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Entidades sindicais se manifestam contra ameaça de extinção do cargo de oficial de justiça no TJAM

Entidades sindicais se manifestam contra ameaça de extinção do cargo de oficial de justiça no TJAM


A extinção de cargos de servidores e servidoras do Judiciário tem avançado em diversos locais no Brasil. Recentemente, o Pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) aprovou uma resolução que altera a Lei nº 3.226/08 — dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreira e Salários dos Servidores dos Órgãos do Poder Judiciário do Estado — para extinguir os cargos de oficial de justiça e oficial de justiça avaliador e a criação de gratificação destinada a 400 funcionários que atuarão no lugar dos(as) servidores(as).

Durante sessão, no dia 30 de abril, os desembargadores levaram apenas 30 segundos para tomar a decisão. Sem espaço para o debate, o desembargador Elci Simões ainda tentou abrir divergência na votação e pediu vista. Mas, foi informado pela presidente da corte, desembargadora Nélia Caminha, que ele mesmo havia votado a favor da matéria na sessão da semana anterior e que a votação já estava finalizada. A proposta foi aprovada por maioria.

Segundo a proposta, outros(as) servidores(as) do órgão e até mesmo comissionados, ou seja, quem ingressou no tribunal sem concurso público, poderão exercer a função de oficial de justiça e da fé a documentos públicos. A proposta segue para a aprovação da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

Em protesto, o Sindicato dos Trabalhadores da Justiça do Trabalho da 11ª Região e Justiça Federal do Amazonas (SitraAM/RR), entidade filiada à Fenajufe, e a Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais do Amazonas (Assojaf-AM) publicaram uma nota de repúdio. Em um dos trechos, o texto afirma:

"A forma antidemocrática e sigilosa como ocorreu o processo que levou à decisão, sem ouvir os servidores e a sociedade sobre os prejuízos que a medida pode acarretar, só colabora com as críticas sobre a falta de democratização no Poder Judiciário, acarretando sérios desmandos administrativos e orçamentários, com extinção de cargos para que as sobras financeiras sejam utilizadas para pagar privilégios remuneratórios que não alcançam os servidores e para pavimentar a volta do ‘trem da alegria’ com preenchimento de cargos por indicações políticas e não por concurso público".

Além do SitraAM/RR, outros Sindicatos de base da Fenajufe também publicaram matérias ao longo dos últimos dias contra a ameaça de extinção do cargo de oficial de justiça no TJAM, como o Sintrajufe/RS e o Sisejufe/RJ.

A Fenajud — a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados—, também publicou nota de apoio. Além disso, "a entidade acredita que tal decisão configura grave violação e precisa ser revertida pelos órgãos competentes, o quanto antes". A Fenajud ainda afirmou que irá se articular junto às Federações dos Oficiais de Justiça, bem como com a Fenajufe para trabalhar a implementação de um projeto de lei que verse sobre a valorização do cargo de oficiais de justiça em todo o país. Para a Fenajufe, a unidade é fundamental para combater a extinção de cargos no Judiciário como um todo, tanto no PJU, quanto no Judiciário estadual.

De acordo com a Fenajud, o caso não ocorreu somente no estado do Amazonas, os tribunais de Justiça do Tocantins, Paraná e Sergipe extinguiram os cargos de oficiais de justiça, através de decisões semelhantes à do TJ-AM.

Por fim, a Federação reforça o compromisso em lutar pela valorização desses(as) servidores(as) que atuam como elo entre o Poder Judiciário e a sociedade, desempenhando um papel essencial na garantia de direitos fundamentais e no cumprimento das leis.

 

Fernanda Miranda

*Com informações do G1 e Sisejufe/RJ

 

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