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Justiça do Trabalho do Paraná rejeita proposta do STF e mantém luta pela derruba do veto presidencial

Sinjutra/PR

Reunidos em assembleia na tarde desta quinta-feira (13/08), no auditório da Escola Judicial de Curitiba, os quase 300 servidores da Justiça do Trabalho do Paraná aprovaram que a luta segue pela derrubada do veto ao PLC 28/2015. 

A proposta apresentada pelo STF a dirigentes sindicais na quarta-feira (12/08) foi bastante criticada pela maioria dos servidores da capital e Região Metropolitana e também por manifestações do interior por telefone ou encaminhadas por e-mail ao sindicato. Dos 270 servidores que assinaram a lista de presença da assembleia, apenas 11 foram favoráveis à proposição e cinco preferiram se abster. 

O coordenador do Sinjutra Miguel Szollosi abriu os trabalhos com o relato sobre os contatos feitos com os parlamentares nos últimos dias em Brasília. Na sua avaliação, pelo que absorveu das conversas no Congresso Nacional, o cenário é favorável à derrubada do veto. 

O coordenador também falou sobre o clima de tensão provocado pela apresentação da proposta e a indignação pelo fato de os servidores não participarem de nenhuma etapa da negociação. Vários ofícios foram enviados ao STF, na quarta-feira, solicitando desde a presença de dirigentes sindicais na sessão administrativa a pedido de que a proposta não fosse apreciada e ainda que, caso aprovada, como acabou ocorrendo, não fosse enviada ao Congresso Nacional. 

Nenhum deles obteve resposta. A falta de diálogo prevaleceu e os servidores ficaram mais uma vez de fora do processo. 

Após a fala inicial do representante do Sinjutra, os servidores Anderson Barbosa e Rodrigo Oliveira, do setor de informática, expuseram por telão material elaborado por eles composto por tabelas comparativas entre o PLC 28/2015 e a nova proposta. 

A primeira a expor seu posicionamento foi a servidora Claudia Zaduski, da 4ª Vara de Curitiba. Ela mostrou um áudio recebido por meio de redes sociais apontando para o fato de que tramitação de nova matéria sobre o tema fica prejudicada caso o veto caia. Com base nesse argumento, convocou a categoria a continuar a luta com esse objetivo. 

Sobre esse aspecto, Miguel colocou que, uma vez caindo o veto, o PLC 28/2015 se torna lei e, mesmo que não haja rubrica específica, recursos do orçamento do Judiciário seriam utilizados para subsidiar ainda que parte das parcelas.

O servidor Edno Gomes, lotado no Gabinete da Desembargadora Marlene Suguimatsu, fez críticas ao aumento diferenciado de CJ’s. Ele afirmou que, apesar de receber CJ3, é contra qualquer tipo de aumento que beneficie parcela específica da categoria. 

Leandro Moreira, servidor da 4ª Vara de Curitiba, destacou o efeito da pressão sobre os parlamentares nas redes sociais, como twitter e facebook. Ressaltou a repercussão que isso tem causado e fez uma convocação para que atuação online seja intensificada nos próximos dias. 

O aumento de 16% para juízes apreciado em sessão anterior do Supremo também foi criticado durante a assembleia. Opinaram sobre esse assunto os servidores da Região Metropolitana de Curitiba Rosicler Bonato, do Posto Avançado de Campo Largo, e Álvaro Barrado, da 2ª Vara de Colombo. “Não é justo que os juízes peguem carona no movimento dos servidores, algo recorrente no histórico de luta da categoria”, destacou Rosicler. 

Caravana a Brasília 

Servidores da Justiça do Trabalho do Paraná seguem para Brasília para grande ato previsto para o dia 18 de agosto. A expectativa é que a capital federal seja tomada por servidores de todo Brasil em luta pela derrubada do veto presidencial ao PLC 28/2015. 

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