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AGE de Minas Gerais vota pela continuidade da luta pela derrubada do Veto 26

Sitraemg/MG

Por orientação da Fenajufe (Comando Nacional de Greve), foi realizada nesta quarta-feira, 15/10, uma assembleia geral extraordinária convocada pelo SITRAEMG para discutir sobre as estratégias de luta pela reposição salarial, o veto 26 e o PL 2648/15 (apelidado de PL do Leitinho).

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Já na abertura da assembleia, o coordenador geral do SITRAEMG, Alexandre Magnus, fez uma exposição sobre o posicionamento da direção do Sindicato em relação ao PL 2648. Segundo o diretor a posição unanime dos coordenadores é contrária ao PL 2648 como ele está hoje, e que ainda não é o momento para negocia-lo. O coordenador, porém, ressaltou que é importante que a entidade seja regida pelas posições da categoria e não apenas da sua direção.

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Alexandre ponderou que, embora discorde do projeto, o “PL do leitinho” ainda pode ter emendas, e caso o veto não seja derrubado, é preciso pensar em que alternativa. “A coordenação do Sindicato não pode, sem o aval dos servidores, tomar qualquer tipo de decisão que comprometa a nossa reposição salarial”, completou.

Ele também criticou a postura de dirigentes sindicais que tem trabalhado contra a derrubada do Veto 26, e usando o “leitinho”, como prerrogativa para isso. Magnus censurou a postura dos dirigentes ligados a CUT e ao PT. “Eles querem trabalhar o enterro sem ter defunto, e eu não vou fazer isso, até porque não acredito que teremos um defunto, continuamos a acreditar na derrubada do veto.”, afirmou. Alexandre assegurou que o sentimento da categoria ainda é o da luta pela derrubada do veto e que os dirigentes contrários a essa luta estão sofrendo com a ira da base.

Antes de abrir para inscrições, Magnus ressaltou a necessidade de continuar o trabalho com os parlamentares mesmo com a suspensão das paralisações e o atual estado de greve. Segundo o coordenador o sindicato continua a disposição para bancar a passagem, despesas e diárias para os servidores que se dispuserem a se reunir com os parlamentares. “Se já investimos 1 milhão com a greve, nós temos mais 1 milhão pra investir de novo na luta da categoria, e isso porque o respaldo que nós temos só cresce, faltam apenas 15 filiações para atingirmos os 5001 filiados, número que só esperávamos atingir no final de nossa gestão”, concluiu.

Após a fala de Alexandre, o diretor de base Luiz Fernando assumiu o microfone com uma saudação aos bancários, categoria que deflagraram uma greve nacional essa semana. Segundo o servidor, os banqueiros são os que mais lucraram com a destruição do país, em anos de bonança ou de crise, e que a luta dos trabalhadores por valorização é mais que justa, principalmente nesse cenário.

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Luiz Fernando ainda fez uma análise da conjuntura política do país, que segundo ele está completamente parado, porque os deputados não tem coragem de votar os vetos. “Os partidos só se interessam por cargos, e usam nossas pautas como moeda de troca”, bradou. Luiz ainda criticou os políticos que querem criar novas legendas de aluguel e a contrarreforma política que limita os espaços democráticos das legendas ideológicas, como é o caso do PSOL.

O Diretor de base ainda falou sobre a Agenda Brasil e o corte de verbas para os serviços públicos, e que os servidores tem que se atentar a estes pontos para conseguir de fato pleitear a reposição, pois a Agenda Brasil quer submeter os salários dos servidores a um forte arrocho.

O também diretor de base, David Landau ressaltou que a intransigência de negociação sempre foi do Governo, e não dos servidores. Segundo David “o Sindicato serve para enfrentar e pra negociar, os dirigentes e a categoria devem avaliar quando é o melhor momento para se enfrentar e quando é o melhor momento para se negociar”. Mas completou dizendo que 1 mês antes da deflagrada a greve o senador Delcídio de Amaral (PT), líder do governo no Senado, já falava de negociação, antes mesmo  do projeto passar pela CCJC, a negociação porém ficou só no discurso. “O Governo Federal, o legislativo e a cúpula do judiciário falam sempre de negociação, mas estes mesmos grupos nunca sentaram com a categoria pra negociar! Nós não somos intransigentes, nós queremos negociar, mas negociar é diferente de se submeter! E o PL 2648 não foi negociado, ele foi imposto, os servidores nem sequer foram consultados! O conceito do governo para negociação é, na verdade, enfiar esse projeto goela abaixo da categoria”, enfatizou David sobre aplausos dos presentes.

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Aproveitando o gancho sobre negociação, David pediu licença aos colegas dos outros tribunais para falar sobre a reunião do Sindicato com a Desembargadora Maria Laura, presidente do TRT-3. Segundo o diretor de base, a administração do tribunal e o SITRAEMG negociaram o pagamento dos dias de greve de acordo com o serviço represado. Mas a publicação das resoluções da reunião, não está de acordo com os anseios dos servidores, pois fala sobre o pagamento hora a hora dos dias parados, até o dia 31 de março. “Ora, para quem entrou desde o começo na greve, são mais de 400 horas de paralização, nem que se fizesse todas as horas possíveis a mais, trabalhando em períodos de férias isso seria possível. A direção do Sindicato tem que reverter isso, cobrando da administração uma proposta que contemple os interesses de ambos os lados”, concluiu David.

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Antes de abrir para votação, Alexandre esclareceu que novas reuniões estão marcadas para discutir o pagamento das horas de greve em cada tribunal, com a especificidade de cada local de trabalho, sendo que a reunião do TRT será nesta quarta-feira, 15/10.

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Após o debate foi aberta a votação, e aprovado por aclamação os seguintes encaminhamentos, veja abaixo:

  1. Prioridade é a luta pela derrubada do veto 26
  2. Requerer a Fenajufe que trabalhe o Arquivamento provisório e/ou suspenção do processo de tramitação do PL 2648/15, para que, caso necessário, ele seja retomado em um momento oportuno, com as emendas necessárias, a exemplo de: período mais curto, sem mencionar as CJs e a absorção dos 13%.
  3. Caravanas a Brasília: O Sindicato custeará uma caravana semanal para Brasília. As caravanas começam na semana que vem, saindo na terça-feira e retornando na quarta. As viagens serão feitas de avião, e serão 20 vagas por semana. A prioridade será para servidores que já participaram de outras caravanas. Para se inscrever, enviem e-mails paraEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. com nome completo e RG.
  4. Apagões, atos e AGEs: Serão realizados apagões semanais de 2 horas, seguidos de ato e AGE. Todas as quintas-feiras de 13h as 15h. O próximo será no dia 22/10, em frente à Justiça Federal (Av. Alvares Cabral, 1741).
  5. Reunião com os servidores que estão dispostos a se reunir com os parlamentares. A reunião acontecerá na sede do SITRAEMG, na quarta-feira, às 14 horas, e tem o objetivo de dividir tarefas e fazer um mapeamento sobre a intenção dos deputados mineiros em relação ao Veto 26.
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