Cada vez mais atacado por representar a última linha de acesso pela população mais vulnerada, a serviços como atenção integral à saúde – física e emocional – e à Justiça, o serviço público inicia 2022 em alerta máximo e já mobilizado. Preservar essa conquista histórica que remonta ao ano de 1808, é, antes de tudo, demonstração de respeito ao povo e ao país.
É nesse contexto que o coordenador da Fenajufe, Fernando Freitas – também presidente da Assejus/DF, reuniu-se com o presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Desembargador Romeu Gonzaga Neiva. O encontro aconteceu na segunda-feira, 24, por webconferência. Participaram ainda, pela Assejus, o Diretor de Administração, José Alancardete, o Diretor Financeiro, Aldo Ribeiro e o Segundo Diretor de Patrimônio, Eltomar Rodrigues
Freitas reforçou junto ao TJDFT a importância de reforço, junto ao presidente do STF, Ministro Luiz Fux, da necessidade de posicionamento incisivo do Supremo na defesa do reajuste para servidoras e servidores do Judiciário Federal e do tratamento isonômico para todo o funcionalismo público.
O debate da recomposição salarial do segmento ganhou força com a aprovação do Orçamento da União para 2022, com reserva de mais de R$ 1,7 bilhão para reajuste de apenas algumas carreiras do Executivo, principalmente mais ligadas aos interesses eleitorais de Jair Bolsonaro.
Em ato na segunda-feira, 18 de janeiro, em defesa da recomposição salarial no ministério da Economia, Freitas fez um dos discursos mais duros ao lembrar que “a tática de dividir a unidade dos servidores públicos não colou lá atrás, e não vai colar agora… até porque nós servidores e trabalhadores públicos, há muito tempo temos sustentado essa Nação, é no SUS, nas Universidades, é nas Escolas, nas Entidades de Segurança Pública, no Judiciário e no Legislativo. Nós sabemos muito bem e melhor que Guedes como funciona nosso país e estamos dispostos a contribuir com o crescimento de um projeto de Nação, onde haja pujança para todos”. E completou, enfatizando que os servidores e servidoras farão o bota-fora de Guedes e Bolsonaro este ano, “porque o Brasil é maior que eles”.
NS
Outra pauta tratada na reunião foi a alteração do nível de escolaridade para ingresso na carreira de Técnico Judiciário, o NS. Para o dirigente da Fenajufe e da Assejus/DF, o momento é de articulação em defesa da recomposição salarial, mas não prescinde outras discussões de interesse da categoria.
Freitas aponta que ao lado da recomposição salarial, o NS hoje seja uma das maiores bandeiras da categoria. Para ele, é hora de o STF dar seguimento à proposta e enviar o anteprojeto de lei com o tema ao Congresso, como já requereu oficialmente a Fenajufe em diversas oportunidades.
A reunião com o TJDFT faz parte de esforço concentrado empreendido pela Fenajufe e seus sindicatos filiados na busca de reposição das perdas salariais acumuladas – 19,99% referente aos três anos do governo Bolsonaro – e da valorização da carreira do PJU e MPU.
Por sua vez, Romeu Neiva avalia ser possível discutir as pautas com Fux, ainda que o diálogo sobre os temas seja dificultado pela conjuntura atual.
Luciano Beregeno, da Fenajufe