Segundo dia começa com aprovação do regimento e debate sobre opressões

No segundo dia da XXIV Plenária Nacional da Fenajufe, em Natal, na manhã desta sexta-feira (24), os trabalhos foram retomados com a leitura e aprovação do regimento interno do evento. A mesa foi conduzida pelas coordenadoras Denise Carneiro, Fernanda Lauria e Paulo José da Silva.

Em seguida, as coordenadoras Lucena Pacheco e Sandra Dias e o coordenador Fabiano dos Santos passaram os informes sobre o andamento das lutas da Federação, representando a coordenação-geral. A coordenadora Lucena destacou o trabalho feito na defesa do anteprojeto de reestruturação da carreira, estabelecido na resolução aprovada na plenária de Belém, em novembro de 2023. Lucena ressaltou que foram realizadas visitas a vários órgãos do Poder Judiciário para apresentação da proposta.

Já a coordenadora Sandra Dias pontuou a necessidade da unidade, uma vez que os desafios para aprovação do projeto são grandes. Para a diretora, as diferenças que existem dentro da categoria foram contempladas na resolução e, por isso, a importância de todos os setores se enxergarem como aliados.

Fabiano dos Santos pontuou que sejam seguidas as resoluções aprovadas em Belém com foco em modernizar a carreira. Para o coordenador, é necessário que o plano de carreira se adeque à evolução do judiciário. Fabiano citou a disputa orçamentária com a magistratura como um desafio a ser superado.

O primeiro painel do dia foi a Análise da efetividade das políticas de enfrentamento às opressões no PJU e MPU (mulher, LGBTQIA+, pretos e pretas e PCD), aberto pela coordenadora Luciana Carneiro. Apresentando números, a dirigente falou sobre a importância das mulheres na sociedade e no judiciário, da piora das situações de assédio no período pandêmico e citou casos ocorridos nos últimos anos no PJU.

Em seguida, foi a vez do diretor do Sisejufe Ricardo Soares, que é membro da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do TRF2. O dirigente alertou para as dificuldades de acesso aos concursos públicos pelas pessoas com deficiência (PCD) por barreiras impostas pelos próprios editais. Assista:

A técnica judiciária na Justiça Federal do Rio Grande do Sul Magali Dantas fez a terceira explanação. A servidora questionou até onde vai a vontade da categoria em combater às opressões e democratizar o judiciário, temas que não são tratados com a devida importância.

Finalizando o painel, o servidor do TRT2 (SP), integrante do Comitê Regional do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade Filipe Gioielli Mafalda trouxe várias pesquisas que mostram o aumento da violência contra a comunidade LGBTQIA+ e explicou que, apesar da discriminação existente, o Poder Judiciário brasileiro é o mais progressista entre os três poderes e foi o primeiro do mundo a aderir ao pacto de equidade racial da ONU.  


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Texto: Ana Paula Costa (Sintrajurn/RN)

Revisão: Raphael de Araújo

Fotos: Felipe Costa/Data Show

Jornalista da Fenajufe