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No RS, assembleia geral aprova continuidade da greve e foco total na derrubada do veto ao PLC 28

 Sintrajufe/RS

 

 

 


Em assembleia geral realizada na tarde desta sexta-feira, 11, os servidores do Judiciário Federal no Rio Grande do Sul aprovaram, sem nenhum voto contrário, a continuidade da greve da categoria por tempo indeterminado. Foi aprovado ainda que se mantenha o foco da luta na derrubada do veto 26, referente ao PLC 28/2015, refutando a tramitação do projeto rebaixado apresentando pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, o PL 2.648/2015.

A assembleia teve início com relatos sobre o Comando Estadual e o Comando Nacional de Greve. Ambos apontaram a necessidade de continuar com a greve, tendo em vista a conjuntura atual, com a próxima sessão do Congresso Nacional marcada para o dia 22 e com o cancelamento da missão que enviaria nove senadores à China nesse período. O veto 26 tranca a pauta das sessões do Congresso Nacional até que seja apreciado. Foi relatada ainda, pelo diretor do Sintrajufe/RS Fagner Azeredo, presente em Brasília nos últimos dias, a vitória conquistada referente aos 13,23% no Superior Tribunal Militar e a decisão do Comando Nacional de buscar a retomada de diálogo com o STF. Também foi informada a realização de novo ato público na capital federal no dia 22 de setembro. A coordenadora da Fenajufe Mara Weber também ofereceu um relato sobre o que foi debatido no Comando Nacional, destacando a importância de ampliar o trabalho junto aos senadores e aproveitar a força do movimento para buscar interlocução com o Supremo.

Em nome do Comando Estadual, falaram os colegas Janice Bogado, da JF de Santa Maria, e Alan Dias, da JT de Porto Alegre. Ambos destacaram que, mesmo depois de mais de 90 dias de greve, a categoria segue mobilizada e motivada para continuar a luta pela reposição salarial. Pela direção do Sintrajufe/RS, falaram os diretores Paulinho Oliveira e Cristiano Moreira. Paulinho foi o primeiro a falar, defendendo que, caso não seja derrubado o veto no dia 22, a categoria busque apresentar emendas ao PL 2.648/2015 para que não acabe recebendo "goela abaixo" um projeto que não a contempla. Já Cristiano defendeu que o foco na derrubada do veto deve ser mantido e, em um momento decisivo como este, com sessão marcada dia 22, não se deve fragilizar a luta apostando em outras alternativas que não a derrubada do veto 26, o que vem sendo buscado pelos servidores desde o início da greve.

 
 
 
Esse mesmo debate pontuou algumas falas seguintes, nas quais também estiveram presentes muitos elogios à combatividade dos servidores e declarações de orgulho em pertencer a uma categoria que há mais de 90 dias mantém sua greve em defesa da reposição salarial. Alguns colegas sublinharam que a luta é árdua e que não será fácil derrubar o veto e, depois, garantir a inclusão na Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas que as dificuldades podem ser transpostas com organização e mobilização, com a união da categoria em torno dos objetivos comuns.

Encaminhamentos retomam debate sobre foco da luta; calendário de mobilização é aprovado

A primeira votação, ao final das falas, referiu-se à continuidade da greve: sem nenhum voto contrário, a assembleia determinou que o movimento continua, seguindo as indicações do Comando Estadual e do Comando Nacional de Greve.

A seguir, foi discutido novamente o foco da mobilização: o colega Zé Oliveira, da JF de Porto Alegre, defendeu a proposta de que a categoria busque emendar o PL 2.648/2015. Por outra parte, o diretor do sindicato Ruy Almeida e o colega Rafael Scherer, da JT de Porto Alegre, defenderam manter refutado o projeto rebaixado, sob o fundamento de que negociar o novo PL enfraquece a luta contra o veto ao PLC 28/15. A proposta de foco na derrubada do veto e de refutar o PL 2.648/2015 venceu a votação, por ampla maioria.

Ainda foi aprovado na assembleia o seguinte calendário de mobilização:

15/9, na Justiça do Trabalho – Debate sobre “Carreira e valorização do técnico judiciário”;
16/9, no TRE Duque – Ato público pela derrubada do veto ao PLC 28/2015;
17/9, na JF – Seminário sobre “Previdência complementar”;
17 e 18/9 – Rodada Estadual de Assembleias de Base, com o objetivo de deliberar sobre discussão a respeito da obrigatoriedade de nível superior para técnicos (a assembleia geral decidiu delegar o caráter deliberativo sobre essa pauta às assembleias de base, que terão os votos de cada local de trabalho computados para o resultado final);
21 a 23/9 – Caravana a Brasília;
24/9, nas varas trabalhistas – Assembleia geral, tendo como pauta a greve e a eleição de delegados para a XIV Plenária Nacional da Fenajufe, marcada para outubro.
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