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Protestos marcam visita de Lewandowski a Curitiba

A vinda do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, a Curitiba movimentou os servidores que protestaram durante toda a sexta-feira (31). 

À tarde, numa das maiores e mais barulhentas manifestações realizadas desde o início da greve, os arredores da sede administrativa do TRT da 9ª Região, localizada na Alameda Dr Carlos de Carvalho, nº 528, esteve totalmente tomada pela mobilização dos servidores. 

Por conta da manifestação, a visita do presidente do STF ao TRT-PR, que ocorreu  com quase duas horas de atraso com relação ao horário inicial previsto, correu o risco de ser cancelada. A segurança de Lewandowski condicionou a participação do ministro à diminuição do barulho e à desobstrução das vias de acesso ao tribunal. 

Mais tarde, quando falava aos servidores no auditório do TRT-PR, o ministro disse não se incomodar com as mobilizações, afirmando ser fruto do processo democrático. 

Pela manhã, a manifestação foi realizada no centro universitário UniBrasil, onde Lewandowski foi homenageado e proferiu aula de Direito. Devido ao protesto dos servidores na entrada principal, houve alteração no trajeto e o ministro acabou entrando na universidade por portão secundário. Mas uma pequena comitiva de servidores não deixou de "receber" o ministro na entrada alternativa. 

Servidores do Paraná se reúnem com Lewandowski no centro universitário UniBrasil 

Um grupo de servidores do Judiciário Federal do Paraná esteve com presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, na manhã desta sexta-feira (31), na UniBrasil Centro Universitário,em Curitiba. O ministro foi homenageado na universidade e proferiu uma aula Magna do curso do Direito. 

Participaram da conversa com Lewandowski os servidores Francis Tscheliski, representando a Justiça do Trabalho, e Paulo Cezar dos Santos e Gláucio Luiz da Silva, da Justiça Federal. 

Os servidores pediram ao ministro empenho nas negociações com relação ao PLC, frisando que o projeto na íntegra é a prioridade da categoria. Solicitaram que o ministro receba a Fenajufe (Federação Nacional), conforme oficio protocolado na última sexta-feira (24). Ressaltaram que apesar da abordagem de representantes dos sindicatos nos estados, o canal oficial de negociação da categoria é Fenajufe. 

O ministro iniciou a conversa dizendo que o canal de comunicação com os servidores nunca cessou, que ele está se empenhando, e que está em permanente negociação com o governo. No entanto, disse que como chefe de um Poder tem que buscar soluções plausíveis, que avancem ao melhor índice possível. 

A grande critica dos servidores é a falta de transparência na condução das negociações. Em todas as reuniões com representantes do STF, os servidores são informados que as negociações estão em andamento, mas nunca lhes foram explicado algo concreto sobre isso. 

Sobre a derrubada do veto, disse não ser contra, mas que considera mais eficaz a busca de um acordo, principalmente porque pode esbarrar em outra questão que é o montante do orçamento que possibilite a implementação do projeto. "É como ganhar o campeonato e não levar a taça", disse o ministro aos servidores. 

Reclamou de ter sido "massacrado" pela categoria, algo que os servidores rebateram, alegando não ser orientação da Fenajufe e nem dos sindicatos, mas que a categoria está passando por um momento bastante tenso, no qual amarga um longo período de congelamento de salário e quer ver logo resolvido o impasse para o projeto salarial. 

Disse, ainda, para os servidores continuarem com o trabalho deles, que ele faria o seu, referindo-se ao processo de negociação. 

Não é a primeira vez que Lewandowski "orienta" os servidores a permanecer na luta, incentivando, de certa forma, a pressão que a categoria exerce tanto nas ações da greve, como nos trabalhos com o Legislativo. 

Após intensa mobilização, Lewandowski fala a servidores em auditório do Tribunal da 9ª Região 

Num dos dias mais agitados da greve dos servidores da Justiça do Trabalho do Paraná, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, aceitou falar com os servidores em encontro, na sexta-feira (31), que ocorreu no auditório onde são realizadas as sessões do Tribunal Pleno, principal esfera deliberativa do TRT-PR. 

A princípio, o ministro conversaria com uma comissão de servidores após cerimônia com a presidência do tribunal. O coordenador do sindicato Miguel Szollosi havia feito o pedido à presidência tão logo soube que faria parte da agenda do Ministro em Curitiba participação de homenagem no TRT da 9ª Região. No entanto, os rumos da mobilização alteraram o protocolo inicial e Lewandowski falou no auditório tomado por servidores. 

Era perto das 19h quando o ministro iniciou a conversa com os servidores dizendo que se empenhou pelo PLC 28 até o último momento e que chegou a pedir para a presidente Dilma não vetar. Entretanto, diante da situação econômica que o país enfrenta, alegou não ver condições para a implementação da proposta nos moldes como está, mas que a negociação está ocorrendo para atender a categoria da melhor forma, "dentro do que é possível", tomando como base a atual conjuntura econômica. 

Sobre os patamares da negociação com o Executivo, a partir de pergunta feita pelo coordenador do Sinjutra Miguel Szollosi, o ministro argumentou que as conversas estão em curso, mas não especificou índices ou prazos. Disse também que o Judiciário terá um reajuste diferenciado, já que em situações anteriores foi preterido com relação a outras categorias. 

Lewandowski foi indagado se, havendo derrubada de veto, enviará projeção de verba para subsidiar a implementação do projeto. Ele respondeu que não usaria de "bravatas" e que não faria política em cima dos servidores. Usando mais uma vez o discurso da crise econômica, não chegou a dizer explicitamente que não constará do texto sobre o orçamento do Judiciário para 2016 que será enviado ao Ministério do Planejamento, mas deixou claro que o montante necessário para custear as parcelas, nos atuais parâmetros do PLC 28, não constará no documento. 

Com relação à derrubada do veto, chegou a dizer que seria o mesmo que "ganhar o campeonato e não levar a taça", referindo-se à condição de não haver verba na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que possibilite o recebimento das parcelas no ano que vem. 

Lewandowski afirmou, ainda, ao responder uma pergunta de um servidor, que a categoria será avisada quando do fechamento do acordo com o Executivo. Disse que caberá aos servidores aceitar ou não a proposta nos fóruns deliberativos.

 

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