Diante do descaso em negociar a recomposição salarial para o funcionalismo, servidoras e servidores darão ultimato no governo federal em 16 de março, dia nacional de greve unificada do serviço público aprovada pelo Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Após o ato (em Brasília e nos estados), se o governo não se manifestar, os servidores realizarão uma greve geral por tempo indeterminado que será iniciada a partir do dia 23/03, respeitando a dinâmica de cada entidade.
Servidores buscam recomposição imediata de 19,99% — índice referente às perdas acumuladas desde o início do governo Bolsonaro, correspondente ao período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021.
Na última sexta-feira (18), servidores de todo o País realizaram ato no Ministério da Economia em protesto aos 30 dias de descaso do governo quanto à pauta de reivindicações protocolada no dia 18 de janeiro: recomposição salarial imediata de 19,99% (referente às perdas inflacionárias do governo Bolsonaro); arquivamento da PEC 32/2020; e a revogação da Emenda Constitucional 95.
O Fonasefe e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) também protocolaram pedido de reunião com representantes dos Três Poderes para discussão da recomposição salarial. Foram solicitados pedidos de audiência com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira; o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux.
Plenária
Nesta quarta-feira (23), acontece, às 18h, a Plenária Nacional das Entidades Sindicais do Serviço Público Federal que vai discutir os próximos passos da luta em defesa pelo ‘reajuste já’.
Calendário
23/02 – Plenária Nacional das Entidades Sindicais do Serviço Público Federal, às 18h;
08/03 – Dia Internacional da Mulher;
09/03 – Lançamento do Comando Nacional de construção da GREVE (atividade virtual);
16/03 – Convocar, em conjunto com outros movimentos, o dia 16 como dia nacional de greve com o seguinte objetivo: passar um ultimato ao governo federal que se no prazo de uma semana não houver negociação, os(as) SPFs farão greve geral por tempo indeterminado;
• Ato nacional em Brasília, com orientação para atos e atividades também nos estados;
23/03 – Indicativo para o início de greve geral por tempo indeterminado, respeitando a dinâmica de cada entidade.
Raphael de Araújo