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Servidores do Judiciário de Alagoas recusam proposta no protesto em Arapiraca

Os servidores do Judiciário de Alagoas realizaram grande ato público em Arapiraca nesta sexta-feira (26). Uma caravana saiu de Maceió com destino a cidade de Arapiraca para se juntar aos servidores daquele cidade e realizar a atividade de greve pela reposição salarial de 9 anos através do PLC 28/2015.

No protesto, os servidores recusaram a proposta do governo Dilma de 21,32% parcelado em quatro anos, sendo 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018, 4,5% em 2019. Pela proposta, o reajuste não seria linear. Os índices seriam aplicados sobre o montante da folha de pagamento de cada setor e daí se estabeleceria quais os recursos disponíveis para a reposição. A contraproposta salarial apresentada ignora os projetos (PLC 28 e 41) com reajustes anuais abaixo da inflação.

Na manifestação, o coordenador Administrativo do Sindjus/AL, Alex Cardoso, ressaltou que a luta é pela dignidade. “Ninguém vai aceitar essa proposta. Temos que lutar pelo que temos agora, pelo nosso salário e trabalho. Não existe prazo para acabar com a greve. Temos que exigir dos senadores a aprovação do PLC 28, e, se a Dilma vetar, vamos lutar”, destacou, lembrando que todas as conquistas vieram com muita luta. “Não dá para esperar que outro pare para você. E preciso parar tudo”, conscientizou.

O coordenador Geral do Sindjus/AL, Paulo Falcão, ressaltou que hoje é um dia importante. “Temos que fazer nossa parte, porque da parte do governo é mais arrocho salarial, é mais precarização e terceirização. Esse governo não é dos trabalhadores. Na campanha, a presidente disse que não mexeria com direitos nem que ‘a vaca tussa’, e a ela editou as medidas provisórias que retiraram direitos previdenciários e trabalhistas. Depois da campanha, os empresários cobraram a campanha, e o que aconteceu? Aumento das taxas de juros, aumento da gasolina, da energia elétrica, da água, da cesta básica e da inflação. Dilma retirou 70 bilhões das áreas essenciais como Saúde, Educação e Moradia”, disse.

Paulo Falcão destacou que foi a greve forte do Judiciário Federal em todas as unidades da Federação fez com que o governo apresentasse a proposta aos servidores públicos com antecedência. “É uma proposta rebaixada que não recompõe metade da inflação dos próximos quatros anos. A nossa resposta é greve. É reforçar a greve. É intensificar a greve. É greve, é greve, é greve...”, defendeu.

Para o servidor da Vara do Trabalho de Arapiraca Luiz Carlos de Oliveira, a manifestação foi positiva. O ato público envolveu os servidores da Justiça do Trabalho, da Justiça Eleitoral e da Justiça Federal, engajando-os na luta. A proposta é vergonhosa e resta a categoria se fortalecer e se reposicionar para dar uma resposta a essa proposta”, disse.

O servidor da Justiça Federal de Arapiraca Everson Belo ressalta que o movimento tem que ser fortalecido. “Essa proposta é um insulto para mim. Partiu de uma pessoa que não sabe pensar e compreender nossa situação ou que pensa que não sabemos raciocinar. Em face da situação o movimento precisa ser fortalecido. Nos servidores estamos aqui para lutar e não perder. Somos do Judiciário e tudo que pleiteamos é justiça”.

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