Depois de enfrentar grande resistência dos servidores públicos e da sociedade, tanto em Brasília quanto nos estados e nas redes sociais contra a PEC 32, o governo e sua tropa de choque conseguiram aprovar, com dez votos de diferença, a reforma administrativa na Comissão Especial da Câmara, de onde segue para enfrentar dois turnos de votação no Plenário da Casa.
Para conseguir esse feito, o governo precisou alterar o relatório, somente na Comissão, 7 vezes, além de trocar membros, colocando a tropa no dito Partido Novo para votar contra os servidores e a prestação do serviço público.
No Plenário, Bolsonaro e Guedes precisarão de 308 votos para aprovar a medida, em duas votações cada. Se conseguirem, a proposta vai para o Senado onde, se sofrer alteração, deve ser remetida para nova apreciação da Câmara.
Entretanto, a resistência tem sido grande, o que é comprovado pelo número de manobras que tiveram de ser acionadas para levar a PEC32 adiante na Comissão Especial.
Aos servidores, cabe a função de seguir a pressão, nas ruas e nas redes, contra a destruição do serviço público, denunciando os deputados que votarem a favor desse ataque, abrindo o diálogo com a população, explicando o que está em jogo: a institucionalização do apadrinhamento, a privatização dos serviços, dando direito ao acesso somente a quem pode pagar, o fim dos concursos, entre outros riscos.
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