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Sindijufe-MT manifesta solidariedade aos povos indígenas, que lutam contra o PL 490/2007 e apoiam a mobilização contra a PEC 32

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Em missão contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020 nesta semana em Brasília, o diretor do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal do Estado de Mato Grosso (Sindijufe-MT) Walderson de Oliveira Santos (o Oliveira) esteve frente à frente com o cacique Darã, representante do povo Tupi Guarani de São Paulo.

O encontro não foi por acaso, já que os índios apoiam a mobilização contra a PEC 32 e inclusive participaram da manifestação deste 8 de dezembro, quando os Servidores Públicos foram até à residência oficial do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, com máscaras de rato, chuva de dinheiro falso e maquete de trator criticando atuação dele.

Na ocasião, Oliveira manifestou solidariedade aos povos indígenas, que também estão lutando contra projetos patrocinados pelo atual governo, permanecendo acampados há meses em Brasília.Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 490 que dificulta aos indígenas terem suas terras reconhecidas, pode retirar o direito sobre terras já consagradas como indígenas, abre espaço para exploração de áreas demarcadas e desrespeita o direito dos povos de se manterem isolados.

O diretor do SINDIJUFE-MT explicou ao líder indígena que o Sindicato de Mato Grosso defende os direitos dos Servidores do Judiciário Federal e também apoia as causas dos grupos minoritários da população brasileira. O cacique reagiu com satisfação, acenando que indígenas e trabalhadores devem se unir na luta por seus direitos específicos.

"Os povos indígenas são contra o PL 490/2007, contra o PL 191 e contra a PEC 32, que tira direitos dos Servidores Públicos. Aonde já se viu, um governo massacrar a população dessa maneira. Não podemos deixar que essas coisas aconteçam. Estamos aqui hoje com 12 etnias representadas para defender os nossos territórios. Estamos acampados na Funarte, e gostaríamos que o movimento de vocês subisse até lá para também nos apoiar. É muito importante a gente unificar nossas lutas, pra não deixar o fascismo tomar conta da população carente que está na rua pedindo a saída deles, a gente é contra esse governo", disse Darã.

O cacique enfatizou que os índios fazem questão de apoiar a mobilização dos trabalhadores. "Porque essas PECs prejudicam o povo, não só os indígenas, mas toda a população e os movimentos sociais, por isso que a gente está aqui lutando pelos direitos de todos. A gente não está lutando apenas pelos direitos do nosso povo, lutamos por todos, para salvar a vida, para salvar o Planeta, para salvar a mãe-terra".

Segundo Darã, o Brasil tem hoje cerca de 305 tribos de diferentes etnias que falam 285 idiomas, e a população indígena está em torno de 890 mil pessoas. "Parece muito, mas éramos muito mais, e restou apenas esse pouco, que ainda luta para defender a vida e o planeta", afirmou.

 

Luiz Perlato/SINDIJUFE-MT

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