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 Sindrome de Down: Fenajufe participa de audiência pública de conscientização e combate ao capacitismo

Sindrome de Down: Fenajufe participa de audiência pública de conscientização e combate ao capacitismo

Atividade ocorreu no senado federal e contou com a presença do ministro do STF, Dias Tófolli

A Fenajufe participou de audiência pública nesta quinta-feira (21), data em que se celebra o “Dia Internacional da Síndrome de Down”. A atividade de iniciativa do senador Romario (PL/RJ), promoveu o debate contra o capacitismo, estereótipos e discriminações que essa população convive no dia a dia.

Esteve presente pela Federação, a coordenadora Luciana Carneiro que estava acompanhada de Anna Karenina representante do Sintrajud/SP, sindicato que tem histórico de luta contra o capacitismo no estado.

Entre os presentes estavam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Tófolli,vários parlamentares e representantes de entidades que atuam em defesa da causa, entre elas, Priscilla Mesquita de Almeida, primeira professora de educação física do país com síndrome de Down a ministrar aulas de zumba.

O capacitismo é tema discutido nas instâncias da Fenajufe e na Coordenação de Combate às Opressões, que tem como bandeira principal de luta, o combate contra todas as discriminações e a defesa da igualdade de oportunidades para todas e todos.

Para a coordenadora Luciana Carneiro, “é muito importante a realização da atividade para relembrar a sociedade de que devemos erradicar toda e qualquer forma de discriminação. Segundo ela, não basta não ter preconceito. É preciso ser anticapacitista. Não podemos admitir nenhum tipo de capacitismo em nossa sociedade”.

Acompanhe vídeo

Importante registrar que Síndrome de Down não é uma doença e não impede de maneira nenhuma que o indivíduo tenha uma vida social normal.

Em sua manifestação o senador Romário falou da relevância do debate. Segundo ele, “não faz sentido achar que todo mundo que tem Down pensa do mesmo jeito, gosta das mesmas coisas ou tem as mesmas inclinações”. O parlamentar reforçou ainda, que “tentar colocá-los num molde único, por mais bem-intencionada que a pessoa possa parecer, apenas reduz as possibilidades de inclusão, criando uma barreira invisível”

Ao se pronunciar, o ministro Dias Tófoli se emocionou ao falar do irmão, que é down. Tóffoli contou que há 50 anos, a mãe deles percorreu todas as escolas da cidade de Marília/SP para tentar matriculá-lo e a resposta foi "não" em todas, inclusive nas escolas particulares”. O ministro afirmou que a luta é importante “para que ninguém seja tratado como diferente” e acrescentou: “a capacidade não é capacitismo. “Todos nós temos capacidades e deficiências, somos iguais”.

Hoje em dia, por lei, a criança Down tem que ser matriculada em escola regular, junto com todas as outras crianças. Além do fato de essa convivência ser extremamente saudável para todos, é a conduta mais eficiente para o aprendizado pedagógico. 

Origem

O Dia Mundial da Síndrome de Down é oficialmente reconhecido pelas Nações Unidas desde 2012. Comemorado em 21 de março, é uma data de conscientização global para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e para garantir que tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todas as pessoas. A data escolhida representa a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome.

O objetivo da celebração é conscientizar a sociedade sobre a necessidade de direitos igualitários, inclusão e bem-estar dos indivíduos com Síndrome de Down em todas as esferas sociais.

Curiosidade:

Cordão de Girassol

O “cordão de girassol” é um símbolo adotado como Identificação e Respeito à Deficiência Oculta” criado para oferecer apoio e conscientização sobre as necessidades especiais que podem não ser aparentes à primeira vista.

A deficiência oculta é um termo utilizado para descrever condições que não são visíveis externamente, mas podem ter um impacto significativo na vida das pessoas. Exemplos incluem doenças crônicas, transtornos de ansiedade, autismo, fibromialgia, surdez e muitas outras.  

Sua criação é atribuída a uma comunidade de pessoas com deficiência oculta que buscavam uma maneira de se expressar e reivindicar o respeito merecido. Desde então, essa iniciativa se espalhou e ganhou reconhecimento em várias partes do mundo.

No Brasil, a Lei 14.624, sancionada em 17 de julho de 2023, altera o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n° 13.146, de 2015) e formaliza o uso do cordão como identificação, mas acentua que o uso do símbolo é opcional e sua ausência não prejudica o exercício de direitos já garantidos. A medida objetiva promover a conscientização, o respeito e direitos já previstos, como atendimento prioritário.

A flor do girassol foi escolhida como símbolo devido à sua característica única de sempre buscar a luz, assim como as pessoas com deficiência oculta que lutam diariamente contra os desafios invisíveis. O uso do cordão é uma mensagem simples, significativa e que desempenha um papel fundamental em promover a inclusão e encorajar o respeito em nossa sociedade.

 


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Joana Darc Melo

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