Sem avanço real termina a reunião ordinária do Fórum de Carreira, realizada no último dia 8/8. A única possibilidade de avanço foi na questão do AQ, o que só será implementado com muita mobilização
No Fórum, estiveram pautados o reajuste salarial e o AQ, além de proposta vinda de um deputado, sobre manter GAJ e AQ quando o servidor for cedido para fora do Poder/esfera.
O conselheiro do CNJ, desembargador Guilherme Feliciano, presente na reunião, afirmou que não é contra a reestruturação da carreira, mas que esta só poderia ser feita devagar. O conselheiro também informou que, para 2025, não teria folga no orçamento para reajuste além do de 6,13% já previsto na Lei de 2023. O Conselheiro não considerou o aporte de R$ 953,8 milhões para o Judiciário Federal em 2025.
"Dizer que só teremos o que já estava garantido significa zero! O Judiciário tem previsão de aporte vultoso para 2025. Para onde vai esse dinheiro?", questionou Denise Carneiro, coordenadora do Sindjufe-BA e da Fenajufe, por telefone, para os presentes na concentração grevista no TRE-BA. A coordenadora estava na reunião, mas como suplente e, por isso, sem direito à fala.
As propostas de AQ levadas pela Federação, pelo TJDFT e pelo sindicato de Brasília foram apresentadas. Ficou acertado que elas deveriam ser aproveitadas, principalmente a da Fenajufe e a do TJDFT, semelhantes em alguns pontos. Depois disso, a sistematização será levada ao STF. "A negociação agora vai se dar no Supremo, nada saído do Fórum está garantido. Por isso, é tão importante intensificar as mobilizações", disse Denise.
O Sindjufe-BA vai chamar Assembleia Geral e realizar LIVE sobre o tema AQ. A intenção é tirar dúvidas e apontar os próximos passos em agenda nacional e local.
Um histórico sobre o Fórum
O Fórum Nacional de Carreira foi criado em 2020 e, de lá para cá não trouxe ganho para a categoria. O Sindjufe-BA logo percebeu que esse espaço de debate não avançaria sem muita mobilização. Este ano, foi enviado para o Fórum o projeto do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Fenajufe, aprovado por unanimidade em Belém e atualizado em Natal.
O Fórum foi dividido em três subgrupos:
Subgrupo 1 – Tratou das atribuições da carreira e do debate sobre várias carreiras ou uma só, o Sindjufe-BA defende o projeto da federação, de carreira única;
Subgrupo 2 – Tratou de AQs, de qualidade de vida no trabalho, assédio moral e temas correlatos;
Subgrupo 3 – Tratou da malha salarial.
Desde as primeiras reuniões, ficaram evidente as manobras da coordenação dos subgrupos, compostos por servidores, representações de tribunais superiores e conselhos, sempre alinhados com o Sindicato de Brasília, que é contra o Plano de Carreira da Federação, mas não tem projeto e vem atuando para prejudicar a categoria.
Essas manobras têm sido denunciadas com muita firmeza e honestidade pelo Sindjufe-BA e pelo Coletivo Luta Fenajufe, do qual a coordenadora Denise Carneiro faz parte. O grupo que discutiu a malha salarial defendeu reajuste simples, pequeno ou linear, "uma migalha, um cala boca", definiu Denise, diferente da reinvindicação do anteprojeto, de reajuste imediato.
Já o Subgrupo sobre AQ manobrou para não votar a questão que, provavelmente não seria rejeitada de pronto, já que a administração tem interesse em fazer essa mudança. O que a categoria defende é que a mudança ocorra a partir dos interesses dos(as) trabalhadores.
Siga acompanhando as redes do Sindicato para mais informações. O momento é de luta!
Sindjufe-BA - Gestão Unidade na Resistência
