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Setembro Amarelo, mês de prevenção contra o suicídio

Sintrajufe/RS

Desde 2014, o mês de setembro é marcado como momento de conscientização e prevenção ao suicídio. O alto número de suicídios é um grave problema enfrentado na sociedade brasileira em geral e dentro do Judiciário Federal, em específico. Em boa parte dos casos, o silenciamento e os preconceitos a respeito do tema dificultam o enfrentamento e a prevenção. 

No ano passado, uma importante ação de divulgação foi a iluminação de monumentos como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o Congresso Nacional e a ponte Juscelino Kubitschek, em Brasília, o estádio Beira Rio em Porto Alegre, a Catedral e o Paço Municipal de Fortaleza, a Ponte Anita Garibaldi, em Laguna, e o Palácio Campo das Princesas, em Recife. Também foram feitas ações de rua, como caminhadas, passeios ciclísticos, motoatas e abordagens em locais públicas em cidades. 

site dedicado ao Setembro Amarelo explica a importância dessas ações:
O câncer, a AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) há duas ou três décadas eram rodeadas de tabus e viam o número de suas vítimas aumentando a olhos nus. Foi necessário o esforço coletivo, liderado por pessoas corajosas e organizações engajadas, para quebrar esses tabus, falando sobre o assunto, esclarecendo, conscientizando e estimulando a prevenção para reverter esse cenário.
 
Um problema de saúde pública que vive atualmente a situação do tabu e do aumento de suas vítimas é o suicídio. Pelos números oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Tem sido um mal silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas.
 
A esperança é o fato de que, segundo a Organização Mundial da Saúde, 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos. É necessário a pessoa buscar ajuda e atenção de quem está à sua volta. 

O crescimento das taxas de suicídio no Brasil são preocupantes. Entre 1980 e 2012, as taxas de suicídio cresceram 62,5%, aumentando o ritmo a partir da virada de século, tanto para o conjunto da população quanto para a faixa jovem. Entre os anos 2002 e 2012, o total de suicídios no País passou de 7.726 para 10.321, o que representa um aumento de 33,6%. Esse aumento foi superior ao crescimento da população do país no mesmo período, que foi de 11,1%. 

Problema também no Judiciário Federal
 
No Judiciário Federal, registra-se um alto índice de pessoas que já pensaram em suicidar-se. Nos últimos anos, têm acontecido preocupantes casos de colegas que tiraram a própria vida nos locais de trabalho, o que reforça a importância de discutir o assunto e prevenir casos assim também nos espaços de trabalho. Práticas como o assédio moral e a violência psicológica potencializam o problema. Por outro lado, a solução é fazer o enfrentamento coletivo, solidarizando-se com os colegas e construindo um ambiente de trabalho diferente.
 
É importante destacar que, em casos em que os servidores se sintam em situação difícil ou deprimidos ou percebam os colegas nesse tipo de situação, não devem hesitar em procurar o sindicato, que oferece acompanhamento de uma equipe de saúde que inclui médico e psicóloga, e que está preparado para oferecer o auxílio necessário. É coletivamente que devemos enfrentar os problemas encontrados no ambiente de trabalho e buscar a melhoria dessas condições, construindo um ambiente de trabalho mais saudável no Judiciário em específico e no serviço público em geral.
 
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