exigência do teste de aptidão física (TAF).

Nesse sentido, a Fenajufe, com seus sindicatos filiados, estabeleceu articulação política com os parlamentares em Brasília e nos estados, com o objetivo de inserir nesse projeto de fato, as demandas dos policiais judiciais. Resultado da mobilização, o deputado federal Reimont (PT/RJ) apresentou duas emendas ao PL para atender as necessidades do segmento.

Confira as emendas na integra 

Atualmente, o projeto tramita na Comissão de Administração e Serviço Público (CASP). A Fenajufe tem articulado para que o projeto entre na pauta da comissão. Ainda neste mês, inclusive, esteve presente no gabinete do deputado Bruno Farias (Avante-MG), na Câmara do Deputados. O parlamentar é relator do Projeto de Lei 2447/22 e presidente CASP.

Na ocasião, a Federação solicitou ao deputado que o relatório do projeto seja enviado para votação com as emendas articuladas pela entidade e apresentadas pelo deputado Reimont.

Leia mais: Polícia Judicial: Fenajufe articula aprovação do PL 2447/22 com relator do projeto

 

 

Fernanda Miranda

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