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Assembleia na Paraíba aprova greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira

Os servidores da Justiça Eleitoral da Paraíba, em paralisação nesta quinta-feira (23), realizaram assembleia geral na qual decidiram, por maioria, deflagrar a greve por temo indeterminado a partir da segunda-feira (27). A proposta de 15,8% de reajuste foi rejeitada pelos servidores, já que não repõe as perdas inflacionárias dos seis anos que a categoria se encontra sem reposição salarial e, parcelada nos três anos seguintes, conforme proposto pelo governo, será diluída sem haver representatividade alguma para os servidores.

No próximo dia 31, às 16h, os servidores realizam assembleia geral na sede do TRE-PB para avaliar o andamento das negociações.

Repúdio

O presidente em exercício da CTB da Paraíba, Geraldo Lima, presente à assembleia geral, repudiou a presença da Polícia Militar durante todos os dias de paralisação que a Justiça Eleitoral realizou este ano. Ele também afirmou que uma das bandeiras que a CTB está levantando é pela federalização dos juízes eleitorais, preservando a independência entre os poderes.

Delegados para Ampliada  

A assembleia elegeu os delegados para a reunião ampliada da Fenajufe, que acontece na próxima sexta-feira (31). Os eleitos foram ratificados por aclamação e pelo voto unânime da assembleia: Marcos Lopes (coordenador-geral do Sindjuf-PB), Ângela Melo (delegada sindical de Campina Grande), Severino Nery (coordenador de formação sindical como suplente de Ângela) e Maria Hilarina (suplente de Marcos Lopes).

Informes de Campina Grande

A delegada sindical de Campina Grande, Ângela Melo, participou da assembleia, com informes do movimento na Justiça do Trabalho, cujos servidores também consideraram pífia a proposta do Governo.

“Me sinto honrada em participar desse movimento. Em Campina Grande também participamos da paralisação na Justiça do Trabalho e queremos agregar força a essa luta”, disse. No entanto, Ângela lamentou a falta de participação da Justiça do Trabalho na Capital.

Avaliando a proposta

O coordenador-geral do Sindjuf-PB, Marcos Lopes, comentou que as greves anteriores tiveram repercussão mas não conseguiram avançar nas negociações como esse movimento atual. “Essa proposta é o primeiro passo da negociação, mas é insuficiente, porque não recompõe as perdas do período anterior”, enfatizou.

Severino Nery, coordenador de formação sindical do Sindjuf-PB, alertou que é preciso avaliar se essa proposta irá anular ou não o Plano de Cargos e Salários que tramita no Congresso Nacional desde 2009. “É preciso avaliar isso com muita frieza”, alertou.

Participação efetiva

Os servidores presentes à assembleia apelaram para que haja participação efetiva de todos na greve e da importância de haver a adesão dos servidores do TRT e das Varas do Trabalho.

Paulo Lacerda falou a respeito do número de greves no país, que ajuda a reforçar o movimento do Judiciário Federal, a exemplo do Itamaraty, PRF, PF, MPU e professores. Para ele, é um absurdo que no serviço público seja necessário fazer greve para provocar negociação, diferentemente do que acontece na iniciativa privada, onde após esgotadas as negociações é que se inicia a greve. “Mas infelizmente o Governo força esse tipo de postura, uma vez que não negocia”, afirmou.

Para José Alves, é preciso radicalizar, observando que somente com pressão dos servidores as negociações com o Governo federal serão efetivas. “Bote a Policia, me tire, me surre, não estou brincando de fazer greve”, ressaltou.

Houve críticas àqueles que não participam efetivamente do movimento. Felipe Alves, por exemplo, afirmou que greve não se faz por procuração. “Greve não se terceiriza. Tem que ser todo mundo unido de verdade”, desabafou.      

Fonte: Sindjuf-PB

 

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