A diretoria do Sisejufe testou, nesta terça-feira (13/7), a acessibilidade das novas urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições gerais deste ano. A atividade aconteceu na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), após solicitação do sindicato ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Estavam presentes o coordenador do Departamento de Acessibilidade e Inclusão, Ricardo Azevedo; e os diretores Dulavim de Oliveira e Juliana Avelar.
O secretário de TI do TRE-RJ, Michel Kovacs, explicou que as mudanças aconteceram no sistema. Uma novidade é que agora, além dos candidatos, os nomes dos vices e suplentes ao Senado são pronunciados. Também foi melhorada a sintetização do som na voz que pronuncia os nomes dos candidatos, tornando o áudio mais nítido.
Houve, ainda, uma reformulação no layout das urnas. O painel está mais centralizado, facilitando, por exemplo, o voto das pessoas que não possuem os membros superiores. Para as pessoas com deficiência visual, uma alteração importante foi o posicionamento das teclas “Branco”, “Corrige” e “Confirma”, que passaram de horizontal para vertical. A tecla “Confirma” também está maior. Para melhorar a acessibilidade das pessoas com deficiência auditiva, há um assistente de libras na tela.
Os dirigentes sindicais fizeram várias simulações de voto para avaliar a funcionalidade das mudanças.
Ricardo Azevedo, coordenador do DAI, testa a nova urna eletrônica que será usada nas eleições de 2022
“Ficou muito bom com relação ao fato de o sistema dizer agora o nome dos vices e suplentes, que aliás foi um pedido do Sisejufe ao TSE. Saber em quem a gente está votando para vice e suplente ao Senado é o pé de igualdade com as pessoas sem deficiência. Com essas alterações, a gente chega a um nível de acessibilidade muito próximo do ideal”, avalia o coordenador do DAI, Ricardo Azevedo.
O que ainda precisa melhorar:
Diretor Dulavim de Oliveira avalia a funcionalidade das teclas na nova urna
Tanto Ricardo como Dulavim apontam que a nova voz do sistema de voto não tem um timbre muito adequado. “Hoje, existe tecnologia que permite a melhora no timbre. Acho que para essa eleição não daria mais tempo de mexer, mas isso poderia ser levado em consideração no
Diretora do Sisejufe Juliana Avelar testa o áudio da urna eletrônica
Juliana Avelar fez uma observação para facilitar o voto das pessoas com deficiência auditiva. “É importante regular o volume e a velocidade do áudio logo na primeira tela porque depois não é possível fazer isso”, alertou. Ela também considera essencial que os mesários sejam treinados para receber e orientar as pessoas com deficiência. Segundo a dirigente sindical, essa questão já foi levada à Comissão de Acessibilidade do TRE, da qual faz parte.
Rick Medeiros, da Seção de Voto Informatizado do TRE-RJ, informou que mais de 30% do estado do Rio de Janeiro contará com as novas urnas eletrônicas no pleito de 2022, incluindo toda a capital e parte da Baixada Fluminense.