O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou, na última segunda-feira (24), os resultados da pesquisa realizada entre os dias 1º e 15 de julho, com objetivo de avaliar a saúde mental de magistrados e servidores no contexto da pandemia de Covid-19. Os dados foram divulgados no 3º Seminário de Saúde do Poder Judiciário e indicam realidade preocupante: 47,8% estão mais cansados do que antes da quarentena; 42,3% tiveram piora no humor e 48% perceberam alteração na rotina do sono. O sentimento mais citado foi o medo, sendo mencionado por 50% dos participantes.
Segundo o CNJ, dos que estão integralmente em trabalho remoto, 49,1% consideram que o volume não mudou em relação ao período anterior à pandemia e 48,3% julgam que têm dedicado mais horas do dia para realização das atividades relacionadas diretamente ao trabalho.
De acordo com a pesquisa, formulada pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ), outro sentimento verificado em mais de 36% dos participantes foi o desânimo. Quase 17% dos que responderam ao questionário disseram ter pensamentos negativos e 25% revelaram ter sentimentos de raiva ou melancolia. Sentimentos positivos como serenidade (14%) e otimismo (16%) também foram mencionados.
Trabalho presencial
A pesquisa questionou os participantes quanto às iniciativas para a retomada do trabalho presencial: para 78,0%, o tribunal precisa fornecer equipamentos de segurança (máscaras, álcool gel etc.); para 77,6% é preciso manter o servidor em trabalho remoto quando considerado grupo de risco; já 69,0% dos que respoderam avaliam o estabelecimento de rodízio entre servidores que trabalham no mesmo ambiente.
Participaram da pesquisa 3.591 magistrados e 43.197 servidores da Justiça Federal e Estadual, totalizando 46.788 respondentes.
Acesse AQUI a pesquisa.
Greve Sanitária Já
Vale destacar que durante a Reunião Ampliada Extraordinária Virtual da Fenajufe, no dia 22 de agosto, delegadas e delegados aprovaram a construção imediata da Greve Sanitária Já como forma de proteger a vida de servidoras, servidores e cidadãos dada a incapacidade do governo e de unidades do Judiciário Federal em garantir a segurança para a retomada do trabalho presencial.
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Raphael de Araújo, da Fenajufe
Com informações da Agência CNJ de Notícias