Apesar da tentativa de repressão, servidores tomam Esplanada dos Ministérios em defesa da recomposição salarial

O Governo do Distrito Federal (GDF) — alinhado à política de ataques ao serviço público do governo Bolsonaro — até que tentou cercear o direito de manifestação nesta manhã (31) na Esplanada dos Ministérios, mas a unidade das servidoras e servidores públicos foi mais forte e a área central da capital federal mais uma vez foi tomada em defesa da recomposição salarial emergencial em 19,99%.

Participação das coordenadoras Denise Carneiro, Fernanda Lauria, Lucena Pacheco, Luciana Carneiro, Márcia Pissurno, Paula Meniconi e Sandra Cristina e dos coordenadores Charles Bruxel, Fabiano dos Santos, Fábio Saboia, Jailson Lage, Luiz Cláudio Correia, Manoel Gerson Bezerra, Paulo José da Silva, Paulo Roberto Koinski e Roberto Policarpo Fagundes.

Da base, representantes do Sisejufe/RJ, Sintrajud/SP, Sindiquinze/SP, Sitraemg/MG, Sindijufe/MT, Sindjufe/MS, Sintrajufe/CE, Sindissétima/CE, Sindjufe/BA, Sintrajuf/PE, Sindjuf-PA/AP, Sinjuspar/PR, Sintrajusc/SC e Sintrajufe/RS.

Durante a concentração no Espaço do Servidor, a Polícia Militar do Distrito Federal, utilizando dois pesos e duas medidas e explicações desencontradas, proibiu a montagem de equipamento de áudio no local, carro de som e uso de bandeiras e faixas — essas últimas podendo ficar apenas nas mãos, sem nenhum tipo de suporte. A medida, no entanto, foi de encontro ao acordado ontem (30) entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) e representantes do Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Após negociação, o carro de som foi liberado e os dirigentes caminharam até a Alameda das Bandeiras.

Pela Fenajufe, o coordenador Fabiano dos Santos reforçou que os servidores continuarão avançando na construção de um processo de mobilização unificado de todo o funcionalismo, uma vez que a campanha salarial é permanente e denunciou a tentativa de repressão contra os servidores. Assista:

 

As categorias do funcionalismo buscam recomposição salarial emergencial em 19,99%, índice com base na inflação de janeiro de 2019 a dezembro de 2021. No entanto, a essa altura, as perdas já ultrapassam e muito esse valor, tornando completamente insuficiente o suposto reajuste linear em 5% ventilado pelo governo.

Desde o início do ano, quando servidoras e servidores iniciaram o processo de mobilização, paralisação e greve, após protocolar pauta de reivindicações no Ministério da Economia, não houve diálogo e nenhuma mesa de negociação foi posta. O que há de fato no governo são informações desencontradas.

O ato desta manhã faz parte do calendário aprovado pela Diretoria Executiva da Fenajufe, que começou nessa segunda-feira com manifestação em frente ao Conselho da Justiça Federal (CJF) pela correção no valor da indenização de transportes (IT) para os Oficiais de Justiça Avaliadores Federais.

Nesta tarde, a mobilização segue na Câmara dos Deputados com ato político “Pela valorização das Servidoras e Servidores Públicos, no auditório Nereu Ramos. O objetivo é pressionar o governo e engajar os parlamentares (deputados e senadores) na luta pela recomposição salarial dos SPF’s; já às 19h acontece reunião Ampliadinha, híbrida, da Diretoria da Fenajufe com um representante de cada Sindicato filiado e demais delegações presentes em Brasília.

Quarta 1º/6

Manhã: Atividade com café da manhã e entrega de documentos e memoriais na Liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado;

Tarde: atuação no Congresso Nacional, STF e/ou TCU com vistas a encaminhar questões de interesses da categoria, priorizando os projetos do Senado de “Desjudicialização da Execução”,”NS Já” e “Quinquênios” para todo funcionalismo público.

 Veja aqui as fotos do ato publicadas na página da Fenajufe no Facebook.

 

Raphael de Araújo (texto, fotos e vídeo)

Jornalista da Fenajufe