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Servidores de Alagoas realizam abraço simbólico na Justiça do Trabalho em defesa dos direitos

Sindjus/AL
Josiane Calado 
 
No Dia Nacional de Lutas contra as reformas da Previdência e Trabalhistas, realizado na quarta-feira (15), os servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União de Alagoas, magistrados e advogados realizaram abraço simbólico na Justiça do Trabalho em defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários.
 
A manifestação foi realizada pelo Sindjus-AL e contou com a participação do vice-presidente da Ajufe, Antônio José de Carvalho Araújo, do vice-presidente da OAB-AL, Ednaldo Maiorano, do vice-presidente da Amatra XIX, Nilton Beltrão, do presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas de Alagoas (Aatal), Kleber Santos, do presidente do Sindicato dos Advogados do estado de Alagoas (Sindav/AL), Marcelo Vieira e da dirigente do Sindicato Nacional dos Servidores do MPU (Sinasempu) Melissa, além dos servidores do Tribunal Regional do Trabalho, do Tribunal Regional Eleitoral, da Justiça Federal e do MPU.
 
O coordenador Geral do Sindjus-AL, Paulo Falcão, destacou a importância da unidade com os servidores, advogados e magistrados contra as reformas da Previdência e Trabalhista. Disse que não existe rombo da Previdência, mas sim roubo e sonegação fiscal. “O governo saqueia o cofre público, impõe a privatização em nosso país e a precarização da mão de obra. Contra essa política neoliberal, temos que fazer a maior greve desse país”, disse, acrescentado que a Justiça do Trabalho que todos almejam é a que garanta 100% dos direitos trabalhistas, esclarecendo que nas sessões de conciliações, o trabalhador acaba aceitando até 50% dos seus direitos com medo de não receber nada.
 
O vice-presidente da Amatra XIX, Nilton Beltrão, disse que a maioria dos grandes empresários não contribui para a aposentadoria, já os pequenos contribuem. Ele defendeu um ajuste equilibrado. Disse que a realidade do trabalhador do Rio Grande do Sul é diferente do trabalhador de Alagoas que, dificilmente, chegará aos 65 anos. Lembrou que 30% da receita da Previdência são retirados pela Desvinculação de Receitas da União (DRU) que é destinado ao setor econômico.
 
O vice-presidente da OAB-AL, Ednaldo Maiorano, destacou que a Ordem é contra a reforma da Previdência. “Estamos discutindo essa reforma para conscientizar a sociedade civil da calamidade social e avassaladora que essa proposta representa, inclusive com mudanças na legislação”, disse, revelando que a OAB defende a cidadania e a democracia.
 
O vice-presidente da Ajufe, Antônio José de Carvalho Araújo, chamou a atenção quanto ao interesse do presidente da Câmara Federal que quer aprovar a reforma em curto espaço de tempo. Informou que governo compara a expectativa de vida com países de alto índice de desenvolvimento humano, explicando que a idade mínima de 65 anos para aposentadoria com 25 anos de contribuição, prevista na PEC 287/2016, não representa a expectativa dos alagoanos que é de 67 anos, ou seja, com sobrevida de apenas dois anos. Disse que o trabalhador não conseguirá ter os 25 anos de contribuição, por causa do desemprego, da crise econômica, de adoecimentos, entre outros. “O governo quer acabar com a Seguridade Social que também é uma forma de distribuição de renda, principalmente, para os municípios que não possuem sistema de arrecadação”.  Lembrou que o governo já fez várias reformas, inclusive, acabou com a integralidade e pretende aumentar a idade de 65 para 70 anos para o idoso que tem direito ao Benefício da Prestação Continuada. “A Ajufe se posiciona contra a reforma da Previdência”.
A representante do Sinasempu Melissa disse que todos (servidores, advogados, magistrados) estão juntos na luta contra a reforma da Previdência. Ela destacou a importância das atividades de luta contra as propostas de retirada de direitos dos trabalhadores. O advogado Kleber Santos também manifestou apoio ao movimento dos servidores e dos trabalhadores em geral.
 
 A mobilização ocorreu em frente ao prédio das Varas do Trabalho em Maceió. Após o ato público, os servidores participaram do ato público nacional juntamente com outras categorias do serviço público, trabalhadores e movimentos sociais na Praça D. Pedro II, em Maceió.
 
O protesto nacional contra as reformas, que retiram direitos previdenciários e trabalhistas, foi realizado pelas centrais sindicais, como a CSP-Conlutas, o Fórum das Entidades dos Servidores Públicos de Alagoas, sindicatos, como o Sindjus-AL, e movimentos sociais e populares. 
 
 
Milhares de alagoanos dizem não à reforma da Previdência
 
Mais de cinco mil pessoas participaram do Dia Nacional de Lutas contra a reforma da Previdência, PEC 287/2016, na quarta-feira (15). A concentração ocorreu na Praça Centenário, onde os manifestantes saíram em caminhada pelas ruas do Centro de Maceió até a Assembleia Legislativa para realização de protesto.
 
Os servidores públicos, operadores da segurança pública, professores, trabalhadores da cidade e do campo, trabalhadores sem-terra, estudantes, movimentos sociais e populares realizaram grande manifestação para derrubar a reforma Previdenciária, que tramita em caráter de urgência no Congresso Nacional.
 
A manifestação foi realizada pelas centrais sindicais, como a CSP-Conlutas, Fórum Estadual em Defesa da Previdência, sindicatos, servidores públicos federal, estadual e municipal.
 
O coordenador Geral do Sindjus-AL, Paulo Falcão, defendeu a greve geral no dia de mobilização unificada. “O governo saqueia o cofre público, impõe a privatização em nosso país e o modelo de precarização da mão de obra. Contra essa política neoliberal, temos que fazer a maior greve desse país. Não vamos aceitar nenhum retrocesso de direitos, só a luta muda a vida”, defendeu.
 
As manifestações ocorreram em todo o país contra a reforma que aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos, exigindo a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres. Pela proposta, para se aposentar com o teto do INSS, os trabalhadores das áreas pública e privada terão que ter no mínimo 65 anos de idade e 49 anos de contribuição.
 
Mobilização
No dia de lutas, os policiais civis, policiais rodoviários federais, agentes de trânsito, guardas municipais e agentes penitenciários realizaram Assembleia Geral unificada em frente à Assembleia Legislativa contra a PEC 287/2016 que retira a aposentadoria especial das atividades de risco.
 
Os servidores do Judiciário Federal e do MPU participaram do ato público em defesa da Justiça do Trabalho e contra as reformas da Previdência e Trabalhistas em frente ao prédio das Varas do Trabalho. Os trabalhadores rodoviários realizaram paralisação de duas horas. Os trabalhadores rurais sem-terra bloquearam rodovias. Os professores também paralisaram os serviços. O prédio do Ministério da Fazenda também foi ocupado pelos manifestantes.
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