Na véspera deste feriado de Semana Santa, os servidores públicos federais (que desde janeiro protocolaram junto ao governo pauta de reivindicações requerendo a reposição das perdas do governo Bolsonaro com reajuste emergencial para todos em 19,99%) foram surpreendidos com a notícia, pela imprensa, de que seria dada a revisão em cinco por cento – sem dizer como e sem negociar – e que não cobre nem as perdas deste ano.
Dessa forma, Bolsonaro e Paulo Guedes mantêm a política de granada no bolso: reajuste efetivamente de zero e autoritarismo no trato do serviço público, sem abrir canal de negociação.
Em nota (veja abaixo), o Fonasefe, fórum que congrega representações dos trabalhadores do serviço público federal, como Andes, ASSIBGE Nacional, SINASEFE Nacional, Fenajufe, entre outras, denunciou o desrespeito com que os trabalhadores do setor público vêm sendo tratados nesse governo, que sequer senta à mesa para negociar, bem como a forma com que o assunto foi anunciado, e reafirmou a manutenção da mobilização rumo ao fortalecimento da greve unificada – que já começou em categorias como previdenciários e Receita Federal.
O Fórum classificou o anúncio, que nem se configura em uma proposta, como inaceitável e insuficiente, bem como lembrou a importância do serviço público, demonstrando ainda com dados que há margem para abrir o canal e trazer à mesa de negociação uma proposta que não seja desrespeitosa como essa em seu conteúdo e forma.
Aumentar a pressão
Vale lembrar, como a própria mídia registrou (veja links para matérias abaixo), que ainda que esse índice seja inaceitável, ele demonstra o temor que o governo começa a apresentar caso a greve que vem sendo construída se alastre por todos os setores – ainda mais neste ano de eleições gerais.
Agenda de luta
Frente aos desdobramentos da campanha salarial, o Fonasefe irá realizar uma transmissão ao vivo nas redes sociais para debater o tema no dia 20 de abril: siga as redes do Fórum e acompanhe – no Instagram, o perfil do Fonasefe é @fonasefe1 – lá tem link para todas as redes do Fórum.
Além disso, a entidade trabalha para o fortalecimento da semana de luta em Brasília, de 25 a 29 de abril. Na ocasião, pretende-se realizar uma paralisação de todas as categorias do serviço público no dia 28. Desde o ano passado os servidores adotaram a tática de atos contínuos em Brasília e assim conseguiram barrar, naquele ano, a reforma administrativa e iniciaram a mobilização contra o reajuste zero.
A CSP-Conlutas, central a que o SINTRAJUFE MARANHÃO é filiado, apoia a iniciativa do movimento e acredita que a LUTA UNIFICADA dos servidores é fundamental para que a vitória seja alcançada.