49 anos do golpe militar: Fenajufe se solidariza com a Federación Judiciales Argentina

A Federação reforça o compromisso inabalável com os direitos humanos e com a memória das vítimas das ditaduras na América Latina

No dia 24 de março de 2025, a Argentina relembrou o 49º aniversário do golpe militar de 1976, que instaurou uma das ditaduras mais severas da América Latina. Dezenas de milhares de pessoas se reuniram na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, para homenagear os desaparecidos e vítimas do regime, reafirmando o compromisso com os princípios de “Memória, Verdade e Justiça”.

As manifestações deste ano ganharam uma dimensão especial diante das políticas controversas do governo atual, liderado pelo presidente Javier Milei, que tem sido acusado de promover um discurso negacionista em relação aos crimes cometidos durante a ditadura. Um vídeo institucional divulgado pelo governo relativizou as violações de direitos humanos do período, gerando forte reação de setores sociais e políticos.

Em resposta, organizações de direitos humanos, como as Mães e Avós da Praça de Mayo, lideraram a marcha, reforçando a urgência de preservar a memória histórica e seguir a luta por justiça. A mobilização também denunciou tentativas de equiparar os crimes das forças armadas aos de grupos de resistência da época, uma narrativa rejeitada por quem defende os direitos humanos.

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) expressa sua total solidariedade ao povo argentino e às entidades, especialmente nossa co-irmã FJA – Federación Judiciales Argentina, que enfrentam diariamente a tentativa de apagar ou distorcer a verdade histórica. Reafirmamos nosso compromisso inabalável com os direitos humanos e com a memória das vítimas das ditaduras na América Latina.

É preciso dizer com todas as letras: Anistia, não! Os militares que perpetraram os crimes hediondos da ditadura de 1964-1985 são os mesmos que tentaram um golpe de estado após o resultado das eleições de 2022. É inadmissível anistiar aqueles que novamente atacam a democracia e a soberania. O Brasil tem uma dívida com as famílias dos mortos e desaparecidos da ditadura e qualquer ideia de anistia é perpetuar a injustiça, permitindo que a democracia esteja sempre em risco!

Não há reconciliação possível sem justiça. A história deve ser lembrada e contada em sua totalidade — sem revisionismos, sem silenciamentos, sem relativizações.

Neste momento de reflexão e resistência, unimos nossas vozes às dos nossos irmãos e irmãs argentinos e gritamos juntos, com força e esperança: Nunca mais!

Diretoria Executiva da Fenajufe
Brasília-DF, 25 de março de 2025.

No dia 24 de março de 2025, a Argentina relembrou o 49º aniversário do golpe militar de 1976, que instaurou uma das ditaduras mais severas da América Latina. Dezenas de milhares de pessoas se reuniram na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, para homenagear os desaparecidos e vítimas do regime, reafirmando o compromisso com os princípios de “Memória, Verdade e Justiça”.

As manifestações deste ano ganharam uma dimensão especial diante das políticas controversas do governo atual, liderado pelo presidente Javier Milei, que tem sido acusado de promover um discurso negacionista em relação aos crimes cometidos durante a ditadura. Um vídeo institucional divulgado pelo governo relativizou as violações de direitos humanos do período, gerando forte reação de setores sociais e políticos.

Em resposta, organizações de direitos humanos, como as Mães e Avós da Praça de Mayo, lideraram a marcha, reforçando a urgência de preservar a memória histórica e seguir a luta por justiça. A mobilização também denunciou tentativas de equiparar os crimes das forças armadas aos de grupos de resistência da época, uma narrativa rejeitada por quem defende os direitos humanos.

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe) expressa sua total solidariedade ao povo argentino e às entidades, especialmente nossa co-irmã FJA – Federación Judiciales Argentina, que enfrentam diariamente a tentativa de apagar ou distorcer a verdade histórica. Reafirmamos nosso compromisso inabalável com os direitos humanos e com a memória das vítimas das ditaduras na América Latina.

É preciso dizer com todas as letras: Anistia, não! Os militares que perpetraram os crimes hediondos da ditadura de 1964-1985 são os mesmos que tentaram um golpe de estado após o resultado das eleições de 2022. É inadmissível anistiar aqueles que novamente atacam a democracia e a soberania. O Brasil tem uma dívida com as famílias dos mortos e desaparecidos da ditadura e qualquer ideia de anistia é perpetuar a injustiça, permitindo que a democracia esteja sempre em risco!

Não há reconciliação possível sem justiça. A história deve ser lembrada e contada em sua totalidade — sem revisionismos, sem silenciamentos, sem relativizações.

Neste momento de reflexão e resistência, unimos nossas vozes às dos nossos irmãos e irmãs argentinos e gritamos juntos, com força e esperança: Nunca mais!

Diretoria Executiva da Fenajufe
Brasília-DF, 25 de março de 2025.