Fonasefe reitera pauta nacional de reivindicações e pede audiência com Paulo Guedes

O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) protocolou novamente nessa segunda-feira (28), no Ministério da Economia, a pauta nacional de reivindicações que unifica 1,2 milhões de servidoras e servidores públicos federais. O Fórum solicitou abertura imediata de negociação e audiência com Paulo Guedes.

Vale lembrar que o Fórum já havia protocolado em março a pauta de reivindicações, mas, depois de três meses, não houve manifestação do ministério. Os dirigentes reforçaram a questão salarial tendo em vista o aumento da inflação que atingiu 8,06% nos últimos 12 meses.

O documento indica um agravamento da perda salarial, consequência da política de arrocho marcada nos últimos anos pela não concessão de qualquer reajuste ou recomposição da remuneração dos servidores civis – tratamento oposto à política empregada pelo atual governo com os militares, conforme se verifica na Lei nº 13.954/2019.

48%

Bolsonaro pediu a Paulo Guedes um estudo para viabilizar um reajuste de 5% no salário dos servidores públicos em 2022, valor insuficiente para repor as perdas do período. De acordo com o Fonasefe, os índices atualizados de reposição com mais recentes dados seriam:

a) reposição de 48,1% equivalentes à defasagem salarial de julho de 2010 a dezembro de 2021, calculada pelo IPCA- IBGE, para as categorias que tiveram reajuste de 5% em 2013/2014/2015 e que em 2015 assinaram acordos de reposição em duas parcelas (5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017);

b) reposição de 28,2% equivalentes à defasagem salarial de julho de 2010 a dezembro de 2021, calculada pelo IPCA- IBGE, para as categorias que tiveram reajuste de 5% em 2013/2014/2015 e que em 2015 assinaram acordos de reposição em quatro parcelas (5,5% em agosto de 2016, 6,98% em janeiro de 2017, 6,64% em janeiro de 2018 e 6,31% em janeiro de 2019).

O Fonasefe reiterou a demanda pela abertura imediata de negociação para atendimento do item 1 da pauta: “1-REPOSIÇÃO DAS PERDAS SALARIAIS DO PERÍODO DE 2010-2021 E PRESERVAÇÃO DO PODER DE COMPRA”.

 

Raphael de Araújo, da Fenajufe