Seguindo a rodada de atividades indicadas pela Fenajufe, o Sindjufe-BA reuniu trabalhadores(as) da JFBA, em segunda Assembleia Setorial, para discutir a construção das mobilizações.
Por unanimidade, a categoria aprovou a criação de uma Comissão Estadual para impulsionar a Campanha pelo Plano de Carreira e melhorar a remuneração da categoria.
Conduzida pela dirigente Denise Carneiro, a assembleia aconteceu no último dia 9, virtualmente, pelo Meet. A dirigente Micheline Times iniciou os informes tratando do Balcão Virtual. O Sindjufe-BA havia se reunido com a juíza Marla Consuelo em 2023 sobre esse tema e, na ocasião, a magistrada acenou positivamente para as demandas do Sindicato. Entretanto, o processo não avançou para além da colocação de avisos sobre o não funcionamento do sistema e também sobre o crime de desacato, na tentativa de coibir posturas desrespeitosas por parte dos(as) usuários do BV. “Sentimos falta do posicionamento da juíza, conforme conversa que tivemos antes”, afirmou Micheline.
Denise deu seguimento aos informes tratando dos Quintos, da campanha #Antecipa e do Plano de Carreira. A dirigente participou de outra reunião com o Juiz assessor do ministro Og Fernandes, em Brasília, em pauta da Federação, para tratar do retroativo dos Quintos e da reposição da VPNI. Participou ainda de reunião de retomada do Fórum Nacional de Carreira, onde cobrou equidade na divisão de recursos do Judiciário.
Na avaliação da dirigente, a disputa orçamentária segue como entrave principal às pautas de trabalhadores(as). Em participação também no Julgamento do CJF ocorrido em abril, viu aprovada a regulamentação do AQ para Técnicos que o possuem, referente à graduação, e a ampliação no rol de magistrados(as) que terão direito às verbas recentemente aprovadas pelo CNJ e CJF.
Plano de carreira
O segundo ponto da Setorial aprofundou o tema da disputa orçamentária e os preparativos para a Plenária Nacional. O servidor Cristiano Cabral reiterou a sua fala na Assembleia Geral, insistindo para que os(as) dirigentes façam reuniões prévias e apresentem propostas em unidade no início das discussões em Natal. “Temos como desafios o arcabouço fiscal, a força da ‘magistocracia’ e uma disputa interna que precisa ser superada”, disse ele.
Denise lembrou a reunião do Fórum Nacional não conseguiu avançar. Com variadas associações presentes, o tempo de falas tomou todo o tempo do encontro e a reunião acabou sem avanço. “Precisamos fazer a categoria entender que é hora de unidade junto à Fenajufe, de vir para a luta de novo, fazendo o enfrentamento necessário”.
A servidora Conceição Moraes observou que o STF tem mostrado neutralidade conveniente na disputa entre associações e sindicatos. “Unidade tem que deixar de ser palavra de ordem e ser apropriada pelos servidores, para a gente sentir que fazemos parte de um grupo e historicamente que só conseguimos avançar assim, juntos”.
Construção da greve
Foi unânime entre os presentes na Assembleia a necessidade de iniciar a construção de uma greve, que deverá ser organizada a partir da criação da Comissão Estadual de Mobilização, aprovada por unanimidade.
Também foi aprovada a sugestão de Cristiano Cabral de um encontro presencial com todos os órgãos do PJU, logo após a Plenária, para dialogar sobre temas de interesse da categoria e sobre a percepção do momento em relação à nossa carreira. Denise concluiu a Assembleia lembrando que a categoria não podia esquecer onde havia errado o passo. “Nossa queda orçamentária iniciou quando nos afastamos dos sindicatos e das mobilizações. Ou a gente volta, ou não vamos recuperar as perdas remuneratórias”.
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Sindjufe-BA - Gestão Unidade na Resistência
