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O Jongo da Serrinha é um dos mais tradicionais grupos
de cultura do paÃs tendo recebido diversos prêmios
por seu trabalho artÃstico e social. Com 40 anos de
história, o grupo de Madureira foi fundado por Mestre
Darcy e sua mãe, Vovó Maria Joana Rezadeira que,
preocupados com a extinção do jongo na cidade,
transformaram a antiga dança praticada nos quintais da
Serrinha num espetáculo.
O Morro da Serrinha, localizado na zona norte do
municÃpio do Rio de Janeiro, é uma comunidade urbana com
aproximadamente 7.000 moradores na sua maioria negros.
Com 103 anos de existência, a Serrinha é uma das
primeiras favelas do paÃs, tendo recebido no inÃcio do
século passado um enorme contingente de escravos negros
recém-alforriados. Os moradores da Serrinha constituÃram
um núcleo religioso e cultural potencial, visitado não
só pelos moradores das cidades próximas, como também por
jornalistas, artistas e turistas de vários pontos do
Estado do Rio, do Brasil e exterior, interessados em
cultura e tradições afro-brasileiras.
O Jongo é uma herança cultural trazida pelos
negros bantos que vieram da região do Congo-Angola, na
Ãfrica, para as fazendas de café do Vale do ParaÃba no
século 19 que ficou preservado na região. Graças a uma
iniciativa do grupo, o ritmo foi tombado pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e ArtÃstico Nacional (IPHAN), em
2005, como o primeiro Bem Imaterial do Estado do Rio de
Janeiro. Ao transformar a antiga dança de roda num
espetáculo, Mestre Darcy e Vovó Maria inovaram ao
introduzir violão e cavaquinho no jongo e ao ensinar
crianças a dançar, antigamente só permitido aos “cabeça
branca”, criando uma nova referência do jongo na cidade
e garantindo sua sobrevivência no contexto da
globalização.
Em sua trajetória de resistência, o Jongo da Serrinha se
transformou em uma das mais genuÃnas referências da
cultura carioca e vem se apresentando em diversas
cidades do Brasil e exterior divulgando e preservando o
ritmo com espetáculos de alta qualidade. Em 2000, o
grupo criou a ONG Grupo Cultural Jongo da Serrinha (GCJS)
para desenvolver estratégias de preservação da memória
da comunidade Serrinha e do jongo e de educação e
capacitação profissional para jovens e crianças, através
da Escola de Jongo (EJ) . Recebeu diversos prêmios entre
eles o Cultura Nota Dez (2006), Cultura Viva (2006),
Itaú-Unicef (2005) , Petrobrás Rival BR (2002) e Orilaxé
(2002). A ONG tem duas missões institucionais: educar
crianças e jovens e preservar o jongo como patrimônio
imaterial.
Uma das estratégias de preservação e capacitação
profissional é a criação de espetáculos de alta
qualidade, apresentados em teatros de grande porte da
cidade a fim de formar platéia para o jongo e divulgar a
história e cultura populares.
O Grupo Cultural Jongo da Serrinha está inserido em
diversas redes do terceiro setor e conta com o apoio de
vários parceiros institucionais. No projeto Escola de
Jongo, seu principal projeto educacional, o GCJS conta
com o apoio financeiro da Petrobrás, Criança Esperança,
Ministério da Cultura, através do projeto Ponto de
Cultura, e da Prefeitura do Rio; para elaboração de
metodologia pedagógica e planejamento estratégico
participa das Redes Social da Música, Rede Circo Social
e Rede de Memória do Jongo e Pontão do Jongo;Caxambu.
Contatos:
Adriana.jongo@hotmail.com 21 - 97037920/ 33907866
lazirsynval@yahoo.com.br 21 - 97946128
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