Ato Nacional na JT/AL cobra recomposição salarial dos servidores públicos

O Ato Nacional fez parte da Jornada de Lutas com realização de greves, paralisações e mobilizações em todo o país. Além da recomposição salarial, os servidores também pleiteiam o arquivamento da PEC 32, da reforma administrativa, e a revogação da Emenda Constitucional 95, que impede investimentos e gastos públicos por 20 anos.

O coordenador Jurídico do Sindjus-AL, Paulo Falcão, esclareceu que os servidores do Judiciário Federal participam do Ato Nacional para defender os serviços públicos e reivindicar a reposição salarial que é um direito de todos os trabalhadores, garantido pela Constituição Federal.

Paulo Falcão adiantou que o governo Bolsonaro sinalizou que não tem dinheiro, mas que estava disposto a partir do 1º de abril dar alguma informação mais precisa depois que a Comissão representativa das categorias do serviço público informou que existem recursos financeiros suficientes dentro do Orçamento para conceder o reajuste linear a todos os servidores públicos, não apenas para as carreiras das polícias Federal, Rodoviária e Penal. “O reajuste salarial tem que ser dado para todos os servidores públicos federais de todos os poderes”, destacou o coordenador do Sindjus-AL.

Paulo Falcão ressaltou a possibilidade de greve unificada de todos os servidores públicos no país e informou que os servidores do INSS, das Universidades e do Banco Central já deflagraram greve. “Temos o prazo de até o dia 4 de abril para ter direito à data-base dos últimos três anos e se ultrapassar esse prazo a gente tem que negociar apenas o último reajuste da inflação do ano passado”, afirmou.

O coordenador Jurídico do Sindjus-AL também visitou os servidores nos locais de trabalho, destacando os problemas enfrentados pela categoria, com o teletrabalho, a questão da falta de mobílias necessárias, equipamentos e internet.

O sindicalista informou que o Sindjus-AL irá solicitar reunião com os presidentes dos tribunais para tratar das questões específicas da categoria e da valorização dos servidores. “Os serviços públicos precisam ser valorizados com mais recursos financeiros.

Precisamos das condições mínimas possíveis para atendimento ao público. A Justiça do Trabalho é um órgão fundamental para os trabalhadores que vêm ao Tribunal buscar seus direitos”, disse.

Jornalista da Fenajufe