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Dia do Servidor e da Servidora: Sintrajufe/RS participa de ato unificado contra a reforma administrativa e por mais e melhores serviços públicos

Na tarde dessa quarta-feira, 28, o Sintrajufe/RS participou de um ato unificado convocado pela Frente dos Servidores do Rio Grande do Sul. O ato marcou o Dia do Servidor e da Servidora, celebrado em 28 de outubro e reuniu representantes de entidades do serviço público federal, estadual e municipal. Na pauta, a luta contra a reforma administrativa e contra as propostas de desmonte e a defesa de mais e melhores serviços públicos.

Desde o início da tarde, sindicalistas e representantes da base de diversas categorias se reuniram no Paço Municipal, no Centro de Porto Alegre, para protestar. Atos semelhantes também foram organizados em diversas partes do país. Em São Leopoldo, o Sintrajufe/RS participou da mobilização, que ocorreu na parte da manhã.

Em Porto Alegre, ao microfone, trabalhadores e trabalhadoras se revezaram para dizer “não” à reforma administrativa e às propostas de emenda à Constituição (PECs) que atacam os serviços públicos. A PEC 186, que reduz os salários de servidores e servidoras em até 25%, foi um dos principais alvos. Mas a reforma administrativa foi o tema central do ato, já que acaba, na prática, com os serviços oferecidos hoje pelo Estado à população brasileira. Mais cedo, a reforma também foi discutida pelos sindicatos integrantes da Frente em coletiva à imprensa.

No ato, o diretor Marcelo Carlini falou em nome do Sintrajufe/RS. Carlini destacou que, “diferente do discurso oficial, a verdade é que a reforma administrativa não presta. Só serve para acabar com todo o serviço público, com os direitos mais essenciais, mais básicos da população brasileira”. Além disso, o dirigente lembrou que o governo busca votar ainda neste ano a redução dos salários dos servidores e das servidoras em até 25%, por meio da PEC 186. E completou denunciando que o governo mente ao dizer que o objetivo do desmonte é financiar o programa Renda Cidadã: “a verdade é que o governo quer pegar o dinheiro do povo brasileiro e pagar uma dívida de R$ 643 bilhões e com os bancos”. Assim, ressaltou Carlini,  “estamos na rua para derrotar a reforma e, se possível, botar abaixo o governo Bolsonaro”.

Participaram da atividade as seguintes entidades, além do Sintrajufe/RS: Cpers, CUT, Afocefe Sindicato, Asserlegis, Assufrgs, Sintergs, Sindjus/RS, Sindiserf/RS, Senergisul, Sindserf/RS, Sindper, Sindiágua, Aspge/RS, Amapergs,  Intersindical, Assibge, Semapi, Sindpers, Simpe e Andes/Ufrgs. Também estavam presentes o candidato a vice-prefeito pela coligação PCdoB-PT, Miguel Rossetto; e a candidata a prefeita pela coligação Psol-PCB-UP, Fenanda Melcchionna.

Avaliações

Para a diretora do Sintrajufe/RS Arlene Barcellos, que participou do ato, a atividade “foi bastante importante porque conseguimos dialogar com a população e mostrar que, por trás do discurso do governo, o que a reforma faz é privatizar os serviços. Só vai ter acesso quem puder pagar por isso. A população vai ficar sem a assistência dada hoje pelo SUS, pela escola pública, pelo acesso à Justiça. É um ataque à Constituição e aos direitos sociais conquistados”. Para a diretora, o ato também foi importante “porque a reforma atingirá também quem já está aposentado. Se todos os servidores pararem de contribuir para o Regime Próprio, quem vai custear o pagamento de aposentadorias e pensões?”.

O diretor Fabrício Loguércio, que também esteve na mobilização, avalia que “foi um bom ato, marcado pela representatividade e pela ação unitária, reunindo centrais sindicais e sindicatos representando servidores e servidoras das esferas federal, estadual e municipal. Foi mais um acréscimo na caminhada, que começou em setembro, com outros atos públicos, na defesa do serviço público e no combate à reforma administrativa. O que se observa é que o movimento está crescendo a cada atividade, o que mostra que também cresce a consciência sobre a necessidade de mobilização. Mesmo com as dificuldades decorrentes da pandemia, não tem outro jeito: tomando todos os cuidados necessários, temos que ir para a rua para combater esse desmonte do Estado brasileiro”.

Zé Oliveira, também diretor do Sintrajufe/RS, participou da atividade e aponta que “o ato foi fundamental para ampliar a mobilização e demonstrar a unidade do conjunto das entidades para enfrentar a destruição do serviço público defendida por Bolsonaro. Os servidores e servidoras deram demonstração que não irão vacilar frente a estes ataques. Defenderão o concurso público, a estabilidade e o acesso ao serviço público pelos mais necessitados. Lutarão sem tréguas contra a retirada de direitos e a redução de salários”.

Mário Marques, outro diretor do Sintrajufe/RS que participou do ato, aponta que a atividade reuniu diversos ramos do serviço público, “todos com uma preocupação: a reforma administrativa proposta pelo governo Bolsonaro, que atinge a estabilidade, o concurso público e o serviço  público em si. A manifestação foi importante para mobilizar os servidores antes que seja tarde. A luta será longa e árdua. Espero que os sindicatos  tenham força  e capacidade de mobilizar os funcionários públicos, a fim de combater essa reforma nefasta”.

"Estivemos ali pra lembrar aos colegas que a reforma administrativa vai atingir os servidores municipais, estaduais e federais, ativos e aposentados. Por isso, hoje não podemos comemorar, temos que lutar para manter nossas conquistas que são também de toda a população", avaliou a diretora do Sintrajufe/RS Cristina Viana. Ela reforçou que estavam os professores, os servidores da saúde, da educação, do Judiciário, das universidades, técnicos científicos, "para lembrar à população que o que o governo quer é que todas e todos paguem pelos serviços públicos que hoje são gratuitos e universais".

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