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Agência de Notícias

Decepcionados, servidores de Minas decidem pela suspensão da paralisação e declaram “estado de greve”

Sitraemg-MG e servidores irão criar um plano de lutas em defesa da data-base; por uma política de reajuste salarial anual; pela redução de apenas duas parcelas do reajuste salarial; e pela criação de um abaixo-assinado ao presidente do STF, frente à submissão ao Executivo

Frente à intransigência do governo federal em negociar com os servidores do Judiciário Federal o reajuste da categoria que se arrasta há pelo menos seis anos, e com o surgimento do PL 4363/12, do Supremo Tribunal Federal (STF), imposto à categoria, cuja previsão orçamentária foi incluída na proposta final da LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2013, enviada no último dia 30, pelo Ministério do Planejamento ao Congresso Nacional, servidores do Judiciário em Minas, reunidos nesta terça-feira (04), em assembleia geral extraordinária (AGE), em frente ao prédio da Justiça Federal, em Belo Horizonte, por unanimidade, decidiram pela suspensão da greve e declararam pelo “estado de greve”.

Na avaliação do Sitraemg-MG, o sentimento entre os servidores nesta tarde, que contou com a presença de uma servidora da Vara Trabalhista de Ouro Preto, foi de “vitória”, salientado, porém, por muitos, a falta de negociação com a categoria a cerca do reajuste salarial. Lúcia Bernardes de Freitas, coordenadora-geral do Sitraemg-MG, teceu críticas ao surgimento instantâneo da contraproposta feita pelo STF e o “fim” do PL 6613/096, sem ter, antes, ouvido a categoria. “Vamos continuar lutando por melhorias para o Judiciário”, afirmou Lúcia. Também estiveram presente no ato público, os coordenadores Hebe-Del Kader, José Francisco Rodrigues e Débora Melo Mansur.

Ao microfone, alguns servidores parabenizaram a todos que participaram do movimento e que contribuíram para esse desfecho. “Perdemos a luta, mas não a batalha”, disse Nestor Santiago, servidor da Justiça Federal e membro do Comando de Greve em Minas, acrescentando que a categoria não “aceitou” a proposta e que continuarão na luta. Em sua manifestação, Nestor sugeriu pela criação de um abaixo-assinado pela categoria, direcionado ao presidente do STF, dizendo que não aceita a postura de submissão ao Executivo. “Dadas às condições apresentadas, não foi uma proposta de todo ruim. Acredito que Ayres Britto foi sensível ao pleito”, disse Antônio Carlos Ferreira, o Ovo, servidor do TRT, finalizando que, sempre que for preciso, estará na luta.

Célio Isidoro, servidor do TRT e ex-dirigente do sindicato, frisou a importância do momento. “Saímos vitoriosos, frente ao governo Dilma, e acredito que o Judiciário não pode caminhar sozinho, por isso devemos construir a unidade dos três poderes”.

Gilvane Moreira Silva, também servidor do TRT, fez uma pequena retrospectiva em relação aos três últimos PCS’s, salientando as dificuldades e peculiaridades de cada um. O servidor registrou, ainda, o crescimento do movimento com adesão dos servidores de cada órgão do Judiciário. Gilvane sugeriu que seja pleiteado o parcelamento do reajuste da categoria para apenas duas parcelas, 2013 e 2014. Essa sugestão também foi defendida pela servidora da Justiça Federal Vilma Maria dos Santos.

Fernando Neves, servidor do TRE e também ex-dirigente sindical, destacou a ausência da categoria frente à proposta do STF e disse que a sugestão de reajuste oferecida pelo Supremo não contou com a participação dos servidores em sua elaboração. “Estamos precários e devemos fortalecer o sindicato e a Federação”, concluiu. Walter Sales, servidor do TRT, parabenizou a diretoria sindical pela insistência na mobilização e falou do sentimento de tristeza que teve ao percorrer os prédios do Tribunal, chamando os colegas para o movimento grevista. Segundo ele, em alguns casos, não deram atenção e até viraram as costas. Em sua fala, Walter sugeriu por uma política de reajuste salarial anual.

Fonte: Sitraemg-MG

Foto: Erinei Lima/Sitraemg-MG

 

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Em assembleia nesta terça, servidores do Piauí suspendem greve no Estado

Os servidores do Judiciário Federal no Piauí, reunidos em assembleia no Fórum Osmundo Pontes nesta terça-feira (04), aprovaram a proposta de suspensão da greve. No entanto, a categoria garante a manutenção do estado de greve enquanto acompanha o andamento do projeto de Plano de Cargos e Salário (PCS) que tramita no Congresso Nacional.

A categoria entende que sai da greve de forma vitoriosa. Segundo o diretor do Sintrajufe-PI Pedro Laurentino “politicamente saímos vitoriosos e vamos unir forças, ver como podemos reunir mais companheiros, fazer atos, fazer ações no Brasil todo para conseguirmos elastecer ainda mais essa proposta que está tramitando no Congresso agora”.

Os servidores do Estado não concordam com as propostas apresentadas pelo Governo Federal, de 15,8%, e do Supremo Tribunal Federal, de 33%, ambas parceladas em três anos. De acordo com o diretor Saturnino Dantas “nós não aprovamos esse reajuste, lutamos pelo nosso PCS, mas diante do que foi apresentado, saímos do reajuste zero que era a proposta do Governo e graças a nossa mobilização garantimos que o Supremo chegasse ao percentual de 33%. Não é o ideal, mas já foi um primeiro passo, o próximo passo dependerá da categoria, para conseguirmos algo melhor”.

Com a suspensão, a categoria ainda não fala em novas ações, mas o diretor Pedro Laurentino ressalta que todos continuam mobilizados. “Vamos provocar a Fenajufe para ela determinar algumas datas, como por exemplo, a disseminação das urnas, que é feita de 10 a 15 dias da eleição. Então seria uma data que faríamos um apagão e poderíamos dificultar a disseminação das urnas, onde serão colhidos os votos de 7 de outubro”, declara Laurentino.

Fonte: Sintrajufe-PI

 

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Servidores do TRE do Pará decidem encerrar a greve

Em assembleia geral promovida pelo Sindjuf-PA/AP, nesta segunda-feira (03), os servidores do TRE do Pará decidiram pelo fim da greve por tempo indeterminado no Estado. A proposta, apresentada pelo servidor Ângelo Passos, foi aceita pela maioria dos grevistas.  Segundo ele, não há necessidade de poucos se manterem no movimento enquanto a maioria continua trabalhando.

Nas votações, a proposta 1, da mesa que coordenava a assembleia, em que defendia a manutenção da greve, recebeu 8 votos. Já a proposta 2, do servidor Ângelo Passos, que defendia o encerramento da greve, recebeu 19 votos.

Para tratar dos dias parados, ocorreu nesta terça-feira (04) uma reunião com representantes do Sinduf-PA/AP e da base com a Presidência do TRE-PA. A proposta da categoria é que o Tribunal abone as faltas nos períodos de 16 e 17 de agosto e 28 de agosto a 3 de setembro. A administração vai responder ao pleito em breve, conforme declarou o presidente do Tribunal.

Fonte: Sindjuf-PA/AP

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Na “Semana de Indignação”, Sintrajufe-MA realiza assembleias nos locais de trabalho

JF encerra série de apagões nesta segunda-feira e servidores do interior se manifestam sobre proposta do Supremo

A Justiça Federal em São Luís realizou seu último apagão durante a greve nacional nesta segunda-feira (03), e fará assembleia na quinta-feira, dia 6, às 13h30, como forma de seguir o calendário nacional deliberado durante a reunião ampliada da Fenajufe, que aprovou manter a greve e realizar a “Semana da Indignação”.

Além da Justiça Federal, haverá ainda assembleia setorial durante a Semana da Indignação no TRE, também na quinta (06), às 13h.

No Fórum Astolfo Serra, o Sintrajufe-MA aguarda resposta ao novo pedido de audiência com a presidenta, para, em seguida, marcar assembleia com os servidores da Justiça Trabalhista e dar informes dos assuntos tratados com a Administração, como a questão do ponto das greves pelo PCS, condições de trabalho e outros assuntos de interesse dos servidores.

Na semana passada, nas assembleias setoriais que avaliaram a proposta do STF, a última feita no TRE também disse “não” ao acordo selado entre Executivo e Judiciário para a categoria.

De acordo com o Sintrajufe-MA, os servidores lotados no interior, até o momento, vêm aceitando a proposta. Nesta segunda (03), foi a vez da Zona Eleitoral de Carutapera, uma das primeiras a atender ao chamado e a puxar a greve, a retomar as atividades. Entretanto, mesmo os que têm aceitado o que foi oferecido não deixam de fazer críticas severas ao acordo que, posição unânime, nem se aproxima das reivindicações.

“A avaliação, no entanto, é que alterar a proposta demandará um esforço bem maior do que o empregado até agora, com participação total da categoria. Esse é o quadro que deverá ser avaliado durante a nova rodada de assembleias”, informa o Sintrajufe-MA.

Apagão da JF diz "não" ao autoritarismo na Universidade Federal do Maranhão

Durante o último apagão desta série realizada pela JF em São Luís na luta pelo reajuste, nesta segunda-feira, 3 de setembro, os servidores firmaram posição contra duas posturas que classificaram como inadmissíveis: primeiramente, foi aprovado que eles farão documento expressando sua indignação com o acordo feito pelo STF com o governo, bem como contra a postura do STF e do Executivo no processo de negociação durante todos esses anos de luta dos servidores.

A outra postura condenada pelos presentes ao ato desta segunda-feira foi a atitude do reitor da Universidade Federal do Maranhão, Natalino Salgado, que, num gesto autoritário, destituiu a direção do Colégio Universitário (Colun) que apoiava a greve dos professores e nomeou um interventor.

“Os servidores do Judiciário Federal, igualmente vítimas de autoritarismo semelhante - como a ação da Justiça Estadual que, através de Turma Recursal do TJ condenou o sindicato por fazer denúncias de irregularidades cabalmente comprovadas - não poderiam deixar de se posicionar contra mais uma atitude autoritária de um agente público que pensa poder fazer o que bem entende com a instituição a que foi chamado a administrar”, afirma o Sintrajufe-MA.

Fonte: Sintrajufe-MA

 

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“Semana da Indignação” começa forte na greve dos servidores da JE do Ceará

A greve dos servidores da Justiça Eleitoral do Ceará teve início nesta segunda-feira (03), no primeiro dia da "Semana da Indignação" aprovada na última reunião ampliada da Fenajufe (31). Os servidores, em assembleia da última quinta-feira, rejeitaram a contraposta do STF e reforçaram a necessidade da greve.

Segundo informações do Sinje-CE, a indignação dos servidores da Justiça Eleitoral cresce a cada dia ao perceber que, até o momento, a contraposta apresentada pelo STF não apresenta garantia orçamentária, já que não existe acordo com o governo federal neste sentido. A categoria do Ceará também reivindica avanço na proposta de reajuste encaminhado ao Congresso Nacional na última sexta-feira (31).

De acordo com o sindicato, a greve começou com um boa adesão na sede do Tribunal e contou ainda com a participação de servidores de todas as 13 zonas eleitoral da capital e uma Zona Eleitoral do interior do estado (11ª ZE – Quixeramobim), com a adesão, inclusive, dos chefes de cartórios.

Os servidores em greve prepararam um documento, na qual expressam o compromisso junto aos colegas de não aceitar as FC´s e CJ´s que vierem a ser retirados dos colegas que estão participando da greve. Mais de 150 servidores já assinaram o documento.

Nesta quarta-feira (05), às 14h, será realizada assembleia geral no TRE para discutir a continuidade da greve.

Fonte: Sinje-CE



 

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Servidores de Goiás elegem diretoria do Sinjufego-GO nesta quarta

Nesta quarta-feira (05) serão realizadas, das 9 às 18 horas, as eleições da diretoria do Sinjufego-GO para o triênio 2012-2015. Poderão votar os servidores do Judiciário Federal em Goiás filiados ao sindicato até o dia 5 de julho de 2012 e em dia com a tesouraria da entidade. A chapa “Direção colegiada: Sinjufego cada vez mais forte” foi a única a homologar candidatura para disputar o pleito.

Na sede do TRT-GO, serão instaladas duas urnas sendo uma fixa na entrada do novo prédio das Varas Trabalhistas e outra de circulação nas unidades da Av. T-1. Na Seção Judiciária do Estado de Goiás, haverá duas urnas a disposição dos filiados, sendo uma fixa na entrada da Rua 19 (Centro de Goiânia) e outra de circulação nas unidades que compõem a sede da JF-GO. Já no edifício-sede do TRE-GO, também serão instaladas duas urnas sendo uma fixa na entrada dos elevadores e outra de circulação nas unidades que compõem a sede do Tribunal. Haverá ainda uma urna de circulação nos anexos do TRE-GO instalados fora do edifício-sede da Praça Cívica, incluindo os Cartórios Eleitorais da Capital, nos anexos fora da sede da JF-GO (Centro de Goiânia), incluindo os Juizados Federais e nos anexos fora das dependências do TRT da Av. T-1.

A Comissão Eleitoral informa que haverá uma urna de coleta de votos nos órgãos do Poder Judiciário Federal instalados na cidade de Aparecida de Goiânia e outra urna de coleta de votos nos órgãos do Poder Judiciário Federal instalados em Anápolis. Haverá ainda uma urna de coleta de votos na sede do Sinjufego para atender os aposentados e os eleitores em trânsito pela Capital. Nestas eleições, ressalta a comissão, não será disponibilizada urna com circulação nas residências dos aposentados, os quais devem votar nas urnas instaladas nas sedes dos seus respectivos órgãos de trabalho e na sede do Sinjufego.

Exceto em Aparecida de Goiânia e Anápolis, no interior cada unidade do Poder Judiciário Federal instalada nos respectivos municípios funcionará uma seção eleitoral onde atuará mesário encarregado de colher os votos para depois transmitir o resultado apurado por fax ou por meio digitalizado para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Ao mesário encarregado das eleições no interior, a Comissão Eleitoral enviará os modelos de cédula, ata de apuração e a listagem de eleitores por correspondência eletrônica. O mesmo procedimento adotado no item anterior será aplicado aos servidores votantes que residem fora de Goiás, garantindo-lhes assim o direito ao voto. Por causa das particularidades de trabalho dos servidores do interior e de possíveis problemas na comunicação eletrônica e telefônica, os resultados do interior via fax ou eletrônica poderão ser transmitidos até 18 horas do dia seguinte ao da eleição.

Veja, a seguir, a composição da chapa inscrita:

Direção Colegiada: Chapa Sinjufego cada vez mais forte

Diretoria Executiva

Presidente: João Batista Moraes Vieira
Vice-Presidente: Gilvani Ferraz Torres de Carvalho
Secretário-Geral: Absayr Gonçalves Souza
Diretor de Finanças: Maurílio José de Carvalho Filho
Diretor de Formação Sindical: José Pereira Neto
Diretor de Organização: Leopoldo Donizete de Lima
Diretor Sócio-Cultural: Rodrigo Marcos Rosa Guimarães
Diretor Jurídico: Aurélio Gomes de Oliveira

Suplentes da Diretoria Executiva
Eduardo do Valle Silvestre
Lauro Humberto Lourenço
Renata da Mota Fernandes
Elinea de Macedo Alves Pereira
Reginaldo Barros de Santana
Jânio Ribeiro da Mota
Brazilino Nunes de Oliveira
Paulo Antônio da Cunha

Conselho fiscal
Eduardo Antônio Saliba de Souza
Osmarino Júnior Tavares Teixeira
Luiz Cláudio Corrêa Oliveira

Suplentes do Conselho Fiscal
Tênisson de Sousa Cavalcante
Emmanuel Luiz Abdala de Oliveira
Alessiane Guimarães Reis Mendes

Fonte: Sinjufego-GO

 

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Servidores da JT-15 decidem encerrar a greve, em assembleia nesta terça

Os servidores da Justiça do Trabalho da 15ª Região, reunidos nesta terça-feira (04) em frente ao Fórum Trabalhista de Campinas, decidiram encerrar a paralisação pela conquista do reajuste salarial iniciada no dia 20 de agosto.

Depois de três semanas em greve, a categoria avaliou que é preciso concentrar forças na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional para tentar melhorar a contraproposta do reajuste incluída na Lei Orçamentária de 2013.

De acordo com o Sindiquinze-SP, diante da constatação de que a maioria dos estados já retornou ao trabalho, os grevistas promoveram uma assembleia na tarde desta terça-feira e deliberaram, por maioria de votos, encerrar o movimento paredista na 15ª Região.

Durante a deliberação, os presentes avaliaram que a inclusão da proposta do Supremo Tribunal Federal na LOA do próximo ano foi resultado da mobilização nacional dos servidores do Judiciário e que a 15ª Região honrou a tradição de sempre integrar as lutas que trouxeram conquistas para a categoria.

O Sindiquinze-SP informa que protocolará, ainda nesta terça-feira, um ofício à Administração do TRT-15 para informar a decisão da categoria de retornar ao trabalho a partir desta quarta-feira (05). O sindicato solicitará uma reunião com o Tribunal para definir a compensação dos dias parados.

Fonte: Sindiquinze-SP

 

 

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Na Bahia, categoria mantém greve e próxima assembleia geral será nesta quarta

A imposição, por parte do STF, de um Projeto de Lei que não contempla as perdas inflacionárias acumuladas durante seis anos e as próximas que virão – “ferindo a dignidade, subestimando a inteligência dos servidores do Judiciário Federal e desvalorizando o serviço público como um todo” -, teve como resultado a deliberação da continuidade do movimento grevista na Bahia, por ampla maioria, segundo informações do Sindjufe-BA. O debate que resultou nesta decisão foi feito na tarde desta segunda-feira (3) no TRT Comércio, durante assembleia geral.

De acordo com o sindicato, na assembleia de ontem além de explicar o que é a "proposta" do STF, transformada no PL 4363/2012 - salientando que o mesmo não possui o montante que contemple os valores anunciados e nem tem seu destino definido uma vez que os magistrados também foram ao STF questionar o reajuste dos servidores -, a categoria debateu estratégias de mobilização para o fortalecimento da greve no estado, além de avaliar a situação de adesão ao movimento paredista em todos os órgãos.

A ampla maioria dos servidores aprovaram a continuidade da greve e a realização, nesta terça-feira (04), de um ato público de manhã no TRT do bairro Nazaré, quando estava prevista uma reunião com a Administração do TRT5.

A próxima assembleia geral da categoria para avaliar os rumos do movimento será nesta quarta-feira (05), às 13h, no TRE.

Fonte: Sindjufe-BA

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Servidores de Alagoas referendam orientação da Fenajufe e mantêm greve por tempo indeterminado

Os servidores do Judiciário Federal em Alagoas voltam a protestar contra os seis anos sem reajuste salarial em ato público em frente ao prédio das Varas do Trabalho. A categoria também aprovou nesta segunda-feira (03), a orientação da reunião ampliada da Fenajufe, que indicou a manutenção da greve por tempo indeterminado para melhorar a proposta apresentada pelo Supremo Tribunal Federal, que propõe o aumento da GAJ (Gratificação da Atividade Judiciária) de 50% para 100% em três parcelas durante três anos e a diminuição de dois padrões na carreira. Para a categoria, a proposta não atende às reivindicações e foi elaborada sem consultar os servidores.

O coordenador Jurídico do Sindjus-AL, Paulo Falcão, esclareceu que o percentual de três parcelas de 5% em três anos representa o valor de 900 milhões, e não é suficiente para o aumento de 50% da GAJ.

Falcão informou que as assessorias da Fenajufe estão elaborando um estudo detalhado da proposta que virou o Projeto de Lei 4363/12. Ele também destacou com o novo PL, não se sabe que o que acontecerá com os projetos de leis 6.613/2009 e 6.697/2009.

Os servidores refenderam os encaminhamentos aprovados na reunião ampliada da Fenajufe.

Novas manifestações

Os servidores do Judiciário irão promover, nesta semana, a manifestação denominada “Apagão do Judiciário e MPU” na Semana Nacional de Indignação. A concentração será em frente ao prédio das Varas do Trabalho em Maceió, a partir das 9 horas.

Fonte: Sindjus-AL

Foto: Josiane Calado/Sindjus-AL

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Servidores do DF se reúnem em assembleia nesta terça para discutir rumos do movimento

Nesta terça-feira (04), servidores do Judiciário e do MPU do Distrito Federal, em greve desde o dia 1º de agosto, se reúnem em assembleia geral, convocada pelo Sindjus-DF, às 16h, em frente ao STF. No encontro, a categoria vai discutir os rumos do movimento em defesa da revisão salarial.

De acordo com o Sindjus-DF, a assembleia também tem como objetivo avaliar as conquistas que categoria obteve nas últimas semanas. “De início, avaliamos que o cenário deste ano seria mais favorável do que no ano passado, a começar pelo fato de que, diferentemente do ministro Cezar Peluso, o atual presidente do Supremo, ministro Carlos Ayres Britto, se dispôs a levar em conta as nossas reivindicações no encaminhamento da proposta do orçamento do Judiciário ao Ministério do Planejamento”, avalia o Sindjus-DF, em boletim publicado em sua página na internet.

O sindicato avalia, ainda, que a categoria decidiu promover a greve, consciente que quanto mais forte e massiva, mais chance teria de conquistar a vitória. “O fato é que, diante de nossa greve, conjunta com a paralisação de grande parte dos servidores do Executivo, o governo Dilma foi obrigado a abandonar a política do reajuste zero. Essa foi nossa primeira vitória”, ressalta o Sindjus-DF.

Para o sindicato, o reajuste de 15,8%, oferecido pelo governo, não cobriria sequer metade da inflação acumulada nesse período. No entanto, nas conversas com o Sindjus-DF e com a Fenajufe, o ministro Ayres Britto se comprometeu a trabalhar para complementar a proposta do governo, de maneira que o reajuste ficasse em 33%, com a  GAJ (Gratificação de Atividade Judiciária) de 100% e com a redução de dois padrões da carreira. “Essa foi a nossa segunda vitória, mas ainda insatisfatória”, reforça o sindicato.

Na avaliação do Sindjus-DF, não há perspectiva de melhorar o reajuste de 33% no âmbito do Congresso Nacional, que tem até o final do ano para aprovar a Lei Orçamentária Anual (LOA), viabilizando a aprovação dos planos de carreira. “Nós conseguimos uma vitória, mas uma vitória parcial. Os 33% não chegam a ser 56%, mas estão longe do reajuste zero. Na verdade, obtivemos 59% da meta pela qual lutamos. Vamos discutir estes dados na assembleia de hoje e vamos definir os próximos passos de nossa luta”, explica a diretoria do sindicato.

Da Fenajufe, com informações do Sindjus-DF

Foto: Joana Darc Melo/Fenajufe

 

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Em São Paulo, servidores suspendem movimento paredista e mantêm estado de greve

Os servidores do Judiciário Federal em São Paulo, em assembleia nesta segunda-feira (03), suspenderam a greve por tempo indeterminado e decidiram manter o estado de greve. Segundo o Sintrajud-SP, como foram apresentadas duas propostas, foi necessário contar o número de servidores a favor e contra a manutenção do movimento paredista.

A categoria suspendeu a greve, mantendo o estado de greve para acompanhar o andamento do projeto e se o orçamento será realmente destinado à reposição dos salários, bem como tentar melhorar a proposta. O estado de greve ainda tem a intenção de pressionar as administrações para negociar os dias paralisados e impedir retaliações aos grevistas.

De acordo com o Sintrajud-SP, o Comando de Greve, que propôs a suspensão, reconhece avanço na proposta, uma vez que ela sai do reajuste zero, política do governo Dilma para o funcionalismo público. “Mas não concordamos com essa proposta, pois ela não corresponde às reivindicações da categoria”, ressaltou na assembleia Tarcísio Ferreira, diretor do Sintrajud-SP, em nome do Comando.

Essa proposta é resultado da mobilização e da luta da categoria, que, unida a outros setores do funcionalismo, conseguiu vencer a política do governo Dilma, avaliou o Comando de São Paulo. “Todo mundo achava que Dilma era invencível, mas a força da greve forçou uma negociação”, disse, ao lembrar que os servidores do Judiciário não tiveram assento na negociação entre o Executivo e Supremo.

O diretor ressaltou ainda que quando o governo apresentou os 15,8% sobre a folha de pagamento, “o STF começou a fazer tabelas e cálculos, abrindo mão de sua autonomia e independência”.

A categoria em São Paulo está em estado de greve para também estabelecer a negociação dos dias parados, que é uma pendência em todos os tribunais, principalmente no Tribunal Regional Eleitoral, onde os grevistas estão sofrendo o corte de ponto desde as primeiras paralisações ocorridas neste ano.

“(Um) tribunal não pode castigar os servidores em luta por seus direitos”, defendeu Tarcísio. Ele ressaltou a força da greve no maior Eleitoral do país, que fez atrasar a preparação das eleições, e afirmou que a categoria poderá retomar a greve às vésperas das eleições, caso não avancem as negociações dos dias.

Antes da assembleia, uma comissão de servidores reiterou pedido de audiência com a presidência para tratar dos dias parados, mas não foi atendido pelo presidente, Alceu Navarro, que alegou falta de tempo.

A orientação do comando de greve é que os servidores não reponham nenhum serviço atrasado durante a greve até que seja estabelecida a negociação dos dias. A manutenção do estado de greve serve também para evitar possíveis retaliações contra os grevistas.

Fonte: Sintrajud-SP

 

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O sindicato Mac-Donalds

Por Roberto Ponciano* - 03/09/12

Que os sindicatos estão burocratizados, é lugar comum. Que os sindicatos têm dificuldades em se referenciar na base e mobilizá-la, é sabido até no reino mineral, que estão perdendo o norte de um processo emancipatório e de uma política classista, que vá além do umbigo da categoria e carregue uma plataforma mais geral, que abarque a política de toda a classe para toda a sociedade, também é sabido e consabido. Todavia, há que se fazer reflexão sobre o bloco histórico que está atravessando a classe trabalhadora, o caldo de cultura, “cultura de massa”, no sentido crítico de Adorno, de Cultura feita pela indústria cultural em que se insere esta base de trabalhadores (e, de certa forma, também, muitas vezes, acriticamente, as direções sindicais), o que eu vou chamar neste ensaio de “sindicato Mac-Donalds”.

Alguém lembra da chegada do Mac-Donalds no Brasil? Eu era criança, e lembro até hoje da propaganda, do jingle, grudou no meu cérebro, infelizmente, vou morrer e lembrar eternamente desta porcaria: “dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles num pão com gergelim”. Era eficiente a propaganda, dava água na boca. Aparecia sempre uma menina simpática, sorridente, com uma uniforme limpíssimo do Mac-Donalds, e tinha mais na propaganda: se em 3 minutos seu lanche não estivesse entregue, o Bic-Mac, as batatas fritas e a infalível coca-cola, você não pagava; consumidor satisfeito, e sempre com a razão, acima de tudo. Corta a cena, 10 anos depois, uma das minhas primeiras namoradas trabalhava no Mac-Donalds. Salário mínimo, sem direito à Vale-Refeição (o “almoço” era uma das porcarias de lanche do Mac-Donalds), 30 minutos de almoço, correndo, suando, aprendendo “tudo” (que era um nada), um ser “multi-tarefa”, fritar, obedecer, limpar, obedecer, sorrir, obedecer, cortar salada, obedecer, tomar esporro, obedecer, ter foto de funcionário do mês, obedecer. Os piores pesadelos de “Admirável mundo novo” são reais na verdade. O ser Kafkaniano do Castelo, do Processo e da Metamorfose, existe. Se alguém se filia a um sindicato no Mac-Donalds, em todo mundo, é demitido, se reclama, é demitido, se se atrasa, é demitido. American 1984 Orwelliano way off life.

Mas os consumidores estão satisfeitos. A coisa mais interessante no mundo moderno é a redução ad absurdum das pessoas a consumidores. Se o seu Big-mac atrasar, caro leitor consumidor estúpido (“nossa, que é isto, o ensaísta está me chamando de estúpido, de idiota, ele não pode fazer isto, o cliente tem sempre razão!!! Afinal, eu pago o sindicato!!!!”, você me responderá), a culpa será sempre de algum trabalhador explorado, mal pago, morador de favela, e com ele você irá gritar, colocar o dedo na cara, exigir o lanche infalível do M do Palhaço em 3 minutos. A culpa nunca será dos acionistas multimilionários e invisíveis do Mac-Donalds, ou da sua própria ânsia voraz, leitor alienado, de comer algo que é bem mais propaganda que comida.

Corta novamente, sindicato, 2012. Encontro de Comunicação da Fenajufe, escutei diversas vezes a frase: temos que agradar nossa clientela. Temos que agradar nossa clientela... temos que agradar nossa clientela. Vejam, na Fenajufe não há nenhum sindicato filiado à Força Sindical, à UGT ou às centrais ditas “pelegas”, os sindicatos que são filiados, ou são filiados à CUT, ou à Conlutas, em tese, duas centrais classistas. Não, não precisam se assustar com o lugar comum, fiquem tranquilos, este ensaio não é um daqueles enfadonhos artigos que vai falar da crise de representação do sindicalismo, ou se o diretor da Central “A” tem a cueca mais vermelha que o diretor da Central “B”.

Este artigo inverte o jogo, e vai analisar a categoria, sim, a categoria. Você, caro leitor estúpido que me lê agora, homem branco estúpido de classe média, que lê Veja, escuta Bonner Simpson e acredita que o Jornal Nacional é imparcial e fala a verdade. Nosso “público alvo”, nossos “clientes em potenciais”, que no caso dos sindicatos cada vez e mais se comportam como clientes do Mac-Donalds consumindo seus Big Macs. Não conseguimos compreender o comportamento das direções se não compreendemos que base esta direção trabalha. Somos seres humanos históricos, criados pelo caldo de cultura de nosso bloco histórico. Que seres humanos estão sendo formados neste início de século XXI, que “cultura de massa” os sindicatos enfrentam, que relações se podem criar a partir daí? A declaração de que temos que “agradar nossa clientela”, “atingir nosso público alvo” ou coisas afins, que seriam bastante estranhas a um dirigente de um sindicato da década de 60, 70 ou 80.

“Enquanto brincam no gramado as moças chiques/ Eu quero chuvas pra estragar o piquenique/Eu não provei aquele tipo de xarope/ Que está por cima nas pesquisas do IBOPE/ Eu estou remando rio acima por prazer/ Não há nada a desculpar, foi por querer/ Me passe o sal pra botar na sobremesa/ O Grande Público cansou minha beleza”, esta música da dupla Aldir Blanc/João Bosco, revela o caldo de cultura de uma outra época histórica. Não te chamei, caro leitor, de estúpido, boçal, idiota, alienado, imbecil, consumidor acéfalo à toa. Deve estar com vontade de fechar este texto no seu lap-top/computador, ou de rasgar o papel e me chamar para a porrada, ou melhor, me processar por danos morais. A intenção era esta. Te perturbar, te molestar, colocar formigas e moscas varejeiras no teu piquinique chique. Enquanto na década de 60, no auge da contracultura, não havia por parte nem dos escritores, nem dos músicos, nem das lideranças de “agradar a clientela”, as lideranças sindicais passaram por uma metamorfose/adaptação e agora precisam “agradar a clientela”, atingir o “público alvo”. Pesquisas de markenting e aulas com marqueteiros muitas vezes substituem os livros de Gramsci, Lenin, Rosa Luxemburgo, Marx, etc. O trabalhador virou consumidor e seu sindicato é cada vez mais uma instituição, cada vez menos sindicato.

Sindicato é órgão de mediação de classe, órgão de luta Capital x Trabalho, órgão de regulação da exploração da força-de-trabalho e da mais-valia. É órgão político. Não é partido político, não faz a disputa de hegemonia na sociedade, quem faz isto é outro sujeito coletivo, os partidos. É fato que partidos que não conseguem se representar na sociedade utilizam os sindicatos como correias de transmissão e tentam usá-los para tentar passar suas políticas, de forma sub-reptícia, isto foge, todavia, ao escopo deste ensaio. Todavia, afirmo que sequer os sindicatos hegemonizados por estes partidos de extrema-esquerda, que sequer tem 1% do eleitorado brasileiro, escapam da sina do sindicato Mac-donalds. Nos sindicatos Mac-donalds, o investimento em lazer, sede campestre, festas, convênios são dezenas de vezes maiores que em formação. Não falo em luta política, porque a luta por maiores salários não retira do sindicato o rótulo de sindicato Mac-donalds. Querer ganhar mais para consumir mais, ainda que esteja de forma direta relacionado à questão da regulação capital x trabalho, está completamente subsumido a um estilo político de manutenção do status quo, que faz do sindicato a correia de transmissão do estilo de vida ganhar mais para consumir mais e assim ser um consumidor voraz melhor adaptado. Isto nada tem que ver com política emancipatória, seja o sindicato da CUT, Conlutas, Força Sindical, UGT, PQP, etc...

A lógica é perversa. Aqueles sindicatos que conseguem organizar a categoria para lutar, efetivamente só conseguem lutar por melhores salários ou benefícios. Não há nestes sindicatos nenhuma discussão de classe, consciência de classe, conteúdo de classe, visão para além do umbigo sindical. A lógica é de fazer melhores acordos coletivos com ganhos salariais maiores e ponto final. Em muitos sindicatos os aposentados e pensionistas chegam a ser sacrificados, numa lógica de se fazer acordo somente para os trabalhadores “ativos”, seja na famigerada política de “divisão de lucros” (que faz o trabalhador realmente acreditar que é possível um acordo entre lobos e ovelhas), ou em aumentos em valores que só são pagos durante a vida ativa do trabalhador, apenado os aposentados e pensionistas (no caso de servidores públicos que teriam direito a estes aumentos) ou aos licenciados por saúde, no caso das empresas privadas. É perversa, porque pervertida. Como não há mais discussão de classe, de pertencer, de fazer parte, não há espaço para discussões classistas.

Afinal de contas, o que diabos é “divisão de lucros”? É o supra sumo do entreguismo de classe. É garantir para os trabalhadores que é possível sim, numa sociedade capitalista, dividida por classes, nos quais as barreiras invisíveis de classe são fortíssimas e não são quebradas por acordos trabalhistas, “dividir os lucros” entre patrões e trabalhadores.

Assim, os trabalhadores, em lugar de lutar por melhores salários, que não são quota-parte do lucro e tem de ser pagos haja lucro ou prejuízo, são levados a hipotecar uma solidariedade de classe a seus patrões, se na lógica fraudulenta da contabilidade das empresas capitalistas, os patrões usarem 99,99% do lucro da empresa para fazerem “reinvestimentos” na produção e destinarem aos trabalhadores, 0,01% do lucro restante, para ser partilhado entre as centenas ou os milhares de trabalhadores, os sindicato Mac-Donalds, que assim usurpou o direito aos trabalhadores de incorporarem estes ganhos ao seu salário ou aposentadoria e de ter definitivo avançado na questão da luta contra a exploração de classe, vai celebrar isto como avanço. No fim das contas é mais dinheiro que entra, mais consumo, algo mais que se compra e o trabalhador rebaixado novamente à condição de mero consumidor, confundindo sua relação com o patrão, que é de exploração e de luta, numa relação de ganho e consumo. Nesta linha, a substituição de salários por ganhos, nos quais os trabalhadores ficam instigados a trabalhar mais, para ganhar mais. Nesta linha do sindicato Mac-Donalds, os direitos vão sendo mitigados e os trabalhadores cada vez mais sentem-se quota-parte da classe burguesa. Descanso aos Domingos? Não, hora-extra! Em lugar de o sindicato lutar para garantir um salário igual sem trabalho dominical, o sindicato alardeia que com o trabalho aos domingos e 100% de hora extra o trabalhador que virou um pequeno-patrão-consumidor (na ilusão pueril de sua fantasia oligofrênica) vai ganhar mais, trabalhando mais. Assim, em lugar de se tirar um salário maior da luta e da contenção da exploração, o salário maior vem de uma exploração e de um sacrifício maiores. Jornadas de trabalho de 10, 12 horas, revivendo os piores momentos da Revolução Industrial, com o beneplácito tácito dos próprios trabalhadores silenciados por este caldo de cultura, já que, por exemplo, no Comércio de Shopping Centers e afins, o salário foi diluído e os ganhos proveem da venda de cada produto. O trabalhador, na pior lógica da Avon, fica ele responsável pelo seu próprio salário e destino. Assim, uma semana ruim, ou um mês ruim de trabalho, não é debitado na conta do patrão, que teria de diminuir seu lucro para pagar o salário averbado, mas sim da sorte-revés do próprio trabalhador, que vira competidor desigual de seus pares, haja vista que o único objetivo de sua vida é conseguir vender, para lucrar, para novamente consumir.

Alguns vão me obliterar e dizer que esta lógica só vale para sindicatos que trabalham com lucro por venda. Reafirmo que não é verdade, já coloquei aqui claramente ramos sindicais que trabalham o PLR, que tem uma gama infinita, que passa por sindicatos de produção de diversos setores, auto-peças, petróleo, química, bancários e que basicamente vão abarcando toda a cadeia de produção basicamente com exceção do setor informal. No setor público, a lógica da luta apenas pelo salário, com partes da categoria sacrificando conquistas históricas (veja o movimento pró-subsídio no Judiciário e MPU que é capaz de sacrificar conquistas históricas para privilegiar apenas uma parte da categoria), com aumentos só em gratificações, que não são repassadas ao aposentados ou de setores da categoria (quando o Governo sinaliza aumento só para os professores das universidades, sacrificando todo o restante dos trabalhadores da base universitária), mostra que a lógica é puramente monetária.

A grande verdade é que por baixo da retórica “classista” tudo que “incomode” a categoria, tudo que cause polêmica, tudo que perturbe a relação de consumo, a relação, trabalhador sindicalizado/consumidor x Mac-donalds é sacrificada. Temas polêmicos nas revistas, nas páginas ou nos debates internos são abafados. As pautas chamadas transversais, como o racismo, a homofobia, o machismo, o aborto, as quotas, em geral aparecem nas plenárias e ou congressos, que mais parecem movimentos catárticos. Nestes momentos de culto, a vanguarda da categoria esboça seus altos vôos teóricos e se digladia duelando sobre temas que no dia seguinte à plenária serão sacrificados, jogados às traças, para reaparecerem em outras plenárias, novamente. Qualquer política de controle da exploração do trabalho, com redução da jornada, enquanto a lógica for de sindicato Mac-donalds, fica fadada ao fracasso. No sindicato Mac-donalds, as relações com a categoria não prevêem nenhuma contradição dialética, nenhum embate. A vanguarda, que é vanguarda só de nome, tem uma posição vanguardista olímpica, não indo para a disputa na base das concepções da plataforma dos trabalhadores. Assim, em tese, os sindicatos defendem a redução da jornada, a luta pelas seis horas, mas todas as vezes que sentam para sentar e negociar, a primeira coisa que é sacrificada é a redução/regulação de jornada, ora por conta dos aumentos, para não “atrapalhar os aumentos “ (ainda que redução de jornada seja aumento salarial direto), ora para não atrapalhar as “divisões anuais de lucro” (ou seja, o direito é vendido na mesa de negociação), ora trocado por aumento nos percentuais de horas extras (novamente um direito vendido na lógica de trabalhador como pequeno-patrão co-responsável pela empresa).

Vanguardismo não é vanguarda. Os sindicatos Mac-donalds, de todas as matizes, trabalham na lógica da popularidade, eleição, manutenção das máquinas sindicais. Assim, qualquer tema polêmico, que porventura atrapalhe a hegemonia (vista apenas e tão somente como hegemonia eleitoral) tem que ser sacrificado à base. Num basismo contraditório da lógica da indústria cultural. Base aí não é vista como o conjunto dos trabalhadores de base, que necessita do sindicato como órgão de intermediação para entender e despertar para a luta de classes, base aí é vista como o senso-comum diluído, que vota de tempos em tempos para manter um grupo na máquina sindical. Não é à-toa que nos eventos culturais dos diversos sindicatos, que vivem reclamando da hegemonia da Globo, mas que reproduzem em suas festas a cultura hegemonizada de massa, e é um tal de Michel Teló, “eu quero tchu, eu quero tchá”, nos momentos em que o sindicato deveria ter uma cara de defesa da cultura popular contra-hegemônica. E aí daqueles que levantarem estas contradições, correm o risco de serem chamados de “elitistas” na pior versão “Faustão/Boninho” de indústria cultural, de que o povo gosto mesmo é de porcaria. Os sindicatos introjetam as visões hegemônicas e nem se dão conta.

Assim, qualquer trabalho de contra-hegemonia e de consciência de classe pode ser contraproducente eleitoralmente e deixado de lado. Por isto se gasta dez vezes mais em sede campestre que em formação, por isto se gasta dez vezes mais que em num setor jurídico de resultados do que numa imprensa de formação, por isto que as grandes pautas de classe, e qualquer luta contra-hegemônica é sempre sacrificada na lógica de não assustar o eleitor para daqui a dois ou três anos. Não se falará, por exemplo, na perseguição aos cultos afro-brasileiros e na necessidade de defesa do Estado Laico, numa base com perfil religioso católico ou protestante conservador e se deixará de lado a pauta da emancipação feminina ou do aborto. Não se pode molestar a clientela.

No sindicato Mac-Donalds, os dirigentes sindicais abrem mão de ser vanguarda e viram administradores viciados na máquina e preocupados que esta mesma máquina funcione como uma empresa. Assim, na relação de respostas, por e-mail, facebook, ou de qualquer maneira de abordagem direta, o dirigente vira uma espécie de ombusdman, que não tem voz ou opinião, mas como um atendente de telemarkenting deve sempre dar a maior satisfação ao cliente (diga-se de passagem que não há nenhum trabalhador mais explorado que o trabalhador de telemarketing, a versão moderna e sem direitos de uma senzala). Qualquer resposta provocativa, crítica, irônica, sarcástica do diretor o torna um péssimo ombusman. Ele não é mais dirigente, não está ali para disputar corações e mentes, para fazer o debate, ele está ali para entregar o hambúrguer, o big-mac em três minutos. E na lógica pervertida do trabalhador-consumidor, qualquer coisa que dê errado no big-mac a culpa passa a ser do dirigente. Como não raciocina, não se vê, não tem pertencimento de classe, não faz análise de nenhuma conjuntura, este trabalhador-consumidor quer apenas seu aumento, nada mais. Assim, o diretor, agora vendedor de big-macs tem que apenas entregar o aumento. Será bom ou ruim se entregar o aumento ao trabalhador, seja na forma que for, tudo o mais pouco importa. Poderá ser pelego, de direita ou de esquerda, desonesto, o que for, a relação com ele é uma relação de consumo, não uma relação política de mediação-consciência, ou sindicato deixou de ser um ente-político, agora é uma empresa como qualquer outra que tem de entregar seu produto (o aumento) no momento em que o consumidor pedir. As lutas não são coletivas, são delegadas, constroem-se greves ausentes, em que a vanguarda é substituída por profissionais contratados pelo sindicato e a relação com o sindicato é sazonal, restrita apenas à época do aumento/dissídio.

Não é possível sindicatos construírem lutas emancipatórias de quaisquer tipos enquanto não tiverem a coragem de se tornarem impopulares num primeiro momento e destruírem a lógica de sindicato Mac-Donalds. Para isto a construção de uma vanguarda real, que dispute corações e mentes na base, no cotidiano, é fundamental. Sem o vanguardismo estúpido de se construir políticas de vanguarda só para as plenárias e congressos, mas disputar estas políticas no dia a dia, construindo uma sólida consciência de classe. Sem o basismo obreirista de ver a base como intocável, na verdade, a base reduzida ao mero papel de consumidora votante, que oferta o voto e em lugar recebe o aumento, mas na visão de base de categoria como trabalhadores nos quais se constrói a consciência de classe. Ou enfrentamos e revertemos, com contracultura de classe a ideia de sindicato de consumidores para construirmos uma emancipatória de trabalhadores co-participantes, constituintes de consciência e unidade de classe, ou não conseguiremos construir qualquer política emancipatória e projeto de país. Esta organização de sindicatos Mac-Donalds não nos serve, necessitamos de outra, de sindicatos formadores e combatentes construtores de um perfil classsista e emancipatório.

*Roberto Ponciano é diretor do Sisejufe-RJ, escritor, mestre em filosofia, com especialidade na área da ética.

 

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Servidores do Judiciário Federal em Goiás decidem encerrar a greve

Em assembleias setoriais realizadas nesta segunda-feira (03), os servidores do Judiciário Federal em Goiás deliberaram pela suspensão da greve. No TRT, a categoria aprovou a contraproposta apresentada pelo presidente do STF, ministro Ayres Britto de aumentar a GAJ (Gratificação da Atividade Judiciária) de 50% para 100% em três parcelas a serem pagas nos meses de janeiro até 2015. O valor representa um aumento médio, ao final dos três anos, de 33% tabela salarial da categoria e altera apenas a GAJ. As demais parcelas da remuneração continuam congeladas, alterando os padrões da tabela 15 para 13.

Na Justiça Federal, os servidores rejeitaram a contraproposta do STF, defendendo a luta pela data-base dos servidores públicos federais, e deliberaram pela promoção de atos de mobilização em Goiânia e em Brasília, bem como acompanhar a tramitação Projeto de Lei 4363/2012 que dispõe sobre a inclusão dos recursos no Anexo V da Lei Orçamentária do exercício de 2013 para o reajuste da GAJ.

Na última assembleia setorial realizada na tarde dessa segunda-feira (03/09), os servidores do TRE-GO aceitaram a contraproposta do STF e, assim como os servidores das Justiças Trabalhista e Federal, deliberaram pelo fim da greve.

Luta pela melhoria da revisão salarial

Embora a categoria em Goiás tenha deliberado pelo encerramento do movimento paredista, os servidores do Judiciário Federal no estado mantiveram-se unânimes no posicionamento de lutar pela melhoria da contraproposta de revisão salarial. Segundo o Sinjufego-GO, apesar de a contraproposta do STF ter sido rejeitada apenas na assembleia setorial da Justiça Federal, ela tem gerado muitas dúvidas e questionamentos dos servidores sobre o futuro salarial da categoria.

Fonte: Sinjufego-GO

 

 

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Servidores da JF em Santa Catarina decidem pelo fim da greve

Em Assembleia realizada nesta segunda-feira (3), na Justiça Federal, em Florianópolis, servidores da Justiça Federal de Santa Catarina decidiram retornar às atividades, mas se mantendo em estado de alerta e de greve com o fim de acompanhar, mobilizados, a tramitação do projeto 4363/12, bem como as negociações de retorno ao trabalho.

“Temos que lembrar que esse projeto só vai estar garantido depois de ser sancionado. Portanto, até lá, toda atenção é importante. Estado de alerta e de Greve nos permitem retornar à mobilização, se for necessária”, declara representante do Sintrajusc-SC.

A orientação da assembleia foi retornar imediatamente às atividades funcionais e, paralelamente a isso, estarão sendo feitas negociações com o Diretor do Foro de Florianópolis no que se refere aos dias parados. Para isso, foi composta uma comissão por membros do Sintrajusc-SC e colegas escolhidos na categoria.  

Na próxima quinta-feira (6), ao meio-dia, haverá nova assembleia na Justiça Federal de Florianópolis para acompanhar os desdobramentos das negociações e deliberar a respeito deles.
 
Fonte: Sintrajusc-SC

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Servidores da Justiça Eleitoral do Ceará iniciam greve

Nesta segunda (3/09), às 8 horas, os servidores da Justiça Eleitoral do Ceará iniciaram movimento grevista. Vários servidores do Fórum Eleitoral aderiram à greve e foi servido um café da manhã às 9 horas para estimular outros colegas a integrarem o movimento.

Algumas Zonas Eleitorais não abriram e, em outras, alguns servidores requisitados estavam presentes para atender aqueles casos mais urgentes.

Para dar continuidade à greve e trazer mais colegas para o movimento, os servidores do Fórum Eleitoral de Fortaleza estarão a tarde toda desta segunda em frente ao prédio Sede do TRE.

Fonte: Sinje-CE

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Servidores da JT Amazonas encerram greve e decidem lutar por melhoria da proposta no Congresso

Servidores da JT do Amazonas decidiram encerrar a greve iniciada no dia 27 de agosto e encaminhar resolução para que o sindicato de base lute até o final do trâmite do PL 4363/12 para melhorar o reajuste proposto pelo STF. "Nós rejeitamos em assembleia geral o reajuste proposto como protesto à forma ditadora como tudo foi decidido. Agora vamos pra cima da Câmara dos Deputados tentar um índice melhor de reajuste", comentou Luis Claudio, presidente do Sindicato.

O Sitra-AM/RR vai realizar visita aos setores de trabalho nesta segunda (3) e terça (4) para explicar o teor do novo projeto e seu impacto salarial aos servidores do Amazonas e de Roraima.

Fonte: Sitra-AM/RR

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Servidores de Tocantins rejeitam propostas até agora apresentadas e preferem aguardar tramitação do PL 6613/09

Em assembleia realizada na última quinta-feira (30), os servidores do Judiciário Federal no Tocantins decidiram rejeitar as duas propostas até agora apresentadas, preferindo aguardar a tramitação do PL 6613/2009. A decisão foi tomada no auditório do edifício sede da Justiça federal do Tocantins, onde ocorreu a assembleia da categoria, por unanimidade.

Fonte: Sindjufe-TO

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