fbpx

Em Dia Nacional de Mobilização, servidores e servidoras levam para a rua, em Porto Alegre, a luta por recomposição salarial

Em Dia Nacional de Mobilização, servidores e servidoras levam para a rua, em Porto Alegre, a luta por recomposição salarial

Nesta quarta-feira, 16, servidores e servidoras federais, em todo o país, estão nas ruas, no Dia Nacional de Mobilização, por recomposição emergencial de 19,99%. Em Porto Alegre, o Sintrajufe/RS participou de caminhada e ato público organizados pela Frente de Servidores Públicos do Rio Grande do Sul, que reuniu centenas de pessoas, das várias categorias das três esferas.

Na assembleia geral do dia 10 de março, foi aprovada paralisação de 24 horas nesta terça-feira e integração no calendário de mobilização unificado. Nessa terça-feira, 15, a direção do Sintrajufe/RS fez passagens em setores que estão com atividades presenciais, chamando para participação nas atividades. Os prédios do Judiciário Federal amanheceram com faixas da campanha salarial.

O Dia de Mobilização teve início com concentração em frente à antiga sede do Banco Central, na Av. Alberto Bins, em Porto Alegre. Além do Sintrajufe/RS, estavam presentes representações de Sinserf, Andes, Sinasefe, Sindjus, Assibge, Simpe, CUT, CTB, Conlutas, Sintergs, Assufrgs, Assibama, SindoIF, entre outras. De lá, os e as manifestantes seguiram em caminhada até o Palácio Piratini, selando a luta unitária com os servidores e servidoras do Executivo e do Judiciário Estadual.

Em vários momentos, durante o trajeto, os e as manifestantes foram aplaudidos pela população que estava nas paradas de ônibus, em lojas, na rua. Com carro de som, as direções sindicais explicaram para a população os motivos que levaram o funcionalismo a esta mobilização, mostrando que as pautas são de toda a classe trabalhadora. O diretor do Sintrajufe/RS Marcelo Carlini lembrou que, atualmente, são 43 de milhões de pessoas sem carteira assinada, e é isso que o governo Bolsonaro quer fazer com o serviço público: privatizar a universidade, o ensino técnico, acabar com a Justiça, “para meia dúzia enriquecer ainda mais”.

O dirigente também falou sobre a ameaça de extinção de varas trabalhistas: “estão fechando varas trabalhistas e vão querer fechar toda a Justiça do Trabalho”, para impedir o acesso dos trabalhadores e das trabalhadoras na busca por seus direitos. O diretor do Sintrajufe/RS disse que “a luta dos servidores na rua se liga à luta de todo o povo trabalhador, que é de poder trabalhar, educar seus filhos. E não vai ter futuro melhor enquanto esses governos, o Leite, o Melo, o Bolsonaro, seguirem governando contra o povo. Portanto, é preciso botar fim nesses governos. Também estamos na rua para exigir salário e melhores condições de vida para o povo brasileiro”.

Salários congelados, inflação em alta

Em janeiro, servidores e servidoras federais entregaram uma pauta de reivindicações unificada ao governo, com pedido de reajuste emergencial de 19,99%, mas não houve resposta até o momento. Em reunião com a Fenajufe, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, assumiu o compromisso de pautar a reposição de servidores e servidoras em sessão administrativa, mas isso ainda não ocorreu.

O aumento de 18,8% no preço da gasolina já fez passar de R$ 10,00 o litro em algumas cidades brasileiras. A disparada de preços aprovada pelo governo Bolsonaro impacta diretamente no custo de vida e reduz ainda mais o poder de compra da categoria e da população em geral. Não podemos mais esperar, a saída é a mobilização, com unidade, a exemplo das atividades que estão sendo realizadas nesta quarta-feira, 16, em todo o país.

Direção do Sintrajufe/RS avalia a atividade mobilização

“Neste dia 16, pudemos perceber a acolhida da população ao nosso pleito. Isso significa que conseguimos, com nossa luta unificada, levar pelo Rio Grande do Sul a informação do quão nefasta é a política do governo Bolsonaro e dos governantes que seguem a mesma cartilha”, afirma a diretora do Sintrajufe/RS Arlene Barcellos. Ela disse que não tem dúvidas de que foi a luta unificada, com a construção da Frente dos Servidores Públicos, que barrou a votação da PEC 32/20 em 2021. “Agora, de forma unificada, buscamos a recomposição salarial de 19,99%, que não é aumento salarial, isso é importante frisar, mas a reposição das perdas que tivemos em 2019, 2020 e 2021. E, nessa unidade, seguiremos até derrotar as propostas que querem destruir os serviços públicos e gratuitos à população”, conclui a dirigente.

Para a diretora do Sintrajufe/RS Cristina Viana, chamou a atenção o apoio da população durante a caminhada pelas ruas do Centro de Porto Alegre nesta quarta-feira, 16. “O povo não se engana mais sobre quem está no governo nas três esferas e qual sua agenda, que é acabar com o serviço público”. A dirigente entende que a população reconhece que esses servidores e servidoras são aqueles com quem pode contar, “principalmente nos momentos mais dramáticos, como o caso da pandemia de Covid e da gigante crise econômica em que esses governos jogaram nosso país”. “Hoje é dia de luta, de paralisação, atos por todo o país e atuação nas redes sociais, por isso convidamos todas e todos os colegas para somar!”

Os movimentos de rua são muito importantes, pois mostram para a população que há categorias em luta, que há insatisfação ou reivindicações no serviço público em geral, unificados em vários pontos da pauta dos servidores, avalia a diretora Clarice Camargo. “Apesar de todas dificuldades locais de mobilização da categoria, também foi interessante registrar, aqui no estado, a passagem deste Dia Nacional de Mobilização a favor da reposição emergencial de perdas salariais”, disse a dirigente.

“A cada ato que fazemos, mais e mais colegas vão se somando às mobilizações. Isso nos dá a certeza de que estamos no caminho certo: apostar na mobilização da categoria e na unidade com o conjunto do funcionalismo público para conquistarmos a nossa reposição emergencial”, avalia o diretor Paulo Guadagnin.

A unidade da Frente dos Servidores Públicos é fundamental na luta contra a reforma administrativa e hoje servidores e servidoras mostraram, novamente, sua unidade, disse o diretor Zé Oliveira. “Nas ruas, retomamos a luta e cobramos reposição salarial. Exigimos os 19,99% de reajuste emergencial para repor a inflação do governo Bolsonaro. Lutamos contra o congelamento que, no caso do Judiciário e do MPU, vem desde janeiro de 2019 e, em outras categorias, desde 2017”. O diretor ressalta que o combustível aumentou 18,8% e já há lugares do país em que o litro beira os R$ 10,00. Em Porto Alegre, de 2021 a 2022, a energia elétrica aumentou 30,91% e o gás, 28,97%, o que aumenta a urgência pela recomposição. “O pontapé inicial na mobilização pela reposição salarial foi fundamental, só assim derrotaremos o governo Bolsonaro, cuja digital está vinculada aos números das mortes pela Covid, e sua política de ataques a direitos”, afirma Zé Oliveira.

Pin It

afju fja fndc