De acordo com o Comando de Greve do SINDIJUFE-MT, apesar das dificuldades é preciso manter a Greve, pela dignidade dos servidores do judiciário e também pelo que Mato Grosso representa nacionalmente para a Categoria.
Após ampla discussão, a maioria dos participantes sustentou a defesa de que é preciso ter responsabilidade com o futuro da Categoria, e que isso quer dizer fortalecer a mobilização com um olhar para a greve nacional.
"Temos que lutar com dignidade. Se desistirmos da luta neste momento, ninguém fará uma negociação satisfatória pelo judiciário", sustentou a nova presidente eleita do SINDIJUFE-MT, Jamila Fagundes. Segundo ela, após a efetivação do reajuste linear para os servidores do Executivo ainda será necessário continuar negociando para se obter algo mais além dos 21,3% parcelados em três anos, que não basta para repor as perdas salariais dos servidores do judiciário depois de nove anos de congelamento salarial.
O oficial de justiça Júlio César Bacelar foi ainda mais incisivo e disse que não se pode parar de lutar depois de tanto sacrifício feito até aqui, porque se isso acontecer será preciso recomeçar do zero no ano que vem.
Quanto à questão da Subseção Judiciária de Juína, em que o juiz expediu uma portaria em relação à Greve, foi aprovado o ingresso da ação administrativa e/ou judicial, porém ficou definido que a ação será proposta somente após o resultado da reunião com o Diretor do Foro, se for necessário.
A próxima assembleia em Mato Grosso será na sexta-feira, às 9h, no TRE. Entre os itens da pauta estarão a avaliação e deliberação da Greve e também uma proposta de solicitação à Fenajufe para o afastamento do dirigente sindical Roberto Ponciano da Comissão de Negociações da Federação.