Trabalhadoras de todo o Brasil, puderam aproveitar esta sexta-feira, 08 de março, Dia Internacional da Mulher, para ir às ruas lutar pelos seus direitos. Este ano, a pauta da CUT e dos Movimentos Sociais, priorizam oito frentes importantes de lutas em prol da mulher: descriminalização e legalização do aborto; salário igual para trabalho igual; participação política e poder paritário; garantia de direitos para as trabalhadoras domésticas; fim de todas as formas de violência contra a mulher; compartilhamento das tarefas domésticas e de cuidados; creches públicas, de qualidade e de período integral e contra a mercantilização do corpo e da vida de cada uma delas.
Uma das maiores conquistas alcançadas na defesa e na valorização da mulher trabalhadora é a definição de pautas específicas para elas. É o que defende a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva. Ela destaca que “os setores químico e de vestuário têm cumprido esse papel, assim como o da construção civil, que já começa a se preocupar com as mulheres na pauta de reivindicações, afirma. Rosane, também aponta o setor bancário, “que tem uma negociação nacional e dentro dela uma mesa específica para discutir igualdade de oportunidades”.
A data – instituída oficialmente pela ONU em 1975 – está longe de ser apenas um dia comemorativo, é o que considera a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/ Brasília, Maria da Graça Souza. “Costumamos reservar este dia em nossas agendas para conhecermos a história, realizarmos um balanço sobre os avanços e retrocessos de nossas lutas, o impacto de nossa ação cotidiana e os desafios que devemos assumir para construirmos um mundo efetivamente justo para as mulheres”, conclui.
Já a coordenadora de Formação Política e Organização Sindical da Fenajufe, Jacqueline Albuquerque afirma que “a questão da mulher trabalhadora, apartada das questões da classe, não indica um bom caminho. A opressão feminina é um fato, as mulheres trabalhadoras são o setor mais explorado da classe trabalhadora. Portanto, essa é uma luta de mulheres e homens trabalhadores. No dia 8 de março, devemos comemorar como um marco na luta das mulheres trabalhadoras pelos seus direitos sociais, trabalhistas e políticos”.
Fonte: Fenajufe
Foto: CUT