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Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio

Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio

Sisejfue reforça a importância de se cuidar da saúde mental 

O tema suicídio é um grande tabu, mesmo nos dias de hoje. Durante muito tempo, se pensou, inclusive, que falar sobre o assunto era um risco porque poderia incentivar que novos casos acontecessem. Isso gerou ainda mais medo, preconceito e desinformação sobre o tema.

Desde 2013, com a criação da campanha de conscientização chamada Setembro Amarelo – liderada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria -, o assunto passou a ser mais discutido e encarado com o devido cuidado que merece.

Pouco a pouco, criou-se assim a cultura de se falar sobre o assunto e setembro passou a ser o mês dedicado à campanha de prevenção ao suicídio. Trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada, escolas, universidades, todos os setores viram a necessidade de abrir espaço para falar sobre saúde mental e sobre prevenção ao suicídio. Que bom. Quanto mais se falar, menos tabu recai sobre o tema.

Segundo a OMS, em 2019, o Brasil registrou cerca de 14 mil suicídios anuais, o equivalente a 38 pessoas por dia. No mundo, esse número supera 700 mil.

No ambiente de trabalho, casos recorrentes de assédio moral/sexual podem levar o trabalhador a desenvolver quadros de depressão e outros fatores que o levem a um risco maior de ideação suicida. Em geral, os fatores de risco incluem doenças mentais, estar submetido a forte estresse, pressões sociais etc.

A diretora Aniele Xavier, coordendora do Departamento de Saúde e Combate ao Assédio Moral do Sisejufe ratifica a importância da campanha de conscientização que o Setembro Amarelo desenvolve: “O suicídio é um problema complexo e multifatorial, além de ser uma grave questão de saúde pública, no Brasil e no mundo. Não podemos simplificar a compreensão do que leva determinada pessoa a ter ideação suicida, ou seja, pensar em pôr fim à própria vida, e muitas vezes, tentar, de forma bem ou mal-sucedida, o auto-extermínio. A rigor, qualquer pessoa, de qualquer faixa etária, gênero, nível de renda ou grau de escolaridade pode passar por momentos de fragilidade emocional que demandem cuidado e ajuda especializada. Quando abrimos a possibilidade de falar sobre o assunto, criamos as condições necessárias para que muitas pessoas busquem ajuda ou auxiliem amigos e familiares que estejam passando por um momento de vida mais vulnerável. Falar sobre esse assunto, do jeito certo, significa empoderar a prevenção, que vem através de informação científica de qualidade.”

Judiciário

Com o objetivo principal de garantir a saúde física e psíquica no ambiente do Judiciário, não exclusivamente no aspecto de combater o suicídio, mas de qualquer mal relativo ao assédio e discriminação, em 2020, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou a Resolução n. 351/2020, que institui a Política de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação no âmbito do Poder Judiciário.

Não se cale. Não sofra sozinho. Seja em casa ou no ambiente de trabalho, se estiver passando por um momento de dor psíquica, procure ajuda.

Ligue 188

A campanha do Setembro Amarelo, que já está bem mais difundida no país, tem um site que ajuda as pessoas com informação relevante e indicação de onde procurar ajuda como, por exemplo, o Centro de Valorização da Vida (CVV), que atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, pelo telefone 188, e também por chat, e-mail e pessoalmente. Por ano, o CVV  realiza mais de 3 milhões de atendimentos.

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